Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Material essencial
sábado, 31 de janeiro de 2009
Comentário que apareceu no blog
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Entrevista muito didática que CHAMA o cidadão (VOCÊ E EU, NÓS TODOS) a cumprir o nosso dever
Comentário muito bom postado no Cavaleiro
Insensível, o governo já projeta a mesma arrecadação de impostos verificada no ano passado, haja vista o impostômetro apresentar valor de 100 bilhões no mês de janeiro, o que projeta arrecadação de 1,1 trilhão de reais no ano. Um fio muito tênue, ao mesmo tempo em que separa, une a crise social à violência, principalmente nos grandes centros urbanos.
Os empregados, mais prudentes que o governo sindicalista, já abrem mão de salários integrais com a correspondente redução de jornada de trabalho, a fim de manter seus empregos. Mas, o governo perdulário, até agora não acenou com a redução de impostos e de gastos, como se vivesse num universo paralelo, imune aos problemas dos mortais que os sustentam.
Em breve teremos convulsão social e, sem forças armadas, uma possível guerra civil, de conseqüências castatróficas.
"LIBERTAS QUAE SERA TAMEN"
General opositor sofre atentado na Venezuela
O ataque ocorreu quando o ex-ministro dava uma palestra para estudantes na Universidade de Carabobo, na cidade de Valencia. Baduel disse à rede de TV Globovisión que não conseguiu identificar seus agressores. Segundo Iván Uzcátegui, presidente da Federação dos Centros Universitários de Carabobo, todos os membros do grupo que realizou os disparos estavam com os rostos cobertos. ?Eles vestiam camisetas vermelhas e boinas verdes à la Che Guevara?, disse Uzcátegui.
No mínimo do mínimo, uma cuspida na cara de todos nós.
Alexandre Garcia recebe o ministro da Justiça, Tarso Genro, para debater a decisão do governo brasileiro de conceder asilo político ao italiano Cesare Battisti.
Cavaleiro do Templo: DEBATE? Só se estava junto com o entrevistador e o amigo de terroristas a Mulher Invisível do Quarteto Fantástico e devidamente amordaçada, claro, visto que não abriu a boca. O que dizer da mídia nacional além do que já foi dito?
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
FSM - Fórum Social Mundial ou Falácia Socialista Mundial
Estive na página do Fórum Social Mundial e baixei as atividades do mesmo. Vejam as preciosidades que garimpei. Os meus comentários estão marcados com asterisco. Está longo, mas é bom ter uma idéia do que rola por lá. É um verdadeiro circo dos horrores. Preparem seus terços, águas-bentas, e tomem um Dramin (eu preferi tomar Gardenal) e vejam:
Associação Bras. De Estudos Sociais do Uso de Psicoativos
Substâncias psicoativas: política, cultura e pesquisa - Dr. Edward MacRae
UFBA; Dr. Osvaldo Françancisco Lobos Ribas Fernandez - UNEB; Dr. Henrique Carneiro - USP; Dr. Marco Tromboni - UFBA;
* Pesquisei para ver se encontrava a tal associação na internet e não achei nada. Qual será o objetivo dessa palestra sobre psicoativos? Parece que vai ter balada boa e cocada boa.
Associação Cultural do movimento Reggae
Oficina de Reggae
ASSOCIAÇÃO CULTURAL DO MOVIMENTO REGGAE- AMOR E O PROJETO REGGAE
ENILSON NNONATO E RASTA ALVIM
Associação de Entidades de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável de Pintadas
Teatro popular: protagonismo juvenil e construção da cidadania através da arte-educação
* Imaginem seus filhos estudando em um colégio que aplica o método da “arte-educação”.
Associação de Mulheres Eneida de Moraes
UMA OUTRA MASCULINADADE É POSSÍVEL: da Amazonia para o mundo
Irina Storni Jane Monteiro Neves
* Algum homem aí quer ter “uma outra” masculinidade possível?
Associação do Produtor, Feirante e Consumidor Ecologista de Rio Grande do Sul
ESPIRITUALIDADE RACIONAL E REVOLUCIONARIA
Parceria com: 1) Cooperativa de Gestão Solidária; 2) Instituto ICIBOLA Online
José Juan H. Thielen
* Espiritualidade revolucionária? Deve ser a do Hamas. Essa teologia civil existe desde Barrabás, que era um zelote. Os zelotes eram a “teologia da libertação” da época. Há quem diga que Judas Iscariotes também era um.
Associação dos Filhos e Amigos do Ile Axe
Religiıes de Matriz Africana, contra a (In)tolerancia e defesa da cultura negra
AFAIA Grupo de Estudos Afro-Amazonico
Edosn Silva Barbosa Marilu Marcia Campelo Anaiza Vergolino sacerdotes convidados
* Será se irão falar sobre a intolerância contra os cristãos?
Associação dos Percussionistas do Pará/Amazônia
Rítmos Percussivos da Cultura Amazônica e sua Influências
Associação dos Percussionistas
* Essa deve ser boa. Tema importantíssimo para o mundo. Talvez seja a salvação para a crise econômica.
Associação dos Usuários de Sistemas Livres e Abertos
Install Fest GNU/Linux
AUSLA, SUCESU-PA, SINDPD-PA.
* E eu que estava pesando em migrar para o Linux.
Associacao Irmandaade Comunindios Bandeira Branca
Celebração
Ayahuasca-Consciencia ao homo Sapiens
Paulo Brasil e Indios Brasil.
* Êba! Vamos abrir as portas da percepção para o admirável mundo novo
Associação Katiró
Oficina
Diversidade sexual
* Alguém quer fazer uma OFICINA de diversidade sexual? Olha que é diversidade mesmo!
Associação para Pesquisa e Promoção da Saúde e dos Direitos da Mulher - Gesto&Ação
Aborto Inseguro em uma população em situação de pobreza - Vulnerabilidade e Determinantes Sociais da Saúde
ONG Gesto&Ação UNIFESP
Carmen L. B. Fusco
* O abortismo está na agenda do Obama também. Só falta ele lá.
Associação Proutista Universal
Após o Capitalismo - PROUT: Novo sistema sócio-econômico baseado num autentico desenvolvimento em todas as esferas da vida
Acarya Jinananada Avaduta
* Em todas as esferas mesmo. Até no lazer, na espiritualidade, na imprensa. Imagine a estrovenga implantada.
Associação Revivarte
UMA EDUCAÇÃO PARA MUDAR O MUNDO
Luciana Sérvulo
* Um método de proselitismo ideológico.
ASSOCIAÇÃO STOP A DESTRUIÇÃO DO MUNDO
Libertação dos Povos - A psicopatologia do poder - Conscientização e Socioterapia baseadas na Trilogia Analítica
Alexandre Frascari e Eduardo Castelã
* Socioterapia. Agora temos terapia para a sociedade de uma vez só. É a terapia grupal levada às últimas consequências (olha a ortografia aí, gente!)
CANIL _ Espaço Fluxus de Cultura
Improvisação Livre - Espaço Fluxus Autonomo
CANIL_ Espaço Fluxus de Cultura, Banda do CANIL_
* Que merda é isso? (Cavaleiro do Templo: CANIL é lugar de cachorro, me parece adequado este espaço no FSM)
Caravana Arcoiris por la Paz
Cidadania Planetária, Ecopedagogia e Consumo Sustentável, a Práxis para transformação !
Thomas Enlazador Marcelo Pelizzoli
Caravana Arcoiris por la Paz
As Novas Amazonas ,Brujas,Guerreiras, Sacerdotizas (Ecofeminismo,Saúde, Espiritualidade Ecumenica,Cultura de Paz)
Caravana Arcoiris por la Paz Centro Ecopedagogico Bicho do Mato Red de pontos de Cultura Congreso Bioregional
Verónica Sacta Campos Carolina Mora Sacta Sofia Mora Sacta
CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR
Direitos Reprodutivos, Direitos Sexuais, Religião e Estado Laico
* Vejam que lindo: enquanto uma fala de pedagogia com ecologia bruxas, espiritualidade ecumênica e outras escrotices vêm outras e falam em estado laico. Vocês sabem o que isto significa, né?
Central de Movimentos Populares
O papel de Cuba no contexto da integração latino-americana
* Ninguém precisa levar o Olavo de Carvalho a sério. Basta ver isso.
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz
Campanha pela Paz na Colômbia
Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz
Conferencia internacional a luta dos povos contra as bases militares estrangeiras, as guerras e a reativação da 4™ Frota(2)
Cebrapaz, Conselho Mundial da Paz, Nobases ( AL y C.), CADA, Serpaj, MovPaz, Mopassol, Ghime, DAIR/PLO - CMMLK
* As FARCs precisam vender drogas, seqüestrar, torturar e matar em paz.
CENTRO DE DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS HUMANOS DE BALSAS
PROGRAMA LIBERDADE ASSISTIDA
CENTRO DE DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS HUMANOS DE BALSAS PASTORAL DO MENOR NACIONAL; SECRETARIA ESPECIAL DOS DIREITOS HUMANOS - MINIST…RIO DA JUSTIÇA CONSELHO MUNICIPAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE; CONSELHO TUTELAR; FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
* Já tive um aluno de liberdade assistida. Foi uma merda. Quem quiser que leve pivetes para si.
Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Menor
Estudo Exploratório sobre Parricídio: "O caso barroso"
Centro de Recuross Integrados de Atendimento ao Memor
ASO - Ana Maria Vasconcelos Moreira ASO - José de Jesus Botelho PSI - Marcia Luce Cassino
* Pesquisei para ver que troço é esse e não encontrei nada.
Centro de Trabalho Amazônia
Casamento da Filha do Mapinguari
* Hã? O quê? Quem? Acuma?
CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA – CVV Saber Ouvir na Abordagem Ceveviana
CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA – CVV CAMINHO DA RENOVAÇÃO CONTÍNUA (CRC)
CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA – CVV O Programa CVV na Prevenção do Suicídio
* Até o CVV ta nessa, Meu Deus!
Centro Espírita Casa do Perdão
Aspecto Geo Político Raciais- Par‚metro para a construção do Plano Mundial pela Reparação
MNU, CONEM e Casa do Perdão
Cida Abreu - Secret•ria nacional de combate ao racismo do partido dos trabalhadores.
* Os espíritas da casa do perdão são contra a revisão da lei da Anistia?
Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social / Universidade Federal da Bahia
Temas emergentes em Gestão Social - experimentando Metodologias não Convencionais e as Artes como estratégias de inclusão Social.
Valeria Giannella, Dan Baron
* Agora tô curioso para conhecer essas metodologias não convencionais.
Centro Memorial Cabano
50 anos da Revolução Cubana - 1959 a 2009 meio século de resistência, luta e vitórias do povo cubano
Representante do ICAP - Instituto Cubano de Amizade entre o Povos.
* De fato, não ter nem papel para limpar a bunda foi uma grande vitória.
CIDADANIA, ORGULHO E RESPEITO
A Homofobia nos movimentos social e sindical Movimento GLBT
Marcelo Carvalho ABGLT Movimento sindical Movimento Social
* Eu juro que é verdade: a sigla agora é LGBT, porque as mentes brilhantes viram que “gays” antes de “lésbicas” é machismo.
Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada
Atividade a ser definida pelo Fórum Mundial de Midia Livre
Entidades participantes do Forum Mundial de Midia Livre
* Ué! Comunicação compartilhada não é o que já fazemos aqui? Podiam ter nos chamado.
Coletivo Ciranda de Diversidade Sexual da UERJ
militancia e academia
* Tá explicado as camisinhas. Imagine a Ciranda de Diversidade Sexual. Aliás, deixa prá lá.
Coletivo Elizabeth teixeira
Saúde Mental - entrelinhas da loucura
* Pelo menos alguém vai falar com conhecimento de causa.
Coletivo Mulher Vida
Prevenção a Exporação Sexual, turismo sexual e Trafico de seres humanos.
* Querem prevenir o turismo sexual? Então para quê ás camisinhas?
Comissão Brasileira de Justiça e Paz
Uma outra cultura de paz é possível
* É aquela que mata os que não a querem.
ComitÍ de Mobilização para o Fórum Social Mundial - UnB
Ocupações de Reitoria - O Movimento Estudantil na luta pela democracia e na defesa da educação
* Viu? A ocupação dos remelentos e malfadinhas era para contar essa enorme proeza no fórum.
Companhia de Jesus
Fe(s) religiosa(s) e defesa da Vida
Frei Betto, Marina Silva, José Comblin entre outros.
* O zelote Frei Betto apareceu. Tava demorando. Será se ele falará contra o aborto? A sua religião civil agora é em defesa da vida? Ele agora é contrário ao aborto?
Comunicação Comunitária / SOS Imprensa - UnB
Comunicoteca
Projeto de Extensão de Ação Contínua Comunicação Comunitária da UnB Projeto de Extensão de Ação Contínua Sos Imprensa Rádio Ralacoco - livre com princípios comunitários Projeto Dissonante - faça-rádio-web-você-mesmo
* SOS imprensa? Rá rá rá! Comunicoteca? Rá rá rá! Rádio Ralacoco? Rá rá rá!
Comunidad Tzolkin
El ser mestizo como actor de cambio para la paz
* Agora admitem a mestiçagem? Não existiam apena pretos e brancos? Ou é um falso cognato?
Conferência dos religiosos do Brasil - regional Belém
Apresentação do documentário "Mataram Irmã Dorothy"
Podiam fazer também um documentário chamado “Mataram o Policial Luiz Pereira da Silva”? Para maiores informações: http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/02/silva-um-morto-sem-sepultura-e-dorothy.html
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
Nenhuma forma de violência vale a pena: Desafios e Reflexıes para a Democracia
Ana Luiza de Souza Castro, Maria deLourdes Trassi Teixeira, Maria Nazaré Tavares Zenaide, Fernanda Otoni de Barros
Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais
Olhares sobre a segregação e a alienação - construindo outros modelos de convivência e comunicação
Representante da Comissão de Direitos Humanos - CRP MG (Dinacarla Gonzaga Piermatei) Representante da Comissão de Psicólogos da Saúde - CRP MG(Lourdes Aparecida Machado) Representante da Comissão de Comunicação - CRP MG (Clerison Stelvio Garcia)
Conselho Regional de psicologia do Rio de janeiro
Educação: o que nós psicólogos, temos a ver com isso?
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO RIO DE JANEIRO
PSICOLOGIA E HOMOFOBIA: DEZ ANOS DA RESOLUÇÃO CFP 001/99
Grupo de Trabalho "Psicologia e Diversidade Sexual" (Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro) e Grupo de Pesquisa "Psicologia e Processos de Criminalização da Homofobia: impactos da resolução CFP 001/99" (Instituto de Psicologia - Universidade Federal do Rio de Janeiro).
* A petralhada aparelhou até os conselhos de psicologia. Eles entendem a sua atividade como lavagem cerebral. Guardem os nomes desses psicólogos para que, se um dia precisarem de um profissional da área, já saberem a quem NÃO procurar. Reparem aquele “Nenhuma forma de violência vale a pena”, se não me engano, refere-se a um projeto do CFP que quer proibir os pais de dar até uma palmada na bundinha do filho.
Criar RH
Biodanza e a Visão Ecológica do Ser
Letícia Pacheco
* Essa porcaria de biodança é a maior roubada. Uma vez, fui fazer um curso e levaram uma mulher para fazer isso. O pior que era em uma escola de ensino médio. Pagamos o maior mico para a meninada que ficou olhando para nós. Tal prática é de origem hindu. Ninguém falou nada. Imaginem se levassem um padre para rezarem o terço! Logo as vozes que defendem o ensino laico iriam gritar em uníssono.
DCE-Diretório Central dos Estudantes - UVA-PA
Formatando mentalidades criticas
Elias Sacramento(mestre em história) e outros a confirmar.
* Mais um método de proselitismo ideológico.
FACULDADE DE CI NCIAS SOCIAIS – UFPA
Os índios no Ciberespaço- a experiência inovadora com meio alternativo de comunicação.
* Índio qué webcam.
Movimento Maio de 1995
Vexames gozozos
* Falou tudo.
Movimento Mística e Revolução
Ofinica sobre a relação entre Mística e Revolução
* Só na Escatologia da Libertação, a religião civil atual.
Nação Hip-Hop Brasil
Hip-Hop N\'Ação
* Claro que não poderia faltar. Tamanha expressão cultural assim é hiperimportante.
Rede de Integração e Cidadania
educacão biocentrica
Rosaura de Fatima Berni Couto Artur Ferreira Almeida
* Mais uma charlatanice para arrancar grana de trouxas com a lenga-lenga new age. Praticam a biodança também que me deixou traumatizado até hoje. Leiam um trechinho do que vi no site: “Por uma Pedagogia dos Instintos
A idéia de Educação Biocêntrica está intimamente vinculada à defesa de uma “educação selvagem”: trata-se de criar situações de aprendizagem para que as pessoas possam cultivar seus potenciais genéticos.
Nas palavras de Toro “Propus o termo Educação Selvagem ao conjunto de todos os procedimentos que possam estimular, na criança, no jovem e no adulto, o ciclo dos instintos; destacar e fortalecer o instinto para a seleção dos alimentos em relação às necessidades orgânicas profundas e saboreá-los, desfrutando o prazer do alimento (junto aos demais); estimular a capacidade de luta e defesa, através de brinquedos e jogos adequados à faixa etária; estimular a sexualidade natural, através do contato e das carícias; desenvolver o prazer cenestésico do movimento, mediante exercícios de harmonia e fluidez, natação orgânica e biodança; ativar a expressão afetiva e criadora, mediante o canto, os coros primitivos, a poesia e o teatro; o uso das cores e o desenho; trabalhos em argila (...). Todos esses procedimentos deveriam ser praticados com a freqüente participação da família, incluindo avós, os idosos, ampliando o espaço educativo sob a forma de uma ‘Escola-Universo”
Trupegaia
o circo em prol da valorização humana e do meio ambiente
Trupegaia "A arte por um mundo melhor
* Agora os eco-chatos vão falar do aquecimento global na linguagem apropriada – a palhaçada. Sem falar dos números de contorcionismo verbal para falar tanta merda e o sapateado (bater pezinho) para protestar. Restou dizer que é o circo dos horrores.
Caso Battisti: Brasil será acusado de violação de Direitos Humanos perante a Corte de Haia.
- Lula e Silvio Berlusconi (Foto Ricardo Stuckert/PR)
O pacote de medidas em preparação pela Itália contra o Brasil terá uma que chegará à Corte Internacional de Justiça de Haia.
Rui Barbosa, a águia de Haia dos nossos livros de história, já deve estar, além túmulo, indignado com a imprevidência de Lula em endossar uma estultice do ministro Tarso Genro, em nome de uma falaciosa decisão soberana que, na verdade, afronta aos direitos da pessoa humana e assegura a impunidade a terroristas.
O acionamento da Corte Internacional de Justiça de Haia será uma das próximas cartas a ser lançada, com o aval do presidente Giorgio Napolitano, comunista histórico e que é chefe de Estado.
Na Corte de Haia, o tema a ser encaminhado será a impunidade que o Brasil confere ao ex-terrorista Battisti. Um assassino que, durante um regime democrático, violou direitos invioláveis das pessoas humanas.
Como conseguiu apurar esse blog “Sem Fronteiras” de Terra Magazine, será consignado, na peça à Corte de Haia, a conclusão de que a postura brasileira ofende direitos fundamentais e naturais do homem, das famílias das vítimas e de uma Itália fundadora da União européia, que é uma comunidade alicerçada no respeito à pessoa humana.
Lula entrará numa saia-justa, pois, o nosso país figurará no elenco daqueles que dão proteção a violadores de direitos fundamentais do homem e asseguram impunidade a criminoso. Tudo com violação a uma decisão soberana da Justiça de um estado democrático, com legitimidade para executar pena imposta a um nacional que, no seu território, é responsável, como co-autor e mandante, de quatro homicídios.
Com efeito. Na reunião mantida entre o ministério das relações Exteriores da Itália e o embaixador peninsular no Brasil, iniciada ontem e que prosseguiu hoje na parte da manhã de hoje e já foi interrompida para o almoço, foram, com cautela, fixadas algumas metas.
Também ocorreram cortes a algumas patriotadas-macarrônicas, como a proposta do subsecretário da pasta, Alfredo Mantica, do ultradireitista partido da Aliança Nacional (AN). Mantica queria o cancelamento da partida entre as seleções do Brasil e da Itália marcada para 10 de fevereiro, em Londres.
Walter Veltroni, líder do maior partido de esquerda italiano (Pardido Democrático) de oposição ao governo Sílvio Berlusconi, recebeu informação do ministério que a sua proposta de “Moção Parlamentar” (Câmara e Senado) de protesto contra a desrespeitosa e ofensiva decisão do ministro Tarso Genro, referendada pelo presidente Lula, não atrapalharia e nem criaria embaraços à atuação no campo diplomático. Como a situação já se manifestou favoravelmente, a moção será implementada uma vez que a iniciativa é da oposição.
A presidente da Cofindústria e os sindicatos receberam informações de que a tensão entre Brasil e Itália não afetará as relações bilaterais, nessa época de global crise econômico-financeira. No campo da exportação italiana, antes do caso Battisti, a Itália já vinha sentido, com relação ao Brasil, o peso da forte e crescente concorrência da China.
Quando Lula esteve na Itália em novembro passado, –e o premier macarrônico Berlusconi derramou-se em atenções a ponto de reunir os jogadores de futebol que atuam ou que já penduraram as chuteiras mas continuam a morar na Itália–, ficou acertada a visita de retribuição para os primeiros dias de março.
Ao aceitar o convite de Lula para março próximo, uma agenda de viagem foi rascunhada para Berlusconi, com breve passagem do premier por São Paulo antes de Brasília.
Sinalizado pelo ministro de relações Exteriores, o premier Berlusconi falou do adiamento da viagem em face de compromissos extraordinários. Ou seja, diante do que vem sendo chamado de “exteriorização de descontentamentos” decorrente do caso Battisti, o premier cancelou a viagem ao Brasil, embora nenhuma nota tenha sido emitida ainda pelo palazzo Chigi, sede do Conselho de Ministro e onde despacha Berlusconi.
Como Berlusconi e Lula são pródigos em comicidades e gafes, a reunião da dupla ecoaria “sifu” e “vaffa” em profusão por Brasília. O ponto positivo é que ficaremos livres, felizmente, das costumeiras baixarias berlusconianas, que tem comportamento “machista” e acha que é apenas um galanteador. Em síntese, em tempos bicudos, de desemprego, e com marolinhas a virar vagalhões, seremos poupados de cenas patéticas e de humor de teatro de revista de “basfond” parisiense ou de cais de porto.
Na reunião entre o ministro italiano de relações exteriores e o seu embaixador peninsular junto ao Brasil, na famosa Farnesina (sede do ministério), houve a ordem para se alertar de que a Itália, desde janeiro, assumiu a presidência rotativa do G8 e não conta com poder de veto, e nem cogita, de “desconvidar” os “outreach countries”. Ou melhor, países, como China, Índia, Brasil e México, convidados a participar do encontro do G8 que ocorrerá na Sardenha, em julho próximo.
Já foi avaliado que a chamada do embaixador italiano no Brasil, Michele Valensise, teve o efeito positivo de marcar, internacionalmente, a posição de desagrado da Itália com a decisão do governo Lula, de desrespeito um Estado democrático de direito, e a ferir princípios elementares do direito internacional. Como se disse na reunião e vazou, de um país com legitimidade para executar as suas sentenças judiciais baseadas no respeito à pessoa humana: respeito à memória das vítimas do terrorismo e aos seus familiares.
O tom, — respeito aos direitos humanos–, foi repassado ao ministro para as Políticas Européias, Andréa Ronchi. O ministro Ronchi, ontem, divulgou o teor do ofício carta que está a encaminhar à Comissão Européia e comissariado para a Justiça da Comunidade européia, Jacques Barrot.
PANO RÁPIDO. O acionamento da Corte Internacional de Justiça de Haia será uma das próximas cartas, numa queda-de-braço que Lula não consegue atentar para o lado do desrespeito a direitos humanos.
A propósito, Lula, com o escapismo de a questão dever ser solucionada no Judiciário (referencia à lei de Anistia cunhada no governo militar), não empresta consideração e respeito, ao contrário do governo da Espanha por exemplo, à memória das vítimas do terrorismo promovido pela ditadura militar iniciada em 1964.
– Wálter Fanganiello Maierovitch –
Comunicado aos leitores do Blog Julio Severo
Estimados amigos
Os ativistas gays alegam que a aprovação do PLC 122 não representará ameaça à liberdade de expressão dos cristãos. Eles alegam que não seremos proibidos de ensinar e dizer que, de acordo com a Bíblia, o homossexualismo é pecado.
Mas o que a realidade diz? Desde 2006, estou sob ameaças e pressões, porque líderes homossexuais, com a ajuda de um governo bastante amistoso e parcial para a causa homossexual, me acusam de “homofobia”.
Para eles, qualquer crítica ao homossexualismo é “crime” de “homofobia”. Contudo, não há no Brasil, pelo menos por enquanto, nenhuma lei contra a tal “homofobia”. Apesar disso, há várias queixas contra mim por “homofobia”, como se meu blog tivesse tirado sangue ou matado uma multidão de homens que praticam o homossexualismo.
Essas ameaças estão tendo a simpatia do governo Lula. Por isso, o domínio www.juliosevero.com.br corre sério risco de ser injustamente bloqueado — antes da aprovação do PLC 122.
Em vista dessas ameaças, peço-lhes que a partir de agora acessem apenas www.juliosevero.com (sem br).
Vivemos um momento difícil no Brasil. Recentemente, o governo Lula, afrontando a honra de todo o povo brasileiro, deu asilo a um terrorista comunista que assassinou várias pessoas na Itália, enquanto cristãos inocentes, que nunca mataram ninguém, sofrem cruel perseguição, torturas e assassinatos na Coréia do Norte e outros países comunistas, sem que ninguém lhes dê asilo.
Por não ser terrorista nem assassino nem sodomita, não posso desejar contar com o apoio do governo brasileiro.
Aproveito para lhes indicar o apelo de Olavo de Carvalho em favor de mim. Vejam o apelo no seguinte vídeo:
Peço também suas orações e apoio, para que Deus livre a mim e minha família do sistema injusto disfarçado de justiça no Brasil.
Em Cristo,
Julio Severo
P.S.: Por favor, façam também a atualização em seus links e favoritos, usando apenas www.juliosevero.com
Leia também:
WND, um dos maiores sites de notícia do mundo, publica entrevista com Julio Severo
Grupo gay entra com ações legais por crime de ódio contra Julio Severo
Luiz Mott quer publicar o endereço residencial de Julio Severo
Paira sobre os cristãos do Brasil perseguição por causa do homossexualismo
Você está pronto para ser perseguido por ativistas gays?
Cinco anos de cadeia para quem ofender um homossexual
Lula: “Opor-se ao homossexualismo faz de você um doente”
Os hippies do FSM no sistema das prapiskas
Vejo as criaturas estranhas do Fórum Social Mundial. Uma grande maioria se veste de forma despojada, no estilo da contracultura, cuja revolta contra o banho parece ser uma espécie de protesto contra o sistema. A maioria parece literalmente hidrófoba, tamanho o fedor assustador e o medo de água. Até as mulheres bonitas, por vezes, são desestimulantes. O mau cheiro mata a beleza delas. E uma parte desse povo é feito literalmente de hippies, cujo interesse, sabe-se lá por que, de querer “mudar” o mundo, mobiliza uma legião deles. Vagam por um lado e outro, sem fazer absolutamente nada, apenas fumando maconha, comendo, fornicando e dormindo. Isso me fez recordar de uma cena interessante: quando eu estava em Curitiba, tinha conhecido uma riponga no meio da praça, muito falante e simpática, louca para vender suas pulseiras. Conversa vai, conversa vem, ela me contou, orgulhosa, que tinha conhecido uma boa parte do Brasil só pedindo carona. Eram os ventos da liberdade capitalista de ir e vir dos caminhoneiros que a permitiam um estilo de vida errante.
Entretanto, muitas dessas pessoas tolas defendem causas que são totalmente contrárias aos seus estilos de vida. É paradoxal que os indivíduos liberais-conservadores sejam acusados de “reacionários”, “anti-progressistas”, “homofóbicos” e contrários às maravilhas prometidas pelas esquerdas. Todavia, o que seriam dos hippies fedorentos, se eles vivessem no terror das prapiskas? A jovenzinha orgulhosa de suas proezas aventurescas, no mínimo, seria prisioneira de uma praça no meio de Curitiba. No máximo, no arquipélago gulag de uma Amazônia qualquer. A liberdade de ir e vir desta criatura (e de toda uma sociedade) seria extinta de pronto. Os hippies simplesmente deixariam de existir. Ou no máximo, seriam estatizados.
É interessante notar que o ideólogo socialista médio tem uma visão utilitária das pessoas, dentro da sociedade que idealiza para o mundo. Elas têm que ser “produtivas”, como engrenagens de um exército industrial comandado por uma autocracia estatal. Não é por acaso que o trabalho, no regime socialista, é compulsório, sob pena de prisão. Na verdade, o socialismo restaura o trabalho escravo, na sua versão progressista. E, ainda, ficha criminalmente o sujeito, de forma prévia, por meio das prapiskas da vida, para prendê-los ao local de trabalho ditado pelo governo. Se estas pessoas não servem bem ao sistema, devem ser eliminadas. O que seria de um hippie médio do Fórum Social Mundial, dentro de uma sociedade que criminaliza a desocupação e o ócio? A liberdade do trabalho, como a liberdade de ser um hippie desocupado, errante e preguiçoso que passeia pelo mundo é tão somente um luxo que as democracias capitalistas e liberais se permitem dar. Vender pulseirinhas na rua é um privilégio que um soviético jamais sonhou ter.
Bruno Garschagen entrevista Olavo de Carvalho
Escrito por Bruno Garschagen |
Qua, 28 de Janeiro de 2009 07:00 |
"Ser conservador é não ser jamais o portador de um futuro radiante"
Em 2007, quando comecei a colaborar com a revista Atlântico, de Lisboa, fiz uma lista de pessoas do Brasil que eu gostaria de apresentar aos portugueses leitores da revista. Era uma forma de restabelecer uma aproximação cultural entre os dois países que não se limitasse à esfera diplomática e governamental.
O primeiro entrevistado foi Diogo Mainardi. O segundo, Reinaldo Azevedo. O terceiro, Olavo de Carvalho, cuja conversa, feita por e-mail, reproduzo hoje integralmente. Por questões de espaço, a revista publicou uma parte pequena, embora substancial, da entrevista (o quarto entrevistado foi Nelson Ascher). Antes, porém, algumas considerações.
Considero Olavo um dos grandes responsáveis por reabrir na imprensa e na vida intelectual um espaço de debate que no Brasil já era tido como morto, enterrado, goodbye, so long, farewell. Foi nos anos de 1990 que o filósofo brasileiro inaugurou uma nova fase na filosofia e na discussão político-cultural em Terras de Vera Cruz.
Sua faceta notavelmente provocadora é apenas uma das pontas de um trabalho criativo de pesquisa e reflexão que não vejo similar no âmbito do debate público. Ao lançar obras filosóficas da envergadura deAristóteles em nova perspectiva e O Jardim das Aflições. De Epicuro à Ressurreição de César, entre outras, imprimiu no pensamento filosófico brasileiro um rumo completamente diverso da dominação doutrinária impingida pelos autoproclamados filósofos que eram (e são), apenas, professores universitários ligados à esquerda, de forma consciente ou não. No Brasil, a revolução gramsciana foi tão bem executada na educação, artes e meios de comunicação que a maior parte da população assimilou o espírito degenerado do esquerdismo sem sequer saber que fora estrategicamente convertida em inocente útil da causa.
Mediante aulas, cursos e divulgação de idéias pelos jornais, revistas, site e talkradio (www.olavodecarvalho.org), Olavo segue com seu trabalho abnegado de construir um pensamento original e tentar formar uma elite intelectual. Uma rápida googlada dá uma idéia, embora pálida, do efeito explosivo que esse trabalho vem provocando desde a década de 1990. Aos 60 anos, o filósofo mora com a família desde 2005 em Richmond, Estados Unidos, onde desenvolve seus estudos, principalmente, sobre a mente revolucionária e a paralaxe cognitiva, e trabalha como colunista do Diário do Commércio (SP) e Jornal do Brasil.
Olavo aceitou gentilmente responder algumas perguntas para a revista Atlântico, respostas essas que divido com vocês, não sem antes fazer um agradecimento especial à Roxane Andrade, mulher do filósofo, pessoa extraordinária e gentil que tenho a honra de ter como amiga. À entrevista:
O que é e há quanto tempo, Olavo, você desenvolve os estudos sobre a mentalidade revolucionária?
É uma longa história. Esse estudo surgiu da confluência mais ou menos acidental de duas investigações independentes que eu vinha desenvolvendo desde os anos 80. A primeira diz respeito às definições de direita e esquerda. Por um lado, havia uma tendência, na mídia e nos debates públicos em geral, de minimizar ou até negar explicitamente a diferença entre direita e esquerda. Essa tendência tornou-se ainda mais forte depois da queda da URSS. Por outro lado, a esquerda assumia cada vez mais orgulhosamente sua identidade de esquerda, ao mesmo tempo em que a sua influência política se tornava cada vez mais dominante. A direita, por seu lado, se encolhia numa timidez abjeta, negando sua própria existência, escondendo-se sob o rótulo de "centro" e copiando cada vez mais o vocabulário e a forma mentis da esquerda. Era claro que aí havia um problema, principalmente porque os mais obstinados negadores da diferença entre esquerda e direita eram provenientes da direita. O problema colocava-se portanto em dois níveis. Primeiro, o empenho de dissolver as diferenças entre dois discursos ideológicos não impedia que pelo menos uma das forças políticas correspondentes continuasse existindo historicamente como força atuante e perfeitamente identificável. Segundo: se a negação da diferença tencionava esvaziar a esquerda, diluindo a força atrativa do comunismo num vago e inofensivo "progressismo", foi a própria direita que por meio desse artifício acabou se tornando vaga e inofensiva. Se era assim, era claro que havia um desnível entre a discussão pública e as forças políticas reais por baixo dela. A pergunta que surgia era: Em que consistem a direita e a esquerda como forças históricas objetivas, para além de seus respectivos discursos de autodefinição ideológica? Logo tornou-se claro que era impossível definir direita e esquerda em função de seus objetivos proclamados, que não só eram mutáveis, mas intercambiáveis.
E o que fez para avançar na investigação?
A idéia que me ocorreu então foi atacar o problema num nível mais profundo, buscando diferenças estruturais de percepção da realidade, das quais os sucessivos discursos historicamente registrados como de direita e esquerda pudessem se desenvolver com toda a sua variedade interna alucinante, sem prejuízo das estruturas básicas. Se eu conseguisse descobrir essas duas estruturas permanentes, a direita e a esquerda estariam delineadas por diferenças objetivas para muito além do horizonte de consciência dos indivíduos e organizações que personificavam essas correntes. Descobri várias dessas diferenças. A principal é a diferença na percepção do tempo histórico. A esquerda – toda a esquerda, sem exceção – enxerga o tempo histórico às avessas: supõe um futuro hipotético e o toma como premissa fundante da compreensão do passado. Em seguida, usa essa inversão como princípio legitimador das suas ações no presente. Como o futuro hipotético permanece sempre futuro, e por isso mesmo sempre hipotético, toda certeza alegada pelo movimento esquerdista num dado momento pode ser mudada ou invertida no momento seguinte, sem prejuízo, seja da continuidade do movimento, seja do sentimento de coerência por baixo das mais alucinantes incoerências.
Somando a isso a descoberta de Jules Monnerot de que a cada geração é a esquerda quem aponta e delimita a direita, nomeando como tal aqueles que lhe resistem, a direita aparecia portanto como o conjunto daqueles que, por mil motivos variados, resistem à inversão da razão histórica. Podem fazê-lo, por exemplo, por ser cristãos e acreditar que o "fim da história" é uma passagem para a eternidade e não um capítulo da história profana. Mas podem fazê-lo também por ser ateus de mentalidade científica que preferem moldar as hipóteses segundo os fatos e não alterar os fatos conforme as hipóteses. A segunda investigação foi da "paralaxe cognitiva".
O que é a paralaxe cognitiva?
Assim denomino o deslocamento, às vezes radical, entre o eixo da construção teórica de um pensador e o eixo da sua experiência humana real, tal como ele mesmo a relata ou tal como a conhecemos por outras fontes fidedignas. Raro e excepcional na antigüidade e na Idade Média, esse deslocamento começa a aparecer com freqüência cada vez mais notável a partir do século XVI, dando a algumas das filosofias modernas a aparência cômica de gesticulações sonambúlicas totalmente alheias ao ambiente real em que se desenvolvem. Um exemplo claro é a teoria de Kant sobre a incognoscibilidade da "coisa em si". Se não conhecemos a substância das coisas materiais, mas somente a sua aparência fenomênica, que esperança podemos ter de atingir um dia, a partir de indícios materiais, isto é, letras impressas numa folha de papel, a substância da filosofia de Immanuel Kant? Certamente o filósofo de Koenigsberg não se contentaria se apreendêssemos somente a aparência fenomênica da sua filosofia, a qual filosofia, nesse sentido, é radicalmente incompatível com o ato de escrever livros – e olhem que Kant os escreveu em profusão. Por mais coerente que seja consigo mesma, a filosofia de Kant é incoerente com a sua própria existência de obra publicada.
Outro exemplo: Karl Marx diz que só o proletariado pode apreender o movimento real da história, porque as classes que o precedem vivem aprisionadas na fantasia subjetiva das suas respectivas ideologias de classe. Mas, se é assim, por que o primeiro a perceber isso e a apreender o movimento alegadamente real da história foi o próprio Karl Marx, que não era proletário, não tinha nenhuma experiência da vida proletária e até a idade madura só conhecia os proletários por meio de leituras? Ou a ideologia de classe é inerente à posição social real do sujeito, ou é de livre escolha independentemente da posição social, mas neste último caso não é ideologia de classe de maneira alguma e sim apenas ideologia pessoal projetada ex post facto sobre uma classe, também de livre escolha. Os exemplos desse tipo são tantos que não espero jamais poder chegar a recensear senão uma amostragem ínfima deles. Inevitavelmente, a semelhança estrutural entre a paralaxe cognitiva e a inversão do tempo tinha de se tornar clara um dia, por mais lerda que fosse a minha cabeça.
Como conseguiu?
Substituí, no meu estudo, os termos "esquerda" e "direita" pelos de "revolução" e "reação". Daí para diante, foi ficando cada vez mais evidente para mim a unidade histórica do movimento revolucionário desde as rebeliões messiânicas estudadas por Norman Cohn em The Pursuit of the Millennium até o Fórum Social Mundial. E aí foi que se tornou também claro, mesmo para o meu cérebro cansado e obscurecido, o centro da confusão entre os termos direita e esquerda – porque muitos movimentos tidos popularmente como "de direita" operavam, de fato, na clave revolucionária e não reacionária. De uma maneira ou de outra, esses movimentos acabavam jogando lenha na fogueira da revolução, e trabalhando, portanto, contra seus próprios ideais declarados. Captar e descrever a unidade do movimento revolucionário é desenhar claramente, perante os olhos dos homens "de direita", a verdadeira natureza do seu inimigo permanente. É desfazer uma infinidade de confusões catastróficas, que determinaram, ao longo do tempo, outras tantas políticas suicidas. Se eu conseguir lançar nesse matagal toda a claridade que pretendo, creio que terei feito alguma coisa de útil, pelo menos para dar a Nosso Senhor Jesus Cristo um pretexto que ele possa alegar em minha defesa no Juízo Final.
A partir de qual momento e o que o levou a desenvolver o estudo da paralaxe cognitiva?
É outra história comprida, que vou abreviar dizendo que foi sobretudo uma motivação de ordem moral. Erneste Renan dizia que não conseguia pensar se não tivesse a garantia de que suas idéias não teriam a menor conseqüência no mundo real. Essa atitude sempre me inspirou horror. A cada frase que eu dizia em aula, sempre me ocorriam as perguntas: Até que ponto eu acredito mesmo nisso? E que direito tenho eu de persuadir os outros de alguma coisa em que eu mesmo não sei se acredito ou não? Não sei quando me ocorreu a idéia de fazer essas perguntas não só a mim mesmo, mas aos filósofos que eu lia. René Descartes, por exemplo, jura que a seqüência das suas "Meditações de Filosofia Primeira" não é um mero raciocínio, mas o relato de uma experiência real. Examinando essa experiência, notei que ela era psicologicamente impossível, exceto como dedução hipotética. Ou seja: Descartes tomava como sua história interior real o que era apenas uma construção lógica, confundindo o seu eu pessoal histórico com o eu filosófico abstrato. Isso tinha a estrutura exata de um fingimento histérico ou, se levado às últimas conseqüências, de um delírio esquizofrênico. Creio ter demonstrado isso em duas apostilas que vocês podem ler no meu website. Não é estranho nesse sentido que, ao expor suas teorias sobre a estrutura do mundo físico, isto é, sobre aquilo que pode haver de menos subjetivo, sobretudo no próprio sentido cartesiano da res extensa, ele tenha escolhido fazê-lo sob a forma de uma obra de ficção, o "Tratado do Mundo". E isso justamente numa época em que o teatro como metáfora da realidade universal se tornava moda literária na Europa. A física de Descartes, afinal, era um conjunto de afirmações sobre a realidade objetiva, ou uma fantasia teatral? Descartes não o sabia, e eu muito menos.
À medida que fui descobrindo novos e novos exemplos desse fenômeno, acabei concluindo que quase toda a filosofia moderna se omitia de uma tomada de posição responsável que permitisse saber até que ponto seus criadores a levavam a sério como ciência objetiva ou apenas se deleitavam nela como num espetáculo de teatro. Quando chegamos a Nietzsche, a impossibilidade de decidir por uma coisa ou outra se torna total e invencível. Jamais saberemos "o que Nietzsche quis dizer precisamente", pois toda sua obra é um convite à indistinção entre fantasia e realidade.
Já o mesmo não se pode dizer da filosofia de um Leibniz, de um Schelling (na velhice ao menos), de um Husserl ou de um Eric Voegelin. Esses estão tentando falar mortalmente a sério, mesmo quando erram. A exploração dessa diferença é que resultou na tese da paralaxe cognitiva.
De que modo age social e politicamente o portador da mente revolucionária e de que forma é possível combatê-la?
A mentalidade revolucionária não é só inversão do tempo: é inversão das relações lógicas de sujeito e objeto, dos nexos de causa e efeito, da relação entre criminoso e vítima, etc. Uma boa parte do meu estudo é dedicado ao recenseamento dessas inversões, psicóticas no sentido clínico mais estrito do termo. Elas são a essência do movimento revolucionário, mas essa essência pode se manifestar sob uma impressionante variedade de formas. É por isso que o movimento revolucionário não pode ser definido nem pelo conteúdo concreto dos seus objetivos declarados a cada momento, nem pelo discurso ideológico com que os legitima. É preciso sempre buscar, sob a variedade dessas aparências, a resposta à pergunta: Tal ou qual movimento político ou cultural, nas circunstâncias precisas em que atua, impõe ou não impõe a seus militantes e simpatizantes aquele pacote de percepções invertidas? Se a resposta é "sim", então torna-se claro que se trata de um movimento inserido na corrente revolucionária. Se ele tem mais consciência ou menos consciência disso, é perfeitamente irrelevante para os resultados históricos objetivos que ele vai desencadear necessariamente por meio da inversão da consciência de populações inteiras.
Se o oposto de revolução é "reação" ou "conservadorismo", um reacionarismo ou conservadorismo consciente não atacará o movimento revolucionário apenas na superfície dos seus ideais proclamados ou da sua conduta política ostensiva, mas na base mesma, que é a inversão revolucionária da consciência e das consciências. Como todo movimento revolucionário se arroga o papel de representante do futuro, ele só responde perante o tribunal do futuro, mas como esse futuro, por definição, é móvel, o seu autonomeado representante no presente não tem jamais de responder perante ninguém. A mentalidade revolucionária é, na base, a reivindicação de uma autoridade ilimitada, de um poder divino. As pretensões explícitas de tal ou qual líder revolucionário podem até parecer modestas e sensatas na formulação verbal que ele lhes dê no momento, mas no fundo delas está sempre essa reivindicação, essa exigência implícita. Os movimentos revolucionários não criaram as grandes ditaduras genocidas do século XX por um desvio dos seus belos ideais ou por um acidente histórico qualquer. Eles as criaram por necessidade intrínseca da própria dialética revolucionária, que sempre terminará em totalitarismo sangrento, seja por um caminho, seja por outro caminho aparentemente inverso.
É nesse ponto, precisamente, que a mentalidade revolucionária tem de ser atacada de maneira implacável e incansável: ela é demência megalômana na sua essência mesma. Ela nunca pode produzir nada de bom. Ela é a mentira existencial mais vasta e profunda que já infectou a alma humana desde o início dos tempos. Ela é crime e maldade desde a sua raiz mesma – e é essa raiz que tem de ser cortada, não as ramificações mais aparentes apenas.
A boa notícia é que o movimento revolucionário não é uma constante na história humana. Ele apareceu numa dada civilização e num dado momento do tempo. Ele teve um começo e terá um fim. Apressar esse fim é o dever de todos os homens de bem.
Qual o reflexo do desenvolvimento da mentalidade revolucionária sem uma devida reação?
O principal e mais desastroso reflexo é que o próprio impulso conservador, um dos mais básicos e mais saudáveis da humanidade, acaba por não ter meios próprios de expressão e por copiar as estratégias e táticas revolucionárias, infectando-se da mentalidade que desejaria combater. Só para dar um exemplo, quando você rejeita alguma proposta revolucionária, logo lhe perguntam: "Mas o que você propõe em lugar disso?" Aí o conservador começa a inventar hipotéticas soluções conservadoras para todos os problemas humanos, e perde a autoridade da prudência, passando a discursar na clave psicótica das "propostas de sociedade". Ser conservador é não ter nenhuma proposta de sociedade, é aceitar que a própria sociedade presente vá encontrando pouco a pouco a solução para cada um dos seus males sem jamais perder de vista o fato de que, para cada novo mal que seja vencido, novos males aparecerão. Ser conservador é não ser jamais o portador de um futuro radiante, é ser o porta-voz da prudência e da sabedoria. Ser um conservador é saber que os limites da capacidade humana não desaparecerão só porque Lênin mandou ou porque Trotski disse que no socialismo cada varredor de rua será um novo Leonardo da Vinci.
Seus estudos mostram como operou a mentalidade revolucionária em Portugal?
Para responder a essa pergunta seria preciso sondar mais cuidadosamente o antigo regime. O salazarismo foi uma estranha mistura de conservadorismo cristão com elementos extraídos do fascismo, o qual é sem a menor sombra de dúvida uma ideologia revolucionária. A característica das ideologias revolucionárias é ter um "projeto de sociedade", em vez de respeitar a sociedade existente e tentar aperfeiçoá-la na medida modesta das possibilidades humanas e com a cautela que a prudência recomenda.
Qualquer nação que tenha se infectado profundamente da mentalidade revolucionária e tenha dado aos seus valores conservadores uma formulação política revolucionária corre o risco de estar sempre à mercê de novos projetos revolucionários, pelo simples fato de que perdeu de vista a noção de "ordem espontânea", que é a essência mesma da democracia e do conservadorismo. Que é ordem espontânea? É o conjunto de soluções aprendidas ao longo do tempo. É uma ordem espontânea porque não foi imposta por ninguém. É ordem porque tem um senso arraigado da própria integridade e rejeita instintivamente toda mudança radical. Mas é também aprendizado, isto é, absorção criativa das situações novas por um conjunto que permanece conscientemente idêntico a si mesmo ao longo dos tempos por meio de símbolos tradicionais constantemente readaptados para abranger novos significados.
Examinem bem e verão que ordem democrática é precisamente isso e nada mais. Se, ao contrário, um grupo imbuído do amor a valores tradicionais tenta deter a mudança, ele está introduzindo na ordem espontânea uma mudança tão radical quanto o grupo revolucionário que deseja virar tudo de pernas para o ar, pois o que esse alegado conservadorismo deseja é imortalizar no ar um momento estático de perfeição hipotética. Se esse momento, na imaginação dele, expressa os valores do passado, isso não vem ao caso, porque na prática política esse ideal será um "projeto de futuro" tanto quanto o ideal revolucionário. Uma sociedade só embarca no projeto revolucionário quando perdeu todo o respeito por si mesma. Um respeito que, entre outras coisas, implica o amor aos valores do passado como instrumentos de compreensão e ação no presente, não como símbolos estereotipados de uma perfeição ideal no céu das utopias.
E onde entra o salazarismo nesse história?
Não tenho a menor dúvida de que Antonio de Oliveira Salazar foi um homem honesto e um grande administrador. Mas o salazarismo foi infectado da mesma ambição de controle burocrático total que é característica do movimento revolucionário. Quatro décadas desse regime, e Portugal não tinha mais conservadores genuínos em número suficiente. Os poucos que havia fizeram um esforço heróico para dar à nação a verdadeira estabilidade democrática, mas a ânsia das soluções totais estava, por assim dizer, no ar — e, dissolvido o salazarismo, só quem podia tirar proveito dela era a esquerda.
Não desejo dar palpites na política interna de um país que da minha parte só merece aquele amor cheio de reverência que a gente tem por um avô navegante e guerreiro. Não levem a mal essa minha análise, que é só um esboço sem pretensões. Espero um dia poder estudar mais profundamente a história de Portugal e tirar um pouco das minhas dúvidas.
Há alguma particularidade sobre o que houve aqui?
Há algo de trágico na história de Portugal, pois os filósofos escolásticos portugueses foram os primeiros a compreender a verdadeira natureza do capitalismo, séculos antes de Adam Smith, mas, quando se inaugurou a temporada de caça aos escolásticos, com o iluminismo, ela não trouxe consigo a modernização capitalista, e sim um burocratismo centralizador sufocante. Por uma triste ironia, os adversários do centralismo pombalino eram os jesuítas, eles também revolucionários, que sonhavam com uma república socialista de índios na América do Sul. Posso estar enganado, mas o drama de Portugal é o mesmo de "A Montanha Mágica" de Thomas Mann: um jovem bom e promissor aprisionado entre dois falsos gurus: um iluminista autoritário com discurso modernizador e um jesuíta comunista.
E no Brasil?
O que em Portugal foi tragédia, no Brasil é uma palhaçada sangrenta. Se os portugueses têm uma consciência aguda da sua própria história e constantemente se interrogam sobre o seu passado, os brasileiros não conseguem se lembrar nem do que aconteceu quinze dias atrás, e não aprendem nada, absolutamente nada, com a experiência histórica. Mesmo porque não querem saber dela. Se não querem saber nem do presente, como vão entender o passado? O exemplo mais deprimente do desprezo brasileiro pelo conhecimento – e não digo do conhecimento superior, mas do simples conhecimento dos fatos da atualidade – foi a obstinada recusa geral de tomar ciência de um fenômeno chamado "Foro de São Paulo". Coordenação estratégica do movimento comunista no continente, reunindo em seu seio partidos legais em pé de igualdade com organizações de terroristas e narcotraficantes, o Foro é a mais poderosa organização política que já existiu na América Latina. Tudo o que todos os partidos de esquerda, armados e desarmados, fizeram ao longo dos últimos dezessete anos foi ali tramado e decidido. E durante esses dezessete anos toda a mídia brasileira, todo o establishment acadêmico, toda a classe política, todo o empresariado, todos os formadores de opinião se recusaram obstinadamente a ouvir falar do assunto. É um fenômeno inédito, único na história da estupidez universal. É claro que uma opinião pública formada sob a influência dessa casta de jumentos não pode ter nenhuma visão da realidade. Vive de sonhos, de desconversas, de tagarelice oca e dispersão de suas melhores energias em esforços vãos para resolver problemas não raro inexistentes, enquanto à sua volta o caos e a violência vão tomando conta de tudo e ninguém sequer se dá conta de que, através do Foro de São Paulo, os narcotraficantes e terroristas já estão no poder. A proposta revolucionária é, para o brasileiro de hoje em dia, o substitutivo completo e satisfatório da realidade. Nas últimas décadas, à medida mesma que aquela entidade invisível dominava o continente inteiro com seu segredo de Polichinelo, a cultura superior era totalmente destruída no Brasil, nossas crianças tiravam sempre os últimos lugares nos testes internacionais e a violência crescia até chegar aos cinqüenta mil homicídios por ano – mais ou menos duas guerras do Iraque. Já tive muita pena dos meus conterrâneos, agora não tenho mais. Eles fizeram uma opção preferencial pela ignorância. Seu sofrimento não é injusto.
Você tem sido um crítico do liberalismo e, concomitantemente, um defensor do conservadorismo. Esse conservadorismo que você defende é herança do moderno modelo inglês inaugurado por Edmund Burke?
Eu não diria só inglês, mas anglo-americano. A Inglaterra e os EUA foram os países do Ocidente que mais profundamente se impregnaram do sentimento de respeito pelas tradições, o qual no fim das contas é respeito pelo povo. É verdade que mesmo nesses dois países os planejadores alucinados de sociedades perfeitas estão tentando, e com freqüência conseguindo, destruir esse sentimento. Não sei em que medida os ingleses percebem o mal revolucionário que os vem acometendo nos últimos anos, mas os americanos estão acordadíssimos. Ainda que sem uma clareza suficiente quanto à unidade histórica do movimento revolucionário, os conservadores americanos sabem mais ou menos onde está o mal. E, o que é melhor ainda, pouquíssimos dentre eles se deixam levar pela tentação do que poderíamos chamar de "conservadorismo revolucionário". Eles nunca leram o brasileiro Jackson de Figueiredo, mas se o lessem endossariam com entusiasmo esta fórmula dele: "O de que precisamos não é uma contra-revolução. É o contrário de uma revolução".
Quais as principais virtudes do conservadorismo?
A autoconservação é a necessidade básica dos seres vivos. A própria capacidade de crescimento, desenvolvimento e adaptação a novas circunstâncias não é senão o instinto de autoconservação visto sob seu aspecto ativo e – nos seres humanos – criativo. Goethe dizia que aquele que sabe guardar, proteger e conservar terá sempre, no fim, a melhor parte. (Goethe é, aliás, um dos grandes pensadores do conservadorismo, tão grande quanto Burke. Shakespeare é outro, como também Dante, Balzac e Dostoievski.)
Veja um exemplo: quando você aprende uma língua, o que é mais importante, adquirir novas palavras ou conservar as velhas na memória? As novas só fazem sentido em função das velhas, mas estas são úteis em si mesmas, ainda que você não lhes acrescente mais nenhuma. Todo desenvolvimento deve buscar em primeiro lugar a conservação dos bens adquiridos, e só em segundo lugar a conquista de novos bens. Jean Fourastié observava que, se ao lado da história dos progressos do conhecimento fizéssemos também a história da ignorância, o recenseamento e reconquista dos conhecimentos perdidos, o progresso seria muito maior.
Para aumentar o patrimônio é preciso antes possuí-lo e conservá-lo. Antes de poder começar a desenvolver-se por sua própria iniciativa, uma criança tem de ser cuidada, protegida, conservada por vários anos. Assim também a sociedade. A riqueza e a cultura perdem-se com uma facilidade impressionante, e as perdas maiores ocorrem sobretudo quando das mutações revolucionárias. Não é coincidência que nenhum regime tenha conseguido matar de fome tanta gente — e com tanta velocidade — quanto os regimes revolucionários que alegam acabar com a fome. Para acabar com a fome, a condição número um é não fazer uma revolução, não destruir bens, não criar a desordem geral por meio da implantação forçada de uma nova ordem — mesmo que essa nova ordem seja nominalmente inspirada em valores tradicionais e conservadores. Por isso é que regimes como o fascismo ou o radicalismo islâmico não são de maneira nenhuma conservadores e sim revolucionários. Eles alegam valores aparentemente conservadores, mas buscam implantá-los por meio da mutação revolucionária que acaba por destruir esses valores.
O perdão, a tolerância, a paciência, a sabedoria e, sobretudo, o respeito pela fragilidade humana, tais são as virtudes em que se baseia o conservadorismo.
Lembro você ter escrito que, ao dialogar com alguns liberais, ao final da conversa constata que o sujeito é conservador com idéias liberais. Por quê isso acontece?
Isso nasce de um vício de linguagem. Como a mídia brasileira chama de "conservadores" os grupos de interesses sem nenhuma ideologia própria, o que é totalmente errado, a direita corrigiu um erro com outro erro, dizendo-se "liberal" em vez de conservadora. Da minha parte, uso sempre o termo liberalismo no seu sentido histórico de um capítulo do movimento revolucionário.
Às vezes, quando critico o liberalismo nesse sentido, alguns conservadores brasileiros acham que estou falando mal deles. O liberalismo, no sentido em que uso o termo, acredita que a liberdade é um princípio fundante da política, mas a liberdade é apenas uma regra formal, que, elevada à condição de princípio, resulta no esvaziamento relativista de todos os valores, fomentando a mutação revolucionária e a extinção da própria liberdade. A diferença entre princípio substantivo e regra formal é que o primeiro pode ter sua aplicação estendida indefinidamente sem levar a contradições, ao passo que a regra formal, se aplicada além de um certo limite, acaba por se negar a si mesma. A liberdade é uma regra formal porque ela sempre necessita de outras que a definam e não funciona fora delas. Os liberais — no sentido em que uso o termo — não entendem isso.
Uma pessoa que trabalhou na Secretaria de Assuntos Estrategicos da Presidencia da Republica fala que a crise da grande mídia é ruim. Mas para quem?
Presidência da República, PR, Brasil. |
Vínculo institucional |
2003 - 2006 | Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: Professor, Carga horária: 0 |
Atividades |
2/2003 - 6/2006 | Direção e administração, Secretaria de Assuntos Estrategicos da Presidencia da Republica, Gabinete da Secretaria. |
Cargo ou função Assessor Especial da Secretaria de Comunicação Social (SECOM), da Presidência da República. |
De repente, não mais que de repente, grandes jornais do mundo ocidental entraram em crise financeira aguda. Entre eles o New York Times, ícone do capitalismo ocidental (Cavaleiro do Templo: como pode um ícone do capitalismo ser anti-capitalista e principalmente antiamericano??? O New York Times é agência de publicidade do partido Democrata!!! Vejam a ocultação (não só deste jornal) sobre o OBAMA, por exemplo! Tem coisa mais antiamericana que isto???), o El País, símbolo do novo expansionismo ibérico, os poderosos Chicago Tribune e o veterano Christian Science Monitor. Estão sem caixa. Alguns venderam seus prédios, outros buscam injeções de capital, redações foram reduzidas à metade. O Christian Science Monitor deixou de vez a forma impressa, ficando só na internet. Será o começo do fim da era dos grandes jornais?
Ignácio Ramonet apontou, no Fórum de Mídia Livre de segunda-feira (26/1), para a estreita relação, quase que orgânica, entre o capital financeiro e os grandes grupos de mídia. É como se os bancos fornecessem o combustível dos conglomerados midiáticos. Quando advém o estrangulamento do crédito, principal mecanismo desta crise depois do colapso dos grandes bancos americanos e alguns europeus, precipita-se uma situação de insolvência que já vinha tomando forma desde que a internet começou a comandar a dinâmica do jornalismo.
Para Ramonet , o aprofundamento e o espalhamento da recessão econômica, etapa seguinte desta crise, afeta profundamente o modo de produção da grande mídia, principalmente ao reduzir sua principal fonte de financiamento, a publicidade.
São três pauladas sucessivas na grande mídia impressa. Primeira paulada: o esvaziamento de suas funções pela internet, processo de natureza estrutural que deverá se aprofundar (Cavaleiro do Templo: sim, a internet está minando as grandes mídias, o motivo é que na Internet a função jornalística PODE REALMENTE EXISTIR enquanto nas empresas de mídia não. São apenas agências de publicidade e o leitor está percebendo isto cada vez mais a cada dia que passa. No Brasil e no mundo). Segunda paulada: o estrangulamento do crédito, fator apenas temporário mas que precipitou decisões radicais, algumas irreversíveis. Terceira paulada: a queda das receitas publicitárias, que está apenas no começo, devendo perdurar pelo tempo das grandes recessões, em geral três a cinco anos.
Ocupar espaços
Os grandes jornais já vinham sofrendo há muito tempo a erosão de suas funções editoriais principais, apontaram nessa mesma sessão do Fórum os jornalistas Pascual Serrano do site Rebelión, e Luiz Navarro, do La Jornada. Na invasão do Iraque, por exemplo, a grande mídia americana tornou-se uma disseminadora de mentiras geradas pelo governo (Cavaleiro do Templo: como pode o sujeito falar isto, se a grande mídia não parou de criticar e MENTIR CONTRA O GOVERNO por um minuto sequer? Alguém aí viu a glorificação de BUSH durante e/ou depois da guerra contra o terror? Alguém aí leu na grande mídia que a economia iraquiana é uma das que mais cresce em termos percentuais no mundo depois da invasão e fim do terror?). Com isso, negou sua função jornalística principal de asseverar verdades (Cavaleiro do Templo: concordo, claro. Mas pelo motivo contrário ao alegado pelo autor do artigo como disse acima). Também perdeu sua função mediadora, na medida em que abandonou a mediação dos grandes problemas que efetivamente interessam à população. E mais; perdeu legitimidade, perdeu autenticidade.
Conclusão: mais empresas e grupos midiáticos devem fechar jornais nos próximos meses. O novo príncipe, como Octavio Ianni definiu o poder midiático dos nossos tempos, está em crise existencial.
Bom para a democracia? Talvez não. Ruim com os grandes jornais, pior sem eles (Cavaleiro do Templo: lembrem-se que esta declaração é de um agente (ou ex-agente, o que dá no mesmo) do Governo LULA. Portanto, deve-se entender exatamente o contrário como verdade. Ruim sem grande mídia (eu nem mesmo isto acho), INFINITAMENTE PIOR COM ELA). A democracia de massa precisa meios de comunicação de massa para funções de mediação e agendamento do debate nacional e mundial, que a mídia pequena ou alternativa não tem escala para exercer.
O que interessa à democracia é que esse espaço, o da comunicação de massa, seja habitado por uma mídia mais plural, mais comprometida com os valores humanos e menos com os ditames do capitalismo (Cavaleiro do Templo: como poderia a grande mídia ser capitalista se fabrica LULAs, OBAMAs, EVOs, CORREAs...? Os inimigos do capitalismo ESTÃO NAS CADEIRAS DE COMANDO nos Estados Unidos e no Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru, Argentina... Todos estes presidentes trabalham CONTRA seus países e a favor de seus grupos revolucionários.) Vários participantes desse debate apontaram para a necessidade do campo popular disputar a hegemonia da grande imprensa, com projetos de mesmo porte.
Também foram cobradas políticas públicas mais audazes de democratização do espaço midiático por parte dos novos governos da América do Sul (Cavaleiro do Templo: leiam mais sobre a tal democratização aqui, aqui e aqui, por exemplo. Socialista/comunista entende como DEMOCRATIZAÇÃO ter tudo nas mãos deles). E mais empenho das entidades mais poderosas da sociedade civil na ocupação desse espaço. A hora é agora, quando a crise jogou os tycoons da comunicação na defensiva e as novas tecnologias favorecem o pluralismo no espectro eletromagnético e barateiam a produção dos meios impressos.