Do blog ALERTA TOTAL
Por Arlindo Alexandre Montenegro em 12 de janeiro de 2008
As criações mais geniais da humanidade foram geradas por individualidades e pela difusão do conhecimento, isto é, por pessoas e equipes integralmente dedicadas à ciência. As biografias descrevem pessoas de mente aberta e com elevado senso de liberdade. Pessoas sensatas e voltadas para o bem comum.
Vivemos um momento histórico sem precedentes, em que o impulso do progresso material mobiliza nações e povos que adotaram o capitalismo como forma de organização da economia, marcando novos e crescentes índices de produtividade e competência profissional, relacionada com pesados investimentos em educação e treinamento, habilitação de pessoas. Tudo propiciando melhor qualidade de vida.
Por que será que, nos assuntos políticos, seguimos o caminho inverso?
Parte da resposta foi dada pela Professora de Filosofia da USP, Maria Sylvia, em entrevista à revista Veja: “A censura ideológica neste país é muito grande...Ideologia emburrece.”
Por que será que não adotamos a política de administradores competentes em lugar da incompetência de políticos feirantes?
As empresas mais competentes sediadas em todo o orbe, mesmo por aqui, admitem suas equipes de direção, suas equipes gerenciais e seus trabalhadores, utilizando critérios de capacidade, experiência, gana de aprendizagem e formação profissional continuada, pelo empenho, pela assiduidade e outros valores, de modo a garantir suas metas, objetivos, lucro competitivo no mercado, sem o que são absorvidas por outras empresas ou vão amargar endividamentos e falência.
Na verdade, para administrar, conduzir nosso País, os partidos apresentam aos eleitores, seus militantes mais fanfarrões, mais gabolas, mais camelôs e em sua maioria menos preparados? Como acreditar na seriedade de um partido sem um programa de governo coerente com os avanços e conquistas da democracia? Que se pode esperar da incapacidade?
Carecemos de uma legislação de competência, exigindo que os candidatos a cargos públicos apresentem credenciais e histórico de vida transparente. Se aspiramos vir a ser uma nação soberana, vamos espelhar-nos em nações que na prática demonstram ser mais competentes. E, dentre tantas, não se encontra uma só, cujos estadistas e líderes não apresentassem credenciais, históricos de vida dedicada à pátria, à humanidade e saber intelectual superior.
São pensadores, militares de nível com atuação destacada, doutores, artistas, professores, os que conduziram seus povos aos ambientes de prosperidade. Todos dignos do respeito da nação, intransigentes quanto aos princípios e valores culturais, direitos, respeito às Leis e tradições.
Para evoluir no mundo de economia globalizada os países precisam ser dirigidos por equipes dos mais competentes. Precisam de algo mais que o histórico de um ex-agitador sindical ou estudantil, algo mais que membro de um minúsculo agrupamento de seqüestradores e assaltantes de banco - todos escudados numa ideologia totalitária, já desmoralizada. Algo mais que partidos oligárquicos ou que apresentem em seus registros o propósito de restaurar modelos econômicos e ideologias ultrapassadas, violentas e fora do lugar.
Existem escolas para os diplomatas. Existem escolas para os militares superiores. Existem escolas para a administração de empresas. Existem escolas para todas as disciplinas e até uma que se diz de Ciências “políticas”. Mas, para ser um profissional político, basta o papo e o rapapé ao chefe do grêmio partidário. E os “eleitos” são capazes apenas para votar as Leis na direção do cabresto orientado pelo “chefe”, cargo vitalício do tal ou qual partido. Pobres e iludidos, os eleitores irracionais, “escolhem livremente” através de uma maquininha suspeita, os que vão administrar a empresa Brasil. E pagam o pato!
Para fazer o dever de casa dos incompetentes, o sistema contrata assessores caríssimos, consultores da panelinha acadêmica, compadres, tios, primos, namoradas, ongs suspeitas e que não prestam contas, agências de propaganda, horários de tv, páginas ou jornais inteiros, jornalistas corruptos, serviços bancários, jardineiros, massagistas, cabeleleiros e manicures, alfaiates e limpadores de piscina... E claro, um bom grupo de advogados criminalistas. Escapes para a lavagem de dinheiro público...
Nunca vi um diretor de empresa fazendo propaganda das diversas gerências e departamentos. Avaliação sim, para verificar se as metas estão sendo cumpridas, fazer correções e meter o pé na bunda dos incompetentes, abrindo vaga para os mais capazes de produzir. Profissionalismo e competência andam de mãos dadas e as empresas familiares, muitas vezes vão à falência por ignorância dos donos para adotar controles profissionais, escolhendo atribuir as tarefas de direção produtiva ao parente ou ao amigo incompetente.
Lendo Greenspan, topei com a agenda de um presidente eleito nos EUA: “aumentar a competitividade do país incrementando os programas de educação e treinamento.”
As nossas universidades publicas têm folhas de pagamento caríssimas, dão como retorno uma educação deficiente fundamentada num elitismo marxista e intolerante. Suprema teimosia!
A economia financeira resultante do trabalho da nação paga caro os projetos, estudos, planejamentos e direções positivas apontadas para o bem comum, que são “engavetadas” e pouco ou nada significam diante das prioridades das barraqueiros da feira deste tal congresso legislativo, “livremente eleito” (???) Por que as maquininhas que já levantaram tanta suspeição, devidamente abafada, jogada pra baixo do tapete, arquivada para encher a barriga das traças, não emitem o recibo para o eleitor conferir seu voto? Era da informática? Primeiro mundo? Utilizado para engabelar os bestas?
Este é o poder populista dos partidos e seus legisladores ignorantes, controlados por feudos familiares vitalícios que há séculos utilizam todas as políticas de convencimento e persuasão pelo medo, incluindo a ponta do punhal ou bala da pistola de um cangaceiro alugado por míseros vinténs ou mesmo um prato de comida.
Já estamos atrasados para virar as costas ao papo de enrolação dos que se identificam como direita ou esquerda, comunismo ou liberalismo, militarismo ou populismo. Temos de pensar no mundo globalizado exigindo novas ações, novos pensamentos, novos comportamentos tanto dos militares como profissionais competentes para a defesa integral dos interesses do País, como dos conservadores que ainda têm vergonha na cara e aspiram a dignidade de uma nação soberana, como também dos revolucionários que dizem uma coisa e fazem o contrário, disseminando a enrolação e a mentira, em detrimento da ação construtiva de um mundo menos bestial, intolerante e violento.
O Greenspan tem uma citação sobre religiosidade dos marxistas. Lembra que a noção pecaminosa de propriedade privada, obtenção de lucro e empréstimo a juros tem raízes no cristianismo, islamismo e outras religiões... E Karl Marx foi o primeiro a condenar a propriedade privada que tornou-se fundamento do socialismo. As religiões praticam a caridade para reduzir os males da pobreza. Os estados marxistas disseminaram a pobreza e taparam as bocas dos antagonistas por mais de 50 anos. Caiu o muro de Berlim e escancarou-se a diferença entre a sociedade capitalista e o totalitarismo comunista. Em pouco mais de um mês a economia de mercado começou a mudar a cara de Berlim Oriental.
Entre nós, vige a teologia da libertação, enlace espúrio de cristãos (?) e marxistas, mobilizando as guerrilhas do mst, com ajuda econômica dos impostos que os brasileiros da produção ativa pagam para manter escolas com professores das farc e para destruir bens e propriedades publicas e privadas, laboratórios de pesquisa, ocupar estradas impedindo o abastecimento e o transporte... é o populismo com aplauso dos aliados e bênçãos dos governantes marxistas.
À nossa política de feirantes falta a habilidade intelectual, a preparação rigorosa, o envolvimento emotivo com o bem comum, a correção profissional, o senso de pertencer a um conjunto com identidade Brasil, cujas unidades, estados, com vocação e cultura variada devem - e depressa - atuar de modo concorrente e competitivo, sem paternalismos. Somente assim poderão sair da inércia preguiçosa. Algumas iniciativas capitalistas já estão provando esta realidade no nordeste.
A miséria, a pobreza ignorante é superada, sempre que o Estado proporcione a liberdade, as ferramentas para a livre iniciativa, garantindo a propriedade. Aí prevalece o anseio, o movimento de cada cidadão na direção objetiva de sair da merda. Diferente de cobrar impostos e presentear cartões de bolsa família, seria distribuir bônus aos mais pobres, para a compra de empresas estatais e outras, falidas por má administração, ensinando como atuar competitivamente, como superar a pobreza com trabalho e educação.
A gerencia dos negócios nacionais tarda em assumir seu papel de coordenação, pura e simples, afastando-se do bate boca personalista, da intolerância ideológica, da gastança e do roubo, para adotar uma vontade firme e dedicação total ao trabalho, lidando sim com a multiplicidade de interesses, permitindo a competitividade criativa entre os diversos grupos produtivos, ousando incentivar os riscos, a ciência, a tecnologia e criando prioritariamente instrumentos e profissionais capazes para a reeducação da força de trabalho e formação das novas gerações.
Quando isto acontecer, resta somente uma observação: Demorou!
Arlindo Alexandre Montenegro é Apicultor.
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