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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Homossexuais aliciam meninos para virar transexuais em SP

 

JULIO SEVERO
12 de fevereiro de 2012

Tráfico de adolescentes para prostituição homossexual começa nas redes da internet

SÃO PAULO — Magro, cabelos compridos, short curto. M., 16 anos, abre o sorriso leve e ingênuo dos adolescentes quando perguntado se pode dar entrevista. O relógio marca 1h de sexta-feira. “M” é um garoto e está na calçada, numa das travessas da Avenida Indianópolis, conhecido ponto de prostituição de travestis e transexuais, escancarado em meio a casas de alto padrão do Planalto Paulista, na Zona Sul de São Paulo. A poucos passos, mais perto da esquina, está “K”, também de 16 anos.

Adolescente aliciado por redes homossexuais

“M” e “K” são a ponta do novelo que transformou São Paulo num centro de tráfico de adolescentes nos últimos cinco anos. Meninos a partir de 14 anos são aliciados no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Piauí e, aos poucos, são transformados em mulheres para se prostituírem nas ruas de São Paulo e em países da Europa. Misturados a travestis maiores de idade, eles são distribuídos em três pontos tradicionais de prostituição transexual em São Paulo: além da Indianópolis, são encaminhados para a região da Avenida Cruzeiro do Sul, na Zona Norte, e Avenida Industrial, em Santo André, no ABC paulista.

O primeiro contato é feito por meio de redes de relacionamento na internet. Uma simples busca por “casas de cafetina” leva os garotos a perfis de aliciadores homossexuais. Após o primeiro contato, pedem que o adolescente encaminhe uma foto por e-mail, para que seja avaliado. Se for considerado interessante e “feminino”, eles têm a passagem paga pelos aliciadores. Ao chegar a São Paulo, passam a morar em repúblicas de transexuais e a serem transformados. Recebem inicialmente megahair e hormônios femininos. Quando começam a faturar mais com os programas nas ruas, vem a oferta de prótese de silicone nos seios. Os escolhidos para ir à Europa chegam a ser “transformados” em tempo recorde, apenas cinco meses, para não perder a temporada na zona do euro.

É fácil identificar os adolescentes recém-chegados. Além do corpo típico da idade, eles têm seios pequenos, produzidos por injeção de hormônios, e megahair. Testados inicialmente na periferia, os meninos são distribuídos nos pontos de prostituição de acordo com a aparência. Os considerados mais bonitos recebem investimento mais alto e vão trabalhar na área nobre da cidade. Na Avenida Indianópolis, recebem R$ 70 por um programa no drive in e R$ 100 se o programa for em motel. Nos outros dois endereços, o valor é bem mais baixo: entre R$ 30 e R$ 50 no drive in e R$ 70 a R$ 80 em motel.

Menores evitam ruas principais

Não faltam interessados. A partir de 17h, homens homossexuais na faixa de 30 a 50 anos aproveitam o fim do expediente para, antes de seguir para casa, fazer programas rápidos com os transexuais na Indianópolis. Um furgão preto, com insulfilme, faz o transporte de vários transexuais. Mas, nesse horário de maior movimento, dificilmente os menores ficam à vista nas calçadas.

Por existirem há décadas, os pontos de prostituição de travestis são vistos com naturalidade pelos moradores de São Paulo, principalmente agora com leis anti-“homofobia” que punem a crítica ao homossexualismo. Se antes se podia criticar, agora nem isso. Afinal, o homossexualismo em São Paulo está sob a proteção do PSDB e parece que a prostituição homossexual está incluída nessa proteção.

Em geral, os transexuais adolescentes ficam nas travessas, atrás dos grupos de maiores de idade, que ficam quase nus e são extremamente imorais. Os dois grupos convivem bem com a vizinhança, exceto pelo constrangimento proporcionado pelos mais velhos (acima de 25 anos) sem roupa ou exibindo abertamente partes íntimas ou siliconadas.

Os adolescentes são mais discretos, menos siliconados e “montados”. Os implantes de silicone nos seios são menores, num apelo direcionado aos pedófilos. Eles usam saias e shorts curtinhos, como “M” e “K”, e podem muitas vezes ser confundidos com meninas.

Como na Indianópolis prostitutas e travestis dividem espaço, clientes são surpreendidos pela nova leva de jovens vindos de outros estados, de aparência cada vez menos óbvia.

“Y”, 19 anos, é um dos transexuais que fazem aumentar a confusão. Aos 15, foi levado a São Paulo pela rede homossexual de prostituição e pedofilia.

— A cafetina viu que eu era feminina e que ganharia muito dinheiro. Minha mãe assinou autorização para eu viajar, e vim de avião. Ficou preocupada, como toda mãe, mas deixou — conta.

Inicialmente, foi levado a trabalhar na Avenida Industrial, em Santo André, no ABC paulista. Pagava R$ 20 pela diária na república, sem almoço.

— Quem não tivesse os R$ 20 tinha de voltar para a rua, não entrava enquanto não conseguisse — diz ele.

Mesmo sem ter sido transformado, já chamava atenção. Logo começou a faturar R$ 250 por dia. Aos 16 anos, recebeu “financiamento” para colocar prótese de silicone no seio. O implante foi feito por cirurgião plástico. Custou R$ 4 mil, mas “Y” teve de pagar R$ 8 mil à cafetina, pois não tinha dinheiro para quitar à vista.

“Y” diz que aceitou porque queria ficar feminina logo. Neste mercado, os seios são vistos como principal atributo. Quanto mais aparência de mulher, mais os clientes pagam. Agora, o jovem mora sozinha num flat e paga seu aluguel. Diz que divide o espaço da avenida tranquilamente e já não deve nada a ninguém. Faz entre seis e 10 programas de prostituição por noite, afirma, enquanto lança olhares às dezenas de carros que passam rente à calçada, aguarda possivelmente um cliente homossexual.

Adaptado de Meninos são aliciados para virar transexuais em SP

Fonte: www.juliosevero.com

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Um comentário:

  1. Dr. Traffic Calming30 de maio de 2012 às 12:30

    Prezados:
    O nível de prostitutas, travestis e seus efeitos correlatos, foram reduzidos em mais de 70%, após o fechamento, há quase duas semanas, de um dos ícones da prostituição em SP, o Drive-in em situação irregular, desde o início de suas atividades, localizado na Av. Indianópolis X Al. Guatás. Mudou completamente o cenário e movimento do local e seu entorno.
    O efeito colateral previsto, a re-distribuição das prostitutas e travestis, para uma área maior do entorno está sendo menor que o esperado, pois não há mais além do local de trabalho, e de apoio - troca de roupas, refeições, manutenção geral, etc.- que era proporcionado pelo Drive in. Assim, além de fechado, o entorno aumentado temporáriamente,não propicia o suporte e locais adequados.
    Já é esperado que máfia da prostituição e drogas e os proprietários ocultos do empreendimento, através de expedientes ilícitos e brechas na legislação, atuem para reabrí-lo.
    A associação de bairro local, SAPP, está trabalhado firmemente para o fechamento definitivo do mesmo.
    Se a operação funcionar como pretendido, ações similares deverão ser iniciadas para outros drive ins que operam na Av. dos Bandeirantes.
    Deverá a mafia da prostituição e drogas mover-se para outros locais? Seguramente, mas cabe a sociedade local, dentro a lei, com auxílio profissional e acompanhando de perto o andamento dos processos - para evitar engavetamentos, desvios dos mesmos e outros expedientes ilícitos - repelir esses fomentadores da prostituição e uso de drogas e consequente destruição da sociedade. O conformismo e passividade de moradores, políticos, prefeitura etc. não cabe mais no estágio de degradação social a que chegamos.

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