Material essencial

sábado, 5 de maio de 2012

O novo herege: aborto, eutanásia, drogas, casamento gay e um método para o ceticismo

 

LUCIANO AYAN

 

Há algum tempo o blog “Paio com Ervilhas”, publicou um post sobre mim com o título “O inimigo do meu inimigo”. A conclusão para o tópico dele era a seguinte: “O inimigo do meu inimigo… não é necessariamente meu amigo”.

Duas frases minhas foram citadas, em especial:

  1. “Acredito que o aborto deva ser liberado para os casos em que o bebê não sinta dor.”
  2. “Em relação aos direitos dos gays se casarem e adotarem crianças, eu acho aceitável”.

Jairo Filipe conclui sua análise sobre estas frases desta forma:

Com inimigos da esquerda e “conservadores” desta qualidade, gayzistas e abortistas militantes já não são precisos. Talvez o Luciano Ayan gostasse de ter sido abortado no ventre da sua mãe (sem sentir dor) e que uma parelha homossexual tivesse tido o “direito” de o adoptar quando ele era criança. Ou isso, ou o Luciano Ayan passa bem com o mal dos outros.Tendo em consideração aquilo que agora defende, esse autor passará a ser considerado e tratado comoadversário.

Não é preciso dizer que discordo de Jairo, embora respeite a opinião dele, e continuo gostando de várias postagens que ele faz.

Acredito que ele fez uma interpretação errada de meus posts.

Segundo ele eu “defendo” o aborto. Nada disso. Eu tenho a OPINIÃO de que o aborto não é um problema, desde que a criança não tenha ainda um desenvolvimento que a habilite a sentir dor. Ou seja, não é um animal lutando por sua sobrevivência ou anseiando por ela. Na verdade, nem esse instinto surgiu ainda. Isso nos primeiros estágios de gestação.

Explico.

Eu sou um fã de Arthur Schopenhauer. Segundo ele, “a maior felicidade é não nascer”. Então, essa “valorização da vida a qualquer custo” nunca foi parte de minhas crenças. É assim que sou.

Essa frase de Schopenhauer pode ser explicada da seguinte maneira. A vida é cheia de felicidade, e infelicidades. Muito mais infelicidades do que felicidades, diga-se. Até pessoas milionárias passam por isso. Na soma entre felicidades e infelicidades, a tendência é que o resultado seja negativo. Mas, antes do nascimento, a soma é zero. Ou seja, a maior felicidade é o estágio em que alguém não nasceu.

Isso não signifique que eu relativize a vida humana, pelo contrário. Entendo que assim que a criatura humana adquire seu instinto de sobrevivência, devemos valorizar a vida humana e proibir o aborto. Isso a partir de algumas semanas de gestação, quando temos certeza que estamos diante de uma criatura lutando por sobrevivência. É como eu já disse certa vez: a vida muitas vezes é uma merda, mas já que alguém luta pela vida, lutarei por esse direito à vida.

Está resumida a minha visão sobre o aborto, que me faz ser alguém que acredite que o aborto não é uma má idéia em alguns casos.

O erro de Jairo Filipe está em dizer que eu DEFENDO o aborto. Não é assim. Eu tenho uma OPINIÃO (mas não um bom argumento) a favor do aborto, portanto não gasto muito tempo DEFENDENDO ele. É mais ou menos como ouvir Paradise Lost. Eu tenho a opinião de que é uma ótima banda. Mas não gasto tempo DEFENDENDO a banda, quando sei que outros ouvem Michel Teló.

Já quanto a eutanásia, para mim não há acordo: sou a favor de sua liberação, de forma irrestrita.

Como eu não fui abortado, e por isso nasci e peguei GOSTO PELA VIDA, não tenho tantos motivos para apoiar o aborto. Ja a eutanásia é algo que, se aprovado, pode me beneficiar CASO EU NECESSITE.

Aí a questão é diferente: se eu não DEFENDO o aborto, embora eu ache que ele é uma boa idéia em alguns casos, eu DEFENDO a liberação da eutanásia. Isso não significa que as pessoas que sejam vítimas de acidentes que as deixem inválidas DEVAM SER OBRIGADAS a morrer, mas sim TER ESSE DIREITO, caso queiram.

Também temos a questão das drogas: sou a favor da liberação IRRESTRITA das drogas. Não importa o tipo de droga. Maconha, LSD, crack, óxi…

A diferença é que eu apóio, AO MESMO TEMPO, que o uso de drogas jamais seja um atenuante para crimes, mas um agravante. Portanto, se alguém pratica um assassinato, a pena poderia ser de 15 a 20 anos de cadeia. Caso seja descoberto que o assassino estava sob influência de drogas, AUMENTA-SE 5 anos na pena. Resumindo, ao mesmo tempo em que se liberam as drogas, aumenta-se a responsabilidade dos usuários.

Por fim, o casamento gay: eu não acho que os gays devam ter o direito de “se casarem”, mas sim de terem união civil, compartilharem bens, etc. AO MESMO TEMPO em que acho justo um heterossexual criticar todo o comportamento gay, assim como um ateu pode criticar o comportamento de um religioso, e um religioso criticar o comportamento de um ateu. Novamente, deve-se prestar atenção: ao mesmo tempo em que defendo o direito dos gays se unirem, defendo o direito dos heterossexuais criticarem esse comportamento.

Acredito que os 4 pontos acima fariam alguns conservadores mais puristas se “arrepiarem”, e talvez Jairo Filipe agora me considere pior do que antes. Um monstro, vá lá.

Um amigo até me disse: “com opiniões como essas a favor do aborto e do casamento gay, você se tornou um idiota útil dos esquerdistas”.

Nada disso. O meu apoio a alguns direitos gays é totalmente diferente daquele defendido pelos esquerdistas. Os esquerdistas querem proibir as críticas aos gays, e eu luto pelo direito de criticá-los. Os esquerdistas são contra as punições a responsáveis por crimes, e eu, no caso de drogados, peço a AMPLIAÇÃO da punição. Se os esquerdistas defendem o aborto, eu não estou nem aí se o aborto é aprovado ou não. Não dou a mínima. Até por que não tenho mais esse direito (risos). Acho que o único ponto em que estaria ALINHADO com esquerdistas seria na questão da eutanásia. Se um dia for preciso, QUERO esse direito.

A idéia de que eu estaria DO LADO dos esquerdistas somente por causa destas opiniões e posições ideológicas, não faz muito sentido.

Aliás, se há algum site que tenha sido mais incisivo contra os esquerdistas do que esse aqui, eu desconheço.

Abaixo, alguns posts que são aqueles que elenco entre os preferidos que já escrevi:

Posso garantir que, se o conhecimento nesses textos for assimilado (junto com o conhecimento das rotinas e estratégias dos esquerdistas), VOCÊ NÃO PERDE debates para esquerdistas. Com essa prática, você começa a tornar a vida deles praticamente um inferno.

É isso que tenho a oferecer, mas não um modelo de conduta. Eu não quero ser exemplo de comportamento para ninguém, e acho que é isso que o amigo Jairo parece não ter compreendido.

Não acredito que devamos avaliar argumentos e ideologias por causa de algumas idéias “incomuns” do argumentador. Suponhamos que Olavo de Carvalho resolvesse praticar surubas. Eu continuaria achando “O Jardim das Aflições” um dos melhores livros que já li. Ou até mesmo John Gray, que acredita no estado inchado. Mesmo assim acho o ceticismo dele contra o humanismo uma das coisas mais influentes para mim. Também acho que as vezes Pondé se perde em egocentrismo, como em seu recente e ótimo “Guia Politicamente Incorreto da Filosofia”. Mas seu ataque ao politicamente correto é empolgante.

Não acho difícil separar o autor de suas idéias, e acho que quanto mais praticarmos esse costume, mais é possível assimilar novos conhecimentos e ampliarmos nosso “core” de conhecimentos.

Enfim, se ainda assim for difícil separar o autor de suas idéias, sugiro que aqueles que se incomodem com minhas posições em relação à eutanásia e as drogas, que passem a me chamar da mesma forma que indico aos esquerdistas: um novo herege.

Estou aqui para questionar uma ortodoxia de crença ao homem, que atende por humanismo (e suas manifestações como marxismo, nazismo, fascismo, progressismo, positivismo e outras formas particulares de humanismo, como humanismo secular). Essa é a minha heresia.

Textos como os que citei fazem parte do meu método herético de questionamento à religião política.

É essa minha contribuição.Portanto, quando Jairo diz o seguinte: “Com inimigos da esquerda e “conservadores” desta qualidade, gayzistas e abortistas militantes já não são precisos”, ele se equivoca. Não é de “mim” que esquerdistas ou conservadores precisam. Mas sim do meu método. Não é de meu exemplo comportamental que precisam, mas do meu modelo de questionamento. Não é de minhas “opiniões” que precisam, mas da refutação das rotinas que desmascaram a esquerda.

Portanto, mesmo que eu não seja um “amigo” para o Jairo Filipe, eu ainda sou o maior inimigo possível (quer dizer, o meu método) que os inimigos dele poderiam ter.

Bomba: Fux foi nomeado no STF para livrar réus do Mensalão, confirma gravação de Demóstenes com Cachoeira

 

PORTAL CORREIO

Quinta, 3 de Maio de 2012 - 09h57

 

O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) disse ao empresário Carlinhos Cachoeira que o governo federal condicionou a nomeação de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) à absolvição de réus no processo do mensalão. A conversa, obtida pela Folha, foi gravada com autorização judicial pela Polícia Federal, na operação que prendeu Cachoeira em fevereiro.

Demóstenes disse a Cachoeira que "um amigo" que havia recusado a vaga no Supremo dissera a ele que as condições do Planalto para aceitá-la eram votar contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa na eleição de 2010 e absolver os denunciados pela Procuradoria da acusação de participar do mensalão.

A Ficha Limpa determina a inelegibilidade de político condenado criminalmente em segunda instância, cassados ou que tenha renunciado para evitar a cassação. Candidatos recorreram ao STF contra a aplicação da lei já em 2010. "O Fux [ministro Luiz Fux] votou a favor da ficha limpa? Vai valer já a partir de 2012?", perguntou Cachoeira a Demóstenes. O senador então respondeu: "Exatamente. Já estava cantada a pedra. Eu te contei, o amigo meu recusou lá e as condições eram aquelas. Vai votar assim e vai votar pela absolvição da turma do mensalão".

A conversa entre Demóstenes e Cachoeira ocorreu em 23 de março de 2011. Naquela tarde, o ministro Fux, nomeado por Dilma Rousseff dois meses antes, havia votado contra a aplicação da Ficha Limpa nas eleições de 2010.

O voto de Fux foi decisivo porque duas análises anteriores de recursos contra a lei haviam terminado empatadas. Na ocasião seguinte, o STF anulou por 6 votos a 5 os efeitos da lei nas eleições de 2010, para que ela começasse a valer a partir de 2012.

Com a saída de Eros Grau do STF, vários nomes foram cotados para assumir a cadeira que acabou ficando com Fux. Entre eles estavam o do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) César Asfor Rocha e o advogado Arnaldo Malheiros.

Da Folha de São Paulo

Ideologia de gênero mata

 

O POSSÍVEL E O EXTRAORDINÁRIO

maio 4, 2012 por Wagner Moura

 

Eu sei que isso é um suicídio moral, profissional, pessoal, etc, etc, da minha parte. Mas, enfim, que graça teria a vida sem algumas perturbações diferenciadas, não é mesmo? Pessoas diferenciadas sofrem diferenciadamente. Ó! Risos. Me conforto. Alguém precisa fazê-lo, não? Deixa então eu aproveitar que ninguém está me lendo e fazer o que me cabe. ;)

Bom, estou me referindo ao papel de malucos que nos impõem. Imagina… Falar que ideologia de gênero, a nova onda de liberdade e sabedoria do momento, é algo negativo, já é o suficientemente ridículo. Dizer que mata, então… “Fanatismo mode on. Cortem-lhe a cabeça!!” Mas a realidade – e cada vez mais nosso mundo esquece o que seja isso – é bem simples: sim, essa história de que não há “homem”, nem “mulher”, que tudo “isso” é meramente um papel construído socialmente, é meramente trágico, para não mencionarmos o “assassino”.

Acima um documentário da CBC, a “Rede Globo” do Canadá, sobre a história do menino criado como menina sob orientação de um psicólogo entusiasta da ideologia de gênero. Vou repetir: vídeo da CBC. Você sabe o que é a CBC? É a TV que boicota *todas* as ações do movimento pró-vida no Canadá – e não podemos dizer exatamente isso sobre a Globo, acreditem, comparada com a CBC, a Globo é uma Rede Vida (hey, wait!!).

É sobre David Reimer, o menino que eu tinha em mente quando me referi à vítima da ideologia de gênero no post sobre a Revista Crescer. Está em inglês, mas basta você clicar em CC, o primeiro botão à direita, e terás a possibilidade de ter a transcrição das falas. Depois basta selecionar a opção de traduzir para português a transcrição e… Pronto! Se você não entende inglês, problema resolvido.

Mas, se você não pode ver vídeo onde estás, leia então uma notícia sobre esse caso:

http://genesiscontradarwin.blogspot.com.br/2011/01/gemeo-criado-como-menina-suicida-se.html

Tenho a impressão de ter lido mais casos assim no site da agência noticiosa ACI Digital. Fiz uma busca rápida por lá e não encontrei! Talvez você tenha mais sorte.

SOBRE O LIVRO DO ARREPENDIMENTO: IDEOLOGIA, ENCOMENDA OU DELÍRIO?

 

HEITOR DE PAOLA

História encomendada, muita grana ou surto psicótico

Por Maria Joseíta S. Brilhante Ustra
Responsável pelo site www.averdadesufocada.com

Ao que parece o lançamento desse livro, com o arrependimento de um cidadão que  jamais foi citado como torturador por qualquer ex-militante da luta armada,   nada mais é do que um projeto para desviar o foco dos escândalos que assolam o país no momento e, uma preparação para um clima favorável à retaliação que está sendo preparada para a encenação que será a Comissão da Verdade.
Sobre esse silêncio com relação a sua atuação na  repressão à luta armada, se é verdade o que os jornais dizem - ainda não lemos o livro -só tem uma explicação, que até foi bem bolada : parece que ele só lidou com mortos, levando-os para incineração e, como mortos não falam, ele não poderia ser reconhecido por cadáveres.

Em compensação, a sua ficha criminal  é bastante extensa. Pelo que os jornais -  O Globo, Estadão , Folha de São Paulo e Folha de Vitória -, publicaram, além das incinerações de cadáveres   que ele diz ter cometido e estar arrependido, cometeu outros crimes comuns, tais como assassinatos e fraudes processuais alguns ainda sem punição.

É inacreditável   que  um ex-delegado do DOPS do Espírito Santo, com uma ficha corrida com crimes tão absurdos  revelados por ele, que fez tantas coisas abomináveis, segundo ele próprio, tenha se mantido por mais de 30 anos no anonimato e jamais tenha  sido identificado pelo Grupo Tortura Nunca  Nunca Mais e outras ONGs dedicadas aos Direitos Humanos!!! Como ele passou sem deixar vestígios de seus atos nos depoimentos na Justiça Militar ?, Como nenhum jornalista não chegou a uma mínima pista de sua vida de  atitudes inconcebíveis até para filmes de terror? Será que não temos jornalistas investigativos ?

As acusações que faz no livro não se sustentam, minimamente. Não fala em datas, todos os citados estão mortos, com exceção de três - provavelmente os que são os alvos a serem atingidos.

Por exemplo, quem trabalhava na Comunidade de Informações, ao ser tranferido para outras funções afastava-se, definitivamente, das Informações e das Operações de Informações. Não tomava parte em qualquer ato no ramo das Informações. Isto se devia à extrema compartimentação que havia dentro do Serviço de Informações. O Cel Ustra foi afastado da Comunidade de Informações, em 14/11/1977, quando assumiu o comando do 16º Grupo de Artilharia de Campanha, em São Leoplodo/RS, não retornando mais a esta Comunidade até o final da sua carreira na ativa.
Assim, como o Cel Ustra teria "poder" para influenciar sobre a morte de Fleury - em 1979 -, se há 5 anos já não morava em São Paulo, não pertencia à Comunidade de Informações e residia em São Leolpoldo?

É facil averiguar o caso Fleury. Verifiquem que dos dados citados por ele no pretenso almoço onde foi tramada a execução de Fleury, três já morreram e os que , além dele, estão vivos não compareceram a este almoço.

Mais fácil ainda, procurem a família do delegado Fleury - a viúva,  o filho, a filha, o genro médico, o marinheiro que o tirou da água e o casal que o acompanhou no jantar -, e verifiquem o que aconteceu naquela fatídica noite. Está mais do que provado que o delegado Fleury morreu por choque térmico, ao cair, acidentalmente, nas águas frias de Ilha Bela, mais ou menos a uma hora da madrugada, quando passava de um barco para outro, na companhia de sua mulher, de um casal amigo e de seu próprio filho.

E, como o Cel Ustra poderia ter comandado o atentado ao Rio-Centro, no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1981, se residia em Brasília, estava em uma função burocrática no Estado Maior do Exército, no Quartel General do Exército e, portanto, fora da Comunidade de Informações?

É só raciocinar um pouquinho.

Quanto ao caso do jornalista Alexandre von Baumgarten, morto em outubro/1982, este já foi mais do que visto e revisto. Quem não se lembra do "Polila", querendo incriminar o General Newton Cruz, de qualquer maneira? O Cel Ustra nunca conversou com o general Newton Cruz, nunca foi seu subordinado, seu nome nunca foi citado em qualquer notícia  publicada na época,  no inquérito policial ou na Justiça quando o caso foi julgado e naquela ocasião não mais pertencia à Comunidade de Informações. E, o General Newton Cruz foi inocentado.

Sem ler o livro e sem uma pesquisa mais profunda, é um caso tão estranho, com todos os citados mortos e um arrependimento tão tardio para um pastor, que nos leva  a elocubrar coisas como:

1- O ex-delegado terá recebido uma grana muito boa para aliviar o final dos seus dias e pagar aos advogados que devem estar tratando de salvá-lo dos 18 anos de prisão pela acusação do assassinato da mulher com 19 tiros e da cunhada com 11 , encontradas jogadas em um lixão?

2- Ou terão lhe oferecido o beneficio de uma "delação premiada" - ainda que falsa - em troca do alívio da pena desses últimos assassinatos, que não são abrangidos pela Lei da Anistia?

Será que os escritores do livro-depoimento, pesquisaram a veracidade e as provas  dessas tenebrosas histórias?

Um deles, o jornalista Marcelo Netto, que esteve preso quando se preparava, juntamente com sua primeira esposa, para reforçarem as fileiras de guerrilheiros  do  PCdoB no Araguaia , não tenha sabido do caráter e da atuação deste ex-delegado e que não tenha se preocupado em procurar provas  para apresentá-las no livro e torná-lo crível?

Creio que, com a influência que o jornalista acima teve, e talvez ainda tenha, nos corredores do poder, assessor que foi do Ministro Antônio Pallocci, durante o caso Mensalão, no governo Lula, e  durante a crise do caseiro Francenildo - que acabou derrubando o poderoso  Ministro da Fazenda, não seria dificil para ele, averiguar, profundamente, a vida do ex-delegado Cláudio Guerra e conhecer seu  passado nebuloso.

Quanto ao outro jornalista, Rogério Medeiros, nem precisava de muito esforço - conhecia muitos  os crimes do "arrependido"

...  "há mais de três décadas, o jornalista Rogério Medeiros, então repórter do Jornal do Brasil, desvelou em uma reportagem a verdade sobre o ex-delegado Cláudio Guerra. Medeiros esclareceu que Guerra não era combatente da criminalidade no Espírito Santo, mas sim o autor de pelo menos 35 execuções sequenciadas de queima de arquivo. “A reportagem causou um efeito devastador à imagem de Guerra. Ele passou da condição de defensor da sociedade capixaba a chefe do crime organizado”, afirma Medeiros. (SéculoDiario.com)

A reportagem ajudou a pôr o temido delegado atrás das grades.

O "nhenhenhém" vai continuar até o livro chegar às livrarias e poder ser estudado nas entrelinhas com profundidade. Por enquanto, não passa de sensacionalismo de alguns jornais, e de elocubrações de muita gente, inclusive nossa, que não entendemos porque entra nesse fictício almoço o cel Juarez , que jamais foi de um DOI, ou de um Dops.

Para conhecerem melhor  a história de vida do ex-delegado  e atual pastor Cláudio Guerra, leiam abaixo sua ficha criminal, publicada em vários jornais:

"Acusado de atentado e homicídios

Bruno Dalvi - O Globo - 03/05/2012

VITÓRIA. Ex-delegado do Dops e da Polícia Civil do Espírito Santo, Cláudio Guerra, de 71 anos, é acusado de tortura, homicídios, formação de quadrilha, tráfico de drogas, roubo de armas, de chefiar grupos de extermínio, e de estar envolvido em desvio de dízimo de uma igreja evangélica. Guerra tem pelo menos duas condenações por assassinato. Ao cumprir pena num presídio capixaba, ele disse ter "encontrado Jesus" e se tornou pastor da igreja Assembleia de Deus.

O ex-delegado foi condenado a 42 anos de prisão, em regime fechado, por um atentado a bomba, ocorrido em agosto de 1982, no centro de Vitória. Guerra ficou preso 10 anos e conseguiu a liberdade. O atentado mutilou o bicheiro Jonathas Bulamarques e feriu as irmãs Denise Gava e Déia Gava. Guerra também responde a processo pelos assassinatos da própria mulher, Rosa Maria Cleto, e da cunhada, Glória Maria Cleto, em 1980.

Os corpos foram achados num lixão, em Cariacica, na Grande Vitória. Rosa levou 19 tiros e Glória, 11. Foi condenado a 18 anos, mas o caso aguarda decisão final do Tribunal de Justiça do Espírito Santo."

A respeito do crematório  em uma Usina, no norte do Estado do Rio, é inconcebível. Imaginem um sujeito matar uma pessoa em São Paulo, ou como diz ,em uma "casa da morte", que os jornais afirmam ter existido em Petrópolis,  carregar o corpo por via rodovária, passando por barreiras policiais, podendo acontecer um acidente e o corpo aparecer. Além disso , segundo os jornais, o proprietário da Usina já faleceu e a filha, que o sucedeu, nega que isto tenha ocorrido.

Afinal pergunto: por que ele não levou os corpos de sua esposa e de sua cunhada para queimá-los na Usina e preferiu jogá-los num lixão?

O Cel Ustra só espera ler o livro para entrar com uma ação na Justiça contra este ex-delegado. Ele terá que provar, na Justiça, o que afirma em seu livro.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Australiano pai de 7 filhos condenado a 8 meses de prisão por proteger bebês em gestação

 

JULIO SEVERO

4 de maio de 2012

Jason Rushton, correspondente na Austrália

SYDNEY, Austrália, 28 de abril de 2012 (LifeSiteNews.com) — Um pai de sete filhos irá passar 8 meses na cadeia, com início no dia 2 de maio (quarta-feira), devido aos seus esforços para proteger crianças no ventre.

É a maior pena já imposta a um ativista pró-vida australiano. 

Graham Preston, sua esposa e filhos

Graham Preston, de 56 anos, foi convocado pela polícia na semana passada para combinar o horário da sua prisão. Ele negociou o adiamento da sua vinda das 8h para as 9h da manha na última quarta-feira, para ter tempo de deixar seus filhos na escola. 

Preston irá passar 232 dias na cadeia, sendo solto em tempo para o Natal, por se recusar a pagar cerca de 8.000 dólares em multas que acumulou após dez anos de ações não violentas de bloqueio às entradas de quatro clínicas de aborto na cidade de Brisbane. 

Desde que começou suas ações diretas pacíficas com o grupo Protect Life, há quase exatamente dez anos (16 de abril de 2002), Preston já enfrentou mais de dez meses na cadeia em cinco diferentes condenações, a maioria delas na prisão de segurança máxima de Brisbane, o Centro Correcional Arthur Gorrie.

O mandado de prisão de Preston chegou depois que recebeu uma carta da Secretaria de Justiça do Estado de Queensland dizendo-lhe que ele tinha até o dia 6 de abril (coincidentemente, na Sexta-Feira da Paixão) para pagar as multas ou ir para a cadeia. 

Preston se recusa a pagar as multas por uma questão de princípios, argumentando que tentar salvar a integridade de inocentes não deveria ser considerado um comportamento criminoso. 

Uma carta similar foi enviada a Preston em 2010, embora naquela época não tenham dado prosseguimento.

“Graham é incrivelmente humilde. Ele não se gaba ou tenta chamar atenção para o seu comprometimento”, afirma Anne Rampa, uma colega ativista e mãe de sete filhos, a qual também já foi presa mais de vinte vezes ao longo dos últimos vinte anos por protestar em frente a clínicas de aborto. “Uma coisa que ele provavelmente não lhe disse é que ele frequentemente se encontra com as pessoas que conheceu na cadeia, oferecendo-lhes hospedagem e até assistência jurídica quando pode”.

A esposa de Preston, Liz, disse para LifeSiteNews.com que estava extremamente orgulhosa de seu marido: “Tenho um imenso respeito por Graham. Ele é uma pessoa muito corajosa, que tem meu total apoio nessas ações. Lidar com a perspectiva de ver Graham na cadeia por oito meses é assombroso, mas sempre nos demos conta de que enfrentar a cultura do aborto seria custoso, e tentamos não deixar que esse potencial custo nos impeça de fazer o que acreditamos ser certo”.

Frances, filha de Graham de 18 anos, afirma: “Tenho muito respeito por meu pai e pela forma como ele leva suas convicções a sério. Espero poder viver uma vida tão coerente quanto a dele. É claro, vou sentir saudades, e vou visitá-lo sempre que puder”.

A filha de 8 anos, Suzannah, diz: “Vou sentir saudades todos os dias até quando ele voltar para casa em dezembro, cinco dias antes do Natal. Vou orar por ele todas as noites”.

Quando as multas de Preston chegaram a 12.000 dólares em 2004, o governador de Queensland, Quentin Bryce, perdoou metade delas (foram perdoadas as multas por desobedecer ordens policiais de deixar o local, mas não as de dificultar o trabalho da polícia. Preston recorreu da decisão, uma vez que ambas as acusações foram dadas por diferentes policiais na mesma ação. O recurso foi indeferido em 2009). 

Geralmente, em Queensland, os cidadãos cumprem um dia de prisão por cada 100 dólares australianos em multas não pagas. Para impedir Preston de “reincidência”, na maioria das multas ele irá receber três dias de prisão por cada cem dólares.

Dois anos atrás, Preston escreveu em seu website: “Ir para a cadeia, é claro, não é algo desejável, tanto para quem vai quanto para a sua família, que pode ser bastante afetada diretamente. Mas as nossas convicções são que isso é provavelmente algo inevitável se quisermos ver o valor de todas as vidas humanas recebendo o devido reconhecimento. Quando alguém paga um preço muito alto por algo, isso faz com que todos façam a pergunta: será que vale a pena? É isso que queremos, que a nossa sociedade pergunte: quanto vale os bebês em gestação? Queremos dizer que as vidas dos bebês valem a liberdade de uma pessoa, ou mesmo de muitas”.

Warwick Marsh, coordenador nacional da Declaração de Canberra, afirma: “Graham é um dos maiores heróis da Austrália, colocando verdadeiramente as crianças da Austrália em primeiro lugar: Ele está sendo preso injustamente por seus protestos pacíficos, enquanto que assassinos e estupradores saem livremente dos nossos sistemas judiciário e carcerário”.

Envie seu protesto para o governo da Austrália:

Embaixada da Austrália

SES QD 801 CONJ. K LOTE 07
BRASÍLIA - DF 70200-010
E-mail: embaustr@dfat.gov.au
Tel.: 61 3226 3111
Fax: 61 3226 1112 (chancery)

Consulado Geral da Austrália - Austrade Office
Alameda Santos 700
Ed. Trianon Corporate - 9º Andar  Conj.92
Cerqueira Cesar
São Paulo - SP - 01418-100
E-mail: consular.saopaulo@austrade.gov.au

Tel.: 11 2112 6200
Fax: 11 3171 2889

Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do LifeSiteNews: “Australian father of seven to spend 8 months in jail for protecting unborn

Fonte: www.juliosevero.com

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Delta doa para a presidenta Dilma R$ 1.150.000,00

 

OBSERVADOR POLÍTICO

Por Leandro Braga, em 04/05/2012 às 02:07, 2 comentários.

Como você reagiria se soubesse que aquele que mais combate a corrupção recebesse R$ 1.150.000,00, isso mesmo, hum milhão e cento e cinquenta mil reais foi o que a presidenta Dilma recebeu da Construtora Delta.

Eu não sei o que vocês acham, porém, me parece um saco sem fundo essa investigação sobre a Delta Construtora, era muitas ligações que essa empresa tinha com politicos, e não era qualquer “politicos” , eram nada mais nada menos do que aqueles que estão no mandato, isso parece surreal, mas é pura verdade, assessor, vereador, deputado, senador, governador e agora até a presidenta recebeu doação da empresa investigada pela policia federal e pelo Ministério Público.

A desculpa deverá ser uma daquelas que acostumamos a assistir em finais de tele-novelas, a população brasileira mais uma vez será embriagada por algum tipo de entorpecente futebolístico ou carnavalesco, ou sei lá, talvez toda a midía será tomada pelas Olímpiadas em Londres, bom, temos que ficar de olhos bem abertos e não aceitarmos que o nosso sufrágio, a tanto tempo disputado por várias correntes governamentais e filosóficas, venha se tornar um ato perdido, jogado na lama, por aqueles que estão no poder.

Eu não votei em nenhum candidato que não fosse do PSDB, porém, tendo algum parlamentar do meu partido envolvido, nada mais justo que seja punido, pois é bom que a justiça comece na nossa própria carne, mas, na condição de cidadão, eu não aceito o que essas pessoas estão fazendo com o nosso País.

Abaixo o link da ong As Claras – Transparência Brasil, indicando que nossa presidenta recebeu uma doação da Delta Construtora no valor de R$ 1.150.000,00 na eleição de 2010.

http://www.asclaras.org.br/doador.php?inicio=1&doador=53563

Faça a sua análise.

O DESCONSTRUCIONISMO MODERNO E A LEGITIMAÇÃO DA MENTIRA

 

STATO FERINO

Publicado por Stato Ferino em maio 3, 2012

O Desconstrucionismo, dizem, foi um movimento filosófico moderno caracterizado pela busca da verdade a partir da “desconstrução” do objeto em estudo. Seria este seu núcleo essencial metódico, sua diferença específica basilar. No entanto, não tão dito mas muito mais evidente é o fato de que sempre resta certa perplexidade quando propõe-se a demarcação das reais e efetivas fontes de tal escola, sensíveis desde Nietzsche, mas maduras apenas no âmbito cultural do que alcunhou-se “Escola de Frankfurt”  (corpo doutrinário cuja existência mesma, por sua vez e também, é ainda mais discutível).

De fato, a única consideração certeira e irrefragável a respeito da doutrina desconstrucionista é que, a despeito de seu arrogado status de sistema de análise fragmentada da realidade, como única via para a acepção da plenitude da mesma, acabou por manifestar a inesperada conclusão, produto de seu método, nos seguintes termos, mais corriqueira e celebremente aplicados às artes plásticas: cada um tem a sua interpretação da obra; cada um, seu ponto de vista; cada qual, sua verdade, jamais uma ilusão ou uma mentira, ainda que diametralmente dissonante de qualquer das verdades alheias.

Extirpa-se do convívio humano, desse modo tão simples quanto convenientemente, a relação secularmente dicotômica entre os pares falso/verdadeiro, ilusório/real, mentiroso/honesto. O procedimento é o mais primário possível: com uma pinça filosófica matreira, suspende-se das díades seus primeiros termos, não mais possíveis nessa “nova (e flexível) realidade”. Em seguida, atira-se-os no latão de lixo que guarda as verdades malquistas pela novilíngua – hoje menos ficta que real – possível apenas com a proliferação do desprezo desconstrucionista para com a verdade.

O aparente absurdo da conclusão, no entanto, não se conforma à mera condição de desconforto lógico superficial. Trata-se, em verdade, do produto puro, natural e inevitável dessa tradição.

Nesta altura, tal conjunto de considerações sobre o desconstrucionismo permite-nos subsumi-lo com perfeição ao conceito de “Paralaxe Cognitiva”, construído pelo filósofo Olavo de Carvalho, e assim definido: trata-se do “afastamento entre o eixo da construção teórica e o eixo da experiência real do indivíduo que está fazendo essa construção”.

Transbordando o núcleo de nosso tema, convém narrar a revolução filosófica (cujo substrato maior foi precisamente a postura paralaxitante de seus filhos) que permitiu a mesma existência da tradição desconstrucionista.

Ocorre que, a partir de certo momento histórico, deu-se tal ruptura no caminho trilhado pela filosofia ocidental, até então mansa para com toda verdade que a seus olhos saltasse. Com efeito, podemos ver cristalinamente que filósofos como Aristóteles, São Tomás de Aquino e Santo Agostinho teorizavam com os olhos postos diretamente sobre a natureza que os circundava, cientes de sua inserção nessa mesma e peremptória natureza, e não como donas de casa distraídas diante do Discovery Channel, transmutável em novela das oito com um clique no controle-remoto.

Observava-se, de dentro, como quem dentro se encontra; depois, tão de dentro quanto antes, mas como quem fora e acima sempre esteve.

Com o Racionalismo, o contraste entre consciência situacional e ponto de vista lunático acentuou-se e enrijeceu-se . Descartes, com a “dúvida universal”, põe-se como observador distante da natureza. Spinosa e Leibniz também deram continuidade a esse novo caminho, com a readaptação da Teoria dos Dois Relógios e com a Teoria do Conhecimento. Com Bacon, a universalidade do empirismo foi posta como critério padrão da Verdade; e uma rede de legitimação da mentira, travestida de critério de busca do real, firmemente estabelecida.

Retornando à contemporaneidade, vemos com certa freqüência o uso das expressões “cada um tem sua verdade”, ou “a verdade é relativa”. Numa tentativa covarde de fuga de discussões, o ser humano tem se posto acima da própria natureza, outorgando a si mesmo como que um título deístico, capaz de fazer nascer uma realidade desprovida de fontes anteriores e palpáveis.

Essa empreitada de arrogância, como vimos, estende-se de há muito.

Assim Descartes, ao duvidar de tudo, esvaziando-se por completo de qualquer conhecimento prévio, constrói o mais puro absurdo. É que o estabelecimento mesmo daquilo que seria o primeiro enunciado da verdade, “penso, logo existo”, já o faz circundar por um terreno que é, pura e simplesmente, de domínio do real.

Spinosa, da mesma forma, acaba por se contradizer ao afirmar que tudo está dentro de Deus, ora entendido como a totalidade da Natureza. Tudo estando imerso na realidade metafísica, como o indivíduo pode pretender analisar a natureza como observador externo? Vale dizer, fora de si mesmo?

De seu turno, o Empirismo, ao tentar estabelecer a experiência como critério único da verdade, incorre em erro deveras psicótico. Senão, o que significa a parte da realidade que não pode ser submetida (ou simplesmente não foi) ao teste da experiência ? Ou, a despeito de qualquer outra fonte informativa, deve alguém afirmar seguramente a  inexistência da China por jamais ter posto os pés em seu solo?

No seio da própria realidade Cristã, a qual aceita em Cristo a verdade absoluta, o tal desconstrucionismo tem emprestado ares de modernidade a padres e pastores. O que se chama de “Teologia Aberta”, fortemente defendida por pastores amparados num Rabino de nome Harold Kuschner, trás a idéia de um deus posto como espelho ante o indivíduo. Um deus que se amolda às carências e percepções de cada um. Um deus, por conseguinte, relativo, ele sim moldado à imagem e semelhança desses tantos lunáticos que obtêm seis da soma de quatro com um.

E assim, paulatina e deliberadamente, é que vemos nascer a aberração filosófica que permeia nossos dias. Aberração esta muito visível, para ficarmos com exemplos recentes, nas peripécias de um tal cartunista que, a despeito de provido dessas duas bolas que temos todos, exige livre acesso ao banheiro das damas; também na recente metamorfose do termo “Estado laico” em “Estado ateu”, mágica essa operada em conjunto por uma associação de lésbicas e pelo Poder Judiciário, com a fito de que se retirassem todos os crucifixos fixados nos tribunais gaúchos; quanto aos direitos humanos que com grande paixão atribue-se a bois, papagaios e cachorros, cremos prescindíveis quaisquer comentários.

Nesse sentido é que o desconstrucionismo trás seus males para contemporaneidade. Hoje já se mostra maduro o suficiente seu mais importante fruto: a possibilidade ilimitada de manipulação automática  da realidade ao bel-prazer de um homem-deus, que se julga acima e fora daquilo tudo mesmo que é mais evidente a seus sentidos e a seu intelecto.

No âmbito do Direito, temos um reflexo irreversível da “revolução silenciosa” operada pelo desconstrucionismo. Ocorre que as Cortes, donas da verdade contra todos, têm cada vez mais se preocupado em cumprir ritos que buscar a materialidade dos fatos. Um indivíduo é evidentemente culpado, mas por contra da mais boboca nulidade procedimental é livrado de uma sentença que o doa no bolso ou nos ossos. Quanto à doutrina e à academia, continuam seus doutores imersos numa chacina cada vez mais cega, em que se quer moldar já quase defunta natureza aos conceitos, e não vice-versa.

A Santa Casa de Loreto: descobertas científicas de causar pasmo.

 

CIÊNCIA CONFIRMA IGREJA

quarta-feira, 2 de maio de 2012

 

Continuação do post anterior

Desmentida a intervenção humana

Aventaram-se hipóteses de uma trasladação operada por homens. Além de carecem de qualquer documentação, elas se revelaram insustentáveis do ponto de vista científico.
Para essas hipóteses serem históricas teria sido necessário desmontar as pedras e os tijolos da Casa em Nazaré para depois refazer as paredes no local de chegada. A operação deveria ter sido repetida em cada uma das mudanças.
Desde a Palestina até a costa do Mar Adriático, onde a Casa apareceu em cinco lugares diversos, medeiam dois mil quilômetros de viagem terrestre e marítima. Materialmente, o transporte teria sido impossível sem graves danos, perdas e/ou sinais da mudança.

Rapidez inexplicável da translação

Acresce-se, ainda, a momentaneidade – ou quase – da viagem. Os dados conhecidos apontam que a Santa Casa saiu de Nazaré em maio de 1291. A chegada a Tersatto (primeira etapa) aconteceu em 9/10 de maio de 1291, segundo registro esculpido em pedra na época.

A Santa Casa foi retirada milagrosamente da Palestina para impedir que caísse nas mãos dos maometanos. De fato, São João de Acre, a última fortaleza do Reino Latino de Jerusalém criado pelas Cruzadas, começou a ser sitiada pelo sultão Khalil em 5 de abril de 1291.
Acabou caindo em mãos anticristãs em 28 de maio de 1291. Nazaré fica a 41 km desse antigo enclave cristão. A desgraça pôs fim à hegemonia católica na Terra Santa.
O santuário de Nazaré estava muito ligado aos Cruzados. A primeira igreja construída no local foi  arrasarada em 1090 pelos turcos seljúcidas que haviam invadido a Terra Santa. A Santa Casa salvou-se, pois ficava na cripta do santuário e os bárbaros cegados não perceberam.

Nazaré: cripta da igreja da Anunciação, gruta à esquerda

Nazaré: cripta da igreja da Anunciação, gruta à esquerda

As atrocidades desses turcos levaram o Bem-aventurado Papa Urbano II a convocar a I Cruzada. Após a tomada de Jerusalém por Godofredo de Bouillon, um magnífico santuário foi construído sobre a cripta.
Ele foi visitado por São Francisco de Assis na sua viagem à Terra Santa para tentar converter o sultão turco, nos anos 1219-1220. Também por São Luís IX, que tentava recuperar a Terra Santa, além de muitos outros santos e cruzados.
Em 1263 os islâmicos demoliram o santuário, mas a cripta voltou a ser salva providencialmente. Com a queda da última fortaleza cruzada, os dias estavam contados para essa relíquia extraordinária da História da Salvação.

Sem alicerces: um milagre permanente

Outro fato extraordinário é o de sua instalação numa estrada pública de Loreto.

Esse posicionamento é humanamente impossível, segundo os arqueólogos e arquitetos que examinaram o subsolo da Santa Casa e a estrada sobre a qual ela está apoiada.
O arquiteto Giuseppe Sacconi (1854-1905), por exemplo, constatou que “a Santa Casa está apoiada em parte sobre a extremidade da estrada velha e em parte sobre um antigo fosso”, inexistindo base material para ali erigir uma casa (“Annali Santa Casa”, ano 1925, nº 1).
Um elemento arqueológico relevante, o qual fala em favor de que a casa “posou” e não foi construída ou reconstituída, é que no local foi encontrado um espinheiro que se achava na margem da estrada e que ficou preso e esmagado entre a Casa e o solo no momento em que a Casa desceu.

Romeiros no lado externo da Santa Casa de Loreto

Romeiros no lado externo da Santa Casa de Loreto

O arquiteto Federico Mannucci (1848-1935) foi encarregado pelo Papa Bento XV de examinar os alicerces da Santa Casa de Nossa Senhora, numa ocasião em que foi necessário renovar o piso, após um incêndio em 1921.
Mannucci redigiu um relatório em 1923 onde afirma ser “absurdo achar” que a construção possa ter sido transportada “com meios mecânicos” (F. Mannucci, Annali della Santa Casa , 1923, 9-11).
Mannucci escreveu que “é surpreendente e extraordinário o fato de o prédio da Santa Casa se conservar inalterado, sem ceder o mínimo sequer, e sem a menor rachadura ou lesão nas paredes, malgrado não se encontrar apoiado em alicerce algum, sobre um terreno sem qualquer consistência, solto e sobrecarregado, ainda que parcialmente, pelo peso da cúpula construída para substituir o teto” (F. Mannucci, Annali della Santa Casa, 1932, 290).

Religioso cientista explica

O Pe. Giuseppe Santarelli, capuchinho e também historiador e arqueólogo de renome internacional, dedicou grande parte da sua vida para organizar, em colaboração com outros cientistas famosos, pesquisas sobre a origem da casa. Suas numerosas publicações sobre o caso fizeram história.


A Casa foi trazida de Nazaré à Itália “para salvá-la da destruição”, explica o religioso-cientista. “Na segunda metade do século XIII, a Palestina vivia uma grande e violenta invasão mulçumana, com a destruição sistemática de lugares santos cristãos”.
Mas por que a Itália e não outro lugar? “Não sabemos. Os antigos historiadores, fiéis naturalmente, diziam que ‘por um desígnio providencial’, a casa da Virgem havia passado da terra de Cristo à terra do Vaticano de Cristo”. Loreto então formava parte dos Estados Pontifícios.
“Foram realizadas investigações de todo tipo. Todas demonstraram sempre que a narração da história é autêntica. Isso quer dizer que a Casa de Loreto é a mesma de Nazaré”.

Achados do arqueólogo Nerio Alfieri

Maqueta da casa de Nazaré:  as três paredes foram a Loreto;  a gruta e os alicerces ficaram

Maqueta da casa de Nazaré:
as três paredes foram a Loreto;
a gruta e os alicerces ficaram

“Naturalmente, continua Frei Giuseppe Santarelli, as investigações mais importantes foram executadas nos tempos modernos. Sobretudo as realizadas em Nazaré entre 1955 e 1960 supervisionadas pelo padre Bellarmino Bagatti, um dos mais ilustres arqueólogos do século XX, e as realizadas em Loreto pelo arquiteto Nerio Alfieri, professor de arqueologia na Universidade de Bolonha.
“As investigações do professor Alfieri demonstraram que esta construção está cheia de anomalias absurdas, em um claro contraste com as construções da região e também com as regras urbanísticas existentes no século XIII.
“A casa não tem bases próprias, é constituída somente por três paredes, as quais, até uma altura de quase três metros, estão feitas de pedra e se sabe que na região não existem pedreiras e que todas as construções daquela época eram feitas de tijolos.
“É anômalo que a única porta, a original, se encontre no centro da parede larga e não da pequena, como em todas as igrejas e capelas daquele tempo e que esteja colocada ao norte, exposta a fortes e frequentes intempéries, contra todo costume de construção local.
“É anômalo também que a única janela esteja colocada a oeste e, portanto, aberta a uma pequena iluminação. Prática de construção também não exercida na época.
“Todavia, se comparamos com os resultados das investigações feitas em Nazaré, todas estas anomalias desaparecem. A casa de Loreto não tem bases porque as bases estão em Nazaré, onde antes se encontrava. Tem somente três paredes porque estava apoiada em uma gruta escavada na rocha que abrigava um único bloco habitacional”.

Arquiteto Nanni Monelli: concordância das medidas de Nazaré e Loreto

Um estudo extraordinário, realizado pelo arquiteto Nanni Monelli em 1982, demonstrou que as medidas da casinha de Loreto e também a espessura das três paredes correspondem perfeitamente com as medidas das bases que se encontram em Nazaré. As pedras e paredes são tipicamente palestinas e também os tipos de trabalho aplicados na pedra.
“Nanni Monelli aprofundou a investigação das pedras. Chegou à conclusão de que estão trabalhadas com uma técnica específica desses lugares palestinos, própria da cultura nabatea”, sublinha o Pe. Santarelli.

Os graffitti

“Eu – acrescenta o Pe. Santarelli – depois realizei um estudo específico sobre os gráficos legíveis a respeito das diversas pedras da Santa Casa de Loreto.
“Identifiquei por volta de cinquenta inscrições próprias dos judeu-cristãos da Terra Santa e semelhantes aos encontrados em Nazaré.
“Também decifrei uma inscrição em caracteres gregos sincopados, que traduzida diz: ‘Oh Jesus, filho de Deus’ – frase inicial de uma oração que se encontra escrita em uma gruta anexa à casa de Maria em Nazaré.
“Estes e muitos outros detalhes levam à mesma conclusão: a Casa de Loreto é precisamente aquela que até 1291 se encontrava na Palestina e que era venerada havia 1.300 anos como a Casa da Virgem.
“Depois de anos de estudos, análises e investigações arqueológicas realizadas com os meios mais sofisticados, somos capazes de afirmar categoricamente que esta casa é exatamente aquela que até o final do século XIII era reverenciada em Nazaré como a casa da Virgem” – conclui.

A visão de Santa Catarina de Bolonha

Santa Catarina de Bolonha, corpo incorrupto

Santa Catarina de Bolonha (1413-1463) escreveu em 1440 (portanto, perto de trinta anos antes da narração da “Translatio miraculosa” referida pelo Beato Giovanni Spagnuoli e por Pier Giorgio di Tolomei, apelidado Teramano) que lhe foi sobrenaturalmente revelado como aconteceu o miraculoso traslado. Diz a santa:
“Por fim, esta moradia consagrada pelos Apóstolos que nela celebraram os divinos mistérios e praticaram milagres, por causa da idolatria daquele povo foi transportada até a Dalmácia por um cortejo de anjos. A seguir, pelas mesmas razoes e outras ainda, levaram esta digníssima igreja a vários locais. Finalmente, foi levada pelos santos anjos e colocada estavelmente em Loreto, província da Itália e nas terras da Santa Igreja” (Rosarium, I Mist. Gaud., vv.73 ss.- tradução do texto latino publicada pelo “Messaggio della Santa Casa”, 2001, nº 7, p.211).

A Anunciação na Santa Casa de Nazaré,

segundo o Evangelho de São Lucas:

26. No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,
27. a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria.
28. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.
29. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação.
30. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus.
31. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus.
32. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó,
33. e o seu reino não terá fim.
34.Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço homem?
35. Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus.
36. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril,
37. porque a Deus nenhuma coisa é impossível.
38. Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.


(O relato da Visitação a Santa Isabel, prima de Nossa Senhora, imediatamente ligado ao passo da Anunciação acrescenta elementos que ajudam a entender melhor a própria Anunciação)

Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel,
University of California Berkeley

39. Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá.
40. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
41. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
43. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?
44. Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio.
45. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!
46. E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor,
47. meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,
48. porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,
49. porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.
50. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.
51. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos.
52. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes.
53. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos.
54. Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
55. conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.

São Lucas, 1, 26-55

Video: Santa Casa de Loreto: a translação milagrosa e a ciência

Você mora em SP? Então está convocado!

 

Publicado em 04/05/2012 por darciovix

Dia 10 de Maio de 2012 haverá uma audiência pública para tratar do terreno que está sendo doado ao Instituto Lula. Chegou a hora de informar que não queremos Museu, queremos hospital, escola, etc..

As "Marchas" e a opinião/reação dos comunistas brasileiros: só eles podem

 

Publicado em 04/05/2012 por MrCavaleiroDoTemplo

Link do artigo "A verdade por trás da 'MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO'" em http://criticajovemmarxista.blogspot.com.br/2012/04/verdade-por-tras-da-march....
Vídeo EXCELENTE, FANTÁSTICO, AVASSALADOR do Dárcio "A MARCHA DO DIA 21 DE ABRIL, A VERDADEIRA HISTÓRIA" em http://www.youtube.com/watch?v=-zrCU_eyMP4. NÃO PERCAM POR NADA.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Erro fatal: ativista pró-vida chinês pede ajuda para governo dos EUA

 

JULIO SEVERO

3 de maio de 2012

Autoridades americanas desconversam e entregam chinês à cova dos leões do comunismo chinês

Julio Severo

Chen Guangcheng, um ativista pró-vida da China, cometeu o erro fatal de pedir ajuda da Embaixada dos Estados Unidos na China.

Chen Guangcheng

Ele estava sob prisão domiciliar em sua província, mas outros ativistas de direitos humanos se sacrificaram, arriscando a própria vida para criar todo um esquema para que ele pudesse fugir e terminar na Embaixada dos EUA, onde, todos achavam, o refúgio era certo.

Todos esperavam que ele pedisse asilo, mas o desenrolar do caso, sob a atenção da mídia internacional, teve um final pesado. Chen, que é cego desde a infância e está com problemas de saúde devido a anos de prisão e torturas, teve a promessa de autoridades americanas de que ele poderia ficar na China e receber tratamento médico, com a presença constante de um acompanhante americano.

Pelo que foi noticiado na imprensa e informado pela Embaixada dos EUA, Chen é que “queria” permanecer na China. Tal “decisão” livrou Hillary Clinton de complicações diplomáticas e comerciais em sua visita à China. Afinal, os EUA têm imensos interesses comerciais na China, e Chen estava sendo uma pedra nos sapatos chineses e americanos.

Com a “decisão” de Chen de não pedir asilo, Hillary ficou satisfeita, dizendo que a saída dele da embaixada ocorreu de um modo que refletiu as “escolhas” dele e os “valores” dos EUA. “Ufa”, pensaram os americanos, “conseguimos jogar a batata quente de volta para os chineses!”

Contudo, depois da saída de Chen e sua transferência para um hospital de Pequim, nenhuma autoridade americana permaneceu com ele. O compromisso americano, feito para uma alma desesperada, foi jogado por terra.

“Pressionaram-me a sair, prometeram que teria gente comigo no hospital, mas, quando entrei em meu quarto, me dei conta que todos haviam ido embora”, desabafou Chen, conforme reportagem do Estadão.

Ao ser contatado no hospital pela mídia internacional, ele confessou o que é óbvio: ele não pôde pedir asilo ao governo dos EUA, pois sua família estava sob direta ameaça de morte. Ele estava sob pressão. Se ele ousasse decidir partir para os EUA, autoridades chinesas, conforme declaração de Chen, matariam a esposa e filhos dele.

Os americanos da embaixada pouco se importaram e prontamente tiraram o corpo fora, declarando que desconhecem qualquer ameaça ou pressão sobre Chen. Provavelmente, de acordo com o pensamento deles, todo o sacrifício que foi feito para que Chen chegasse à embaixada foi apenas um gesto nobre de dizer um “oi” para os americanos. Nada mais. Depois de seis dias abrigado na embaixada e dizendo “oi”, finalmente o chinês, para alívio do governo chinês e americano, “escolheu” sair e ficar em sua terra.

A “escolha” de Chen muito agradou ao governo dos EUA, pois o ativista chinês não é o tipo de homem que as autoridades americanas teriam prazer em ajudar. Barack Obama e Hillary Clinton são descaradamente a favor do aborto. Em contraste, Chen é pró-vida.

Qualquer indivíduo, por mais importante que seja, que é cruel o suficiente para defender o assassinato de inocentes bebês em gestação é capaz de cometer qualquer outro pecado, inclusive enganar e mentir para um oprimido e pobre chinês cego que enxerga mais sobre o verdadeiro valor da vida do que a maior parte do governo da China e dos EUA.

O governo comunista da China sempre mentiu para o povo chinês e para Chen. E agora Chen tem a experiência desagradável de sofrer conduta não muito diferente e até abandono por parte de um governo que se diz defensor dos direitos humanos, um governo que ele supunha fosse radicalmente diferente do governo chinês.

Mas e se o governo americano não fosse essa decepção e se Chen recebesse asilo nos EUA, o que aconteceria? Ele prosseguiria seu trabalho já conhecido de denunciar o crime do aborto? Nesse caso, o alvo das denúncias seriam as próprias autoridades americanas. Isso sem dúvida alguma seria um grande problema!

O tipo de trabalho de direitos humanos desenvolvido por Chen não tem a simpatia do governo americano.

Por 39 anos, a lei do aborto impera no que era até recentemente a maior nação evangélica do mundo. Se é horrível uma nação comunista como a China sustentar o aborto com unhas e dentes, o que dizer então de uma nação evangélica?

Bebê legalmente morto em clínica de aborto nos EUA

O fato é que os autoproclamados “evangélicos” Barack Obama, Hillary Clinton, Bill Clinton e outras poderosas autoridades americanas não têm interesse algum de resgatar homens que clamam publicamente pelo resgate de bebês em gestação.

A presença de Chen na Embaixada dos EUA em Pequim era pois um incomodo. A presença dele nos EUA, engrossando as fileiras dos ativistas pró-vida, seria um incomodo muito maior.

Se Chen fosse um ativista homossexual, a presença dele na embaixada seria um prazer. Obama e Clinton dariam todo apoio. Aliás, desde dezembro de 2011, as embaixadas e órgãos americanos no exterior têm ordens do governo dos EUA de dar tratamento preferencial para ativistas gays.

Para o governo dos EUA, atender de bandeja a todos os mimos homossexuais é vastamente mais importante do que impedir bebês em gestação de serem assassinados!

Desorientado e desesperado, Chen não sabe o que fazer, a não ser fazer um apelo público em direção ao próprio país que não foi sincero e justo com ele: “Gostaria de pedir ao presidente Obama, lhe suplico, para que faça tudo o que possa para que nossa família possa ir embora”.

Talvez, por pressão dos inúmeros americanos pró-vida, Obama consiga agir contra sua própria consciência pró-aborto e dar uma chance a um indefeso chinês cercado por opressores a serviço do Estado. Talvez.

Ativista pró-vida americano é preso e surrado pela polícia pelo “crime” de orar na frente de uma clínica de aborto

Entretanto, é certeza que suas opressões não terminarão nos EUA, onde ativistas pró-vida são furiosamente detidos pela polícia pelo único “crime” de orar em frente de uma clínica de aborto, enquanto médicos e funcionários assassinos matam bebês à vontade sob a proteção de uma lei que, em muitos sentidos, não é melhor do que as leis nazistas, que relegavam os judeus e outros seres humanos indefesos à classe dos merecedores de extermínio. Nos EUA, os bebês em gestação estão nessa categoria infeliz.

Polícia americana prende jovem que estava orando na frente de uma clínica de aborto. Nos EUA, o aborto é legalmente sagrado.

Se quiser ajuda do governo dos EUA, Chen vai ter de orar, jejuar e esperar muito até aparecer um novo Ronald Reagan. Mas se ele quiser uma ajuda maior, ele não precisará esperar por décadas ou séculos, pois Deus diz:

“Não ponham a sua confiança em pessoas importantes, nem confiem em seres humanos, pois eles são mortais e não podem ajudar ninguém. Quando eles morrem, voltam para o pó da terra, e naquele dia todos os seus planos se acabam. Feliz aquele que recebe ajuda do Deus de Jacó, aquele que põe a sua esperança no Eterno, o seu Deus, o Criador do céu, da terra e do mar e de tudo o que neles existe! O Eterno sempre cumpre as suas promessas; ele julga a favor dos que são explorados e dá comida aos que têm fome. O Deus Eterno põe em liberdade os que estão presos e faz com que os cegos vejam. O Eterno levanta os que caem e ama aqueles que lhe obedecem.” (Salmos 146:3-8 BLH)

Fonte: www.juliosevero.com

Estados Unidos: entre a Gaylândia e a Maomelândia

Christian Bale, astro do filme Batman, é tratado com violência ao tentar visitar ativista pró-vida da China

Surgem detalhes da brutal surra e tortura do ativista pró-vida cego Chen Guangcheng

Ativista pró-vida cego da China é surrado até perder os sentidos por causa de divulgação de vídeo secreto

Ronald Reagan e sua defesa poderosa da vida humana

Por que Lula esta usando bengala?

 

JORGE RORIZ


O ex-presidente protestou contra medidas de austeridade dos países europeus que tiram direitos dos trabalhadores. “Ao sistema financeiro, todo apoio. E aos trabalhadores e aposentados, nenhum socorro”, afirmou o presidente, em discurso de cerca de 20 minutos.” (Estadão.)

VEJA A HIPOCRISIA. ELE NADA FEZ PELOS APOSENTADOS BRASILEIROS  E CRITICA O TRATAMENTO DADO PELOS PAÍSES RICOS AOS APOSENTADOS……

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Um liberal que fez dos meios os fins

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

ESCRITO POR KLAUBER CRISTOFEN PIRES | 27 ABRIL 2012
ARTIGOS - CONSERVADORISMO

Do meu testemunho, sempre tive muitas mais razões para depositar confiança na obra do filósofo Olavo de Carvalho do que no comportamento evasivo de Rodrigo Constantino.

Ontem assisti a um vídeo que me foi enviado por um estimado leitor, no qual o economista Rodrigo Constantino descarrega uma série de impropérios contra o filósofo Olavo de Carvalho e aqueles que o seguem ou, usando cá eu de uma expressão mais adequada, concordam com os seus argumentos.

Primeiramente, lamento este tipo de coisa: tenho horror a picuinhas pessoais, e decididamente, não sou adepto do chamado “fogo amigo”. Em meu entendimento, sempre haverá, em grau menor ou maior, divergências entre liberais e conservadores, e mesmo entre os próprios, que serão saudáveis no tanto que forem honestas. Meu sonho é que um dia nossos parlamentos não sejam divididos entre marxistas de diferentes matizes, mas justamente entre variedades de liberais e conservadores.

Infelizmente, as coisas chegaram a um ponto de racha, de tal forma que se dirigiu, na fala do Rodrigo, a um grupo muito maior de pessoas, motivando-me, portanto, a tecer os comentários que seguem.

O vídeo possui quinze minutos, praticamente todo constituído de falas manifestando repúdio a Olavo de Carvalho, a quem chama diversas vezes de “astrólogo embusteiro” e de “incitador de teorias conspiratórias”, bem como pela direita que ele considera retrógrada, fanática e medievalista – os olavetes – epíteto “carinhosamente” lembrado por ele.

Se me lembro de mais alguma coisa, Rodrigo ainda lança dúvidas sobre o conceito de ser humano para fins da defesa do aborto, de estado laico, fala sobre suas experiências na Rússia, faz a apologia das drogas leves como a maconha e critica as teorias conspiratórias do Olavo de Carvalho, entre as quais o Foro de São Paulo. Se me passou algo mais, perdoem-me.

Há coisa de uns oito anos atrás, eu participava de uma rede de discussão pelo Yahoo, na qual frequentemente debatia com Rodrigo Constantino, e já naquela época, pude perceber uma característica peculiar em seu caráter: a frequência com que ele dava meia-volta retroativamente no que afirmava quando se via num beco sem-saída. O mais interessante é que jamais comentei isto com ninguém, especialmente com Olavo de Carvalho, justamente a pessoa que veio por si mesmo a constatar exatamente o mesmo que eu, anos atrás.

Naquele mesmo tempo, eu ainda me lembro, o Sr. Constantino trabalhava para uma grande instituição financeira e viajava constantemente para a Rússia, sobre a qual nos declamava todos os elogios como exemplo de nascente economia de mercado e as mais lisonjeiras esperanças de amplas liberdades civis, não obstante todo o ceticismo que nos acometia, munidos que estávamos das notícias que já tínhamos  - vindas do filósofo Olavo de Carvalho - das manobras para manter aquele país nas mãos dos dirigentes comunistas, agora transformados em milionários gangsters. Ainda demorou uns bons anos para que Rodrigo Constantino viesse a dar o braço a torcer e reconhecer que se enganara completamente a respeito daquela nação. Surpreende-me, portanto, que neste vídeo ele ainda reivindique como curriculum vitae seus desastrados prognósticos. Mentira minha: não estou tão surpreso assim não...

Tenho há muito me posicionado como um liberal. Não obstante, é preciso deixar bem claro, tal como o próprio filósofo-economista Ludwig von Mises alertou em Ação Humana, que a doutrina liberal austríaca é uma “ciência de meios”, e não de fins. Em outras palavras, o liberalismo austríaco não se propõe a ninguém indicar quais valores que deve adotar para si, mas apenas indica o caminho mais rápido para uma sociedade conseguir enriquecer mais rapidamente, dentro de um ambiente de paz duradoura e de um regime de não-agressão à vida e à propriedade privada.

Por isto mesmo, o liberalismo necessita do complemento valorativo. É um erro colossal transformar um sistema de meios em um sistema de fins. Os valores que adoto para mim mesmo e que recomendo a todos provêm do Cristianismo. Daí referir-me a mim mesmo como um liberal cristão ou se quiserem, para simplificar, de um “conservador”. (Não sou lá tanto chegado a rótulos, mesmo... Só não abusem: socialista, petista e o escambau, nem pensar!).

Um exemplo bem simplório de valor: muitos liberais acusam os socialistas de inveja, no que estão cobertos de razão. Mas em minha vivência, tenho percebido como a soberba de certos ricos provoca rancor e ressentimento entre as pessoas mais humildes. A inveja socialista se alimenta da imoral soberba capitalista. 

Eu cresci numa média cidade industrial  - Joinville, em Santa Catarina – e em minha fase pré-adolescente ainda pude testemunhar a simplicidade com que os próprios donos das fábricas chegavam ao trabalho e cumprimentavam seus operários como bons vizinhos que, acreditem, eram!

Outra: em um certo programa exibido pelo elegante cantor e apresentador Ronnie Von, pela TV Gazeta, fora entrevistado um cantor brega-sertanejo que nasceu no interior do Maranhão e que segundo o próprio, havia recebido dos pais uma educação bastante rígida. O que quero ressaltar aqui é a identidade entre ambos logo percebida e ressaltada pelo próprio apresentador, que embora tenha nascido em São Paulo no seio de uma família rica, salientou que recebeu dos seus pais e da escola a mesma educação e os mesmos valores do cantor de origem pobre nascido no interior daquele estado nordestino! Olhem só que coisa bonita!

A riqueza é boa, não se negue, mas a soberba, esta corta como navalha! Não há a quem não doa a alma testemunhar jovens ricos dirigindo perigosamente pelo trânsito, ou tratando com despeito professores nas faculdades ou quaisquer outras pessoas trabalhadoras que se enquadrem em uma classe social mais modesta.

Os hábitos comedidos, os bons modos e o respeito sincero, aqui só a guisa de exemplo, são alguns valores que complementam um sistema de liberdades, harmonizando e adoçando a convivência entre pessoas de diversas posses. Pois, se a um é solicitado conter a sua inveja, a outro também deve ser requisitada a humildade.

Agora, sobre o caso dos fetos anencéfalos, cumpre informar que Rodrigo Constantino comete a imperdoável confusão teórica e demonstra escassos conhecimentos jurídicos. No seu vídeo, ele argumenta que não há um consenso preciso de quando um feto venha a se tornar um “ser humano”, e claro, alijada desde já a religião, uma vez que a sua é o ateísmo. A quem se dispuser a ouvir sua fala, perceberá a confusão que ele faz entre o termo biológico “ser humano” e o termo jurídico “pessoa civil”.

O conceito biológico de ser humano compreende o embrião desde a concepção. Oras, não se tratando de pedra, nem de vegetal, nem vírus ou bactéria ou um bolinho de bacalhau, é óbvio de se trata de um ser humano, na fase de feto, assim como eu sou um ser humano, na fase de um senhor quarentão.

Já o termo jurídico “pessoa civil” presta-se a definir o momento da personalidade civil, tal como prevista no art. 2º do Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que diz: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro”.

Para ser mais exato, o que é necessário para que um bebê recém-nascido adquira personalidade civil é que faça pelo menos uma inalação e uma exalação de ar. Respirou uma única vez, adquiriu status de pessoa civil. A marcação exata da personalidade civil serve para prover necessidades jurídicas específicas no âmbito do direito civil, especialmente no que diz respeito a heranças e linhas sucessórias.

No entanto, percebam, em tempo, que a própria redação já assinala a garantia dos direitos do nascituro desde a concepção. Ora, como alguém pode ser sujeito de direitos se não tiver o direito ao maior dos direitos, isto é, à vida? 

Quanto à questão de estado laico, é bom frisar que não estamos diante de um estado ateu. Porventura não me prospera o direito de empurrar goela abaixo de qualquer ateu as minhas convicções religiosas, razão pela qual o Sr. Constantino pode dormir sossegado. Entretanto, as minhas concepções espirituais informam-me os meus valores, e aí o buraco é mais embaixo! Quem há de alegar que os meus direitos políticos devem ser preteridos em favor dos de qualquer ateu?

Finalmente, sobre as drogas leves, ou mais diretamente, sobre a maconha: sou contra a descriminalização! Sou contra, porque não é droga leve coisa nenhuma! Já ficou demonstrado como a maconha mata as células neurais, tornando seus usuários pessoas lentas, indispostas, de fraca memória e raciocínio lento.

Aqui vale também contrapor meu testemunho vivencial ao de Rodrigo Constantino. Eu também viajei muito para o exterior, e no meu caso, principalmente para os “tigres asiáticos”, especialmente Cingapura, Coréia do Sul, Taiwan e Japão. Pois, o que vi lá foram povos pujantes e cheios de energia, com sua juventude viçosa e intensamente dedicada aos estudos e ao trabalho. E o que vemos das juventudes americana e brasileira? Jovens frívolos queimando o cérebro com todo tipo de drogas!

Tenho a mais firme convicção de que as drogas fazem parte do arsenal de guerra civilizacional. Um povo drogado é um povo destruído. Simples assim!

Finalizando: eu não tenho por conduta a adesão. Eu leio permanentemente do Olavo de Carvalho e concordo com seus argumentos quando me convencem, ou, dada a respeitabilidade do filósofo por um imenso histórico de acertos, quando coloco um assunto de molho para melhores reflexões. Nem sempre concordo, e tenho isto mesmo por muito saudável.

No âmbito da defesa do liberalismo austríaco e da denúncia do socialismo, Rodrigo Constantino costuma escrever muito bem, e tanto assim que vez por outra faço questão de reproduzir seus artigos. Entristece-me, porém, a aplicação de tanta energia em causas vãs ou duvidosas.
Do meu testemunho, como demonstrei nos parágrafos acima, sempre tive muitas mais razões para depositar confiança na obra do filósofo Olavo de Carvalho do que no comportamento evasivo de Rodrigo Constantino.

FÓRMULA DA MINHA COMPOSIÇÃO IDEOLÓGICA

 

Olavo de Carvalho

Alguns leitores cobram-me uma autodefinição ideológica. Outros, mais solícitos, apressam-se em fazê-la por mim, catalogando-me seja como neoliberal, seja como anarquista, seja como conservador, seja até como fascista e o diabo a quatro. Surdo às demandas dos primeiros, que me parecem artificiais e de puro capricho, não posso, no entanto, permanecer insensível ante os esforços dos segundos, que traduzem, a olhos vistos, um anseio genuíno e profundo de suas almas, e, mais que um anseio, uma necessidade vital absoluta, a qual, se não atendida, acaba por se atender a si mesma como um estômago de pobre que, desprovido de alimento, se autodigere mediante uma úlcera. Essas pessoas, com efeito, não sabendo o que fazer de suas vidas sem um catálogo ideológico de tudo, e não dispondo de informações cabais sobre a minha personalidade política, acabam por construí-la com pedaços de si mesmas, colhidos nosbas fonds dos seus respectivos subconscientes e constituídos substancialmente de temores, suspeitas, fantasias macabras e uma vasta coleção de demônios.

Não suportando mais ver tanto sofrimento inútil, nem me conformando com tamanho desperdício de criatividade que mais utilmente se empregaria no hobby literário, ao qual algumas dessas criaturas aliás se dedicam nas horas vagas de seu penoso mister catalogante, decido-me, pois, a fornecer enfim meu perfil ideológico, e não apenas meu perfil de ambos os lados mas também meu auto-retrato de frente e de costas. Direi, em suma, o que vocês querem saber, que não é necessariamente o que vocês querem ouvir.

Infelizmente, não posso me definir com uma só palavra, como seria do gosto de tantos, pela simples razão de que não acredito haver algum conceito abrangente capaz de juntar, numa só unidade compacta, as diferentes atitudes e opiniões de um indivíduo ante os diversos setores da vida. O tipo assim descrito teria a coerência em bloco de uma caricatura, de um Idealtypusweberiano ou de um arquétipo platônico, mas nada teria de um ser humano1.

Toda fórmula ideológica pessoal compõe-se de um amálgama de preferências e repulsas variadas, umas referentes à política, outras à moral, outras à religião, outras à vida econômica e assim por diante. Esses vários elementos não formam quase nunca uma unidade coerente, embora tendam à coerência como numa assíntota, aproximando-se dela sem jamais alcançá-la. Tal esforço de coerenciação denomina-se, precisamente, filosofia, uma atividade que, pela própria natureza, é constante e sempre inacabada.

Não podendo, portanto, me definir com um termo unívoco, limito-me a dar uma lista dos vários elementos que compõem, como podem, minha ideologia pessoal.

1. Em economia, sou francamente liberal. Acho que a economia de mercado não só é eficaz, mas é intrinsecamente boa do ponto de vista moral, e que a concorrência é saudável para todos. Há dois tipos de pessoas que não gostam da concorrência: os comunistas e os monopolistas. Às vezes é difícil distingui-los. Quem foi que disse: "A concorrência é um pecado"? O Dr. Leonardo Boff adoraria ter dito, mas não disse. Quem disse foi John D. Rockefeller. E, como se vê pelo episódio bíblico de Marta e Maria (ou de Esaú e Jacó), a concorrência não é pecado nenhum. Pecado é um sujeito ser John D. Rockefeller ou o Dr. Leonardo Boff.

Como liberal sou contra o socialismo e contra toda forma de Estado corporativo, seja de estilo mussoliniano, seja católico. Acredito, com Sto. Tomás, que há um preço justo para cada coisa. Mas, como observavam os conimbricenses, o número de variáveis a levar em conta no cálculo do preço justo é ilimitado, e a única maneira de encontrá-lo é deixar que as pessoas discutam livremente e admitir que, de algum modo, vox populi, vox Dei. O Estado existe apenas para impedir que os concorrentes se comam vivos, para assegurar as condições logísticas da prática do liberalismo e para, last not leastamparar in extremis quem não tenha a mínima condição de concorrer no mercado.

2. Em religião, sou tradicionalista e conservador. Não, não sou eu que sou assim. Religião é tradição e conservação. É o fator de imutabilidade que faz contraponto à História, e sem o qual o movimento não seria sequer percebido. Por isto, o Concílio Vaticano II podia ter mexido em tudo, menos no essencial: o rito e a doutrina. Ao contrário, ele virou o essencial de pernas para o ar, apegando-se idolatricamente à imutabilidade do secundário, como por exemplo o celibato dos padres. Tendo invertido o senso das proporções, o Concílio tornou a Igreja uma instituição insensata e ridícula, que condena seus próprios santos enquanto se prosterna ante os inimigos. Mas não defendo a imutabilidade só do Catolicismo: acharia uma insensatez mudar uma só palavra do Corão, da Torá ou dos Vedas.

3. Em moral, sou anarquista. Acredito que há princípios morais universais, permanentes, que a inteligência discerne por baixo da variação acidental das normas e costumes, e acredito, enfim, que há o certo e o errado. Mas, por isso mesmo, impor o certo é errado, a não ser em caso de vida ou morte. O sujeito que faz o certo só por obediência e sem compreendê-lo acaba por transformá-lo no errado. "Experimentai de tudo e ficai com o que é bom", recomendava S. Paulo Apóstolo, meu amado guru. É uma questão de viver e aprender. Mas como podemos aprender, se um tirano paternalista nos proíbe de errar? Por isto deve haver a mais ampla liberdade de escolha e de conduta, e a autoridade religiosa deve se limitar a ensinar o certo, com toda a paciência, sem tentar expulsar o pecado do mundo à força. E se nem os religiosos, que por sua dedicação à vida interior têm autoridade para falar dessas coisas, devem impor regras morais à força, muito menos deve fazê-lo o Estado, que afinal não passa de uma gerência administrativa, a coisa mais mundana e prosaica que existe. As leis devem fundar-se apenas em considerações práticas de ordem, segurança e interesse coletivo, muito corriqueiras, e jamais em motivos pretensamente elevados de ética, que terminam por fazer da burocracia estatal um novo clero, e do Código Penal um novo Decálogo. A coisa mais nojenta que existe é a metafísica estatal.

4. Em educação, sou mais anarquista ainda: não acredito em ensino obrigatório do que quer que seja e noto que a expansão hipertrófica do sistema de ensino, público ou privado, só cria novas formas de analfabetismo. Acho que a educação deveria ser livre, que cada um deve buscá-la na medida de suas necessidades, e considero uma monstruosidade totalitária que, após proclamá-la um direito, o Estado moderno faça dela umdireito obrigatório. Acho aliás que o mesmo se dá com muitos outros "direitos", que você acaba exercendo a muque ou sob pena de prisão. Era um absurdo que as mulheres não pudessem trabalhar, mas é um absurdo maior ainda que, obrigadas a trabalhar, não possam ficar em casa para criar seus filhos. Complementarmente, é um crime que se obrigue uma criança a fazer trabalho de adulto, mas é um crime maior ainda que ela seja impedida de ganhar seu próprio dinheiro, fazendo, se quiser, um trabalho que esteja à altura de suas capacidades e que, no fim, há de educá-la muito mais do que qualquer escola. Tornei-me jornalista ainda quase um menino, aos dezessete anos, e aprendi na redação o que três décadas de escola não me ensinariam. Esta porcaria de governo que temos hoje me tiraria de lá e me poria numa escola para aprender português nos livros de Paulo Coelho.

5. Em política internacional, e sobretudo em comércio internacional, sou radicalmente nacionalista, protecionista e tudo o mais que os globalistas odeiam. Isso não quer dizer que eu seja contra a globalização da economia. Muito menos há aí qualquer contradição com a crença liberal acima subscrita. Apenas, entendo que globalismo não é o mesmo que monopolismo das grandes multinacionais, e que, assim como estas se associam umas com as outras – e com certos Estados – para ficar mais fortes, é justo que o empresário nacional, sobretudo o pequeno, busque apoio do seu próprio governo para não ser esmagado pelos monopólios internacionais. Aí a intervenção do Estado não é contra o liberalismo ou a concorrência: ela é, ao contrário, o fator equilibrante que impede a extinção do liberalismo e sua substituição pelo monopolismo. O mais detestável dos socialismos é o socialismo dos ricos.

6. Em filosofia, sou realista, meus gurus sendo Aristóteles, Sto. Tomás, Leibniz, Husserl e Xavier Zubiri, todos os quais afirmam o poder humano de conhecer as coisas como são. Husserl e Zubiri, no meu entender, foram os únicos filósofos realmente grandes deste século, e perto deles um Foucault ou um Deleuze são apenas meninos de escola. Acho que marxismo, estruturalismo, desconstrucionismo, psicanálise, neo-relativismo, neopositivismo, etc. etc., são filosofias boas para analfabetos funcionais e portanto atendem a uma autêntica necessidade social criada pela rápida expansão do ensino universitário, onde é preciso fabricar professores cada vez mais rápido e cada vez mais barato. Ler o Dr. Freud, Poulantzas, La Pensée Sauvage ou Richard Rorty já é esforço bastante para essa gente, que morreria de congestão cerebral após meia página de Zubiri ou das Investigações Lógicas.

7. Em História, acredito na relatividade do progresso e acho que todo progresso se paga com perdas que nem sempre valem a pena. É claro que aprecio os computadores e os direitos constitucionais, mas penso nos milhões de vidas humanas que foram sacrificadas no altar do progresso e me pergunto se nós, sobreviventes, não saímos diminuídos moralmente pelos próprios benefícios que recebemos2. Um índio, que anda pelado no meio do Xingu, não tem Internet mas não carrega, nas costas, o peso de tantos pecados históricos. O progresso, sem dúvida, é vantajoso. Mas não tem a dignidade de um genuíno ideal moral. É apenas uma conveniência prática, e quando procura se enfeitar com uma ideologia autoglorificadora, com as pompas de uma utopia futurista, sobretudo "científica", aí, meus filhos, é que ele se encarna num Robespierre, num Lênin, num Hitler, num Mao, num desses monstros que os séculos antigos não poderiam sequer imaginar. Gosto do progresso, não nego. Mas não sou seu entusiasta e não sacrificaria, por ele, a vida de um cabrito. O progresso tanto mais vale quanto menos custa.

8. Em todos os domínios e circunstâncias, sou contra o governo mundial. Ninguém deve governar o mundo, senão Deus. A ONU, a Unesco, o Banco Mundial, as grandes corporações multinacionais, a Internacional Socialista e todas as entidades do gênero são para mim a encarnação mesma da megalomania e do desejo ilimitado de poder. Isso não quer dizer que os Estados nacionais sejam anjinhos, pois, como já informava a Bíblia, "os anjos das nações são demônios". Quer dizer apenas que o chefe mundial dos demônios é muito pior do que todos eles somados.

Que as pessoas acostumadas a identificar globalização e liberalismo não vejam aí contradição alguma. A unificação política e administrativa do mundo não beneficiará o liberalismo, mas o extinguirá para sempre, instituindo a "Terceira Via". Que é a Terceira Via? É aquela síntese de capitalismo e socialismo que, resguardando a liberdade de movimento para as grandes empresas que apoiam o governo, planeja, controla e determina tudo o mais. Essa síntese não é nova. Surgiu na década de 20 e se chama fascismo. Naquela época o fascismo era coisa de escala nacional. Hoje querem fazer um fascismo mundial e, para disfarçar, fazem campanhas alarmistas contra os remanescentes do fascismo old style, como Le Pen e o Dr. Enéias, os mais autênticos bois-de-piranha da boiada universal. Para enfrentar o governo mundial é preciso criar um novo nacionalismo, liberal, democrático, inteligente, capaz de tomar parte no jogo da globalização sem deixar que transformem nosso país numa província ou numa colônia de férias para turistas sexuais. E para isso é preciso resistir ao maquiavélico jogo duplo que, de um lado, exaltando falsamente o liberalismo, tudo submete a um planejamento global e, de outro, incentivando maliciosamente reivindicações socialistas malucas e toda sorte de ressentimentos doentios, divide o povo, desorienta os intelectuais, debilita o Estado brasileiro e nos deixa, a todos, à mercê do poder multinacional.

Foi para atender aos ditames dessa minha ideologia compósita, segundo as várias exigências que me parecessem mais razoáveis no momento e na situação, que já tive a ocasião de votar em Lula e em Roberto Campos, em Maluf e Brizola, em Ulisses Guimarães e em Delfim Netto, em Franco Montoro e em Fernando Henrique Cardoso. Não votei em Collor: tomei um Engove e votei no Lula. Na eleição seguinte, não votei em Lula: tomei um Engove e votei em FHC. Mas escolhi sempre conforme o detalhe concreto do que estivesse em discussão e não conforme aquela linearidade rígida de quem é "direitista" ou "esquerdista" como se torce pelo Coríntians ou se crê em Jesus Cristo: de uma vez por todas e por toda a vida. Pois esta coerência só se pode ter nas coisas profundas, duráveis e do coração, e não nessa agitação epidérmica que é a política, onde, sem aviso prévio, de repente as pessoas, idéias e coisas se convertem em seus contrários.

23/12/98

NOTAS:

  1. Talvez por isso os líderes de maior coerência ideológica em bloco, na história do nosso país, foram também os mais estéreis politicamente, como Carlos Lacerda e Luís Carlos Prestes, ao passo que outros deixaram obra mais durável justamente porque se permitiram ajustes e combições "pragmáticas". Voltar
  2. Isso não implica a adesão a nenhuma teoria maluca da "culpa coletiva". O que digo é que nos tornamos culpados, individual e concretamente, pelos custos do progresso, na medida em que aceitamos seus benefícios levianamente, sem gratidão consciente pelas gerações que se sacrificaram por nós. Voltar