Do portal da GAZETA DE RIBEIRÃO
Publicada em 5/8/2008
Na América Latina, persistem movimentos da mais retrógrada esquerda populista, amparados pelas graves defasagens sociais impostas à população, a quem foram negados os direitos elementares, condenando gerações inteiras ao ostracismo da ignorância e do apartheid social. É exatamente aí que prosperam discursos histriônicos de personagens como Chávez, Morales e Rafael Correa, mantendo acesas as chamas do confronto ideológico de esquerda e da luta de classes.
Nesses pontos, resistem ainda as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), auto-intitulada Exército do Povo, um grupo de inspiração marxista-leninista que desde sua constituição em 1964 lança mão da guerrilha para a implantação de um regime comunista por meio de métodos terroristas. Contando com efetivo paramilitar estimado em 6 mil soldados armados, há tempos se desviaram de seu propósito ideológico inicial e se transformaram em organização terrorista, sustentadas pelo tráfego de drogas e contando com apoio financeiro de governos de esquerda, principalmente latinos.
Os governos dos Estados Unidos, Canadá, União Européia e da Colômbia consideram formalmente as Farc um organização terrorista. Equador, Bolívia, Argentina, Chile e Brasil se negam a reconhecer o caráter criminoso do grupo. Cuba e Venezuela proclamam a organização apenas como “insurgentes”, amenizando as críticas aos métodos anacrônicos e violentos que incluem o seqüestro de pessoas. O Foro de São Paulo, que congrega partidos de esquerda latino-americanos, tem as portas abertas para as Farc, que já enviou representantes oficiais a reuniões.
Agora surgem fortes indícios de contatos das Farc com as altas esferas do governo: nos e-mails de um alto comandante da organização, morto pelas forças colombianas, fica claro que as Farc mantiveram contato com José Dirceu, que era ministro da Casa Civil; Roberto Amaral, ex-ministro de Ciência e Tecnologia; Gilberto Carvalho, chefe de Gabinete; Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores; Marco Aurélio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais.
A tendência ideológica do grupo atualmente no poder não é segredo, muito embora dissimulada o suficiente para passar ao largo da percepção popular. Assombra, mais do que a impropriedade de manter um viés esquerdo ultrapassado, o governo que determina as relações exteriores brasileiras saudar as Farc como um grupo companheiro, não como um exército armado e ilegal que capitaliza toda a indignação da opinião pública mundial com seus métodos terroristas.
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