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quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Farc seqüestram seis turistas na Colômbia DEPOIS de liberar as duas reféns

Do portal BBC Brasil
Marcia Carmo, de Buenos Aires para a BBC Brasil em 14 de janeiro de 2008

O grupo guerrilheiro Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) seqüestrou seis turistas colombianos no último fim de semana, segundo comunicado da Marinha da Colômbia divulgado pela imprensa do país nesta segunda-feira.

Segundo o comunicado, 19 turistas faziam parte de um grupo que estava no local conhecido como Morromico, no Departamento (Estado) de Chocó, no oeste da Colômbia, onde teriam chegado de lancha.

Ainda de acordo com a marinha colombiana, os rebeldes teriam tirado os pertences dos turistas e levado dois professores, uma bióloga, um universitário e dois comerciantes – todos colombianos.

O telejornal Notícias Uno informou que o comandante da Marinha, almirante Mauricio Soto, determinou o resgate dos seqüestrados numa operação que inclui dois aviões.

Libertação de reféns

O grupo foi seqüestrado dias depois de Clara Rojas, ex-candidata à vice-presidência da Colômbia, ter sido libertada pelas Farc depois de quase cinco anos em cativeiro.

Clara teve um filho na selva, fruto de uma relação com um guerrilheiro do grupo, e neste domingo voltou a se reunir com o menino, Emmanuel, que já tem quase quatro anos.

Leia mais: Ex-refém das Farc fica com guarda provisória do filho Emmanuel

Com Clara também foi liberada a ex-congressista Consuelo González, cujo marido morreu, em Bogotá, durante seus dias de cativeiro na selva colombiana.

Clara e Consuelo formavam parte de um grupo de reféns que as Farc cogitam trocar por guerrilheiros e simpatizantes do grupo rebelde que foram presos pelas autoridades do país.

Este grupo especial é formado por pelo menos outras 40 pessoas, incluindo a ex-candidata à Presidência Ingrid Betancourt, companheira de chapa de Rojas.

Mas, segundo o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, cerca de 750 reféns estariam hoje em poder das Farc.

Consuelo González contou em entrevistas no fim de semana que alguns reféns estão há dez anos no cativeiro e estão vivendo com correntes amarradas no pescoço. É o caso de prisioneiros que eram policiais e militares.

Nesta segunda-feira, a imprensa colombiana destaca ainda que políticos americanos do Partido Democrata querem abrir diálogo com as Farc para tentar liberar três compatriotas que estão com os rebeldes.

Comentário do Cavaleiro do Templo: para quem acha que estes traficantes-terroristas-sequestradores prestam para alguma outra coisa que não seja vira adubo, aí está a prova de suas verdadeiras intenções. É coisa antiga mas vocês sabem que o Governo brasileiro não reconhece as FARC nem o ELN nem mesmo o MIR como entidades criminosas? Sabem porque? Por causa do acordo entre as partes feito no FORO DE SÃO PAULO assinado, no lado brasileiro, pelo LULA.


Comentário do Reinaldo Azevedo:
A última do terror

Há quanto tempo este blog chama de mera operação de marketing a libertação das duas reféns que estavam em poder das Farc, na pantomima comandada por Hugo Chávez? Desde o primeiro dia. A maior parte da mídia mundial — sim, mundial — comete um erro brutal: espetaculariza o drama de duas pessoas — acompanhando, por exemplo, cada lance do reencontro de Clara Rojas com seu filho — e põe em segundo plano a existência na selva de um campo de concentração, sob o comando dos terroristas, onde se amontoam 800 indivíduos.
(...)
Os terroristas das Farc seqüestraram mais seis pessoas. Entenderam? Libertaram duas e seqüestraram seis. O saldo do campo de concentração acaba de ser ampliado em mais quatro indivíduos. É a força que Chávez quer ver reconhecida como voz legítima na Colômbia. É o grupo que mereceu a condescendência do governo brasileiro numa nota asquerosa do Itamaraty.
É bom ter princípios, não é mesmo? Um deles é este: não se negocia com terroristas. E ponto final.

NÃO HÁ NEGOCIAÇÃO POSSÍVEL COM TERRORISTAS!

Mais uma prova sobre o FORO DE SÃO PAULO e seus criadores

Direto do jornal CUbano GRANMA

Reúnem-se Lula e Fidel

NOSSO presidente (leia-se DITADOR SANGUINÁRIO ASSASSINO DE 120 MIL SERES HUMANOS, CUBANOS E ANGOLANOS), Fidel Castro Ru, e o presidente da República Federativa de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, tiveram, na tarde da terça-feira, 15 de janeiro, um encontro amistoso e fraternal.

De maneira especial, Lula e Fidel lembraram seus primeiros encontros e a idéia de um deles de criar o Fórum de São Paulo, como espaço de intercâmbio entre os partidos da esquerda latino-americana. Hoje, vários destes partidos estão no governo em seus países.

O presidente brasileiro transmitiu ao presidente cubano o profundo carinho de seu povo para Cuba e nosso povo, e o líder da Revolução Cubana lhe retribui esses votos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A farsa montada por Chávez e as FARC - I

Do blog NOTALATINA
Por Graça Salgueiro em 12 de janeiro de 2008

O terceiro ato (o primeiro foi o fracassado de dezembro e o segundo foi a soltura das vítimas) da farsa montada por Chávez e as FARC aconteceu hoje (dia 11), num pronunciamento feito pelo psicopata delirante na Assembléia Nacional onde, a rigor, ele deveria prestar contas de sua gestão do ano de 2007 mas acabou tornando-se um espetáculo que beirava a loucura coletiva. Todos os presentes, ministros, embaixadores, parlamentares, as famílias das recém-libertadas e outros puxa-saco do bolivarianismo grotesco, estavam muito afinados com aquela cena patética de auto-deificação que era aplaudida a cada frase dita no revirar dos olhos, e na narcísica satisfação com o efeito e o som das próprias palavras.

Não quero comentar muito sobre o “gesto humanitário” visto por todos pela televisão mas algumas coisas saltaram aos olhos atentos daqueles que não comungam do que vem sendo divulgado pela mídia. Causou muita estranheza o aspecto cuidado e saudável das ex-prisioneiras, com unhas pintadas, cabelos cortados, bem como da afetuosa despedida dos seus algozes, com beijinhos, abraços e apertos de mão. Apesar disso, Clara Rojas, a mais falante das duas, disse posteriormente que era costume os “humaníssimos” guerrilheiros acorrentarem suas vítimas, como fez com ela e Ingrid Betancourt, após uma fracassada tentativa de fuga. As duas ficaram acorrentadas durante um mês (como se vê na foto de Ingrid) e eram constantemente atormentadas com aranhas, onças mortas e cobras venenosas postas aos pés de suas camas.

Além disso, é triste ver a lavagem cerebral que sofreram as famílias das vítimas em prol dos propiciadores desta barbárie inumana, defendendo Chávez e ficando contra Uribe. Segundo a filha de Ingrid Betancourt, “É a primeira vez que a guerrilha libera de forma unilateral a dois reféns, e isso converte o presidente (Hugo) Chávez numa pessoa idônea”. É lamentável que esta jovem tenha a memória tão curta que não lembre que muito antes desse “gesto humanitário” o presidente Uribe tenha libertado vários prisioneiros das FARC (que não são “vítimas” mas malfeitores criminosos), inclusive o “chanceler” Rodrigo Granda, UNILATERALMENTE, e o que foi que teve como resposta? O assassinato de 11 deputados colombianos a sangue frio! E que muito antes de Uribe o ex-presidente Andrés Pastrana cedeu uma vasta área como “território desmilitarizado” para estes monstros aumentarem suas áreas de plantio de coca e campos de concentração de prisioneiros, como a mãe dela, com a conivência e cumplicidade desse mesmo Chávez “idôneo”. Confirmem aqui neste vídeo. Também esqueceu a jovem, de que no fim do ano passado foi encontrado pelas Forças de Segurança colombiana, uma vala com 300 corpos de pessoas assassinadas pelas FARC. Mas, quem se importa com este detalhe insignificante diante de tão grandiloqüente “gesto humanitário”, não é?

O empolado discurso do ditador de Miraflores teve seu ápice em duas declarações que, apesar de não parecer, estão intimamente ligadas entre si. A primeira, quando afirmou que “o acordo humanitário destroçou a confiança que vínhamos criando entre os governos da Venezuela e da Colômbia, o que foi, e disso estou seguro, produto de infinitas pressões dos que querem a guerra, daqueles a quem não lhes importa a vida nem a sorte dos povos”. (Aplausos calorosos e prolongados). Prosseguiu delirante: “... Por isso dizemos que as FARC e o ELN não são forças terroristas senão verdadeiros exércitos que ocupam espaços na Colômbia e é preciso dar-lhes reconhecimentos como forças insurgentes que têm um projeto político, bolivariano, que aqui é respeitado”. E concluiu: “Eu solicito aos governos do continente e da Europa que retirem as FARC e o ELN da lista de grupos terroristas do mundo, porque isso tem uma só causa: a pressão dos Estados Unidos”. Aplausos de pé de toda a assembléia!

E a segunda declaração, que há muito se comenta na Venezuela e hoje foi confessada publicamente pelo próprio Chávez: “Eu mastigo coca todos os dias de manhã e vejam como estou. Evo me manda pasta de coca; eu lhes recomendo”. Curiosamente, esta parte importantíssima do seu discurso foi omitida de todos os noticiários e periódicos, com exceção do site Urgente 24, da Argentina, que fez durante todo este tempo uma cobertura extraordinária e realmente com a urgência que o caso requeria. E o delinqüente ainda acrescentou que os Estados Unidos são os pioneiros e maiores consumidores de cocaína, que “não tem nada a ver com a pasta de coca, que é saudável e faz parte da cultura dos povos indígenas”.

Além de omitir este dado importantíssimo que revela um dos motivos da defesa de Chávez pelos bandos narco-terroristas, vale destacar a vergonhosa manipulação da agência de notícias Reuters - que há muito está proibida de chamar terroristas de terroristas, substituindo pelos eufemismos “insurgentes” ou “manifestantes sociais” - que escreveu o que não foi dito em momento nenhum porque eu assisti ao vivo pela CNN em Espanhol, deixando subentendido o seu próprio desejo. Vejam aqui como saiu publicada a declaração de Chávez pela Reuters: “Embora possa incomodar alguns, as Farc e o ELN não são corpos terroristas, são exércitos, verdadeiros exércitos”. Ora, esse “embora possa incomodar alguns” é o que pensa a Reuters, significando que quem escreveu ou a própria agência concorda com a opinião do ditador de Miraflores: as FARC e o ELN NÃO são terroristas, por mais que as pessoas normais e de bem não aceitem!

Agora, muita gente deve estar se perguntando que importância podem ter esses “detalhes” e porquê Chávez defende tanto estes narco-terroristas. Seria mesmo por altruísmo? Por “grandeza de espírito” e “piedade” para com os seqüestrados? Reproduzo abaixo parte do meu artigo “Mentindo sobre as Farc: Mercadante pego no pulo”, para que se possa confirmar a falsidade e cinismo daqueles que dizem “não ter qualquer relação com as FARC” e, pior que isso, como disse Marco Aurélio Garcia (o mais novo garoto-propaganda da Colgate), o fundador do Foro de São Paulo e amigo de Manuel Marulanda “Tirofijo”, que “não tem simpatia pelas FARC”:
“Entretanto, a Resolução nº 9 do X Encontro do Foro de São Paulo, ocorrido em Havana em 7 de dezembro de 2001, decide claramente: “Ratificar la legitimidad, justeza y necesidad de la lucha de las organizaciones colombianas y solidarizarnos con ellas”, resolução referente às narco-guerrilhas FARC e ELN que foi assinada por todos os partidos-membros, inclusive seu fundador, o PT”.

“Em 16 de janeiro de 2007, por ocasião do XIII Encontro do FSP em El Salvador, a Comissão Internacional das FARC envia uma carta aos “companheiros” em que diz a certa altura: “Al no podernos hacer presentes en tan importante evento entregamos a ustedes este documento con nuestros puntos de vista, y agradecemos de antemano el tenerlo en cuenta en las deliberaciones”. (http://www.farcep.org/?node=2,2513,1). Em 30 de abril de 2007, o Comandante Raúl Reyes envia pessoalmente uma carta a Lula agradecendo pela concessão do status de “refugiado político” a Oliverio Medina (http://www.farcep.org/?node=2,2852,1). E em 30 de julho de 2007, novamente a Comissão Internacional das FARC dirige-se ao Grupo de Trabalho do FSP, por ocasião de mais uma reunião: “Compañeros Mesa Directiva del Grupo de Trabajo del Foro de Sao Paulo”. “Nos reunimos en un momento muy importante para el avance político y social de nuestro Continente”. (...) “La consolidación de las revoluciones cubana, venezolana y boliviana nos aseguran que el futuro de América Latina y el Caribe se encamina por los cambios en beneficio de los pueblos”. (http://www.farcep.org/?node=2,3098,1)”.

Como se pode ver, tanto Chávez quanto todos aqueles pseudo-defensores da libertação dos seqüestrados pertencem ao Foro de São Paulo, do qual as FARC são membros: Brasil – seu fundador e idealizador junto com Fidel Castro -, Cuba, Equador, Bolívia, Argentina. A França participou da farsa porque tem interesse político em resgatar Ingrid Betancourt que possui dupla nacionalidade, e a Suíça por causa da Cruz Vermelha. Neste vídeo feito por Raúl Reyes, por solicitação de Chávez para a “Cúpula pela Amizade e Integração dos Povos da Iberoamérica”, ocorrido em 14 de novembro de 2007, (evento paralelo à “Cúpula Iberoamericana” no Chile em que o rei Juan Carlos perguntou porque Chávez não calava a boca), ele mente cinicamente ao afirmar que o interesse numa “troca humanitária” partiu deles desde quando Uribe assumiu seu primeiro mandato e que foi negado.

É preciso ficar claro de uma vez por todas que isto é a mais deslavada mentira, porque o governo e as Forças de Segurança não seqüestram ninguém, tampouco explodem pessoas a troco de nada. Qualquer atitude que possa significar “gesto humanitário” só pode ser visto do lado daqueles que desejam acabar com a matança indiscriminada de pessoas inocentes e não de quem praticou o mal primeiro, e continua fazendo compulsivamente em troca de muito dinheiro. Chega de ver bondade nesses monstros assassinos porque se eles devolverem as pessoas às suas famílias não fazem mais do que sua obrigação!

A presidenta da Assembléia Nacional da Venezuela, Cilia Flores, disse eufórica depois do pronunciamento de Chávez: “Não pode ser que os que não têm moral, para fazer este tipo de classificação, sejam precisamente os que elaboram estas listas e decidam quem é terrorista e quem não é, como o faz o império norte-americano e o governo do presidente George W. Bush”. E por acaso dona Cilia tem esta moral? O ditador psicopata Chávez tem? E por acaso que pratica atos como estes, tem mais moral do que quem lhes chama de terroristas, dona Cilia? E concluiu: “Isto não é politicagem desta liquidação que alguns costumam fazer; isto é algo de grande nobreza que vai além de qualquer situação política e qualquer mesquinhez. É um gesto humanitário”. Mas as FARC mantêm seqüestrados 150 venezuelanos e Chávez jamais moveu um dedo para libertá-los, porque não são pessoas importantes que gerem dividendos políticos ou holofotes na mídia, e seu “poder comercial” é baixo. A “foto oficial” no Palácio de Miraflores mostra bem a importância que estas vidas têm para o degenerado Chávez; observem “quem” aparece em primeiro plano: Chávez e a “jinetera” comuna Piedad Córdoba. As vítimas são apenas parte da paisagem deste macabro espetáculo que já cumpriram seu papel de devolver as atenções do mundo, não para si e estes crimes hediondos mas para Chávez, pondo-o no centro das atenções outra vez.

Uribe deu a resposta certa a esta patifaria, com firmeza e imediatamente, e todos os países democráticos do mundo deveriam unir-se em torno dele e apoiá-lo, porque defendê-lo é defender as vítimas e suas famílias, é defender a liberdade, o respeito e a integridade do ser humano. Em 19 de dezembro as FARC disseram que “Uribe é um covarde” e exaltaram Chávez por “sua dedicação, esforço colossal como facilitador, inquestionável boa-fé nesta jornada humanitária, sua solidariedade com a causa pacífica de nosso povo” mas no dia 13, deste mesmo mês de dezembro de 2007, as Farc planejavam seqüestrar dois filhos de Uribe - e ninguém se importou, ninguém lembra mais - enquanto ele, de coração aberto para a solução do problema, tentava negociar com marginais como Chávez e as FARC. Onde está a nobreza do “gesto humanitário” do macaco bolivariano? Onde está o altruísmo “unilateral”? Onde está, finalmente, “a causa pacífica” das FARC?

Assistam todos os vídeos linkados nesta edição, acessem os links e vejam quem são os vilões da história. E, parodiando a citação de um dos vídeos, se vocês não se convencerem de que tudo isto foi uma farsa macabra e miserável engendrada desde o ventre do Foro de São Paulo, vocês são parte do problema e não a solução. Fiquem com Deus e até a próxima!

Agradecimentos especiais ao meu amigo Alejandro Peña Esclusa, presidente de Fuerza Solidaria pelos vídeos apresentados nesta edição.

"Quem" é "o mundo"?????

Do blog ALERTA TOTAL
Por Alexandre Montenegro em 12 de janeiro de 2008

Perguntei e meu amigo Robualdo Probo Filho detonou a resposta: “A maioria dos ignorantes...”. E continuamos nossa filosofagem falando dos Quixotes, dos presidentes, de políticos e da reprodução da idiotice, mais rápida, segundo Robualdo, que a reprodução das virtudes. Passamos pelo ensino básico, e pela “gente incapacitada para raciocinar no mundo letrado”.

Robualdo é um homem livre. Diferente destes que se auto rotulam direitistas ou esquerdistas. Espécies prisioneiras de concepções e soluções ultrapassadas pela globalização da economia. Os que têm tempo de pensar um pouquinho podem perceber que somos todos prisioneiros de uma verdade única: a vida. E cada um escolhe a todo instante como manifestar aos outros seu nível de entendimento, para que as tarefas do mundo do trabalho e da sociabilidade sejam cumpridas de modo afirmativo.

E concordamos que existem caras brilhantes pelo mundo afora. Caras que encontram seu quinhão de grana, amor e respeito, com aplicação ao estudo e trabalho produtivo, abrindo caminhos para os menos aquinhoados de massa encefálica, seja por ter nascido no hemisfério Sul ou por não ter tido oportunidade de estudar em escolas tipo aquelas idealizadas por Brizola, os Cieps (Centros Integrados de Educação Pública), que morreram no nascedouro.

Conheci o Brizola um pouco. E detestei seu modo concentrador e autoritário, como que utilizando os “de baixo” como ponte para um caminho que parecia levar a outra ditadura, diferente daquela dos militares, mas resvalando nos costados do comunismo, que ele queria utilizar como ponte para uma espécie de nacionalismo, talvez próximo do nasserismo. Primeiro, um Brasil fechado e depois de arrumada a casa, então a abertura para as relações com os outros de igual para igual. Uma utopia no ambiente global, onde as “nacionalizações” e concentração de poder político subsistem apenas nos recantos populistas que defendem a luta de classes e violência e persuasão pelo medo para governar ignorantes.

Na velhice, tenho tipo tempo de pensar. Não tanto quanto gostaria de, porque neste país ainda tenho de defender o pão de cada dia e pagar os mais sofridos impostos do mundo, além de estar pendurado com uma dívida com o Rockfeller enquanto espero por um governo que governe honrando os compromissos democráticos e confie e pague as dívidas para com a sociedade: aquelas dos 30% sobre o preço de um carro novo, aquelas da gasolina, aquelas do FGTS e outras mais dolorosas que nos afligem no dia a dia. Como não resta tempo para ir ao Procon, nem grana para contratar advogado, fico pensando como deveria ser um país livre e soberano.

Foi aí que Papai Noel me mandou pelo correio um livro: “A era da turbulência – Aventuras em um mundo novo” em que Alain Greenspan descreve sua trajetória brilhante. Ele participou e contribuiu para eventos marcantes que mudaram o mundo: a glasnost soviética, as mudanças na China, as políticas dos EUA e da nova Europa e suas conseqüências. Meninos! Que colosso! Este homem notável me fez compreender as diferenças entre a economia capitalista e a burrice comunista. Ele é elegante, distante da grosseria de desprezar os burros, jegues ou outros animais.

Aprendi com esta leitura como o capitalismo em sua essência, implica liberdade e progresso continuado. E o que significou o reverso da medalha, a aventura marxista que impõe imobilismo às pessoas num curral autoritário, burocrático, paternalista, concentrador das riquezas. Uma sociedade onde a competitividade está ausente, impedindo a criatividade que mobiliza cada um a fazer melhor que seu anterior. Uma forma de governo tão monstruosa e impiedosa que somente os “sábios” doutores populistas e seus parceiros revolucionários ainda se atrevem a defender, desprezando e pior, mantendo a ignorância dos eleitores que suam para criar a riqueza que eles desviam, desperdiçam e utilizam para perpetuar seus feudos.

As nossas escolas ensinam o mundo através da ótica marxista e deixam de ensinar como a ação capitalista - firmada nas liberdades de opinião, crenças, propriedade, competitividade – renova e faz girar a roda da vida. Comecei a imaginar a dona de casa inventando o lavador e escorredor de arroz. No começo, para facilitar a própria vida e sobrar um tempinho. Depois, pensando em ganhar uns trocos para ajudar nas despesas de casa. E na seqüência, aquele que parecia ser apenas um conforto a mais na cozinha, mobilizando a construção de máquinas, fábricas, criando empregos em todos os setores... Por um tempo, porque logo depois vieram as embalagens plásticas com o arroz selecionado e lavado ou pré-cozido ou aquelas em que vai para a panela diretamente na embalagem.

E uma das coisas que o Greenspan mostra é que durante mais de 250 anos o capitalismo avançou, reduzindo a pobreza e implementando a qualidade de vida, criando as condições para que a terra suportasse o aumento geométrico da população, através do que ele chama de “destruição criativa”: o sucateamento das velhas tecnologias e do jeito de fazer as coisas, cedendo lugar ao novo. Diz ele: “A descoberta de ouro, de petróleo ou de outros recursos naturais, a história nos ensina, não produz o mesmo efeito” – para aumentar a produtividade. A intransigência competitiva do capitalismo instala a vontade de fazer melhor.

Irônico como aplaudimos esta garra competitiva nos esportes e a tememos nas mudanças implícitas para a vida pessoal. Buscamos ser um país respeitável e isto só acontece quando reverenciamos uma tradição que nos proporcione alegria, orgulho. Isto acontece conosco? No momento parece que a resposta é negativa. Falha educacional? Em parte. Limitamo-nos a reverenciar a grandeza territorial e as riquezas que sucateamos enviando-as, a baixo custo, como matéria prima para os países ricos. Que habilitação temos para competir com os tigres asiáticos, com a China...? Que orgulho temos da persistência, da garra, da força como nação para perseguir objetivos claros, entendendo o bem comum?

No capitalismo, a divisão do trabalho é determinada pela competência. E as constantes “destruições criativas” impulsionam cada trabalhador a buscar melhores posições através da capacitação continuada, para lidar com máquinas sofisticadas e que decuplicam a produtividade, garantindo a competitividade no mundo globalizado. A riqueza maior provém desta revolução de competências. Nos estados onde se instalaram governos populistas, como a nossa vizinha Venezuela, a produtividade dos poços de petróleo caiu pela metade, desde que o governante milico marxista substituiu os quadros técnicos pelos "apaniguados": de 3.2 milhões para 2.4 milhões de barris/dia. Estado concentrador de riquezas, parecido com um outro estado que conhecemos bem. E nós? Nos contentamos com o “jeitinho”, com a esperteza, com a malandragem - traço cultural nefando, fraqueza de caráter.

Os capitalistas investiram na URSS e na China. O mercado competitivo proporcionou as mudanças. Uma guerra vencida sem armas de fogo, sem bombas. Caiu a máscara do marxismo, onde o estado decide tudo e imobiliza as pessoas no local onde nascem, sem referências com o mundo exterior. No ambiente da globalização econômica todos são encaminhados a produzir mais e melhor, mobilizando novas técnicas, indústrias, escolas diferente do centralismo marxista onde ninguém compete e a burocracia determina tudo.

O que fundamentava os planos estatais da economia soviética ou chinesa era que as pessoas estavam ali, imóveis onde nasceram, para garantir o plantio e a colheita, na base do arado e da enxada. Ate a natalidade, controlada pelo Estado, garantia a imobilidade no tempo e a substituição de mão de obra. Sem concorrência, competitividade... Os mesmos tratores, os mesmos carro(ças)... Os mesmos barbeadores... O mesmo marasmo sob controle estatal burocrático.

Mas, na nossa América do Sul, o populismo mama nas tetas gordas do Estado, impedindo a competição com o resto do mundo. O populismo mantém a desigualdade da distribuição de renda nos mais altos patamares do mundo. E isto se deve à colonização européia, ao escravagismo e feudos remanescentes, muito atuais ainda. Como os norte-americanos dominaram militarmente a região por mais de cem anos, desenvolveu-se, com ajuda da propaganda soviética o sentimento anti-americano que impede o desenvolvimento capitalista mantendo a miragem socialista.

Resultado: vamos esperar que o irracionalismo das idéias populistas dominantes possa regredir, desde que novos líderes, com novas idéias, reconheçam a fonte dos reiterados fracassos em nossa mesma história econômica e na condução paternalista/familiar dos negócios nacionais.

Se queremos viver numa sociedade democrática e livre podemos pensar um pouco na lição de Greenspan:

“O populismo vinculado aos direitos individuais é o que a maioria das pessoas chama de democracia liberal. O populismo econômico... uma democracia em que não se leva em conta os direitos individuais... Os verdadeiros democratas apóiam uma forma de governo em que a maioria predomina em todas as questões públicas, mas nunca transgredindo os direitos básicos dos indivíduos.”

A leitura destas “Aventuras em um mundo novo” é essencial para entendê-lo melhor.

Arlindo Alexandre Montenegro é Apicultor

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

A alegria do chupim (II)

Do site MÍDIA SEM MÁSCARA
por Percival Puggina em 14 de janeiro de 2008

Resumo: É inútil Lula apresentar-se como metamorfose ambulante. Ele não é isso. Ele chegou ao governo como um aproveitador de discursos demagógicos e nele se mantém do mesmo modo.


© 2008 MidiaSemMascara.org


Desabaram sobre meu correio eletrônico manifestações de discordância em relação a um artigo anterior - “A alegria do chupim”. Mostrei, no referido texto, que os bons números da atividade econômica e do desenvolvimento social sobre os quais se lastreia o discurso ufanista do presidente Lula não decorrem, como anunciam suas trombetas, de iniciativas de seu governo, mas foram alcançados através de medidas a que ele e seu partido sistematicamente se opuseram.

Tem faltado humildade e honestidade ao presidente. Ambas lhe teriam valido para reconhecer que os bons resultados da economia são méritos, principalmente, daqueles que o antecederam. Tivessem os precursores de Lula cumprido o roteiro que lhes cobrava o PT oposicionista, o país teria ido à breca. Ou não? É inútil Lula apresentar-se como metamorfose ambulante. Ele não é isso. Ele chegou ao governo como um aproveitador de discursos demagógicos e nele se mantém do mesmo modo. Sem qualquer apreço à verdade, com imensas dificuldades para manter a própria palavra por mais de uma semana, e deseducando a sociedade.

Evidentemente pisei no calo. E não foi por acaso ou desinformação. Há duas décadas participo do debate político, em rádio e tevê. Não uma nem duas vezes, mas bem mais de uma centena de vezes por ano. Ouvi todos os argumentos e propostas da esquerda na oposição. Escrevi e publiquei milhares de artigos em centenas de jornais e sites. Para prover meu próprio site leio, todo ano, dezenas de livros e mais de mil textos de opinião em periódicos do país. Não sou um observador político de happy hour em mesa de bar. Sei do que falo, portanto, quando afirmo que Lula, os petistas e seus fiéis discípulos sempre se opuseram, furiosamente, a tudo que era preciso fazer para que o país desse certo: combate à inflação, respeito à propriedade privada, responsabilidade fiscal, rigoroso controle dos gastos públicos, superávit primário, pagamento da dívida externa, privatizações, reforma da previdência, abertura do setor produtivo ao mercado internacional e à competitividade, o agronegócio, a biotecnologia. Lula e suas esquerdas não apenas se colocavam contra, mas defendiam o inverso: socialismo, estatização, reforma agrária do MST, corporativismos funcionais, calote da dívida externa e aumento do gasto público. Qualquer coisa diferente disso era o maldito neoliberalismo e a famigerada globalização que só atendiam aos interesses do “grande capital”. Era preciso entregar o poder à benevolência da esquerda para fazer tudo ao contrário do que vinha sendo feito. Era o socialismo contra o neoliberalismo!

Estou afirmando alguma inverdade? Algo que não tenha sido dito e repetido à exaustão, eficazmente, até levar o PT ao poder? Admitam, então, os imensos equívocos sobre os quais construíram sua trajetória. Se quiserem saber o que, de fato, pensam, dêem uma lida na tese sobre o socialismo aprovada agora, em setembro, no 3º Congresso do PT (clique aqui). E se quiserem saber quem são, perguntem com quem andam. Indaguem sobre o Foro de São Paulo. Aí, verão, que não apenas andam juntos, mas tecem juras de amor e subscrevem teses com qualquer ditador comunista que se instale no poder e com qualquer grupo político revolucionário, guerrilheiro e narco-terrorista que se apresente - das FARC ao MIR chileno. Responsáveis pelo progresso do Brasil? Me poupem!

"A era da turbulência – Aventuras em um mundo novo"

Trechos do novo livro de Alan Greenspan sobre "nóis":

"O populismo econômico não se baseia em analise formal para a criação de riqueza (...) As panacéias mais comuns são a redistribuição de terras e o indiciamento das elites corruptas que, alegadamente, roubam os pobres (...)“

"(...) Os líderes prometem terra, comida e habitação para todos... Justiça na acepção resistributiva... e se opõem ao capitalismo de livre mercado, falseando o conceito de capitalismo”.

"Onde quer que se constatem situações de sucesso (...) a ampliação dos mercados abertos e o reforço dos direitos de propriedade desempenharam papel crucial”.

Sorrisos de uma menina anencéfala

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz em 15 de janeiro de 2008

Resumo: O valor da vida de um ente humano não se mede pela expectativa de duração, nem pela presença ou ausência de um órgão, nem pelo funcionamento ou não dos sentidos, nem sequer pela possibilidade ou não de consciência.


© 2008 MidiaSemMascara.org


No dia 20 de outubro de 2004, enquanto fervilhava a discussão sobre o aborto de anencéfalos no Supremo Tribunal Federal, o advogado Luiz Roberto Barroso, em sustentação oral, afirmou solenemente:

"A letalidade da anencefalia é de 100%. Se alguém disser que viu um anencéfalo que viveu semanas, meses e anos, não é que esteja mentindo; está acreditando no que quer acreditar, porque não é possível acontecer isso de acordo com a ciência médica".

Ao fazer essa afirmação categórica, o renomado jurista foi imprudente. A sobrevida extra-uterina de um bebê anencéfalo costuma ser breve, mas não é impossível que ultrapasse semanas ou meses. Em 21 de junho de 1996, o Comitê Nacional para a Bioética do governo italiano aprovou uma declaração em que se dizia:

... com os atuais tratamentos a sobrevivência do anencéfalo é muito reduzida. São relatadas percentagens de nascidos vivos entre 40 – 60%, enquanto depois do nascimento somente 8% sobrevive mais de uma semana e 1% entre 1 e 3 meses. Foi relatado um caso único de sobrevivência até 14 meses e dois casos de sobrevivência de 7 a 10 meses, sem recorrer à respiração mecânica.[1]

No Brasil, já houve o caso de uma menina anencéfala, Maria Teresa, nascida em 17/12/2000, em Fortaleza (CE), que recebeu alta hospitalar que só veio a falecer em 29/03/2001, portanto com mais de três meses de nascida![2]

A anencéfala Marcela de Jesus Ferreira, porém, nascida e batizada na Santa Casa de Patrocínio Paulista (SP) no dia 20 de novembro de 2006, parece estar disposta a ultrapassar todos os recordes. Recebeu alta hospitalar no dia 18 de abril de 2007 (portanto, com quase cinco meses de nascida!), e agora vive com sua mãe Cacilda Galante Ferreira em uma casa na cidade. A necessidade de estar perto de um lugar com assistência médica impediu Marcela e sua mãe de irem para o sítio da família, onde vive o pai de Marcela, Sr. Dionísio Justino Ferreira, com as duas filhas do casal: Débora (18 anos) e Dirlene (15 anos). No dia 20 de novembro de 2007, Marcela fez seu primeiro aniversário.

Diz Sra. Cacilda: "Desde que eu fiquei sabendo que ela ia nascer com problema, eu a entreguei nos braços de Jesus, pedindo a Ele que ela seja um instrumento nas mãos dele... para que Ele a use da maneira que for da vontade dele".

Diz Sra. Cacilda: "Desde que eu fiquei sabendo que ela ia nascer com problema, eu a entreguei nos braços de Jesus, pedindo a Ele que ela seja um instrumento nas mãos dele... para que Ele a use da maneira que for da vontade dele".

Lamentavelmente a revista Veja publicou sobre Marcela uma matéria altamente pejorativa, intitulada "A menina sem estrela"[3]. Segundo a jornalista, Marcela nunca sentiu o toque das mãos de sua mãe (!). E prossegue: "A menina nunca ouviu um único som e não sabe o que é sentir dor física ou emocional. Desconhece o cheiro e o sabor de qualquer alimento. Sobrevive no mais absoluto vazio". A reportagem termina citando um pediatra alemão, Roberto Wüsthof, que diz, referindo-se à eutanásia para crianças, permitida na Holanda: "Casos como o de Marcela certamente seriam incluídos nos protocolos de eutanásia na Holanda. [...] Não faz sentido ser diferente. É como se ela fosse um computador sem processador".

Ora, o valor da vida de um ente humano, como Marcela, não se mede pela expectativa de duração, nem pela presença ou ausência de um órgão (como o cérebro), nem pelo funcionamento ou não dos sentidos, nem sequer pela possibilidade ou não de consciência. Quando éramos uma única célula (chamada ovo ou zigoto), nenhum órgão sensorial existia. O cérebro só começaria a emitir ondas na sexta semana de vida. No entanto, nossa vida já era inviolável, mesmo naquele estágio unicelular.

Assim, ainda que fosse verdade o que a revista Veja falou de Marcela, essa criança não seria menos humana, menos viva e nem menos digna de respeito. No entanto, os dados apresentados pela revista são simplesmente falsos. Marcela não é uma "menina sem estrela".

Diz Sra. Cacilda: "Eu acho que ela é uma estrela mandada por Deus, para que seja um instrumento nas mãos dele".

Marcela reage ao toque da mãe. Com sua mãozinha, ela agarra os dedos de Sra. Cacilda. Ela se assusta com o som de alguma coisa caindo, reage à luz dos refletores trazidos pelos fotógrafos, grita de dor quando sente cólica, fica triste, faz beiço, chora. Quando não gosta de um alimento, ela cospe. Reconhece a voz da mãe. "Quando sou eu que falo com ela, ela fica quietinha", diz Sra. Cacilda.

Com cerca de 13 kg e 66 centímetros , Marcela, que já completou um ano de nascida, é uma menina gordinha. Alimenta-se não só de leite NAN 2, mas também das papinhas que a mãe prepara. Por exemplo: arroz, feijão e carne batidos no liquidificador.

A mãe se surpreende com ela a cada minuto que passa. "Ela está aprendendo até a conversar comigo. Ela fala 'é...', 'mã..'".

Mas a reação mais impressionante de Marcela é o sorriso. Ela não apenas ri muito, mas chega a dar gargalhadas quando a mãe lhe faz cócegas. O riso – privilégio da espécie humana – não está ausente em Marcela, que é humana como nós.

Pode um anencéfalo ter consciência? Devido a um fenômeno chamado neuroplasticidade, os neurônios são capazes de assumir funções de células vizinhas que foram lesadas. No anencéfalo, o córtex cerebral está ausente, mas está presente o tronco cerebral e o cerebelo. Referindo-se ao anencéfalo, assim se pronuncia o citado Comitê de Bioética: "... a neuroplasticidade do tronco poderia ser suficiente para garantir ao anencéfalo, pelo menos, nas formas menos graves, uma certa primitiva possibilidade de consciência." E prossegue com esta importante conclusão:

"Deveria, portanto, ser rejeitado o argumento de que o anencéfalo, enquanto privado dos hemisférios cerebrais, não está em condições, por definição, de ter consciência e provar sofrimentos."[4]

A reabilitação do anencéfalo

Em 08 de setembro de 2004, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou uma Resolução[5] que permitia arrancar os órgãos de recém-nascidos anencéfalos para fins de transplante mesmo antes de eles estarem mortos, ou seja, com o tronco cerebral ainda funcionando!

Esta resolução confirmou o Parecer n. 24, de 9 de maio de 2003, do conselheiro Marco Antônio Becker[6], que trazia a seguinte recomendação: "uma vez autorizado formalmente pelos pais, o médico poderá proceder ao transplante de órgãos do anencéfalo após a sua expulsão ou retirada do útero materno, dada a incompatibilidade vital que o ente apresenta, por não possuir a parte nobre e vital do cérebro, tratando-se de processo irreversível, mesmo que o tronco cerebral esteja temporariamente funcionante (grifo nosso)".

Essa monstruosidade foi revogada pela Portaria n. 487, de 2 de março de 2007,[7] do Ministro da Saúde José Agenor Álvares da Silva. Segundo essa portaria, "a retirada de órgãos e/ou tecidos de neonato anencéfalo para fins de transplante ou tratamento deverá ser precedida de diagnóstico de parada cardíaca irreversível" (art. 1°). Ou seja, será necessário que o coração pare definitivamente de bater, para só depois iniciar a remoção dos órgãos.

Essa portaria, graças a Deus, reconhece o "status" de ente humano vivo do bebê anencéfalo. Fica assim mais difícil para os Ministros do Supremo Tribunal Federal acatar o pedido da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54 (ADPF 54), de liberar o aborto de anencéfalos. Mais difícil ainda enquanto Marcela estiver viva e dando gargalhadas...

Nossa! Eu me sinto tão privilegiada de Deus ter-me escolhido para cuidar de um anjinho desses! É um anjo mesmo, é um anjo que está salvando muitas vidas" (Cacilda Galante Ferreira, mãe de Marcela).

Roma, 30 de novembro de 2007.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis

[1] COMITATO NAZIONALE PER LA BIOETICA. Il neonato anencefalico e la donazione di organi. 21 giugno 1996. p. 11. Disponível em: . Acesso em: 03 set. 2007, tradução nossa.

[2] Maria Teresa foi a quarta filha de Ana Cecília Araújo Nunes, Mestra em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará e professora da Universidade Estadual do Ceará. Cf. Ana Cecília Araújo NUNES, A história de Maria Teresa, anencéfala, ago. 2004. Disponível em: Acesso em: 3 set. 2007.

[3] LOPES, Adriana Dias. A menina sem estrela. Veja, São Paulo, SP, 15 ago. 2007, p. 122.

[4] COMITATO NAZIONALE PER LA BIOETICA , Op. cit. p. 15. Tradução nossa.

[5] Resolução 1.752/2004, publicada na seção 1 - página 140 do Diário Oficial da União do dia 13/09/2004.

[6] Parecer sobre o Processo-Consulta 24/2003, a pedido do Ministério Público do Paraná.

[7] Publicada no Diário Oficial da União, 5 mar. 2007, Seção 1, p. 29.

Lula viaja ansioso para negociar com Raul Castro um mega resort com cassino e acordo que beneficia a Petrobrás

Do blog ALERTA TOTAL
Por Jorge Serrão em 14 de janeiro de 2008

Exclusivo - O poderoso Lula tem grandes interesses pessoais na viagem apressada que faz hoje a Cuba e Guatemala. A suposta visita ao vivo-morto Fidel Castro, companheiro no Foro de São Paulo, é uma mera desculpa. A principal motivação de Lula é sacramentar negócios para seu grupo de poder.

A família da Silva e parceiros querem permissão do governo cubano para a investir em um mega-resort, que possa até abrigar um cassino, na Ilha Perdida. É isso que Lula está ansioso para amarrar com Raul Castro, irmão e sucessor de Fidel. E a turma de Lula vai lutar pela legalização do jogo no Brasil, desde que explorado por “investidores” de fora, e não pelo que consideram “máfias daqui”.

A ansiedade de Lula com a viagem a Cuba foi tanta que nem a doença do vice presidente atrapalharia sua viagem. José Alencar assume hoje a Presidência, literalmente, na emergência. Mesmo internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, Alencar ocupa o posto de chefe da Nação a partir das 9h 30min da manhã. Por causa dos interesses maiores de Lula, antes de ser internado, Alencar não se licenciou do cargo.

Se tivesse procedido dessa forma, caberia ao presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), assumir a Presidência. O chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, ligou para o vice no domingo, e ouviu de Alencar que ele estaria pronto para o sacrifício. Lula deve retornar ao Brasil na terça-feira à noite, para retomar suas funções na quarta-feira.

Na fachada oficial da viagem, Lula vai promover a extensão dos acordos que serão firmados entre Cuba e a Petrobrás. O objetivo é explorar petróleo em lotes do Golfo do México delimitados pelos cubanos. Em contrapartida, a Petrobrás abriria uma fábrica de lubrificantes em Cuba. Essa condição imposta pela Petrobrás sempre embolou a negociação com os cubanos. Mas tudo indica que o governo cubano agora vai facilitar o negócio.

Negócio rentável

No submundo dos negócios, comenta-se que o grupo de Lula também quer comandar o mega-empreendimento do jogo no Brasil.

A aprovação legal do jogo no Brasil será um dos favores mais rentáveis para a base aliada na atual legislatura.

“Investidores” prometem generosas molhadas de mão para que o projeto emplaque, apesar da restrição que sofre, historicamente, da cúpula da Igreja Católica.

Fazendo o Jogo

O lobby corre pesado para a autorização do funcionamento do primeiro cassino legalizado no Brasil.

Em Florianópolis, reserva-se uma área para a implantação do primeiro complexo.

No Guarujá, o empresário Silvio Santos também já preparou toda a infra-estrutura para isso em seu mega-empreendimento hoteleiro.

Mas o super cassino tem tudo para virar realidade em Cabo Frio, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, aproveitando a proximidade do novo Clube Méd que se constrói ali.

Quem faz o lobby

O esquema para implantação do jogo é internacional, e não teria relação com as atuais máfias brasileiras.

A implantação dos cassinos contaria com apoio de investidores internacionais.

Um dos operadores deste lobby é de dois ex-presidentes do Banco Central, Gustavo Franco e Armínio Fraga.

O empresário Eike Batista e genro de Lula, Marcelo Sato, também estariam nessa parada que é comandada por José Dirceu, Antonio Palocci e José Genoíno.

Farc e ENL receberam armas da Venezuela em troca de reféns, e Chávez admite que masca folha de coca todo dia

Do blog ALERTA TOTAL
Por Jorge Serrão em 15 de janeiro de 2008

Exclusivo - As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia receberam armamentos da Venezuela como moeda de troca para a marketagem pretensamente humanitária da libertação de duas reféns. Aviões militares venezuelanos despejaram os armamentos na selva, como parte do criminoso acordo entre o presidente Hugo Chávez e os narco-guerrilheiros das Farc. Além das armas, Chávez se comprometeu a fazer o pedido de que as Farc e o Exército de Libertação Nacional sejam retiradas da lista de “organizações narco-terroristas”, passando à categoria de “força beligerante e insurgente na Colômbia”. A informação é guardada (não se sabe até quando e nem por qual motivo) por serviços de inteligência privados norte-americanos.

O acordo de troca de armas e do marketing em favor da guerrilha colombiana foi acertado entre os principais líderes do impronunciável (na mídia brasileira) Foro de São Paulo – balaio de gato que mistura partidos ditos de esquerda e grupos revolucionários financiados pelo dinheiro fácil do narcotráfico. O argentino Kirchner e o brasileiro Lula, em princípio, foram contra o envio das armas, mas acabaram vencidos por Chávez. Além disso, seguindo o combinado entre a cúpula do Foro, o chefão Lula da Silva também fez ontem a mesma defesa pública das Farc. O brasileiro também apelou “ao amigo Álvaro Uribe”, presidente da Colômbia, que promova reclassificação das Farc.

Os pedidos de Hugo Chávez e de Lula para que se deixe de considerar "terroristas" as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o ELN (Exército de Libertação Nacional), foi rejeitado pelo presidente colombiano Álvaro Uribe. "Todos os grupos violentos da Colômbia são terroristas. São terroristas por atentar contra uma democracia respeitável e por seus métodos de extermínio da humanidade". O governo colombiano condena a fonte de financiamento da guerrilha: o narcotráfico. E justifica a classificação de terrorismo: "São terroristas porque seqüestram, põem bombas indiscriminadamente, recrutam e assassinam crianças, matam mulheres grávidas e idosas e deixam em sua passagem milhares de vítimas inocentes. Todas essas práticas violam os direitos humanos".

Coca todo dia

Um site em espanhol (Urgente24 Latinoamérica), da Argentina, revelou uma informação sobre uma peculiar rotina diária do presidente Hugo Chávez, até agora omitida pela imprensa em geral.

Ao criticar o governo dos EUA e a mídia em geral por se referir ao presidente boliviano Evo Moralles como “cocalero”, Chávez fez sua revelação:

“Yo mastico coca todos los días a la mañana y miren cómo estoy. Evo me manda pasta de coca, se los recomiendo”.

Entre neste link e veja uma confissão de uso de folha de coca por Chávez - http://www.urgente24.com/index.php?id=ver&tx_ttnews%5btt_news%5d=92576&tx_ttnews%5bbackPid%5d=17&cHash=70352ac3ae.

Invasão

Do blog MÍDIA SEM MÁSCARA
por Heitor De Paola em 14 de janeiro de 2008

Resumo: Conforme previsto em artigo publicado pelo MSM, fazenda Coqueiros é invadida pelo MST.

© 2008 MidiaSemMascara.org

A fazenda Coqueiros, como já se previa na série de artigos de minha autoria, foi invadida esta madrugada (13-14 janeiro) pelo MST. Aguarda-se notícias mais detalhadas.



Meditando com Alan Greenspan

Do blog ALERTA TOTAL
Por Arlindo Alexandre Montenegro em 12 de janeiro de 2008

As criações mais geniais da humanidade foram geradas por individualidades e pela difusão do conhecimento, isto é, por pessoas e equipes integralmente dedicadas à ciência. As biografias descrevem pessoas de mente aberta e com elevado senso de liberdade. Pessoas sensatas e voltadas para o bem comum.

Vivemos um momento histórico sem precedentes, em que o impulso do progresso material mobiliza nações e povos que adotaram o capitalismo como forma de organização da economia, marcando novos e crescentes índices de produtividade e competência profissional, relacionada com pesados investimentos em educação e treinamento, habilitação de pessoas. Tudo propiciando melhor qualidade de vida.

Por que será que, nos assuntos políticos, seguimos o caminho inverso?

Parte da resposta foi dada pela Professora de Filosofia da USP, Maria Sylvia, em entrevista à revista Veja: “A censura ideológica neste país é muito grande...Ideologia emburrece.”

Por que será que não adotamos a política de administradores competentes em lugar da incompetência de políticos feirantes?

As empresas mais competentes sediadas em todo o orbe, mesmo por aqui, admitem suas equipes de direção, suas equipes gerenciais e seus trabalhadores, utilizando critérios de capacidade, experiência, gana de aprendizagem e formação profissional continuada, pelo empenho, pela assiduidade e outros valores, de modo a garantir suas metas, objetivos, lucro competitivo no mercado, sem o que são absorvidas por outras empresas ou vão amargar endividamentos e falência.

Na verdade, para administrar, conduzir nosso País, os partidos apresentam aos eleitores, seus militantes mais fanfarrões, mais gabolas, mais camelôs e em sua maioria menos preparados? Como acreditar na seriedade de um partido sem um programa de governo coerente com os avanços e conquistas da democracia? Que se pode esperar da incapacidade?

Carecemos de uma legislação de competência, exigindo que os candidatos a cargos públicos apresentem credenciais e histórico de vida transparente. Se aspiramos vir a ser uma nação soberana, vamos espelhar-nos em nações que na prática demonstram ser mais competentes. E, dentre tantas, não se encontra uma só, cujos estadistas e líderes não apresentassem credenciais, históricos de vida dedicada à pátria, à humanidade e saber intelectual superior.

São pensadores, militares de nível com atuação destacada, doutores, artistas, professores, os que conduziram seus povos aos ambientes de prosperidade. Todos dignos do respeito da nação, intransigentes quanto aos princípios e valores culturais, direitos, respeito às Leis e tradições.

Para evoluir no mundo de economia globalizada os países precisam ser dirigidos por equipes dos mais competentes. Precisam de algo mais que o histórico de um ex-agitador sindical ou estudantil, algo mais que membro de um minúsculo agrupamento de seqüestradores e assaltantes de banco - todos escudados numa ideologia totalitária, já desmoralizada. Algo mais que partidos oligárquicos ou que apresentem em seus registros o propósito de restaurar modelos econômicos e ideologias ultrapassadas, violentas e fora do lugar.

Existem escolas para os diplomatas. Existem escolas para os militares superiores. Existem escolas para a administração de empresas. Existem escolas para todas as disciplinas e até uma que se diz de Ciências “políticas”. Mas, para ser um profissional político, basta o papo e o rapapé ao chefe do grêmio partidário. E os “eleitos” são capazes apenas para votar as Leis na direção do cabresto orientado pelo “chefe”, cargo vitalício do tal ou qual partido. Pobres e iludidos, os eleitores irracionais, “escolhem livremente” através de uma maquininha suspeita, os que vão administrar a empresa Brasil. E pagam o pato!

Para fazer o dever de casa dos incompetentes, o sistema contrata assessores caríssimos, consultores da panelinha acadêmica, compadres, tios, primos, namoradas, ongs suspeitas e que não prestam contas, agências de propaganda, horários de tv, páginas ou jornais inteiros, jornalistas corruptos, serviços bancários, jardineiros, massagistas, cabeleleiros e manicures, alfaiates e limpadores de piscina... E claro, um bom grupo de advogados criminalistas. Escapes para a lavagem de dinheiro público...

Nunca vi um diretor de empresa fazendo propaganda das diversas gerências e departamentos. Avaliação sim, para verificar se as metas estão sendo cumpridas, fazer correções e meter o pé na bunda dos incompetentes, abrindo vaga para os mais capazes de produzir. Profissionalismo e competência andam de mãos dadas e as empresas familiares, muitas vezes vão à falência por ignorância dos donos para adotar controles profissionais, escolhendo atribuir as tarefas de direção produtiva ao parente ou ao amigo incompetente.

Lendo Greenspan, topei com a agenda de um presidente eleito nos EUA: “aumentar a competitividade do país incrementando os programas de educação e treinamento.”

As nossas universidades publicas têm folhas de pagamento caríssimas, dão como retorno uma educação deficiente fundamentada num elitismo marxista e intolerante. Suprema teimosia!

A economia financeira resultante do trabalho da nação paga caro os projetos, estudos, planejamentos e direções positivas apontadas para o bem comum, que são “engavetadas” e pouco ou nada significam diante das prioridades das barraqueiros da feira deste tal congresso legislativo, “livremente eleito” (???) Por que as maquininhas que já levantaram tanta suspeição, devidamente abafada, jogada pra baixo do tapete, arquivada para encher a barriga das traças, não emitem o recibo para o eleitor conferir seu voto? Era da informática? Primeiro mundo? Utilizado para engabelar os bestas?

Este é o poder populista dos partidos e seus legisladores ignorantes, controlados por feudos familiares vitalícios que há séculos utilizam todas as políticas de convencimento e persuasão pelo medo, incluindo a ponta do punhal ou bala da pistola de um cangaceiro alugado por míseros vinténs ou mesmo um prato de comida.

Já estamos atrasados para virar as costas ao papo de enrolação dos que se identificam como direita ou esquerda, comunismo ou liberalismo, militarismo ou populismo. Temos de pensar no mundo globalizado exigindo novas ações, novos pensamentos, novos comportamentos tanto dos militares como profissionais competentes para a defesa integral dos interesses do País, como dos conservadores que ainda têm vergonha na cara e aspiram a dignidade de uma nação soberana, como também dos revolucionários que dizem uma coisa e fazem o contrário, disseminando a enrolação e a mentira, em detrimento da ação construtiva de um mundo menos bestial, intolerante e violento.

O Greenspan tem uma citação sobre religiosidade dos marxistas. Lembra que a noção pecaminosa de propriedade privada, obtenção de lucro e empréstimo a juros tem raízes no cristianismo, islamismo e outras religiões... E Karl Marx foi o primeiro a condenar a propriedade privada que tornou-se fundamento do socialismo. As religiões praticam a caridade para reduzir os males da pobreza. Os estados marxistas disseminaram a pobreza e taparam as bocas dos antagonistas por mais de 50 anos. Caiu o muro de Berlim e escancarou-se a diferença entre a sociedade capitalista e o totalitarismo comunista. Em pouco mais de um mês a economia de mercado começou a mudar a cara de Berlim Oriental.

Entre nós, vige a teologia da libertação, enlace espúrio de cristãos (?) e marxistas, mobilizando as guerrilhas do mst, com ajuda econômica dos impostos que os brasileiros da produção ativa pagam para manter escolas com professores das farc e para destruir bens e propriedades publicas e privadas, laboratórios de pesquisa, ocupar estradas impedindo o abastecimento e o transporte... é o populismo com aplauso dos aliados e bênçãos dos governantes marxistas.

À nossa política de feirantes falta a habilidade intelectual, a preparação rigorosa, o envolvimento emotivo com o bem comum, a correção profissional, o senso de pertencer a um conjunto com identidade Brasil, cujas unidades, estados, com vocação e cultura variada devem - e depressa - atuar de modo concorrente e competitivo, sem paternalismos. Somente assim poderão sair da inércia preguiçosa. Algumas iniciativas capitalistas já estão provando esta realidade no nordeste.

A miséria, a pobreza ignorante é superada, sempre que o Estado proporcione a liberdade, as ferramentas para a livre iniciativa, garantindo a propriedade. Aí prevalece o anseio, o movimento de cada cidadão na direção objetiva de sair da merda. Diferente de cobrar impostos e presentear cartões de bolsa família, seria distribuir bônus aos mais pobres, para a compra de empresas estatais e outras, falidas por má administração, ensinando como atuar competitivamente, como superar a pobreza com trabalho e educação.

A gerencia dos negócios nacionais tarda em assumir seu papel de coordenação, pura e simples, afastando-se do bate boca personalista, da intolerância ideológica, da gastança e do roubo, para adotar uma vontade firme e dedicação total ao trabalho, lidando sim com a multiplicidade de interesses, permitindo a competitividade criativa entre os diversos grupos produtivos, ousando incentivar os riscos, a ciência, a tecnologia e criando prioritariamente instrumentos e profissionais capazes para a reeducação da força de trabalho e formação das novas gerações.

Quando isto acontecer, resta somente uma observação: Demorou!

Arlindo Alexandre Montenegro é Apicultor.

Frases do Joseph Stalin

Segundo as ATAS DAS REUNIÕES DO FORO DE SÃO PAULO, entidade criada pelA LULA (aquilo não pode ser gente), FIDEL e as FARC, o objetivo da entidade criminosa desde o início por ter em suas fileiras NARCOTRAFICANTES-GUERRILHEIROS-SEQUESTRADORES, é "IMPLANTAR NA AMÉRICA LATRINA AQUILO QUE PERDEMOS NO LESTE EUROPEU". Pois bem, olhem a que nos diz um dos pais do monstro que existia no LESTE EUROPEU (aqui no Brasil vai se chamar SOCIALISMO PETISTA):

. Uma única morte é uma tragédia. Um milhão de mortes é estatística.

. Morte é a solução para todos os problemas. Nenhum homem, nenhum problema;

. Educação é uma arma que afeta a quem a tem nas mãos e para quem a apontamos;

. Gratidão é uma doença sofrida por cães.

. Não confio em ninguém, inclusive em mim.

. Idéias são mais poderosas que armas. Não permitimos que nossos inimigos portem armas, por que deveríamos permitir idéias?

. A imprensa é a arma mais forte e pontiaguda de nosso partido

. O único poder real vêm da ponta do cano de um longo rifle.

. Os eleitores não decidem uma eleição. As pessoas que contam os votos sim!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!!!

Do portal ORDEM LIVRE

Amigos do bem, não percam de forma alguma estes livros gratuitos que, duvido muito, sejam sequer do conhecimento dos m$#%¨$%% dos professores de cursos superiores neste país de m%$%¨%¨&&&.

Livros essenciais sobre ECONOMIA E MERCADO que jogam luz (como se fosse necessário...) na imbecilidade do LULA, do CHÁVEZ, do FIDEL e de todos os sociopatas cretinos deste mundo e deveriam acabar de vez com o mito do Socialismo como respostas aos problemas do "mundo capitalista", ou melhor do "mundo natural".

Clique aqui e baixe-os sem exceção.

O Socialismo e Capitalismo - sistema de poder não natural X natureza humana

Vejam os dois posts abaixo e entendamos, de uma vez por todas, que o Capitalismo opõe-se ao Socialismo quando este IMPEDE AS LIBERDADES INDIVIDUAIS. Mesmo assim, o "Socio-capitalismo" chinês, por exemplo, pode existir como estamos vendo na prática.

Mas como pode isto?

Simples: Socialismo é um sistema de Poder e o Capitalismo não. Capitalismo é "natural" no ser humano como verão nas matérias abaixo. Já o Socialismo não é nada natural. Menos ainda o Socialismo Revolucionário que estamos vendo na América LatRina. O Capitalismo pode existir "em cima" do Socialismo, como acontece TAMBÉM NO BRASIL faz algumas décadas.

Mas porque então ser RADICALMENTE contra o Socialismo? Primeiro porque é não-natural e já foi provado que não serve para absolutamente nada que não seja criar uma nova classe de poderosos que fazem o que querem como em Cuba e China sem nenhuma oposição. Segundo porque se o Capitalismo é de conhecimento prático de um povo inteiro, este JAMAIS aceitou a implantação do Socialismo em substituição a outros sistemas sem UM BANHO DE SANGUE. Terceiro porque o partido do LULA disse que vai "extinguir o Capitalismo". Vejam a prova aqui.

O Movimento Revolucionário tem na Revolução Francesa com o "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" um grande exemplo pois começa cortando as cabeças dos que não eram TÃO IGUAIS ASSIM...

Precisamos começar a pensar.

A França só cai ano a ano, presa que esta desta mentira pregada por aquela Revolução. O que existe de tão bom nos movimentos revolucionários? Quem passou por isto tornou-se um país melhor?

Leiam abaixo, caros leitores.

Capitalismo e tradição

Do blog do MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Olavo de Carvalho em 10 de janeiro de 2008

A descrição que Marx fornece do capitalismo é inteiramente baseada na premissa de que as relações econômicas são a "essência" da vida social. Nessa perspectiva, todos os elementos culturais, psicológicos, morais e religiosos que compõem a trama mesma da experiência diária, alguns dos quais arraigados em tradições anteriores de muitos milênios ao advento do capitalismo, podem ser totalmente omitidos do quadro, sobrando em lugar deles o seco e descarnado esquema da relação capital-trabalho, fundada na alienação, no "fetichismo do dinheiro", na destruição de todos os laços de participação comunitária.

Ato contínuo, esse esquema é projetado retroativamente sobre a cultura em geral, ocupando o lugar das realidades omitidas e tornando-se ele próprio o dado cultural fundamental: toda a existência humana sob o capitalismo é vista então como despersonalização, frieza inumana, redução dos seres humanos ao estado de átomos anônimos jogados de um lado para outro pelas forças mecânicas da produção e do consumo.

O atrativo hipnótico dessa descrição macabra é tão forte que muita gente continua acreditando nela a despeito do fato de que um capitalismo tal como ela apresenta jamais existiu. O capitalismo não é nem nunca foi uma cultura, muito menos uma cultura universalmente devoradora capaz de suprimir a herança tradicional, comunitária e religiosa, espalhando por toda parte novas relações humanas fundadas no puro poder do dinheiro. No mínimo, a refutação integral dessa hipótese está no fato mesmo de que o país onde o capitalismo mais se expandiu foi aquele que permaneceu mais apegado às suas raízes comunitárias e religiosas - os EUA - enquanto os povos mais vulneráveis à modernização ateística iam na direção oposta, caindo no estatismo centralizador de perfil positivista, socialista ou fascista. Não é possível comparar a construção teórica de Marx em O capital com a montanha de fatos acumulada em A democracia na América, de Tocqueville, sem concluir que aquela construção foi inteiramente erigida no ar.

Também não é lícito ignorar o fato de que a estrutura constitucional e legal do Estado americano - mais ou menos intacta até hoje - não foi nenhuma criação do capitalismo oitocentista, mas a simples sistematização de normas tradicionais que já vigoravam nas colônias desde séculos antes da independência (leiam, se puderem, o clássico A constitutional history of the United States, de Andrew C. McLaughlin).

O capitalismo não é uma cultura: é um conjunto de relações econômicas que se desenvolve dentro de uma cultura preexistente e a ela se adapta, renovando-a e fortalecendo-a. Se, ao contrário, ele busca sufocá-la e substituir-se a ela, é ele quem se atrofia e se torna indefeso ante a tentação socialista.

A história recente dos EUA confirma isso tanto quanto a sua história mais remota confirma os laços entre capitalismo e tradição. A debilitação da crença religiosa e das afeições comunitárias veio junto com o crescimento avassalador do Estado-babá - que não se satisfaz com o controle da economia mas quer se meter em todos os assuntos da vida privada. Isso deveria bastar para ensinar aos liberais ateus que os belos ideais do seu iluminismo "científico", se realizados, não conduzirão a nenhum paraíso de liberdade, mas apenas contribuirão para tornar a descrição marxista do capitalismo uma profecia auto-realizável. Lukács e Gramsci, por seu lado, estavam certíssimos ao notar que o principal obstáculo à revolução socialista não é a economia capitalista em si, mas as tradições culturais e religiosas que lhe servem de moldura protetiva.

Capitalismo, por Ludwig von Mises

Do blog do MOVIMENTO ENDIREITAR
Escrito por Ludwig von Mises em 11 de janeiro de 2008

O texto a seguir é o primeiro capítulo do livro "As seis lições" de Ludwig Von Mises. O livro foi publicado originalmente pelo Instituto Liberal e a versão eletrônica completa está disponível na biblioteca do site OrdemLivre.org.

Capitalismo

Certas expressões usadas pelo povo são, muitas vezes, inteiramente equivocadas. Assim, atribuem-se a capitães de indústria e a grandes empresários de nossos dias epítetos como "o rei do chocolate", "o rei do algodão" ou "o rei do automóvel". Ao usar essas expressões, o povo demonstra não ver praticamente nenhuma diferença entre os industriais de hoje e os reis, duques ou lordes de outrora. Mas, na realidade, a diferença é enorme, pois um rei do chocolate absolutamente não rege, ele serve. Não reina sobre um território conquistado, independente do mercado, independente de seus compradores. O rei do chocolate - ou do aço, ou do automóvel, ou qualquer outro rei da indústria contemporânea - depende da indústria que administra e dos clientes a quem presta serviços. Esse "rei" precisa se conservar nas boas graças dos seus súditos, os consumidores: perderá seu "reino" assim que já não tiver condições de prestar aos seus clientes um serviço melhor e de mais baixo custo que o oferecido por seus concorrentes.

Duzentos anos atrás, antes do advento do capitalismo, o status social de um homem permanecia inalterado do princípio ao fim de sua existência: era herdado dos seus ancestrais e nunca mudava. Se nascesse pobre, pobre seria para sempre; se rico - lorde ou duque -, manteria seu ducado, e a propriedade que o acompanhava, pelo resto dos seus dias. No tocante à manufatura, as primitivas indústrias de beneficiamento da época existiam quase exclusivamente em proveito dos ricos. A grande maioria do povo (90% ou mais da população européia) trabalhava na terra e não tinha contato com as indústrias de beneficiamento, voltadas para a cidade. Esse rígido sistema da sociedade feudal imperou, por muitos séculos, nas mais desenvolvidas regiões da Europa.

Contudo, a população rural se expandiu e passou a haver um excesso de gente no campo. Os membros dessa população excedente, sem terras herdadas ou bens, careciam de ocupação. Também não lhes era possível trabalhar nas indústrias de beneficiamento, cujo acesso lhes era vedado pelos reis das cidades. O número desses "párias" crescia incessantemente, sem que todavia ninguém soubesse o que fazer com eles. Eram, no pleno sentido da palavra, "proletários", e ao governo só restava interná-los em asilos ou casas de correção. Em algumas regiões da, Europa, sobretudo nos Países Baixos e na Inglaterra, essa população tornou-se tão numerosa que, no século XVIII, constituía uma verdadeira ameaça à preservação do sistema social vigente:

Hoje, ao discutir questões análogas em lugares como a Índia ou outros países em desenvolvimento, não devemos esquecer que, na Inglaterra do Século XVIII, as condições eram muito piores. Naquele tempo, a Inglaterra tinha uma população de seis ou sete milhões de habitantes, dos quais mais de um milhão - provavelmente dois - não passavam de indigentes a quem o sistema social em vigor nada proporcionava. As medidas a tomar com relação a esses deserdados constituíam um dos maiores problemas da Inglaterra.

Outro sério problema era a falta de matérias-primas. Os ingleses eram obrigados a enfrentar a seguinte questão: que faremos, no futuro, quando nossas florestas já não nos derem a madeira de que necessitamos para nossas indústrias e para aquecer nossas casas? Para as classes governantes, era uma situação desesperadora. Os estadistas não sabiam o que fazer e as autoridades em geral não tinham qualquer idéia sobre como melhorar as condições. Foi dessa grave situação social que emergiram os começos do capitalismo moderno. Dentre aqueles párias, aqueles miseráveis, surgiram pessoas que tentaram organizar grupos para estabelecer pequenos negócios, capazes de produzir alguma coisa. Foi uma inovação. Esses inovadores não produziam artigos caros, acessíveis apenas às classes mais altas: produziam bens mais baratos, que pudessem satisfazer as necessidades de todos. E foi essa a origem do capitalismo tal como hoje funciona. Foi o começo da produção em massa - princípio básico da indústria capitalista. Enquanto as antigas indústrias de beneficiamento funcionavam a serviço da gente abastada das cidades, existindo quase que exclusivamente para corresponder às demandas dessas classes privilegiadas, as novas indústrias capitalistas começaram a produzir artigos acessíveis a toda a população. Era a produção em massa, para satisfazer às ecessidades das massas.

Este é o principio fundamental do capitalismo tal como existe hoje em todos
os países onde há um sistema de produção em massa extremamente desenvolvido: as empresas de grande porte, alvo dos mais fanáticos ataques desfechados pelos pretensos esquerdistas, produzem quase exclusivamente para suprir a carência das massas. As empresas dedicadas à fabricação de artigos de luxo, para uso apenas dos abastados, jamais têm condições de alcançar a magnitude das grandes empresas. E, hoje, os empregados das grandes fábricas são, eles próprios, os maiores consumidores dos produtos que nelas se fabricam. Esta é a diferença básica entre os princípios capitalistas de produção e os princípios feudalistas de épocas anteriores.

Quando se pressupõe ou se afirma a existência de uma diferença entre os produtores e os consumidores dos produtos da grande empresa, incorre-se em grave erro. Nas grandes lojas dos Estados Unidos, ouvimos o slogan: "O cliente tem sempre razão." E esse cliente é o mesmo homem que produz, na fábrica, os artigos à venda naqueles estabelecimentos. Os que pensam que a grande empresa detém um enorme poder também se equivocam, uma vez que a empresa de grande porte é inteiramente dependente da preferência dos que lhes compram os produtos; a mais poderosa empresa perderia seu poder e sua influência se perdesse seus clientes.

Há cinqüenta ou sessenta anos, era voz corrente em quase todos os países capitalistas que as companhias de estradas de ferro eram por demais grandes e poderosas: sendo monopolistas, tornavam impossível a concorrência. Alegava-se que, na área dos transportes, o capitalismo já havia atingido um estágio no qual se destruíra a si mesmo, pois que eliminara a concorrência. O que se descurava era o fato de que o poder das ferrovias dependia de sua capacidade de oferecer à população um meio de transporte melhor que qualquer outro.

Evidentemente teria sido absurdo concorrer com uma dessas grandes estradas de ferro, através da implantação de uma nova ferrovia paralela à anterior, porquanto a primeira era suficiente para atender às necessidades do momento. Mas outros concorrentes não tardaram a aparecer. A livre concorrência não significa que se possa prosperar pela simples imitação ou cópia exata do que já foi feito por alguém. A liberdade de imprensa não significa o direito de copiar o que outra pessoa escreveu, e assim alcançar o sucesso a que o verdadeiro autor fez jus por suas obras. Significa o direito de escrever outra coisa. A liberdade de concorrência no tocante às ferrovias, por exemplo, significa liberdade para inventar alguma coisa, para fazer alguma coisa que desafie as ferrovias já existentes e as coloque em situação muito precária de competitividade.

Nos Estados Unidos, a concorrência que se estabeleceu através dos ônibus, automóveis, caminhões e aviões impôs às estradas de ferro grandes perdas e uma derrota quase absoluta no que diz respeito ao transporte de passageiros. O desenvolvimento do capitalismo consiste em que cada homem tem o direito de servir melhor e/ou mais barato o seu cliente. E, num tempo relativamente curto, esse método, esse princípio, transformou a face do mundo, possibilitando um crescimento sem precedentes da população mundial

Na Inglaterra do século XVIII, o território só podia dar sustento a seis milhões de pessoas, num baixíssimo padrão de vida. Hoje, mais de cinqüenta milhões de pessoas aí desfrutam de um padrão de vida que chega a ser superior ao que desfrutavam os ricos no século XVIII. E o padrão de vida na Inglaterra de hoje seria provavelmente mais alto ainda, não tivessem os ingleses dissipado boa parte de sua energia no que, sob diversos pontos de vista, não foram mais que "aventuras" políticas e militares evitáveis.

Estes são os fatos acerca do capitalismo. Assim, se um inglês - ou, no tocante a esta questão, qualquer homem de qualquer pais do mundo – afirmar hoje aos amigos ser contrário ao capitalismo, há uma esplêndida contestação a lhe fazer: "Sabe que a população deste planeta é hoje dez vezes maior que nos períodos precedentes ao capitalismo? Sabe que todos os homens usufruem hoje um padrão de vida mais elevado que o de seus ancestrais antes do advento do capitalismo? E como você pode ter certeza de que, se não fosse o capitalismo, você estaria integrando a décima parte da população sobrevivente? Sua mera existência é uma prova do êxito do capitalismo, seja qual for o valor que você atribua à própria vida."

Não obstante todos os seus benefícios, o capitalismo foi furiosamente atacado e criticado. É preciso compreender a origem dessa aversão. É fato que o ódio ao capitalismo nasceu não entre o povo, não entre os próprios trabalhadores, mas em meio à aristocracia fundiária - a pequena nobreza da Inglaterra e da Europa continental. Culpavam o capitalismo por algo que não lhes era muito agradável: no início do século XIX, os salários mais altos pagos pelas indústrias aos seus trabalhadores forçaram a aristocracia agrária a pagar salários igualmente altos aos seus trabalhadores agrícolas. A aristocracia atacava a indústria criticando o padrão de vida das massas trabalhadoras.

Obviamente, do nosso ponto de vista, o padrão de vida dos trabalhadores era extremamente baixo. Mas, se as condições de vida nos primórdios do capitalismo eram absolutamente escandalosas, não era porque as recém-criadas indústrias capitalistas estivessem prejudicando os trabalhadores: as pessoas contratadas pelas fábricas já subsistiam antes em condições praticamente subumanas.

A velha história, repetida centenas de vezes, de que as fábricas empregavam mulheres e crianças que, antes de trabalharem nessas fábricas, viviam em condições satisfatórias, é um dos maiores embustes da história. As mães que trabalhavam nas fábricas não tinham o que cozinhar: não abandonavam seus lares e suas cozinhas para se dirigir às fábricas - corriam a elas porque não tinham cozinhas e, ainda que as tivessem, não tinham comida para nelas cozinharem. E as crianças não provinham de um ambiente confortável: estavam famintas, estavam morrendo. E todo o tão falado e indescritível horror do capitalismo primitivo pode ser refutado por uma única estatística: precisamente nesses anos de expansão do capitalismo na Inglaterra, no chamado período da Revolução Industrial inglesa, entre 1760 e 1830, a população do país dobrou, o que significa que centenas de milhares de crianças - que em outros tempos teriam morrido - sobreviveram e cresceram, tornando-se homens e mulheres.

Não há dúvida de que as condições gerais de vida em épocas anteriores eram muito insatisfatórias. Foi o comércio capitalista que as melhorou. Foram justamente aquelas primeiras fábricas que passaram a suprir, direta ou indiretamente, as necessidades de seus trabalhadores, através da exportação de manufaturados e da importação de alimentos e matérias-primas de outros países. Mais uma vez, os primeiros historiadores do capitalismo falsearam – é difícil usar uma palavra mais branda - a história.

Há uma anedota - provavelmente inventada - que se costuma contar a respeito de Benjamin Franklin: em visita a um cotonifício na Inglaterra, Bem Franklin ouviu do proprietário cheio de orgulho: "Veja, temos aqui tecidos de algodão para a Hungria." Olhando à sua volta e constatando que os trabalhadores estavam em andrajos, Franklin perguntou: "E por que não produz também para os seus empregados?".

Mas as exportações de que falava o dono do cotonifício realmente significavam que ele de fato produzia para os próprios empregados, visto que a Inglaterra tinha de importar toda a sua matéria-prima. Não possuía nenhum algodão, como também ocorria com a Europa continental. A Inglaterra atravessava uma fase de escassez de alimentos: era necessária sua importação da Polônia, da Rússia, da Hungria. Assim, as exportações - como as de tecidos - se constituíam no pagamento de importações de alimentos necessários à sobrevivência da população inglesa. Muitos exemplos da história dessa época revelarão a atitude da pequena nobreza e da aristocracia com relação aos trabalhadores. Quero citar apenas dois. Um é o famoso sistema inglês do seed and land. Por tal sistema, o governo inglês pagava a todos os trabalhadores que não chegavam a receber um salário mínimo (oficialmente fixado) a diferença entre o que recebiam e esse mínimo. Isso poupava à aristocracia fundiária o dissabor de pagar salários mais altos. A pequena nobreza continuaria pagando o tradicionalmente baixo salário agrícola, suplementado pelo governo. Evitava-se, assim, que os trabalhadores abandonassem as atividades rurais em busca de emprego nas fábricas urbanas.

Oitenta anos depois, após a expansão do capitalismo da Inglaterra para a Europa continental, mais uma vez verificou-se a reação da aristocracia rural contra o novo sistema de produção. Na Alemanha, os aristocratas prussianos - tendo perdido muitos trabalhadores para as indústrias capitalistas, que ofereciam melhor remuneração - cunharam uma expressão especial para designar o problema: "fuga do campo" - Landflucht. Discutiu-se, então, no Parlamento alemão, que tipo de medida se poderia tomar contra aquele mal – e tratava-se indiscutivelmente de um mal, do ponto de vista da aristocracia rural.

O príncipe Bismarck, o famoso chanceler do Reich alemão, disse um dia num discurso: "Encontrei em Berlim um homem que havia trabalhado em minhas terras. Perguntei-lhe: 'Por que deixou minhas terras? Por que deixou o campo? Por que vive agora em Berlim?; "

E, segundo Bismarck, o homem respondeu: "Ha aldeia não se tem, como aqui em Berlim, um Biergarten tão lindo, onde nos podemos sentar; tomar cerveja e ouvir música." Esta é, sem dúvida, uma estória contada do ponto de vista do príncipe Bismarck, o empregador. Não seria o ponto de vista de todos os seus empregados. Estes acorriam à indústria porque ela lhes pagava salários mais altos e elevava seu padrão de vida a níveis sem precedentes

Hoje, nos países capitalistas, há relativamente pouca diferença entre a vida básica das chamadas classes mais altas e a das mais baixas: ambas têm alimento, roupas e abrigo. Mas no século XVIII, e nos que o precederam, o que distinguia o homem da classe média do da classe baixa era o fato de o primeiro ter sapatos, e o segundo, não. Hoje, nos Estados Unidos, a diferença entre um rico e um pobre reduz-se muitas vezes à diferença entre um Cadillac e um Chevrolet. O Chevrolet pode ser de segunda mão, mas presta a seu dono basicamente os mesmos serviços que o Cadillac poderia prestar, uma vez que também está apto a se deslocar de um local a outro. Mais de 50% dá população dos Estados Unidos vivem em casas e apartamentos próprios.

As investidas contra o capitalismo - especialmente no que se refere aos padrões salariais mais altos - tiveram por origem a falsa suposição de que os salários são, em última análise, pagos por pessoas diferentes daquelas que trabalham nas fábricas.

Certamente, nada impede que economistas e estudantes de teorias econômicas tracem uma distinção entre trabalhador e consumidor. Mas o fato é que todo consumidor tem de ganhar, de uma maneira ou de outra, o dinheiro que gasta, e a imensa maioria dos consumidores é constituída precisamente por aquelas mesmas pessoas que trabalham como empregados nas empresas produtoras dos bens que consomem.

No capitalismo, os padrões salariais não são estipulados por pessoas diferentes das que ganham os salários: são essas mesmas pessoas que os manipulam. Não é a companhia cinematográfica de Hollywood que paga os salários de um astro das telas, quem os paga é o público que compra ingresso nas bilheterias dos cinemas. E não é o empresário de uma luta de boxe que cobre as enormes exigências de lutadores laureados, mas sim a platéia, que compra entradas para a luta. A partir da distinção entre empregado e empregador, traça-se, no plano da teoria econômica, uma distinção que não existe na vida real. Nesta, empregador e empregado são, em última análise, uma só e a mesma pessoa.

Em muitos países há quem considere injusto que um homem obrigado a sustentar uma família numerosa receba o mesmo salário que outro, responsável apenas pela própria manutenção. No entanto, o problema é não questionar se é ao empresário ou não que cabe assumir a responsabilidade pelo tamanho da família de um trabalhador.

A pergunta que deve ser feita neste caso é: Você, como indivíduo, se disporia a pagar mais por alguma coisa, digamos, um pão, se for informado de que o homem que o fabricou tem seis filhos? Uma pessoa honesta por certo responderia negativamente, dizendo: "Em principio, sim. Nas na prática tenderia a comprar o pão feito por um homem sem filho nenhum." O fato é que o empregador a quem os compradores não pagam o suficiente para que ele possa pagar seus empregados se vê na impossibilidade de levar adiante seus negócios.

O "capitalismo" foi assim batizado não por um simpatizante do sistema, mas por alguém que o tinha na conta do pior de todos os sistemas históricos, da mais grave calamidade que jamais se abatera sobre a humanidade. Esse homem foi Karl Marx. Não há razão, contudo, para rejeitar a designação proposta por Marx, uma vez que ela indica claramente a origem dos grandes progressos sociais ocasionados pelo capitalismo. Esses progressos são fruto da acumulação do capital; baseiam-se no fato de que as pessoas, por via de regra, não consomem tudo o que produzem e no fato de que elas poupam - e investem - parte desse montante.

Reina um grande equívoco em torno desse problema. Ao longo destas seis palestras, terei oportunidade de abordar os principais mal-entendidos em voga, relacionados com a acumulação do capital, com o uso do capital e com os benefícios universais auferidos a partir desse uso. Tratarei do capitalismo particularmente em minhas palestras dedicadas ao investimento externo e a esse problema extremamente crítico da política atual que é a inflação. Todos sabem, é claro, que a inflação não existe só neste pais. Constitui hoje um problema em todas as partes do mundo.

O que muitas vezes não se compreende a respeito do capitalismo é o seguinte: poupança significa benefícios para todos os que desejam produzir ou receber salários. Quando alguém acumula certa quantidade de dinheiro – mil dólares, digamos - e confia esses dólares, em vez de gastá-los, a uma empresa de poupança ou a uma companhia de seguros, transfere esse dinheiro para um empresário, um homem de negócios, o que vai permitir que esse empresário possa expandir suas atividades e investir num projeto, que na véspera ainda era inviável, por falta do capital necessário.

Que fará então o empresário com o capital recém-obtido? Certamente a primeira coisa que fará, o primeiro uso que dará a esse capital suplementar será a contratação de trabalhadores e a compra de matérias-primas - o que promoverá, por sua vez, o surgimento de uma demanda adicional de trabalhadores e matérias-primas, bem como uma tendência à elevação dos salários e dos preços dessas matérias-primas. Muito antes que o poupador ou o empresário tenham obtido algum lucro em tudo isso, o trabalhador desempregado, o produtor de matérias-primas, o agricultor e o assalariado já estarão participando dos benefícios das poupanças adicionais.

O que o empresário virá ou não a ganhar com o projeto depende das condições futuras do mercado e de seu talento para prevê-las corretamente. Mas os trabalhadores, assim como os produtores de matéria-prima, auferem as vantagens de imediato. Muito se falou, trinta ou quarenta anos atrás, sobre a "política salarial" - como a denominavam - de Henry Ford. Uma das maiores façanhas do Sr. Ford consistia em pagar salários mais altos que os oferecidos pelos demais industriais ou fábricas. Sua política salarial foi descrita como uma "invenção". Não se pode, no entanto, dizer que essa nova política "inventada" seja simplesmente um fruto da liberalidade do Sr. Ford. Um novo ramo industrial - ou uma nova fábrica num ramo já existente - precisa atrair trabalhadores de outros empregos, de outras regiões do país e até de outros países. E não há outra maneira de fazê-lo senão através do pagamento de salários mais altos aos trabalhadores. Foi o que ocorreu nos primórdios do capitalismo, e é o que ocorre até hoje.

Na Grã-Bretanha, quando os fabricantes começaram a produzir artigos de algodão, eles passaram a pagar aos seus trabalhadores mais do que estes ganhavam antes. Ê verdade que grande porcentagem desses novos trabalhadores jamais ganhara coisa alguma antes. Estavam, então, dispostos a aceitar qualquer quantia que lhes fosse oferecida. Mas, pouco tempo depois, com a crescente acumulação do capital e a implantação de um número cada vez maior de novas empresas, os salários se elevaram, e como conseqüência houve aquele aumento sem precedentes da população inglesa, ao qual já me referi.

A reiterada caracterização depreciativa do capitalismo como um sistema destinado a tornar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres é equivocada do começo ao fim. A tese de Marx concernente ao advento do capitalismo baseou-se no pressuposto de que os trabalhadores estavam ficando mais pobres, de que o povo estava ficando mais miserável, o que finalmente redundaria na concentração de toda a riqueza de um pais em umas poucas mãos, ou mesmo nas de um homem só. Como conseqüência, as massas trabalhadoras empobrecidas se rebelariam e expropriariam os bens dos opulentos proprietários. Segundo essa doutrina de Marx, é impossível, no sistema capitalista, qualquer oportunidade, qualquer possibilidade de melhoria das condições dos trabalhadores.

Em 1865, falando perante a Associação Internacional dos Trabalhadores, na Inglaterra, Marx afirmou que a crença de que os sindicatos poderiam promover melhores condições para a população trabalhadora era "absolutamente errônea". Qualificou a política sindical voltada para a reivindicação de melhores salários e menor número de horas de trabalho de conservadora – era este, evidentemente, o termo mais desabonador a que Marx podia recorrer. Sugeriu que os sindicatos adotassem uma nova meta revolucionária: a "completa abolição do sistema de salários", e a substituição do sistema de propriedade privada pelo "socialismo" - a posse dos meios de produção pelo governo.

Se consideramos a história do mundo - e em especial a história da Inglaterra a partir de 1865 - verificaremos que Marx estava errado sob todos os aspectos. Não há um só país capitalista em que as condições do povo não tenham melhorado de maneira inédita. Todos esses progressos ocorridos nos últimos oitenta ou noventa anos produziram-se a despeito dos prognósticos de Karl Marx: os socialistas de orientação marxista acreditavam que as condições dos trabalhadores jamais poderiam melhorar. Adotavam uma falsa teoria, a famosa "lei de ferro dos salários". Segundo esta lei, no capitalismo os salários de um trabalhador não excederiam a soma que lhe fosse estritamente necessária para manter-se vivo a serviço da empresa.

Os marxistas enunciaram sua teoria da seguinte forma: se os padrões salariais dos trabalhadores sobem, com a elevação dos salários, a um nível superior ao necessário para a subsistência, eles terão mais filhos. Esses filhos, ao ingressarem na força de trabalho, engrossarão o número de trabalhadores até o ponto em que os padrões salariais cairão, rebaixando novamente os salários dos trabalhadores a um nível mínimo necessário para a subsistência – àquele nível mínimo de sustento, apenas suficiente para impedir a extinção da população trabalhadora.

Mas essa idéia de Marx, e de muitos outros socialistas, envolve um conceito de trabalhador idêntico ao adotado - justificadamente - pelos biólogos que estudam a vida dos animais. Dos camundongos, por exemplo.

Se colocarmos maior quantidade de alimento à disposição de organismos animais, ou de micróbios, maior número deles sobreviverá. Se a restringirmos, restringiremos o número dos sobreviventes. Mas com o homem é diferente.

Mesmo o trabalhador - ainda que os marxistas não o admitam - tem carências humanas outras que as de alimento e de reprodução de sua espécie. Um aumento dos salários reais resulta não só num aumento da população; resulta também, e antes de tudo, numa melhoria do padrão de vida média. Ê por isso que temos hoje, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, um padrão de vida superior ao das nações em desenvolvimento, às da África, por exemplo.

Devemos compreender, contudo, que esse padrão de vida mais elevado fundamenta-se na disponibilidade de capital. Isso explica a diferença entre as condições reinantes nos Estados Unidos e as que encontramos na Índia. Neste país foram introduzidos - ao menos em certa medida - modernos métodos de combate a doenças contagiosas, cujo efeito foi um aumento inaudito da população. No entanto, como esse crescimento populacional não foi acompanhado de um aumento correspondente do montante de capital investido no pais, o resultado foi um agravamento da miséria. Quanto mais se eleva o capital investido por indivíduo, mais próspero se torna o pais.

Mas é preciso lembrar que nas políticas econômicas não ocorrem milagres. Todos leram artigos de jornal e discursos sobre o chamado milagre econômico alemão - a recuperação da Alemanha depois de sua derrota e destruição na Segunda Guerra Mundial. Mas não houve milagre. Houve tão-somente a aplicação dos princípios da economia do livre mercado, dos métodos do capitalismo, embora essa aplicação não tenha sido completa em todos os pontos. Todo pais pode experimentar o mesmo "milagre" de recuperação econômica, embora eu deva insistir em que esta não é fruto de milagre: é fruto da adoção de políticas econômicas sólidas, pois que é delas que resulta.


Nota da Editoria Endireitar.org

Do mesmo autor ver também:

- SOCIALISMO VS. ECONOMIA DE MERCADO