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sábado, 18 de agosto de 2012

Na Batcaverna de Nolan

 

MÍDIA A MAIS

17 | 08 | 2012

Batman: anticoletivismo

Por: Felipe Atxa

O capítulo final da nova trilogia Batman é uma obra-prima da maravilhosa arte popular do cinema. Mas não é só isso.

Nada como um filme para, em pouco mais de duas horas, abrir todas as janelas do mundo. Diretor algum consegue colocar a cabeça dos espectadores para fora em cada uma delas: mas é possível, diante de uma produção comoBatman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge, sentir o vento sacudindo o cérebro, as ideias apontando caminhos, a curiosidade aflorando a cada fotograma.

Se Christopher Nolan, o escritor por trás do filme, é um ingênuo como faz parecer em suas entrevistas, então sua intuição é do tamanho de seu talento. A proeza técnica de seu último Batman, a crueza do espetáculo predominantemente mecânico (não vá para o cinema esperando ver aqueles efeitos com cara de vídeo-game), escondem e iludem (no bom sentido do termo, naquele mais "cinematográfico"): há muita coisa por trás daquelas imagens.

Quem já viu o filme pode se lembrar; quem não viu ainda, vale a pena prestar atenção. Sem revelar segredos para o segundo grupo, aqui vai uma pequena série de tópicos que o filme levanta, preocupações que discute vagamente (não há discussão cinematográfica que não seja "vaga", e reside exatamente nessa ligeireza a maior qualidade da arte - popular - do cinema, porque nenhuma outra faz da plateia a senhora do significado tanto quanto esta):

- Ecos da Revolução Francesa, que permeiam o filme inteiro: os tribunais populares, a conotação perversa que a palavra "cidadão(ã)" assume em determinado momento da trama. Repare na nacionalidade de um dos atores/atrizes, e como nem essa informação é desprezível dentro do contexto.

- Preste atenção em quem defende com unhas e dentes "fontes de energia alternativa", e depois o que tal personagem faz ou deixa de fazer.

- A maravilhosa cena em que se confrontam poder econômico vs. poder real (das armas, da violência), e quem finalmente vence.

- Como os milicianos lembram bolcheviques destruindo casas e colocando a "aristocracia" para correr.

- Lembre-se de que Batman é, acima de tudo, um defensor da ordem, mas não de qualquer ordem: da ordem burguesa.

- O terrorista/homem-bomba, que aceita com felicidade seu destino logo na cena de abertura.

- Como o filme traz à tona o velho tema dos capitalistas (corporações) financiando as revoluções.

O último Batman de Nolan está longe de ser um "filme de arte": é, repito, um espetáculo da extraordinária arte popular ("para todos") que é o cinema. Por isso mesmo é capaz de propor uma miríade tão vasta de temas em tão pouco tempo para um número absurdamente grande de pessoas dos mais variados perfis sociais e culturais. Seria Nolan um "conservador"? Seria "Batman" um herói extemporâneo da moribunda "direita cinematográfica"? Seria seu enredo um alerta quanto à fraqueza dos homens de bem na guerra ao terror, da leniência quanto às relações suspeitas entre capital e movimentos revolucionários, do relativismo moral da sociedade moderna, uma crítica velada aodeterminismo histórico?

Não faço a menor ideia. Mas um filme que consegue irritar e incomodar de Barack Obama a Slavoj Žižek, passando por todos os estupefatos críticos brasileiros de cinema, merece ser visto. E visto de novo. E por que não uma terceira, uma quarta vez...

Provando do próprio veneno: os 13 detidos terão a oportunidade de conhecer o outro lado do sistema de privação de liberdade do ES

 

SÉCULO DIÁRIO

Editorial

17/08/2012 19:02 - Atualizado em 17/08/2012 20:23

Não é mais novidade para quase ninguém que o chamado arranjo institucional do ex-governador Paulo Hartung foi quase perfeito. Durante os oito anos de seu governo (2003 – 2010), o ex-governador conseguiu manter em suas mãos as principais instituições do Estado: Judiciário, Tribula de Contas, Ministério Público, Assembleia Legislativa, boa parte da imprensa, empresários e até as organizações da sociedade civil. Lembram da Espírito Santo em Ação?

Pois é, tudo beirou a perfeição, não fosse uns e outros mais enxeridos tentados desnudar os bastidores que movimentavam o tal arranjo. Humildemente, sem recalque, incluímos Século Diário nesse rol de denuncistas que não se calaram às intimidações dos comandantes do arranjo. 

O próprio Hartung em pessoa, em relação a Século Diário, fez de tudo para minar o jornal: por meio de boicotes financeiros, processos “arrumados” na Justiça ou ainda através do trabalho sistemático de desacreditar o conteúdo do jornal perante seus leitores e iminentes anunciantes, que temiam se aproximar do jornal.

Foi assim, por exemplo, com relação à série de reportagens que denunciaram o esquema de corrupção no Iases, como revela a matéria em destaque (Prisões de Gallina e Mondragón trazem à tona esquema de corrupção no Iases), que antecipou o conteúdo da coletiva do delegado Rodolfo Laterza, responsável pela Força Tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública para apurar as irregularidades nos contratos entre Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) e a Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis). 

Como outras tantas reportagens que Século Diário publicou durante a Era Hartung, essa, embora veiculada no governo Casagrande, também sofreu o boicote imposto por Hartung, que usou a imprensa corporativa para rebater as matérias que apontavam indícios claros de corrupção no Iases. 

Enquanto Século Diário sustentava em provas documentais as denúncias envolvendo a diretora-presidente do Iases Silvana Gallina e o presidente da Acadis Gerardo Mondragón, num flagrante esquema de corrupção, a Gazeta oferecia aos seus leitores as seguintes matérias: "Ex-infrator colombiano, Gerardo Bohorquez Mondragón lança livro no Tribunal de Justiça"; "Educador Gerardo Mondragón mostra que é possível recuperar dependente químico"; "Ele esteve no mundo do crime e hoje resgata os infratores".

Mesmo após as denúncias publicadas por Século Diário envolvendo o colombiano, o periódico não se preocupou em apurar as os fatos e preferiu deixar seus leitores com a versão promocional montada pelo lobby de Mondragón (o “ex-obrigado-a-trabalhar-para-as-FARC”). 

As prisões incontestáveis de Mondragon, Gallina e companhia, finalmente fazem justiça em duas frentes: em primeiro lugar com a sociedade, com o contribuinte, que não merece ver seu dinheiro sendo gasto para enriquecer um oportunista colombiano que se tornou personalidade no Espírito Santo da noite para o dia, graças ao lobby movimentado por Gallina, pelo deputado Josias da Vitória (PDT) e mais um monte de interesseiros de ocasião que queriam enriquecer à custa da tragédia humana

Em segundo lugar, as prisões legitimam o trabalho jornalístico sério de Século Diário, que investigou fatos e não fofocas. As prisões e as provas levantadas pela Força Tarefa do delegado Laterza estão aí para quem ainda duvidava do nosso trabalho. 

Voltando ao escândalo no Iases, as denúncias são graves e merecem apuração rigorosa, mesmo que as investigações recaiam sobre o secretário de Justiça, o deputado Da Vitória ou ainda o ex-governador Paulo Hartung, que foi quem alçou Gallina no Iases e fez questão de mantê-la no cargo mesmo no governo de seu sucessor

Século Diário continuar fiscalizando as investigações da Força Tarefa, pois estamos falando de dinheiro público que está sendo desviado para atender a interesses pessoais. Dinheiro público que deveria estar sendo gasto no trabalho de ressocialização de adolescentes em conflito com a lei num Estado que ocupa a segunda posição no ranking nacional de homicídios. 

Aqueles mesmos jovens que, quando não recebem tratamento adequado do Estado, voltam para as ruas e enfiam sem piedade um revólver na nossa cara para cobrar a dívida social à maneira deles. Nada justifica, concordamos. Mas esta a realidade com a qual nos deparamos todos os dias. O lamentável desfecho de muitas dessas histórias nós já conhecemos – os índices assustadores de homicídios no Estado dizem tudo e mais um pouco.

São esses adolescentes que entram nas unidades socioeducativas atrás de uma segunda chance, que acabam sendo os autores e as vítimas da violência urbana que mantém o Espírito Santo em permanente guerra civil.

Nessa lamentável história de corrupção no Iases há uma compensação: pelo menos nos próximos cinco dias – tempo que dura a prisão preventiva - essas 13 pessoas que foram detidas terão a oportunidade de conhecer o outro lado do sistema de privação de liberdade do Espírito Santo: um sistema perverso, violento e corrupto que eles mesmos ajudaram a construir

Presos em operação no Iases e na Acadis são acusados de formação de quadrilha

 

SÉCULO DIÁRIO

Delegado usou de cautela para blindar Roncalli e Da Vitória das denúncias

Lívia Francez

17/08/2012 19:13 - Atualizado em 17/08/2012 20:24

A coletiva de imprensa convocada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) para que o delegado Rodolfo Queiroz Laterza, titular da Força Tarefa constituída para apurar denúncias de irregularidades no Instituto de Atendimento Socioeducativo (Iases), explicasse os detalhes da operação que resultou na prisão de 13 pessoas (veja a lista dos detidos abaixo) vinculdas ao Iases e à Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), não trouxe novidades além daquelas já publicadas na manhã desta sexta-feira (17) em Século Diário , que acompanha o caso há quase dois anos.

Os 13 presos vão ficar detidos preventivamente durante cinco dias e foram todos enquadrados no crime de formação de quadrilha. A diretora-presidente do Iases, Silvana Gallina, estava prestando depiimento à polícia na noite desta sexta (17).

Na coletiva, o delegado detalhou a forma como foram feitas as investigações que levaram à confirmação das irregularidades na autarquia subordinada à Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Rodolfo Laterza teve cautela em não envolver o secretário de Estado da Justiça Ângelo Roncalli nas denúncias. O delegado pontuou que o secretário se comprometeu em enviar as informações solicitadas pela Força-Tarefa. Entretanto, com a mesma cautela que demonstrou ao não associar o delegado ao esquema de corrupção, o delegado não descartou a possibilidade de o secretário ser investigado. 

O mesmo aconteceu em relação ao deputado estadual e candidato à prefeitura de Colatina (noroeste do Estado) Josias Da Vitória. O delegado foi novamente cauteloso em não envolver o parlamentar na denúncia, embora tenha admitido que empresas da irmã dele, Delza Da Vitória e da mulher dele, Luciana Tozato Da Vitória, estão sendo inestigadas, já que foram favorecidas por contratos com a Acadis. Rodolfo Laterza frisou, ao não associar o deputado, que as empresas não estão em nome dele. 

O secretário de Estado de Segurança Pública, Henrique Herkenhoff, acompanhou a entrevista coletiva, mas nada falou. Ao ser questionado sobre o futuro da diretora-presidente do Iases, Silvana Gallina, na autarquia após cumprido o período de cinco dias da prisão preventiva, respondeu  que cabia ao secretário de Justiça resolver essa questão e que não tinha essa informação.

O delegado contou que fora designado para a Força-Tarefa, criada em outubro de 2011, por conta das denúncias feitas ao governo do Estado, que se dividiam entre corrupção no âmbito do Iases e da Acadis e tortura e violação de direitos. Um dos motivou que levaram o governo do Estado a criar a Força-Farefa foi a intervenção da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre o sistema socioeducativo do Estado

Inicialmente, o delegado trabalhava com informações obtidas no Ministério Público do Estado (MPES) e, no decorrer das investigações foram constatadas tanto a corrupção quanto as violações de direitos nas unidades, inclusive naquelas com gestão terceirizada da Acadis, supostamente sob um regime diferenciado de socioeducação. Além disso, também foi constatado que um montante desproporcional de recursos financeiros era repassado para as unidades com gestão terceirizada. 

O delegado especificou um desses repasses irregulares, que acabaram por beneficiar financeiramente o presidente da Acadis, Gerardo Mondragón. Ele disse que o colombiano e seu "sócio", Ricardo Rocha compraram imóveis de luxo em Vila Velha e Belo Horizonte. Os valores dos imóveis, de acordo com o delegado, são incompatíveis com os ganhos da dupla.

Segundo o delegado, embora houvesse repasses do Iases para a Acadis referentes a gastos com saúde e educação, estas eram áreas de responsabilidade do Estado. O recurso repassado, nesses casos, era muito maior para as unidades sob gestão terceirizada do que para aquelas sob responsabilidade da administração direta. Em linhas gerais, a força-tarefa constatou que o modelo de gestão terceirizada da Acadis era danoso para os cofres públicos. Enquanto um adolescente internado na Acadis custava cerca de R$ 9mil mensais para o Estado, o do Iases custava a metade.


Presos na operação policial que desbaratou esquema de corrupção do âmbito do Iases e da Acadis
(além de formação de quadrilha, também foram acusados de outros crimes):

Silvana Gallina – diretora-presidente do Iases: violação das leis de licitação, prevaricação para favorecimento de terceiros, peculato-desvio.

Gerardo Bohorquez Mondragón (o “ex-obrigado-a-trabalhar-para-as-FARC”) – presidente da Acadis: peculato-desvio, lavagem de dinheiro.

André Luiz da Silva Lima – assessor jurídico do Iases, sócio de Mondragón no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (Inbradese): articulou o esquema para que Acadis fechasse contrato com o Iases.

Ana Rubia Mendes de Oliveira – subgerente de contratos e convênios do Iases, ex-diretora financeira da Acadis (responsável por liberar recursos para a Acadis): falsidade ideológica, peculato-desvio.

Edna Lúcia Gomes de Souza – assessora técnica da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República: foi a pessoa que apresentou Gerardo Mondragón e o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC) a Silvana Gallina.

Euler de Souza – diretor do Centro Socioeducativo (CSE) de Cariacica: negociava contratos de semi-liberdade de adolescentes em troca de dinheiro.

Tatiane Melo – funcionária administrativa da Acadis: crime contra a ordem tributária.

Ricardo Rocha Soares – diretor do CSE de Linhares: desvio de dinheiro, crime contra a ordem tributária, lavagem de dinheiro, formação de empresas laranja para contratar com a Acadis.

Severino Ramos da Silva – defensor público do Estado: acusado de insuflar rebeliões nas unidades sob administração direta do Iases para mostrar a gestão terceirizada como melhor opção; acusado de entregar celulares para adolescentes das unidades do Iases para que articulassem rebeliões.

Danielle Merisio Fernandes Alexandre – diretora administrativo-financeira do Iases: peculato-desvio, prevaricação, violação das leis de licitação.

Antônio Haddad Tapias – ex-diretor técnico do Iases: desvio de recursos, deu respaldo técnico para o contrato do Iases com a Acadis, negou informações à Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont).

Marcos Juny Ferreira – coordenador de unidade da Acadis

Douglas Fernandes – diretor financeiro da Acadis: desvio de dinheiro, apropriação indébita, lavagem de dinheiro.

Atleta revela orgias na Vila Olímpica e ucranianas como as mais fogosas

 

YAHOO ESPORTES

Por Maurício Savarese

Começava com uma troca de pins. Passavam para o Facebook ou o Twitter. Números de telefone. Até que, sem muito critério, acabavam na cama. Era esse o ritual da corte na Vila Olímpica de Londres-2012, de acordo com o jornal Daily Mail. O relato teria vindo de um atleta britânico que participou de algumas das melhores e mais exclusivas festas dos Jogos e que elegeu as ucranianas (que inveja) como as mais atrevidas de todas.

Segundo o atleta, a diversão só começa mesmo depois da primeira semana das Olimpíadas. "Na segunda semana ficou mais emocionante. Um colega britânico arrumou um encontro com umas atletas ucranianas que queriam se divertir em Londres. Coloquei elas na lista de um clube, dançamos e eu beijei uma delas. Chamamos para o quarto", contou. Diz ele que as duas, loiras de olhos azuis, também se beijaram para excitar os hóspedes. E por aí vai...

A goleira da seleção americana de futebol, Hope Solo, já tinha contado que "existe muito sexo na Vila Olímpica" e relatou que em Pequim-2008 viu pessoas fazendo até do lado de fora dos apartamentos. "Foram várias festas desse tipo. E eram diárias", contou o atleta ao jornal, sob a condição de não ter seu nome revelado.

É proibida a entrada de moças nos apartamentos de rapazes e vice-versa. Mas, segundo o atleta, basta arrumar pins para os seguranças que não tem problema. Vale o mesmo para bebidas. Tudo para aproveitar o máximo o único momento em quatro anos nos quais os competidores de várias provas diferentes podem estar no mesmo lugar. Ainda segundo ele, "o que acontece na Vila, fica na Vila". Não nasceu nenhum namoro dali.

Os organizadores distribuíram mais de 150 mil camisinhas na Vila Olímpica. No shopping logo ao lado, foi nítida a redução do estoque na segunda semana dos Jogos. "Você tem um monte de gente bonita no mesmo lugar e todo mundo usando roupas curtas. É lógico que a vontade vai aparecer", contou ele. Segundo ele, os atletas mais badalados, como Usain Bolt e Michael Phelps, evitam ficar com atletas. "Mas elas se atiravam neles", relata o atleta.

O britânico também disse ao jornal que os mais atirados gostavam de dizer que levavam para o quarto uma mulher de cada país em cada dia das Olimpíadas. No pódio das mais assanhadas, ele colocou as ucranianas, as americanas e as polonesas. Nas modalidades, os velocistas faziam mais sucesso com os outros atletas. Em seguida aparecia o vôlei de praia.

RIO DE JANEIRO, eleições 2012: Ricardo Gama 22500 vai estar dia 18/08 às 10h30 em Copacabana

 

Published on Aug 17, 2012 by 99239721rg

Ricardo Gama é candidato a vereador pela cidade do Rio de Janeiro, meu número é 22.500. Conheça o meu blog (www.ricardogama.net), e por que eu luto e defendo.

André Barcinski é um campeão da intolerância

 

LUCIANO AYAN


Recentemente, vi o texto “Brasil é ouro em intolerância”, uma das mais arrojadas e insanas tentativas de controlar o frame por parte de André Barcinski, usando um discurso claramente neo ateísta.

Vejam abaixo e depois comento:

Já virou hábito: toda vez que um time ou uma seleção do Brasil ganha um título, os atletas interrompem a comemoração para abrir um círculo e rezar. Sempre diante das câmeras, claro.

O mesmo aconteceu sábado passado, quando a seleção feminina de vôlei conquistou espetacularmente o bicampeonato olímpico em cima da seleção norte-americana, que era favorita.

O Brasil é oficialmente laico desde 1891 e a Constituição prevê a liberdade de religião.

Será mesmo?

O que aconteceria se alguma jogadora da seleção de vôlei fosse budista? Ou mórmon? Ou umbandista? Ou agnóstica? Ou islâmica?

Alguém perguntou a todas as atletas e aos membros da comissão técnica se gostariam de rezar o “Pai Nosso”?

Ou será que alguns se sentiram compelidos a participar para não destoar da festa?

Será que essas manifestações públicas e encenadas, em vez de propagar o caráter multirreligioso do país, não o estão atrapalhando?

Claro que ninguém questiona a boa intenção das atletas. Mas o gesto da reza coletiva está tão arraigado, que ninguém pensa em seu real simbolismo e significado.

A questão não é opção religiosa, mas a liberdade de escolha. Qualquer pessoa pode acreditar no que quiser, contanto que deixe a outra livre para fazer o mesmo. Sem constrangimentos. E não é o que está acontecendo.

Liberdade religiosa só existe quando não se mistura religião a nada. Nem à política, nem à educação, nem à ciência e nem ao esporte.

Em 2010, a Fifa acertou ao proibir manifestações religiosas na Copa da África do Sul. A decisão foi tomada depois de a seleção brasileira ter rezado fervorosamente em campo depois da vitória na Copa das Confederações, um ano antes, o que provocou protestos de países como a Dinamarca.

Em 2014 e 2016, o Brasil vai sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A CBF e o COL precisam tomar providências para que os eventos não se tornem festivais públicos de intolerância.

Atletas precisam entender que estão representando um país de religiosidade livre. Eles têm todo o direito de manifestar sua crença, mas não enquanto vestem uma camisa laica.

Claro que atitudes assim serão impopulares e gerarão protestos. Muita gente confunde a garantia da liberdade de opção religiosa com censura.

Quem disse que é fácil viver numa democracia?

O sujeito (provavelmente neo ateu, ou ao menos humanista) usa o manjadíssimo truque do “defensor do estado laico” para defender a imposição de sua doutrina humanista. Ou seja, enquanto ele viola os princípios do estado laico, finge defendê-lo.

O fato do Brasil ser oficialmente laico não significa que cristãos tenham que ser PROIBIDOS de manifestar sua fé. Na verdade, é exatamente o oposto. Pelo fato do Brasil ser oficialmente laico, aí sim é que os cristãos tem o direito de manifestar sua fé, desde que não sejam ofensivos aos outros. Por exemplo, se alguém chegasse com uma placa dizendo “Deus odeia gays” ou “Cristãos devem morrer”, poderia até ser acusado de intolerância, ao contrário de alguém que somente está rezando.

Por este mero truque de inversão do sentido da expressão estado laico para implementar sua agenda anti-religiosa, Barcinski por si só já pode ser qualificado como um picareta intelectual do pior naipe.

Segundo Barcinski, a reza pública das atletas implica na “liberdade de escolha”, mas novamente ele distorce toda a situação para fazer sua propaganda. O fato é que é até possível que um atleta ateu se sinta constrangido em participar de uma oração pública, mas ele nem de longe sabe se isso aconteceu. Suponha que um ateu se recusasse a participar da roda de oração e fosse insultado ou agredido. Aí sim ele teria um “caso” a favor de ter ocorrido um ato intolerante. Mas ele não sabe absolutamente nada a respeito do ocorrido. E se todas as atletas fossem de fato religiosas? Que ato de intolerância existe ao ocorrer uma reza neste caso? Aliás, mesmo se nem todas fossem cristãs, nem assim ele teria um “caso” a favor de que lá tenha ocorrido um ato de intolerância.

Em resumo, baseado em alguma suposição, não provada (de que uma suposta atleta atéista ficaria tristinha ao ver todas as atletas rezando, e daí não participando) Barcinski acusa os oponentes de intolerantes, quando na verdade o intolerante é ele. Ele é um intolerante em relação a atletas cristãs que resolveram rezar.

É por isso que ele entra em contradição consigo próprio ao escrever o trecho a seguir: “A questão não é opção religiosa, mas a liberdade de escolha. Qualquer pessoa pode acreditar no que quiser, contanto que deixe a outra livre para fazer o mesmo. Sem constrangimentos. E não é o que está acontecendo.”

Ora, se a questão é a liberdade de escolha, como pode Barcinski proibir alguém de executar sua opção em público? Um atleta ateu, inclusive, poderia ter a opção de pedir para sair antes da comemoração, indo para o vestiário, por exemplo.  Neste cenário, o ateu tem a liberdade de escolha, e os religiosos também.

Vamos a um outro exemplo. Suponha que seja feita uma confraternização de universitários, e eles resolvam fazer uma oração. Um neo ateu poderia ficar irritado, mas ele teria pleno direito de não participar. Alguns poderiam dizer? Mas e se ele for discriminado? Daí sim ele pode lançar uma acusação de intolerância contra o outro lado. Mas, ao tentar proibir o restante de fazer uma roda de oração, ele é que estaria sendo intolerante.

Quando ele diz “Liberdade religiosa só existe quando não se mistura religião a nada”, obviamente está delirando. Como sempre, a verdade é o oposto do que ele afirma:  liberdade religiosa só existe quando você pode misturar religião ao que quiser, desde que não ataque os direitos de outras pessoas que não compartilhem de sua fé. Novamente, Barcinski inverte os conceitos de forma bizarra.

Ao afirmar que no passado existiu proibição da Fifa em relação às orações, por causa de “protestos de países como a Dinamarca”, aí sim é que temos um caso de intolerância, pois pessoas foram proibidas de manifestar sua fé, em uma situação em que não iriam desrespeitar o direito de ninguém. Se na Dinamarca existe uma anti-religiosidade radical (de estilo neo ateísta), são eles que devem ser acusados de intolerantes.

Esta constatação dele, portanto, é um sinal de como Barcinski não passa de alguém que vive de truques linguísticos: “A CBF e o COL precisam tomar providências para que os eventos não se tornem festivais públicos de intolerância.”. O que ele quer é impor um festival público de intolerância humanista, contra as religiões tradicionais, mas chamar a livre manifestação de religião dos seus adversários de… intolerância. Justiça seja feita, esse tal de André Barcinski não é jornalista, mas um engenheiro comportamental especializado em manipulação linguística.

Outro truque divertido é quando ele diz que “eles têm todo o direito de manifestar sua crença, mas não enquanto vestem uma camisa laica”. Mas não existe isso de “camisa laica”, mas sim ESTADO LAICO. Notem que ele vai inventando conceitos novos não por seu grau de validade, mas de propaganda anti-religiosa.

Barcinski, no entanto, sabe que é um desonesto. Ele tem a plena noção disso ao final do texto, quando afirma que atitudes de proibição da manifestação religiosa em jogos “serão impopulares e gerarão protestos”. Ele diz que “muita gente confunde a garantia da liberdade de opção religiosa com censura”, entregando os pontos, pois na verdade ele descobriu que está defendendo a censura e tenta se antecipar as críticas dizendo que os outros vão reconhecer este fato.

Eu, como sou ateu, não sou lesado pelo texto de André Barcinski, mas qualquer religioso tradicional (especialmente cristão) poderia inclusive PROCESSAR o jornalista pelo ato de discriminação religiosa. O que ocorreu é que, enquanto fingia truques linguísticos para simular lutar pelo “estado laico”, “tolerância” e “liberdade de expressão”, ele de fato lutava pelo estado anti-religioso, de orientação neo ateísta, intolerância quanto aos cristãos e censura.

Por fim, vou dizer como eu resolveria a questão para eliminar qualquer tentativa de algum neo ateu dizer que Barcinski está correto (na verdade, ele errou em tudo). Se alguém fosse ateu, poderia participar da roda de oração, com a diferença que enquanto os outros estivessem dizendo “Jesus é meu senhor”, este poderia dizer “Eu sou meu senhor”, e coisas do tipo. Quer dizer, o mero ato de alguém participar de uma rodinha NÃO É imposição religiosa. Eu já fui a casamentos na Igreja, e no meu íntimo NUNCA fui forçado a dizer qualquer coisa contra minha consciência.

Os religiosos em geral entendem o fato de você não ter fé da religião tradicional. São os neo ateus que não entendem o fato de alguém ter fé da religião tradicional.

A luta contra o neo ateísmo é uma luta contra intolerantes e totalitários. E o texto de Barcinski é uma prova cabal desta intolerância dos discípulos de Richard Dawkins.

ESPÍRITO SANTO: Corresponsável. Cabe ao secretário (de Estado de Justiça) atuar como o último soldado, impedindo que os respingos cheguem onde tudo começou: no governo Paulo Hartung (PMDB)

 

SÉCULO DIÁRIO

Caso Iases: mais do que livrar própria pele, Roncalli tem missão de guardar Hartung

Manaira Medeiros

17/08/2012 15:43 - Atualizado em 17/08/2012 16:00

Como de hábito no Espírito Santo, sempre que estoura um escândalo - caso das prisões da diretora-presidente do Iases, Silvana Gallina, e do presidente do Acadis, Gerardo Mondragón, nesta sexta-feira (17) - e o governo não tem mais condições de reverter a situação, são eleitas as cabeças entregues para o sacrifício, na tentativa de que outras sejam preservadas. Como já tratou de fazer o secretário de Estado de Justiça, Ângelo Roncalli (foto), ao dizer à Rádio CBN Vitória que contribuiu com as investigações, numa estratégia de desviar a responsabilidade dos graúdos no esquema. Precisa ficar claro, porém, que o Iases é uma autarquia da Sejus, não tem vida própria, está subordinado a Roncalli. O secretário não só tinha total conhecimento das denúncias, como nunca se interessou em investigá-las. Pelo contrário, garantiu a permanência de Gallina no posto e sempre a defendeu com unhas e dentes. O que Roncalli faz agora é muito mais do que livrar sua pele. Cabe ao secretário atuar como o último soldado, impedindo que os respingos cheguem onde tudo começou: no governo Paulo Hartung (PMDB). 

Corresponsável II

Silvana Gallina, é bom que se registre, foi colocada no Iases pelas mãos de Hartung, em 2003, saindo da condição de dedicada ocupante de cargo de assistente social, para a cadeira de uma grande executiva da administração pública.  Incluindo, no bolo, a gestão de muitos contratos milionários. 

Corresponsável III

No caso de Roncalli, logo que Século Diário tornou pública as denúncias sobre o esquema dos contratos, no ano passado, movimentos sociais do setor encaminharam toda documentação referente ao caso ao governo Renato Casagrande e ao secretário de Estado de Justiça. Nunca houve qualquer manifestação a respeito. Prevaleceram a omissão e a tolerância. 

Preço alto

Por essas e outras, quem sai muito no prejuízo na história é o governador Casagrande, por ter mantido em sua gestão a diretora-presidente do Iases. É mais uma herança maldita de seu antecessor. 

Preço alto II

Em situação semelhante ou até pior fica outro socialista, o deputado federal Paulo Foletto, que não acreditou no risco de abraçar como sua a candidatura a prefeito de Colatina (noroeste do Estado) do deputado estadual Da Vitória (PDT), envolvido no escândalo. Na época do anúncio de seu recuo em disputar, apesar do desejo dos moradores do município, Foletto elevou Da Vitória à sua altura e praticamente colocou a mão no fogo por ele. Não demorou nada e já se queimou. 

Complicou

Os eleitores de Colatina, aliás, estão numa sinuca de bico daquelas. Suas principais opções no pleito são Da Vitória, que nem precisa dizer mais nada, e o prefeito Leonardo Deptulski (PT), acusado de nepotismo e de manter péssimos serviços nas áreas de energia, água e transporte público. Show de horror. 

Esquisito

Por ironia do destino ou mais uma daquelas estranhas coincidências, a TV Gazeta colocou no ar na noite dessa quinta-feira (16) uma matéria com foco exatamente na Acadis. Não apontou números e nenhuma informação que pudesse dimensionar a realidade do setor. Produto jornalístico do estilo sem pé nem cabeça.

Por falar nisso...

Lamentável a conduta do delegado que atua o caso, Rodolfo Lacerda. Reservou todas as informações sobre as prisões desta sexta-feira (17) para a TV Gazeta divulgar em seu jornal da hora do almoço, negando-as aos demais veículos. Neste caso, a crítica não é contra a TV Gazeta, que fique claro. 

Debate superficial

Interessante também no caso Iases é que coloca à tona as inúmeras tentativas de criminalizar os jovens apontados como os responsáveis pela insegurança, principalmente por conta do tráfico de drogas. Mas não levanta a questão sobre o sistema onde estão abrigados. No Estado, além de não recuperar ninguém, ainda tem dinheiro indo para o lugar errado. 

140 toques

“Não tem coisa pior na política do que homem sem palavra. Já estou de saco cheio de lidar com essa gente!”. (Vereador de Vitória Max da Mata – PSD – no Twiter).

PENSAMENTO:

“Temos no Brasil um dicionário de abusos de autoridades que vai de A a Z”. Gilmar Mendes

O CONDOMÍNIO FASCISTA TUCANO-PETISTA E O ‘KIT FELICIDADE’

 

HEITOR DE PAOLA

 

HEITOR DE PAOLA

17/08/2012

No lançamento do plano de ‘privatização’ ou concessão de estradas de rodagem e ferrovias por parte do governo petista os tucanos tiveram orgasmos. FHC elogiou Dilma, o presidente do PSDB declarou que ‘finalmente o PT está seguindo nossas políticas de privatização’, mas quem exultou foi o Eike Batista chamando-o de ‘kit felicidade’. Obviamente ele estava se referindo aos empresários chapa-branca, aqueles que adoram mamar nas tetas do BNDES e desaprenderam, talvez para sempre, que empresário significa empreendedor e que isto implica em livre iniciativa e, o que estes covardes mais temem: risco!Não foi com dinheiro de nenhum governo que prosperou a economia da sociedade aberta e livre. Foi com a acumulação de capital por parte de investidores privados por meio de tentativas e erros. Muitas falências ocorreram, mas o sucesso da economia liberal do século XIX e início do XX jamais dependeu de subsídios ou agências governamentais de controle. A ameaça à livre iniciativa e à propriedade privada começou quando Marx apelidou-a de ‘capitalismo’, com a finalidade expressa de enganar os trouxas – a grande especialidade daquele falsificador de estatísticas e todos os seus seguidores – de que os únicos que ganhavam com a economia liberal eram os donos do capital, enquanto os trabalhadores – que apelidou de ‘proletários’ – saíam perdendo.

Em 1883, trinta e cinco anos após o Manifesto Comunista e doze depois da Comuna de Paris os socialistas ingleses que discordavam não do essencial, mas do secundário das teses marxistas, fundaram a Sociedade Fabiana para remediar o que entendiam por males dolaissez-faire. Para tanto defendiam o aumento do poder do governo através de:

1. Aumento dos gastos com o ‘bem estar social’

2. Nacionalização dos serviços públicos, do crédito, dos transportes e da mineração

3. Ferrenha oposição ao livre comércio

George Bernard Shaw, um dos fundadores, exortava a população a abandonar Adam Smith, pois não havia salvação para o mundo nas liberdades de contrato e de comércio. O casal Webb, Sidney e Beatrice, Barões de Passfield, os principais idealizadores e fundadores, apoiaram a revolução bolchevista e os terrores leninista e stalinista até a morte. Visitaram a URSS em pleno terror e ‘não viram nada de errado’. Sidney morreu em 1947 e Beatrice em 1943 e jamais renegaram esta declaração. Seus livros Soviet Communism: A New Civilization? (1935) eThe Truth About Soviet Russia (1942) mostram uma avaliação muito positiva do regime de Stalin. Sidney foi um dos principais fundadores daLondon School of Economics, onde certamente se ensina economia socialista, e a revista New Statesman.

Outros fundadores foram H. G. Wells, Emil Ludwig, Henry Barbusse, Romain Rolland e Annie Besant, futura associada de Madame Blavatsky e co-fundadora da Sociedade Teosófica, uma das maiores vigarices da história moderna, à qual o casal Webb também se associou.

Na realidade o fabianismo é marxismo envergonhado. Sidney, no ensaioThe Basis for Socialism, publicado no livro Fabian Essays in Socialism, editado por G B Shaw e H G Wilshire, declarava: ‘O desenvolvimento perfeito e adequado de cada indivíduo não é necessariamente a mais alta e mais importante do cultivo de sua personalidade, mas sim o preenchimento da melhor maneira possível de sua humilde função na grande maquinaria social. Devemos abandonar a idéia arrogante de que somos unidades independentes e curvar nossas mentes ciumentas preocupadas com seu próprio progresso pessoal à mais alta finalidade, a Vontade Comum’. Uma maquinaria social exige engenheiros sociais para planejá-la, operá-la e eliminar os elementos hostis segundo a ‘vontade comum’, isto é, da elite que sabe o que é o melhor para todos.

Quando Sergio Guerra, presidente do PSDB, afirmou que o PT finalmente segue ‘nossas’ políticas, cabe perguntar: nossas, de quem cara pálida? A história é bem mais antiga.

Os bolchevistas foram os primeiros a implementar sistematicamente a teoria de que a economia era melhor administrada por burocratas em suas salas e comitês, emitindo decretos para dizer o que os outros tinham que fazer. Eram inflexivelmente contrários à idéia de que deviam ser os consumidores com seu dinheiro que deveriam eleger o que queriam.

A criação de propriedade privada apenas nominal, sob controle de agências reguladoras, é de Adolf Hitler: cada detalhe da economia passou a controle governamental após a tomada do poder através de uma estrutura complexa de grupos, associações, agências e câmaras.

Particularmente, no que toca a estradas, Hitler fora sempre contrário à construção das Autobahnen desde o projeto chamado HaFraBa, uma autoestrada de norte a sul ligando Hamburgo a Basileia através de Frankfurt-am-Main. Dizia que estas estradas ‘só beneficiariam os ricos aristocratas e os grandes capitalistas Judeus e seus interesses econômicos’. Assumindo o poder viu o enorme poder de propaganda que as estradas trariam para o governo, inclusive na criação de empregos. Com a assessoria de Goebbels foi montado uma grande palco nacional para o Führer (ver foto) e criou-se o mito de que as Autobahnensalvaram a economia alemã gerando quase um milhão de empregos (na realidade não passaram de 120.000 e o pleno emprego foi atingido com a indústria bélica).

É este condomínio fascista, fabiano-marxista – ou tucano-petista - que tomou conta do Brasil em 1994. Não se iludam os leitores de que os tucanos não sejam marxistas e se quiserem votar nas próximas eleições em algum picolé de chuchu, que o façam conscientes de que estão votando em marxistas envergonhados aliados do petismo, e não oposição.

Este artigo é um adiantamento da parte III da série A Formação da Nova Classe Brasileira. Para publicação no Jornal Inconfidência, Belo Horizonte, MG.

Outro escândalo envolve Ideli Salvati. Desta vez ela é acusada de comprar máquinas de gelo que foram pagas e nunca foram entregues.

 

POLÍBIO BRAGA ONLINE

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

- A nota a seguir é do jornalista Claudio Humberto e repercute em todo o País. A ministra da Pesca, na ocasião, era a mesma Ideli Salvati do caso das lanchas (leia link).

O Ministério da Pesca gastou R$ 37,4 milhões em máquinas de gelo que não foram entregues pelos fabricantes, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União. O TCU multou nove gestores da pasta por irregularidades nos contratos para a aquisição dos equipamentos.

. Os geradores deveriam ser instalados em comunidades pesqueiras para a conservação dos pescados. Em 2008, durante a gestão do ex-ministro Altemir Gregolin (PT), a pasta lançou concorrência para a escolha das empresas para o contrato, sem especificar qual a destinação dos aparelhos.

. A permissão para a compra do material foi dada pelo ex-secretário de Planejamento da Pesca, Karim Bacha, multado em R$ 10 mil pelo TCU. Também foram condenados a pagar o mesmo valor José Claudenor Vermohlen, então subsecretário, e João Dias Machado, à época coordenador-geral da Pesca Artesanal. Outros seis responsáveis, entre eles o ex-secretário-executivo Cleberson Carneiro Zabaski, foram multados em R$ 4 mil. Informações do Estadão.

Sobre as lanchas.

CLIQUE AQUI para recuperar a reportagem da época.

APEIROKALIA

 

OLAVO DE CARVALHO

Bravo!, Ano I, no1, novembro de 1997 e


A Longa Marcha da Vaca para o Brejo: O Imbecil Coletivo II. Rio, Topbooks, 1998.

Como geralmente se entende por educação superior o simples adestramento para as profissões melhores, conclui-se, com acerto, que toda pessoa normal é apta a recebê-la e que, na seleção dos candidatos, qualquer elitismo é injusto, mesmo quando não resulte de uma discriminação intencional e sim apenas de uma desigual distribuição da sorte. Mas se por essa expressão se designa a superação dos limites intelectuais do meio, o acesso a uma visão universal das coisas, a realização das mais altas qualidades espirituais humanas, então existe dentro de muitos postulantes um impedimento pessoal que, mais dia menos dia, terminará por excluí-los e por fazer com que a educação superior, no sentido forte e não administrativo do termo, continue a ser de fato e de direito um privilégio de poucos.

Esse impedimento, graças a Deus, não é de ordem econômica, social, étnica ou biológica. É um daqueles males humanos que, como o câncer e as brigas conjugais, se distribuem de maneira mais ou menos justa e eqüitativa entre classes, raças e sexos. É o único tipo de imperfeição que poderia, com justiça, ser invocado como fundamento de uma seleção elitista, mas que de fato não precisa sê-lo, pois opera essa seleção por si, de maneira tão natural e espontânea que os excluídos não dão pela falta do que perderam e chegam mesmo a sentir-se bastante satisfeitos com o seu estado, reinando assim entre os poucos felizes e os muitos infelizes uma perfeita harmonia, salvaguardada pela distância intransponível que os separa.

O impedimento a que me refiro não é material ou quantificável. O IBGE não o inclui em seus cálculos e o Ministério da Educação o ignora por completo. No entanto ele existe, tem nome e é conhecido há mais de dois milênios. A mente treinada reconhece sua presença de imediato, numa percepção intuitiva tão simples quanto a da diferença entre o dia e a noite.

Os gregos chamavam-no apeirokalia. Quer dizer simplesmente "falta de experiência das coisas mais belas". Sob esse termo, entendia-se que o indivíduo que fosse privado, durante as etapas decisivas de sua formação, de certas experiências interiores que despertassem nele a ânsia do belo, do bem e do verdadeiro, jamais poderia compreender as conversações dos sábios, por mais que se adestrasse nas ciências, nas letras e na retórica. Platão diria que esse homem é o prisioneiro da caverna. Aristóteles, em linguagem mais técnica, dizia que os ritos não têm por finalidade transmitir aos homens um ensinamento definido, mas deixar em suas almas uma profunda impressão. Quem conhece a importância decisiva que Aristóteles atribui às impressões imaginativas, entende a gravidade extrema do que ele quer dizer: essas impressões profundas exercem na alma um impacto iluminante e estruturador. Na ausência delas, a inteligência fica patinando em falso sobre a multidão dos dados sensíveis, sem captar neles o nexo simbólico que, fazendo a ponte entre as abstrações e a realidade, não deixa que nossos raciocínios se dispersem numa combinatória alucinante de silogismos vazios, expressões pedantes da impotência de conhecer.

Mas é claro que as experiências interiores a que Aristóteles se refere não são fornecidas apenas pelos "ritos", no sentido técnico e estrito do termo. O teatro e a poesia também podem abrir as almas a um influxo do alto. À música — a certas músicas — não se pode negar o poder de gerar efeito semelhante. A simples contemplação da natureza, um acaso providencial, ou mesmo, nas almas sensíveis, certos estados de arrebatamento amoroso, quando associados a um forte apelo moral (lembrem-se de Raskolnikov diante de Sônia, em Crime e Castigo), podem colocar a alma numa espécie de êxtase que a liberte da caverna e da apeirokalia.

Porém, com mais probabilidade, as experiências mais intensas que um homem tenha tido ao longo de sua vida serão de índole a desviá-lo do tipo de coisa que Aristóteles tem em vista. Pois o que caracteriza a impressão vivificante que o filósofo menciona é justamente a impossibilidade de separar, no seu conteúdo, a verdade, o bem e a beleza. De Platão a Leibniz, não houve um só filósofo digno do nome que não proclamasse da maneira mais enfática a unidade desses três aspectos do Ser. E aí começa o problema: muitos homens não tiveram jamais alguma experiência na qual o belo, o bem e o verdadeiro não aparecessem separados por abismos intransponíveis. Esses homens são vítimas da apeirokalia — e entre eles contam-se alguns dos mais notórios intelectuais que hoje fazem a cabeça do mundo.

Infelizmente, o número dessas vítimas parece destinado a crescer. Já em 1918, Max Weber assinalava, como um dos traços proeminentes da época que nascia, a perda de unidade dos valores ético-religiosos, estéticos e cognitivos. O bem, o belo e a verdade afastavam-se velozmente, num movimento centrífugo, e em decorrência

"os valores mais sublimes retiraram-se da vida pública, seja para o reino transcendental da vida mística, seja para a fraternidade das relações humanas diretas e pessoais... Não é por acaso que hoje somente nos círculos menores e mais íntimos, em situações humanas pessoais, é que pulsa alguma coisa que corresponda ao pneuma profético, que nos tempos antigos varria as grandes comunidades como um incêndio".1

As duas fortalezas do sublime, que Weber menciona, não demoraram a ceder: a vida mística, assediada pela maré de pseudo-esoterismo que se apropriou de sua linguagem e de seu prestígio, acabou por se recolher à marginalidade e ao silêncio para não se contaminar da tagarelice profana. A intimidade, vasculhada pela mídia, violada pela intromissão do Estado, tornada objeto de exibicionismo histérico e de bisbilhotices sádicas, desapropriada de sua linguagem pela exploração comercial e ideológica de seus símbolos, simplesmente não existe mais.

Toda a literatura do século XX reflete esse estado de coisas: primeiro a "incomunicabilidade" dos egos, depois a supressão do próprio ego: a "dissolução do personagem". Mas, desde Weber, muita água rolou. Nas proximidades do fim do milênio, o que se entende por mística é um cerebralismo de filólogos; porintimidade, o contato carnal entre desconhecidos, através de uma película de borracha. Os três valores supremos já não são apenas autônomos, mas antagônicos. O belo já não é apenas alheio ao bem: é decididamente mau; o bem é hipócrita, pseudo-sentimental e tolo; a verdade, feia, estúpida e deprimente. A estética celebra os vampiros, a morte da alma, a crueldade, o macho que mete o braço até o cotovelo no ânus de outro macho. A ética reduz-se a um discurso acusatório de cada um contra seus desafetos, aliado à mais cínica auto-indulgência. A verdade nada mais é o consenso estatístico de uma comunidade acadêmica corrompida até à medula.

Nessas condições, é um verdadeiro milagre que um indivíduo possa escapar por instantes da redoma de chumbo daapeirokalia, e outro milagre que, ao retornar ao pesadelo que ele denomina "vida real", esses instantes não lhe pareçam apenas um sonho, que não se deve mencionar em público.

Mas nada proíbe um escritor de dirigir-se, em suas obras, aos sobreviventes do naufrágio espiritual do século XX, na esperança de que existam e não sejam demasiado poucos. Acossados pelo assédio conjunto da banalidade e da brutalidade, esses podem conservar ainda uma vaga suspeita de que em seus sonhos e esperanças ocultos há uma verdade mais certa do que em tudo quanto o mundo de hoje nos impõe com o rótulo de "realidade", garantido pelo aval da comunidade acadêmica e daFood and Drug Administration. É a tais pessoas que me dirijo exclusivamente, ciente de que não se encontram com mais freqüência entre as classes letradas do que entre os pobres e os desvalidos.

NOTAS

  1. Max Weber, "A ciência como vocação", em Ensaios de Sociologia, org. H. H. Gerth e C. Wright Mills, trad. Waltensir Dutra, rev. por Fernando Henrique Cardoso, 5ª ed., Rio, Guanabara, 1982, p.182.

Diretora do Iases, Silvana Galina, e diretor da Acadis, Gerardo “ex-obrigado-a-ajudar-as-FARC” Mondragon, são presos pela PCES

 

ES HOJE

 

destaque  iases1 Diretora do Iases, Silvana Galina, e diretor da Acadis, Gerardo Mondragon, são presos pela PCES

A sexta-feira (17) começou com uma operação da Polícia Civil do Espírito Santo. Com mandados de busca e apreensão, eles prenderam a diretora presidente do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo  (Iases), Silvana Galina, e o diretor da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), Gerardo Mondragon.

A ação também acontece no interior do Estado. Os presos são acusados de participarem de um esquema de corrupção dentro do Iases.

Pilhas de documentos e computadores foram recolhidos. Em Colatina, a polícia fez apreensões no Grupo Capixaba de Vigilância, que percente a Neuza Auxiliadora, irmã do candidato a prefeito da cidade, o deputado estadual Josias da Vitória (PDT).

Os dois já eram alvos de investigação desde agosto de 2011, conforme ESHOJE noticiou, com exclusividade, na edição nº356 de novembro do ano passado. Conforme a reportagem, o Conselho Estadual dos Direitos Humanos (CEDH) e o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CRIAD) pediram ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e o Governo do Estado que investigassem contratos firmados entre o Iases e a Acadis, por suspeita de irregularidades em contratos firmados pela associação gestora do Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei (CSE).

As dúvidas surgiram depois que ambos os conselhos receberam, anonimamente, cópia de relatório encaminhado ao diretor administrativo e financeiro do Iases (através do documento CI/IASES/GEFIN nº 83/2001), acerca de gastos realizados pela Acadis no período de dezembro de 2010 a abril deste ano. O relatório foi elaborado por técnicos do Iases e entregue no último 22 de agosto.

A partir do documento os Conselhos questionam a contratação, pela Acadis, de uma empresa para prestação de assessoria jurídica. De acordo com o relatório, além dos serviços de advocacia, a empresa estaria locando veículos. O valor mensal do contrato chegava à R$ 10.500,00.

destaque  documentos Diretora do Iases, Silvana Galina, e diretor da Acadis, Gerardo Mondragon, são presos pela PCES

Também teria ocorrido a contratação de pessoal terceirizado para atividades-fim da associação, como serviço de enfermagem, no valor de R$ 10.090,21. Desse total, R$5.272,02 seriam destinados ao pagamento de dois técnicos de enfermagem e outros R$ 4.817,19 ao pagamento de apenas um enfermeiro. No entanto, tais serviços não deveriam ser terceirizados. “De acordo com a solicitação de autorização para contratar tais profissionais verificamos nos processos que a responsabilidade por estes serviços continuam sendo do Núcleo de Saúde do Iases em conjunto com a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) e o Instituto Solidário”, diz trecho do relatório.

O relatório traz ainda outras observações quanto à contratação de serviços delegados a terceiros pela associação, como a falta de tabelas referenciais em todos os contratos; falta de mapas comparativos de preços; justificativas para a contratação e contratos com vigência indeterminada.

Ao fim do relatório sugere-se revisão dos contratos firmados pela Organização Social, “pois apesar de a Acadis pertencer à administração privada, os recursos são públicos e poucos, necessitando de um maior cuidado no momento da orçamentação e contratação de serviços e outras, apresentando mapas que realmente representem transparência necessária e exigida para tanto”, aponta.

A Promotoria Cível do Ministério Público, na capital, deu início às investigações e análise do caso. Disse ainda que, caso sejam constatadas irregularidades, tomará as medidas legais cabíveis.

Até constituição da Associação é questionada

Com base em documentação anexa ao relatório, os conselhos protestam ainda a própria constituição da Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social. De acordo com a ata de fundação, a organização teria sido constituída em assembléia realizada no município de Cariacica, às 18h do dia 02 de julho de 2008, sendo composta por seis associados, dos quais cinco teriam residência em Franca, São Paulo. No entanto, o reconhecimento de firma das assinaturas dos associados na ata de constituição também teria ocorrido no mesmo 02 de julho, porém  na cidade de Franca.

O CEDH e o CRIAD questionam, por exemplo, a incompatibilidade do horário e a distância entre as duas cidades citadas – cerca de 913 km. “Como que essa reunião pode ter ocorrido naquela data às 18 horas, e registrado em outra cidade uma reunião? O cartório já estava fechado. O que é isso? Já estava tudo negociado? Já era uma coisa para ser feita?”, questiona André Moreira, presidente do CRIAD.

Além disso, antes de receberem tal documentação, o CEDH havia solicitado ao Secretário de Justiça e à diretora-presidente do Iases cópia dos Contratos de Gestão das Organizações Sociais que funcionam no Sistema de Justiça e do Sistema Socioeducativo. A requisição foi realizada no dia 16 de setembro, no entanto, até o dia 24 de outubro as cópias não haviam sido apresentadas.

“O valor (pelo qual o Iases contratou a Acadis) era muito alto, se comparado ao gasto na unidade privada. Mas valor alto não quer dizer nada por si só. Porque pagar valor alto para colocar adolescentes em situação condizente com a dignidade, isso aí não é problema. O problema é o seguinte: esse dinheiro pode estar sendo de alguma forma desviado. E a gente teria de agir”, argumenta Moreira justificando a solicitação feita às instituições estaduais. “Diante de todas essas informações que estão sendo levantadas, primeiro tem que se fazer uma apuração muito rigorosa, para saber se as questões que estão colocadas são indícios de irregularidades ainda maiores”, pontua André Moreira.

Iases e Acadis têm a mesma resposta

O Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases) é uma autarquia subordinada a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), que visa planejar, coordenar e articular medidas socioeducativas, assim como promover a defesa dos direitos do adolescente em conflito com a lei. O Instituto gerencia 12 unidades socioeducativas.

Por meio de nota, em outubro de 2011, quando procurados pela reportagem de ESHOJE, o Instituto informou que firmou contrato de gestão com a Acadis por meio de edital de seleção pública a qual foi qualificada para atendimento dos adolescentes em conflito com a lei em cumprimento de medida socioeducativa no Centro Socioeducativo de Atendimento ao Adolescente em Conflito com a Lei, localizado em Tucum, Cariacica.

A nota dizia ainda que é procedimento sistemático do Iases, como diretriz do Governo do Espírito Santo, a avaliação técnica e administrativa dos contratos mediante elaboração de relatórios para avaliação e adoção das providências cabíveis no âmbito contratual e legal, bem como auditorias periódicas. Segundo o Iases, o referido contrato já foi submetido à auditoria da Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) e o processo administrativo encontra-se a disposição das instituições que possuem competência e legalidade para exercer o referido controle administrativo e financeiro.

No dia 25 de outubro, a reportagem também solicitou entrevista com o diretor executivo da Acadis, Gerardo Mondragón, mas ele só foi localizado três dias depois. Por telefone, Mondragón informou que já protocolou no MPES documentos que comprovam a inexistência de quaisquer irregularidades acerca do contrato firmado com o Iases. Após a conversa, enviou nota de conteúdo idêntico ao posicionamento do Iases.

O que define se uma mulher tem condições “psicológicas”, ou não, para ter um filho?

 

IPCO

A pergunta, que por si só já é um absurdo, não lhe parece um tanto quanto subjetiva?

Pois é.

Mas o governo brasileiro pretende implementar uma lei que deixará a cargo de médicos ou psicólogos autorizar o aborto em mulheres que digam não ter condições psicológicas
para manter a gravidez.

Veja aqui outras leis absurdas que constam no Anteprojeto do Novo Código Penal

Por isso resolvi escrever-lhe esta mensagem. Precisamos nos unir em prol da vida.

Não podemos, em hipótese alguma, permitir que uma vida inocente e indefesa seja sacrificada
por conta de discutível falta de condições “psicológicas" da mãe.

Infelizmente, sabemos que todas as atividades contam com bons e maus profissionais e que,
portanto, não será difícil, para aqueles que querem praticar o aborto, conseguir atestados
de médicos ou psicólogos
.

Afinal, todos sabemos que já existem médicos que realizam abortos ilegais. Quanto mais fácil não será conseguir um atestado que torne lícita essa prática?

Isso não lhe parece apenas uma desculpa para criar-se uma cultura da morte no Brasil?

Assista

Certamente você, assim como eu, defensor proeminente da vida, não concorda com isso.

Portanto, precisamos agir o mais rápido possível para que esse atentado à vida não seja consumado.

Assista agora ao vídeo “Diga Não à Cultura da Morte” e, depois, assine a Petição contra o anteprojeto do Novo Código Penal.

O vídeo lhe ajudará a entender mais o anteprojeto do Novo Código. E assinando a petição, mostraremos que nós, defensores da vida, não vamos ficar de braços cruzados.

A Petição será enviada ao Presidente do Congresso Nacional, solicitando que esse projeto de Código
seja revisto.

Mas não é só isso. Esse projeto de código também autoriza o aborto caso esse coloque em risco a
“saúde” da mãe.

Veja bem. Não estamos falando de risco à vida, mas sim risco à “saúde”. Isso constitui uma ampliação enorme dos casos em que o aborto passa a ser autorizado no Brasil.

Veja agora outras medidas do Anteprojeto

Outra absurda subjetividade, que abrirá uma série de prerrogativas para que abortos sejam cometidos.

Esses já não são motivos mais do que suficientes para acreditar que muitas vidas serão sacrificadas se este Código for aprovado?

Portanto, reforço meu pedido: assista ao vídeo e assine a Petição.

Por fim, peço também que você espalhe esse vídeo a todos os seus contatos, solicitando a
todos que também assinem a Petição.

Atenciosamente,

Mario Navarro da Costa
Diretor de Campanhas do
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
www.ipco.org.br

Prisão de Gallina e do “ex-obrigado-a-ajudar-as-FARC” Mondragón traz à tona esquema de corrupção no Iases

 

“…e acabei parando nas Farc (Forças Armadas Colombianas). Eles me obrigavam a catar folhas de maconha, era um trabalho escravo…”  (fonte)

 

SECULO DIÁRIO

Conforme denunciado com exclusividade por Século Diário, esquema foi iniciado em 2006, quando Gerardo Mondragon era apenas consultor da autarquia

José Rabelo

17/08/2012 12:35 - Atualizado em 17/08/2012 12:54

As dezenas de reportagens publicas por Século Diário, entre os anos de 2011 e 2012, finalmente foram investigadas e transformadas em denúncias. O juiz titular da Vara da Central de Inquéritos Criminais de Vitória, Marcelo Loureiro, responsável pelas investigações, foi quem pediu as prisões da diretora-presidente do Instituto de Atendimento Socioeducaivo do Espírito Santo (Iases), Silvana Gallina e do presidente do Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), Gerardo Bohorquez Mondragón. 

Há informações, ainda não oficiais, de que o diretor socioeducativo da unidade da Acadis de Linhares, Ricardo Rocha, também teria sido detido. A Polícia Civil, que efetua os mandados de prisão e busca e apreensão desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (17), confirmou diligências na casa do deputado estadual Josias da Vitória (PDT) e dos familiares dele em Colatina. 

Também como publicado com exclusividade por Século Diário, pelo nos três empresas da família do deputado, em nome de sua irmã e de sua mulher, passaram a estabelecer contratos com a Acadis Linhares, logo após o deputado, que é candidato a prefeito de Colatina, movimentar um engenhoso lobby para promover Mondragón no Estado, que até a interferência de Da Vitória era um consultor anônimo do Iases. 

Motivos da prisões

Para entender as prisões de Gallina e Mondragon é preciso voltar ao ano de 2006, quando o ex-frei colombiano aportou no Estado a convite da Silvana Gallina. Em outubro do mesmo ano, Gallina celebrou um contrato de consultoria, sem licitação, com Mondragón no valor de R$ 115 mil por cinco meses de trabalho, que foi sendo renovado sucessivamente. A missão do ex-frei era construir o plano de ocupação e de atendimento pedagógico do Centro Socioeducativo de Cariacica (CSE), unidade que só seria inaugurada em janeiro de 2009. O consultor ficaria encarregado também de definir os critérios de seleção, recrutamento, treinamento e capacitação dos funcionários que trabalhariam na nova unidade, que mais tarde seria entregue a ele mesmo. A partir daí, o colombiano passa a ter a faca e o “gordo queijo” do Iases na mão. 

Enquanto a proposta pedagógica e a unidade eram construídas, Gallina precisou se desdobrar para promover o nome do colombiano em solo capixaba. Para isso, contou com a ajuda de alguns colaboradores determinados em transformar o ex-frei em “papa no assunto ressocialização” de adolescentes em conflito com a lei. 

O deputado Josias da Vitória (PDT), que à época exercia seu primeiro mandato na Assembleia, foi um dos que aceitaram a empreitada de ser “promoter” do colombiano, que se dizia “idealizador” do Modelo Pedagógico Contextualizado – método que na verdade fora copiado dos Religiosos Terciários Capuchinhos Amigonianos. 

O deputado da Vitória não poupou esforços para promover o agora amigo colombiano. A estratégia era tornar o ex-frei uma referência no trabalho com adolescentes privados de liberdade. Da Vitória promoveu eventos, audiências públicas, seminários e debates para divulgar o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC), surrupiado Amigonianos. Conseguiu também espaço na imprensa corporativa capixaba para divulgar o nome de Mondragón. Deu certo. Veja algumas manchetes veiculadas pelo jornal A Gazeta da época, o mesmo que agora se apressa para publicar a prisão do colombiano: "Ex-infrator colombiano, Gerardo Bohorquez Mondragón lança livro no Tribunal de Justiça"; "Educador Gerardo Mondragón mostra que é possível recuperar dependente químico"; "Ele esteve no mundo do crime e hoje resgata os infratores". Mesmo após as denúncias publicadas por Século Diário envolvendo o colombiano, o jornal não se preocupou em ir atrás dos fatos e levar a verdade para seus leitores. 

No final de 2010, depois de viajar à Espanha a convite de Mondragón, o deputado voltou para o Espírito Santo cheio de “boas ideia”. Emplacou, assim que chegou, um artigo no jornal A Gazeta para relatar a experiência exitosa de sua viagem à Espanha com o companheiro colombiano e aproveitou para mandar um recado ao então governador eleito Renato Casagrande, que estava prestes a assumir o comando do Estado. Avisou: “(...) E é por isso que sou defensor da implantação, em terras capixabas, de um projeto de ressocialização similar ao espanhol, e farei esta sugestão ao próximo governador [Casagrande], que, tenho certeza, será sensível a essa proposta”, registrou em seu artigo.

A essa altura, fazia um ano que Mondragón havia se tornado presidente da recém-criada Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis). Menos de seis meses depois da fundação da nova entidade, Mondragón já havia assumido a gestão do Centro Socioeducativo de Cariacica (CSE), como fora premeditado por ele e Gallina ainda em 2006, quando o ex-frei era ainda consultor do Iases. 

Da Vitória, durante todo o ano passado e início deste ano, fez lobby para consolidar o nome de Mondragón como referência no trabalho com adolescentes em conflito com a lei no Estado, já pensando no novo contrato que a Acadis fecharia com o Iases para gerir a unidade de Linhares, já sob o governo de Renato Casagrande.

Às vésperas do Iases fechar o novo contrato com a Acadis, que assumiria a gestão da recém-inaugurada Unidade Socioeducativa de Linhares, Da Vitória se valeu da sua influência de deputado para abrir mais espaço para o colombiano. 

No primeiro semestre de 2011, o pedetista promoveu uma audiência pública em seu reduto eleitoral, Colatina, para o ex-frei pôr à prova toda a sua "sabedoria" sobre o projeto “Escola para Família Co-Dependente”. Depois de Mondragón, foi a vez do juiz da 9ª Vara Criminal de Vitória, Alexandre Farina – que também viajou para a Espanha na companhia de Da Vitória e Mondragón -, discursar sobre o projeto “Começar de Novo”.

Quase um ano antes da audiência em Colatina, Da Vitória articulou uma reunião com a Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa, da qual era membro efetivo, para o amigo Gerardo Mondragón apresentar aos deputados o trabalho da Acadis no CSE e o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC). Com o objetivo de matar a cobra e mostrar o pau, Mondragón levou um dos adolescentes do CSE para fazer um relato. Disse o adolescente, repetindo um texto bem decorado: “O Centro Socioeducativo transformou a minha vida. Hoje estou trabalhando e estudando. Quero agradecer a Silvana Gallina e ao Gerardo pela oportunidade e quero pedir que a sociedade acredite neste projeto”. 

O projeto de fortalecimento do nome Gerardo Mondragón não para por ai. No dia 6 dezembro de 2010, preocupado em deixar uma boa imagem do companheiro para o novo governo que chegava, Da Vitória coroou seu trabalho de relações públicas ao conseguir o título de cidadão espírito-santense ao ex-frei. A justificativa para conceder o título ao colombiano foi atribuída aos resultados “extraordinários” obtidos pelo CSE em menos de dois anos. O texto lido em público rasga elogios ao presidente da Acadis e beira o exagero: “(...) [o trabalho da Acadis] trouxe mudanças significativas para toda a sociedade capixaba”.


Mas Da vitória percebeu que poderia levar Mondragón ainda mais longe. O agora cidadão espírito-santense se sentaria ao lado da maior autoridade do Estado, o governador Renato Casagrande, no evento de lançamento do livro “Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC)”, que aconteceu no Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Na mesa, além do governador, o desembargador Manoel Alves Rabelo; o deputado Da Vitória, é claro; a juíza da Infância e Juventude da Serra, Janete Pantaleão; a diretora-presidente do Iases, Silvana Gallina; e o gerente de meio ambiente e comunicação da ArcelorMittal Tubarão, Sidemberg Rodrigues - empresa parceira no projeto do MPC, que foi plagiado dos amigonianos -, validaram de vez o nome do colombiano e o seu método revolucionário.

Após esse evento, que aconteceu no início de maio de 2011, o trabalho de Da Vitória fora finalizado com louvor. Agora chegava o momento de o deputado colher os merecidos frutos, que viriam em forma de contratos milionários, pois havia toda uma cadeia para ser alimentada. 

Contratos

Com um novo contrato de mais de R$ 10 milhões anuais para gerir a unidade de Linhares até, pelo menos, dezembro de 2013, Mondragón usou o dinheiro público ilicitamente para entregar quatro contratos a empresas de familiares do deputado Josias Vitória, como paga por todo o lobby que o pedetista movimentou em prol do colombiano. 

Com a Capixaba Vigilância e Segurança - empresa que tem entre os sócios a irmã do deputado, Delza Auxiliadora da Vitória – a Acadis fechou um contrato de R$ 939.859,20 anuais. O contrato prevê o fornecimento de serviços de vigilância armada e desarmada para a unidade de Linhares. Detalhe, a mulher do deputado, Luciana Tozato da Vitória, aparece como sócia da empresa até 2006. Luciana saiu da sociedade, provavelmente, para “liberar” a empresa para contratar com o governo ou com organizações sociais como a Acadis, sem expor o deputado. 

Além dos serviços de vigilância, outra empresa em nome da irmã do deputado mantém mais três contratos com a Acadis Linhares. A Capixaba Assessoria Empresarial LTDA fornece para a unidade mão de obra de jardineiro (2), artífice (2), auxiliar de serviços gerais (7) e um encarregado. Para dispor dos serviços dos 12 profissionais a Acadis paga anualmente à empresa de Delza da Vitória R$ 293.960,40. Cada auxiliar de serviços gerais, por exemplo, que deve ganhar pouco mais do que um salário mínimo (cerca de R$ 600) custa à Acadis, ou melhor, aos cofres públicos, R$ 2.076,22. 

Os 11 motoristas que dirigem os carros da Acadis Linhares também são contratados da Capixaba Assessoria Empresarial LTDA. Por ano, a entidade paga à empresa R$ 465.843,12.

Pertence também à Capixaba Assessoria Empresarial LTDA o contrato de fornecimento de mão de obra de profissionais da área de saúde. A empresa de Colatina, reduto eleitoral do deputado Da Vitória, recebe mais R$ 132.643,32 anuais da Acadis para manter um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem na Unidade de Linhares. 

Ao todo, o governo do Estado paga, por meio do convênio de terceirização com a Acadis, R$ 1.832.306,00 anuais pelos quatro contratos às duas empresas da irmã do deputado. Todos, evidentemente, sem licitação, tabelas referenciais ou mapas comparativos de preços, como estabelece a legislação para entidades que contratam com dinheiro público. 

Embora o deputado tenha se precavido ao tirar Luciana da composição societária da Capixaba Vigilância e Segurança e da Capixaba Assessoria Empresarial LTDA, a informação que corre em Colatina, sede das duas empresas, é de que a esposa do deputado continua vinculada às empresas. 

O informativo de dezembro de 2010 do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Espírito Santo (Seaces), do qual a Capixaba Assessoria Empresarial LTDA é associada, parabeniza os aniversariantes do mês. Na seção, Luciana Tozato da Vitória é identificada como representante da Capixaba Assessoria Empresarial LTDA. 

Não bastassem os contratos milionários, Gerardo Mondragón também beneficia o deputado empregando na unidade alguns “afilhados” do pedetista. Por meio da folha de pagamento da Acadis Linhares de julho de 2011 que beira a casa dos R$ 150 mil mensais, identificamos pelo menos duas funcionárias que têm o mesmo sobrenome do deputado. Dilene Marins da Vitória, assistente social contratada em dezembro de 2010, recebe R$ 2.379,00 mensais da entidade. Já Thamires da Vitória, contratada em abril deste ano para exercer a atividade de pedagoga, também recebe os mesmos R$ 2.379,00 da Acadis. 

O cientismo e a doença mental do revolucionário

 

PERSPECTIVAS

Quarta-feira, 29 Setembro 2010

« A ciência é a maior força para remover barreiras de desentendimento [entre seres humanos]. »

O revolucionário é um doente mental — não no sentido clínico stricto sensu, mas no sentido cultural e social; trata-se de um sociopata incurável.

Omaior perigo da modernidade tem sido — e é, infelizmente — a mente revolucionária que surtiu do Iluminismo. A ciência e a técnica não têm culpa do descalabro humanitário do século XX. Foi a mente revolucionária a responsável por mais de 200 milhões de vítimas, muitas delas inocentes, só no século XX. Naturalmente que a ciência e a técnica foram usadas na criação da morte em massa, mas não podemos responsabilizar a ciência e a técnica em si mesmas; devemos, antes, pedir responsabilidades à mente revolucionária.


É por demais evidente que a ciência, por sua própria natureza, não se ocupa do sujeito, ou seja, do indivíduo como ser humano. Só podemos fundamentar a noção de sujeito de uma forma tautológica, baseando-a na experiência subjectiva.
O conhecimento científico só concebe acções determinadas e determinísticas; não concebe a autonomia, o sujeito, tão pouco a consciência e a responsabilidade. Esta última é não-senso e não-científica. As noções de autonomia, sujeito, consciência e responsabilidade, pertencem à ética e à metafísica — e não à ciência positiva.

Quando a ciência positiva criou as ciências humanas, varreu paulatinamente o sujeito, colocando em lugar dele as leis, determinações e estruturas. Rapidamente a ideia de sujeito tornou-se mistificadora e insensata, à luz da ciência positiva e da opinião opinativa (Doxa).


Por um lado, foi esta aparente erradicação do sujeito que não só caracterizou a mente revolucionária moderna — como é exemplo o marxismo —, como esta passou a classificar toda a moral comum como sendo subjectiva, enganadora, mistificadora e mitificadora. E quanto mais a moral e a ética comuns criticam a acção revolucionária, mais a mente revolucionária aponta o dedo à moral e à ética comuns, denunciando a sua essência mistificadora. A crítica ética à acção revolucionária é sempre legitimadora da própria acção revolucionária contra o alegado embuste da ética e da moral comuns.

Por outro lado, e seguindo as características básicas do gnosticismo da antiguidade tardia, a mente revolucionária ou gnosticismo moderno cai invariavelmente num excesso moralista, através de um processo de metanóia ou conversão — tal como aconteceu com o puritanismo europeu nos séculos XVII e XVIII. Tal como no puritanismo, esse excesso moralizante é político, e não ético. Todo o desvio ideológico e político, toda a oposição e contestação à mente revolucionária são diabolizados por esta, e a moral e a ética comuns são denunciadas e criticadas de uma forma moralizante. O conceito marxista cultural de “tolerância repressiva” (tudo o que vem do desvio em relação à moral comum, é bom; tudo o que está de acordo com a moral comum, é mau) espelha bem a moral politizada do gnóstico moderno e revolucionário.

Quando a mente revolucionária utiliza o argumento da ciência para negar o sujeito, pretende deturpar a nossa visão da realidade humana e reprimir toda a possibilidade de consciência responsável — exactamente porque a ciência não se pode ocupar do sujeito!

Porém, a mente revolucionária apresenta o argumento científico como sendo “libertador da condição humana”, quando na realidade o propósito do revolucionário é exactamente o oposto daquilo que ele diz pretender com o referido argumento. É exactamente devido à perversidade e tortuosidade dos argumentos da mente revolucionária, que podemos dizer que estamos perante uma força do mal e de morte.

Com a implosão do marxismo-leninismo-estalinismo-maoísmo em finais da década de 80, deu-nos a sensação de que a mente revolucionária se teria extinguido. Porém, o que aconteceu na realidade foi que a missão salvífica — protagonizada por uma minoria ínfima portadora da verdade histórica messiânica, apocalíptica, fascista e terrorista — do revolucionário clássico e marxista se pulverizou numa miríade de movimentos políticos aparentemente autónomos entre si: o gayzismo, o ecofascismo, o aquecimentismo, o feminazismo, o eugenismo, o abortismo, o ateísmo, o neo-ateísmo, o naturalismo, o cientismo, etc., todos estes movimentos políticos têm uma raiz comum e são subprodutos da implosão e do fracasso marxista. Contudo, a doença da revolução não morreu.

O revolucionário é um doente mental — não no sentido clínico stricto sensu, mas no sentido cultural e social; trata-se de um sociopata incurável. O exemplo de Althusser e a sua história pessoal são paradigmáticos daquilo a que podemos chamar de “doença mental revolucionária e ateísta” : não tem cura, e o corolário, no caso da sociopatia de Althusser, foi o assassínio da sua própria esposa.

O Patriota: a Voz da Resistência (Programa de 16/08/2012)

 

Published on Aug 16, 2012 by coldmaster1

Nesse programa irei falar sobre:
1) Marxismo: uma religião do mal.
2) Caso do ladrão Sanchez Gordillo: fazendo caridade com o dinheiro dos outros.
3) Memes da esquerda: os argumentos que os esquerdistas usam para parar um debate e ganhar tempo.
Original em: www.blogtalkradio.com/opatriota

ESPÍRITO SANTO: Nos fizemos presentes... Vamos aguardar.

 

Published on Aug 16, 2012 by darciovix

Esse vídeo só será compreendido pelos membros da comunidade Fala Vitória e para as pessoas que tem ciência da formação do GIT Respira Vitória. Desculpem aos outros usuários do face. Um abraço.

O voto de Joaquim Barbosa

 

Published on Aug 17, 2012 by nivaldocordeiro

Ouvi na íntegra a sessão de ontem do STF e o início da leitura do voto memorável do ministro Joaquim Barbosa. Meu espanto foi grande, pois se já o espera, não o fazia em toda a grandeza com que o voto está sendo proferido. Joaquim Barbosa marcou época, fez história. Votou com Justiça, pela democracia e pela sociedade aberta e contra o totalitarismo dos que querem que dirigentes fiquem acima da lei. Joaquim Barbosa votou pela liberdade, honrou a corte e honrou todos os brasileiros, que nele depositaram confiança. Triste contraponto lhe fez o ministro Lewandovski, que mais das vezes parece despir a toga e vestir o fato de advogado dos mensaleiros. Papel desabonador. Joaquim Barbosa está lhe dando lição de dignidade.

PT quer pôr seus tanques para cercar o STF. É o AI-13!!! Dizem que ministros precisam ser vigiados para não cometer atentados à democracia. E querem usar os advogados como massa de manobra de proposta fascistoide

 

REINALDO AZEVEDO

17/08/2012 às 6:41

 

Não lhes basta aparelhar a justiça! É pouco!
Não lhes basta tentar desmoralizar ministros independentes do Supremo. É pouco!
Não lhes basta transformar em réu o procurador-geral da República. É pouco!
Não lhes basta ter a seu serviço o JEG, fartamente financiado por estatais e por administrações petistas (incluindo a federal), para fazer circular injúrias, calúnias e difamações contra adversários. É pouco!
Não lhes basta ter uma CPI que investiga adversários e protege amigos e aliados. É pouco!

Agora os petistas pretendem, ainda que de uma forma oblíqua, cercar o prédio do STF com os tanques da desqualificação, do ataque gratuito, da intimidação.

Um tal “Departamento Jurídico” do PT decidiu fazer o que, até ontem, parecia impensável. Quer que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) crie uma comissão para acompanhar o julgamento do mensalão para impedir que os ministros — sim, aqueles do Supremo (8 de 11 nomeados por petistas) — “cometam atentados à democracia”. Trata-se de um absoluto despropósito!

O pretexto é corporativo, mas é evidente que a intenção é provocar uma reação da categoria contra o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão. Com efeito, acho que o ministro exagerou ao pedir que o STF cobrasse da OAB providências contra três advogados que arguiram a sua suspeição, acusando-o de parcialidade. Tanto exagerou que a proposta foi derrotada por 10 votos a 1. Tanto os advogados tinham o direito de dizer o que disseram como tem o ministro o direito de não gostar. Se isso resultará em providências legais, aí é outra história. Outros e um não foram bem-sucedidos em seus respectivos intentos, certo? Cadê “o atentado à democracia”???

A verdade, obviamente, está em outro lugar. Os ditos “advogados do PT” — e Rui Falcão vai dizer que não tem nada com isso, que é coisa do Departamento Jurídico do partido — estão descontentes é com o voto de Joaquim Barbosa, que consideram um “traidor” (falo em outro post como o seu antigo herói virou agora um vilão). Quem lidera a turma é um tal Marco Aurélio de Carvalho.

Esse rapaz tem problemas com o estado democrático e de direito. Há dias, ele anunciou a disposição de estudar medidas jurídicas para, ACREDITEM!, impedir o jornalismo (que os pterodáctilos chamam “mídia”) de usar a palavra “mensalão”. Ele também quer — mobilizado pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) — que o Ministério Público Federal retire do ar uma página do órgão destinada a jovens e crianças que explica o processo do mensalão. Nota: a página existe já há alguns anos e sempre trouxe informações sobre as ações mais importantes da Procuradoria-Geral da República. Quando elas se referiam a coisas feitas por seus adversários, os petistas nunca se incomodaram e até aplaudiram.

O petista — e Joaquim Barbosa já foi um herói para eles — agora põe em dúvida, como se houvesse algo a ser feito, a capacidade de Barbosa de ocupar a Presidência do STF, cargo que ele assume em novembro, por dois anos. Diz Marco Aurélio (o do PT, não o do Supremo) à Folha: “Esse é um prenúncio de como será Joaquim Barbosa na presidência do STF e nos traz a compreensão de que ele ainda não se despiu do papel de procurador. Ele precisa vestir a toga de ministro do Supremo”. Huuummm…

“Vestir a toga”, entenda-se, significa não dizer coisas consideradas inconvenientes para o partido. Lula já tentou chantagear Gilmar Mendes; uma ação coordenada busca impedir o voto de Cezar Peluso; Luiz Marinho — prefeito de São Bernardo — já disse que Dias Toffoli “não tem o direito de não participar do julgamento”, evidenciando que ele não tem escolha; sugere que o outro não é dono nem do próprio voto. Como se diz no interior, “Toffoli se casa com quem quisé desde que seja com o Zé!!!”. Como seria um escândalo — não que seja impossível — contestar o conteúdo do voto do relator, os petistas buscam, então, uma saída corporativista, intentando jogar os advogados contra um ministro do Supremo. Até parece que os defensores todos foram apenas lhanos e respeitosos com o procurador-geral, por exemplo. Nada que a democracia não suporte, é bom deixar claro.

Também essa iniciativa, a exemplo das outras duas, revela uma concepção fascistoide de democracia — e, pois, democracia não é.

É claro que alguns responsáveis indiretos por tamanha ousadia autoritária estão dentro do próprio Supremo. E têm nome: Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio de Mello. As intervenções desses dois têm servido de munição para que chicaneiros tratem o Supremo como tribunal de exceção. Algumas falas de Celso de Mello, lamento!, também não têm ajudado muito.

O Brasil não é a Venezuela (porque não deixamos, não porque eles não queriam). Na impossibilidade de milícias armadas constrangerem os órgãos do estado, busca-se a mobilização de milicianos virtuais para destroçar a reputação de desafetos. Posso entender os motivos. A parte inicial do voto do relator é, dizer o quê?, devastadora para os que pretendem sustentar que, afinal, nada de mau se fez no que ficou conhecido como “mensalão” (ver post específico a respeito).

É a transparência que está fazendo mal ao fígado dos petistas, aquela de que tanto eles diziam gostar quando estavam na oposição. Do tal Marco Aurélio (refiro-me àquele que é petista com carteirinha), não poderia esperar nada diferente. Afinal, esse rapaz quer tirar do ar uma página do Ministério Público Federal e impor censura à imprensa, impedindo-a de empregar a palavra “mensalão”. Por que ele não proporia, então, cercar o STF com os tanques da desqualificação? 

TRÊS EM UM: Diretora-presidente do Iases é presa por suspeita de corrupção dentro do órgão / Deputado Da Vitória faz lobby para Mondragón em troca de contratos milionários com a Acadis / O CASTELO DO IMPERADOR CONTINUA CAINDO ? IV

 

DA FOTO ACIMA: CASAGRANDE É O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. FOTO PUBLICADA EM 2011 (fonte)

A GAZETA

 

Diretora-presidente do Iases é presa por suspeita de corrupção dentro do órgão.

 

O Tribunal de Justiça confirmou a prisão de Silvana Galina, um outro diretor do Iases e do colombiano Gerardo Mondragon

17/08/2012 - 09h44 - Atualizado em 17/08/2012 - 09h44

foto: Samanta Nogueira

Viaturas em frente à sede do Iases em Vitória

Viaturas no Centro de Vitória com agentes que participam da operação

GOVERNADOR CASAGRANDE (esq.) E GERARDO MONDRAGON


A diretora presidente do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo  (Iases), Silvana Galina, foi presa na manhã desta sexta-feira pela Polícia Civil. A denúncia que subsidiou o pedido de prisão é referente a um esquema de corrupção implantado dentro do Iases. O Tribunal de Justiça confirmou ainda a prisão de Gerardo Mondragon, diretor de Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis), que faz a gestão compartilhada com o Iases do sistema prisional de adolescentes em conflito com a lei. 

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça confirmou ainda que um dos diretores do Iases também foi detido. A operação começou na madrugada desta sexta-feira e cumpre mandados de busca e apreensão na Grande Vitória e no interior do Estado.

Policiais do Grupo de Operações Táticas da Polícia Civil foram até o prédio do Iases para cumprir mandados de busca e apreensão. Os servidores tiveram que sair do prédio para que os policiais pudessem realizar os trabalhos.

Acadis

A Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis) iniciou as atividades no Estado em 2009 por intermédio de um contrato de gestão compartilhada com o Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases), nas unidades de atendimento ao adolescente em conflito com a lei de Cariacica (CSE), localizado em Tucum, e de Linhares.
A Acadis é dirigida por Gerardo Mondragón, autor do Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC) que é utilizado nas unidades para atendimento aos adolescentes em cumprimento de medida de internação. O modelo prega uma série de etapas no processo de ressocialização dos adolescentes, em trabalhos que envolvem as famílias, até a liberdade assistida.

 

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SECULO DIÁRIO

05/11/2011

Deputado Da Vitória faz lobby para Mondragón em troca de contratos milionários com a Acadis


José Rabelo
Foto capa: Assessoria Ales



O ex-frei colombiano Gerardo Bohórquez Mondragón aportou no Estado em 2006, a convite da diretora-presidente do Instituto de Atendimento Socioeducaivo do Espírito Santo (Iases), Silvana Gallina, como um “ilustre” desconhecido. Em outubro do mesmo ano, Gallina celebrou um contrato de consultoria, sem licitação, com Mondragón no valor de R$ 115 mil por cinco meses de trabalho, que foi sendo renovado sucessivamente. A missão do ex-frei era construir o plano de ocupação e de atendimento pedagógico do Centro Socioeducativo de Cariacica (CSE), unidade que só seria inaugurada em janeiro de 2009. O consultor ficaria encarregado também de definir os critérios de seleção, recrutamento, treinamento e capacitação dos funcionários que trabalhariam na nova unidade, que mais tarde seria entregue a ele mesmo.

É mais barato manter um aluno na Universidade de Harvard do que um adolescente no Centro Socioeducativo da Acadis


Após renovar convênio com o Iases, presidente da Acadis reajustou seu próprio salário em 73%


Mondragon patenteou em seu nome modelo criado há mais de um século por amigonianos

Foi um golpe, e premeditado: Gallina já queria entregar unidade do Iases a Mondragón em 2006

Enquanto a proposta pedagógica e a unidade eram construídas, Gallina precisou desdobrar-se para promover o nome do colombiano em solo capixaba. Para isso, contou com a ajuda de alguns colaboradores determinados em transformar o ex-frei em papa no assunto "ressocialização de adolescentes em conflito com a lei".

O deputado Josias da Vitória (PDT), que à época exercia seu primeiro mandato na Assembleia, foi um dos que aceitaram a empreitada de ser “promoter” do colombiano, que se dizia “idealizador” do Modelo Pedagógico Contextualizado – método que na verdade fora copiado dos Religiosos Terciários Capuchinhos Amigonianos.

O deputado da Vitória não poupou esforços para promover o agora amigo colombiano. A estratégia era tornar o ex-frei uma referência no trabalho com adolescentes privados de liberdade. Da Vitória promoveu eventos, audiências públicas, seminários e debates para divulgar o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC). Conseguiu também espaço na imprensa corporativa capixaba para divulgar o nome de Mondragón. Deu certo. Veja algumas manchetes veiculadas pelo jornal A Gazeta: "Ex-infrator colombiano, Gerardo Bohorquez Mondragón lança livro no Tribunal de Justiça"; "Educador Gerardo Mondragón mostra que é possível recuperar dependente químico"; "Ele esteve no mundo do crime e hoje resgata os infratores". Mesmo após as denúncias publicadas por Século Diário envolvendo o colombiano, o jornal ainda não apresentou aos seus leitores a versão de A Gazeta sobre o caso.


No final de 2010, depois de viajar à Espanha a convite de Mondragón, o deputado voltou para o Espírito Santo cheio de “boas ideia”. Emplacou, assim que chegou, um artigo no jornal A Gazeta para relatar a experiência exitosa de sua viagem à Espanha com o companheiro colombiano e aproveitou para mandar um recado ao governador eleito Renato Casagrande, que estava prestes a assumir o comando do Estado. Avisou: “(...) E é por isso que sou defensor da implantação, em terras capixabas, de um projeto de ressocialização similar ao espanhol, e farei esta sugestão ao próximo governador [Casagrande], que, tenho certeza, será sensível a essa proposta”, registrou em seu artigo.

A essa altura, fazia um ano que Mondragón havia se tornado presidente da recém-criada Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social (Acadis). Menos de seis meses depois da fundação da nova entidade, Mondragón já havia assumido a gestão do Centro Socioeducativo de Cariacica (CSE), como fora premeditado por ele e Gallina ainda em 2006, quando o ex-frei era ainda consultor do Iases.

Da Vitória, durante todo o ano passado e início deste ano, fez lobby para consolidar o nome de Mondragón como referência no trabalho com adolescentes em conflito com a lei no Estado, já pensando no novo contrato que a Acadis fecharia com o Iases para gerir a unidade de Linhares, já sob o governo de Renato Casagrande.

Às vésperas do Iases fechar o novo contrato com a Acadis, que assumiria a gestão da recém-inaugurada Unidade Socioeducativa de Linhares, Da Vitória se valeu da sua influência de deputado para abrir mais espaço para o colombiano.

No primeiro semestre deste ano, o pedetista promoveu uma audiência pública em seu reduto eleitoral, Colatina, para o ex-frei pôr à prova toda a sua "sabedoria" sobre o projeto “Escola para Família Co-Dependente”. Depois de Mondragón, foi a vez do juiz da 9ª Vara Criminal de Vitória, Alexandre Farina – que também viajou para a Espanha na companhia de Da Vitória e Mondragón -, discursar sobre o projeto “Começar de Novo”.

Quase um ano antes da audiência em Colatina, Da Vitória articulou uma reunião com a Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa, da qual era membro efetivo, para o amigo Gerardo Mondragón apresentar aos deputados o trabalho da Acadis no CSE e o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC). Com o objetivo de matar a cobra e mostrar o pau, Mondragón levou um dos adolescentes do CSE para fazer um relato. Disse o adolescente, repetindo um texto bem decorado: “O Centro Socioeducativo transformou a minha vida. Hoje estou trabalhando e estudando. Quero agradecer a Silvana Gallina e ao Gerardo pela oportunidade e quero pedir que a sociedade acredite neste projeto”.

O projeto de fortalecimento do nome Gerardo Mondragón não para por ai. No dia 6 dezembro de 2010, preocupado em deixar uma boa imagem do companheiro para o novo governo que chegava, Da Vitória coroou seu trabalho de relações públicas ao conseguir o título de cidadão espírito-santense ao ex-frei. A justificativa para conceder o título ao colombiano foi atribuída aos resultados extraordinários obtidos pelo CSE em menos de dois anos. O texto lido em público rasga elogios ao presidente da Acadis e beira o exagero: “(...) [o trabalho da Acadis] trouxe mudanças significativas para toda a sociedade capixaba”.

Mas Da vitória percebeu que poderia levar Mondragón ainda mais longe. O agora cidadão espírito-santense se sentaria ao lado da maior autoridade do Estado, o governador Renato Casagrande, no evento de lançamento do livro “Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC)”, que aconteceu no Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Na mesa, além do governador, o desembargador Manoel Alves Rabelo; o deputado Da Vitória, é claro; a juíza da Infância e Juventude da Serra, Janete Pantaleão; a diretora-presidente do Iases, Silvana Gallina; e o gerente de meio ambiente e comunicação da ArcelorMittal Tubarão, Sidemberg Rodrigues - empresa parceira no projeto do MPC, que foi plagiado dos amigonianos -, ungiram de vez o colombiano e o seu método salvador.

Após esse evento, que aconteceu no início de maio deste ano, o trabalho de Da Vitória fora finalizado com louvor. Agora chegava o momento de o deputado colher os merecidos frutos.

Contratos

Com um novo contrato de mais de R$ 10 milhões anuais para gerir a unidade de Linhares até, pelo menos, dezembro de 2013, Mondragón usou o dinheiro público ilicitamente para entregar quatro contratos a empresas de familiares do deputado Josias Vitória, como paga por todo o lobby que o pedetista movimentou em favor do colombiano.

Com a Capixaba Vigilância e Segurança - empresa que tem entre os sócios a irmã do deputado, Delza Auxiliadora da Vitória – a Acadis fechou um contrato de R$ 939.859,20 anuais. O contrato prevê o fornecimento de serviços de vigilância armada e desarmada para a unidade de Linhares. Detalhe, a mulher do deputado, Luciana Tozato da Vitória, aparece como sócia da empresa até 2006. Luciana saiu da sociedade, provavelmente, para “liberar” a empresa para contratar com o governo ou com organizações sociais como a Acadis, sem expor o deputado.

Além dos serviços de vigilância, outra empresa em nome da irmã do deputado mantém mais três contratos com a Acadis Linhares. A Capixaba Assessoria Empresarial LTDA fornece para a unidade mão de obra de jardineiro (2), artífice (2), auxiliar de serviços gerais (7) e um encarregado. Para dispor dos serviços dos 12 profissionais a Acadis paga anualmente à empresa de Delza da Vitória R$ 293.960,40. Cada auxiliar de serviços gerais, por exemplo, que deve ganhar pouco mais do que um salário mínimo (cerca de R$ 600) custa à Acadis, ou melhor, aos cofres públicos, R$ 2.076,22.
Os 11 motoristas que dirigem os carros da Acadis Linhares também são contratados da Capixaba Assessoria Empresarial LTDA. Por ano, a entidade paga à empresa R$ 465.843,12.

Pertence também à Capixaba Assessoria Empresarial LTDA o contrato de fornecimento de mão de obra de profissionais da área de saúde. A empresa de Colatina, reduto eleitoral do deputado Da Vitória, recebe mais R$ 132.643,32 anuais da Acadis para manter um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem na Unidade de Linhares.

Ao todo, o governo do Estado paga, por meio do convênio de terceirização com a Acadis, R$ 1.832.306,00 anuais pelos quatro contratos às duas empresas da irmã do deputado. Todos, evidentemente, sem licitação, tabelas referenciais ou mapas comparativos de preços, como estabelece a legislação para entidades que contratam com dinheiro público.

Embora o deputado tenha se precavido ao tirar Luciana da composição societária da Capixaba Vigilância e Segurança e da Capixaba Assessoria Empresarial LTDA, a informação que corre em Colatina, sede das duas empresas, é de que a esposa do deputado continua vinculada às empresas.
O informativo de dezembro de 2010 do Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Espírito Santo (Seaces), do qual a Capixaba Assessoria Empresarial LTDA é associada, parabeniza os aniversariantes do mês. Na seção, Luciana Tozato da Vitória é identificada como representante da Capixaba Assessoria Empresarial LTDA.

Não bastassem os contratos milionários, Gerardo Mondragón também beneficia o deputado empregando na unidade alguns “afilhados” do pedetista. Por meio da folha de pagamento da Acadis Linhares de julho desde ano que, diga-se de passagem beira a casa dos R$ 150 mil mensais, identificamos pelo menos duas funcionárias que têm o mesmo sobrenome do deputado. Dilene Marins da Vitória, assistente social contratada em dezembro de 2010, recebe R$ 2.379,00 mensais da entidade. Já Thamires da Vitória, contratada em abril deste ano para exercer a atividade de pedagoga, também recebe os mesmos R$ 2.379,00 da Acadis.

Funcionários que não quiseram se identificar, disseram que o deputado tem outros “indicados” trabalhando na unidade.

 

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FOLHA LITORAL

25/05/2012 às 08:56

O CASTELO DO IMPERADOR CONTINUA CAINDO ? IV

TJ denuncia negócios suspeitos com empresas de familiares de juiz

   No quarto capítulo da "Operação Lee Oswald", que denunciou um esquema para fraudar licitações no Espírito Santo durante os governos de Paulo Hartung (PMDB), o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Valls Feu Rosa, denuncia, nas páginas 152 e 153 de sua denúncia de 201 páginas, baseada no relatório da Polícia Federal, que "há negócios suspeitos com empresas de familiares do juiz Alexandre Farina Lopes", que já atuou na Comarca de Aracruz.

   Nas páginas 152 e 153 da denúncia, Feu Rosa acusa "o juiz Farina de participar de vários eventos com Gerardo Mondrágon, presidente da ONG Acadis (Associação Capixaba de Desenvolvimento e Inclusão Social), para ajudar a promover o Modelo Pedagógico Contextualizado (MPC), que o colombiano se diz idealizador. Como ‘moeda de troca', três empresas de Cláudio Farina Lopes, irmão do juiz, têm contratos que somam quase R$ 1 milhão anuais com a Acadis: a Garra Escola Vigilância e Segurança, a Garra Comércio e Serviços e a Fibra Negócios e Serviços".

Estudo mais barato que na Universidade de Harvard

Feu Rosa relata, na página 153, que "com os contratos com a Acadis, é mais barato manter um filho na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, do que o Estado manter um adolescente em suas unidades socioeducativas. Há suspeitas de que a empresa Top Clean Distribuidora, com sede em Vila Velha, é usada como empresa ‘laranja' no esquema de fraudes Iases/Acadis. Foi fundada em abril de 2010 com a finalidade exclusiva de contratar com a Acadis". É a mesma entidade que deu "moeda de troca" ao deputado estadual Josias da Vitória.

   Segundo o desembargador, a Top Clean foi contratada para fornecer material de limpeza para o Centro Socioeducativo de Cariacica (CSE), por Gerardo Bohórquez Mondrágon, fundador e diretor executivo da Acadis, que sempre foi bastante ligado ao diretor socioeducativo Ricardo Rocha Soares. A empresa foi constituída em nome dos pais de Ricardo - Daniel Soares de Oliveira e Maria das Dores Rocha -, ambos nascidos e domiciliados em Minas Gerais. Para abrir a empresa, o capital social integralizado pelo casal foi de modestos R$ 15 mil, cabendo 55% ao pai de Ricardo e 45% à mãe.

   E continua Feu Rosa: "apenas em quatro meses de contrato com a unidade de Cariacica, a Top Clean recebeu da Acadis R$ 120 mil. A partir de 2011 a empresa passou a fornecer produtos de limpeza também para a Unidade de Internação Norte, de Linhares, administrada pela Acadis, recebendo cerca de R$ 20 mil mensais. No contrato societário, a Top Clean tem sede em Vila Velha e a gerente é uma colombiana chamada Diana Milena Londonoa".

   Já na página 154 da denúncia, Feu Rosa alerta que "após celebrar contrato da Acadis com o Iases, no valor de R$ 10 milhões anuais até 2013, Gerardo Mondrágon decidiu, por conta própria, aumentar o próprio salário e de alguns de seus funcionários de confiança, entre eles Ricardo Soares. Até março de 2011, Mondrágon recebia R$ 7.144,18, e a partir de abril passou a receber R$ 12.369,40. Ele também aumentou os salários, pagos com dinheiro público, através do contrato Iases/Acadis, em 54%".