Material essencial

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Compreenda o que é o gramscismo e marxismo cultural

 

AMIGOS DA CRUZ

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Texto retirado do blog: http://amigocruz.blogspot.com/2010/09/compreenda-o-que-e-o-gramscismo-e.html#ixzz1lQEbCohS

"As duas últimas décadas conheceram, todavia, uma evolução importante na ideologia (a praxis) do marxismo. Trata-se da obra que o marxista Antônio Gramsci (1891-1937) escreveu durante seus útimos anos nos cárceres da Itália fascista. Nela se da uma moderação das tesis rigorosas do materialismo histórico com fins mais táticos. Para Gramsci as idéias e crenças não são simples emanação passageira da economia, se não que possuem uma realidade que constitui a cultura em que cada homem e cada povo vive imerso.

A idéia propulsora do pensamento gramsciano é a de que Revolução nunca se realizará verdadeiramente enquanto não se produza de um certo modo orgânico e dialético dentro do que  Gramsci chama uma cultura, que é o que haverá que desmontar e substituir ao próprio tempo que se utiliza. Se a revolução brota de um ato violento ou de uma ocupação militar, sempre será superficial e precária, e se manterá assim mesmo em um estado violento. O homem não é uma unidade que se justapõem a outras para conviver, se não um conjunto de inter-relações ativas e conscientes. Todo homem vive imerso em uma cultura que é organização mental, disciplinada através de uma autocrítica, que será motor de mudança. A vida humana é um emaranhado de convicções, sentimentos, emoções e idéias; ou seja, criação histórica e não natural. Daí o interesse de Gramsci pelo cristianismo ao que considera germe vital de uma cultura histórica que penetra na mente e na vida dos homens, suas reações profundas. Será preciso, para que a revolução seja orgânica e “cultural”, adaptar-se ao existente e, pela via da crítica e a autoconsciência, desmontar os valores útimos e criar assim uma cultura nova. O aríete para essa transformação será o Partido, vontade coletiva e disciplinada que tende a fazer-se universal. Sua missão será a infiltração na cultura vigente para transformá-la em outra nova materialista, a margem da idéia de Deus e de tudo de valor transcendente.

Sua arma principal será a lingüística (a gramática normativa) que penetre na linguagem coloquial, alterando o sentido das palavras e suas conotações emocionais, até crer em quem fala uma nova atitude espiritual. Se se muda os valores, se modifica o pensamento e nasce assim uma cultura distinta. O meio em que esta metamorfose pode realizar-se é o pluralismo ideológico da democracia, que deixa indefeso o meio cultural atacado. Porque, nela só existem “opiniões” e todas são igualmente válidas. Esse trabalho se alcançará atuando sobre os “centros de irradiação cultural” (universidades, foros públicos, meios de difusão, etc.) nos que, aparentando respeitar sua estrutura e ainda seus fins, se inoculará um criticismo que lhes leve a sua própria autodestruição. Se se consegue infiltrar a democracia e o pluralismo na própria Igreja (que tem nessa cultura o mesmo papel reitor que o Partido na marxista), o êxito será fácil. A democracia moderna será como uma anestesia que impossibilitará toda reação no paciente, ainda quando esteja informado do sistema que está sendo penetrado em sua mente.

Esta é a revolução cultural, meta principal do atual marxismo, e movimentos como Cristiano para el socialismo e outros semelhantes que desejam o que se tem chamado autodemolizione da Igreja.

Traduzido do espanhol pelo Amigo  da Cruz.

CIUDAD, Rafael Gambra. Historia sencilla de la filosofia, Madrid: Rialp. 22 ed., 1997, p. 212-214

GREVE DA PM NA BAHIA

 

NIVALDO CORDEIRO

04/02/2012

Até o momento em que escrevo a imprensa dá conta de 53 mortos diretamente vinculadas à greve da Polícia Militar da Bahia, mesmo com a entrada em cena de forças do Exército e da Força Nacional de Segurança Pública. Vive-se ali um momentohobbesiano. Nesses momentos é que se vê o quanto vale a ordem.

É preciso lembrar que as mortes não vieram sozinhas, mas acompanhadas de saques e desordem de todo tipo. O mal no varejo emergiu de todos os cantos. O comércio, em grande parte, paralisou suas atividades. O simples e sagrado direito de ir e vir ficou suspenso pela desordem. Os prejuízos para atividade econômica são incalculáveis.

A Bahia é um Estado governado pelo PT, o mesmo que controla o Palácio do Planalto. Bem sabemos que esse partido tem sua estrutura de forças apoiada no sindicalismo, fato que o impede de exercer a devida autoridade em matéria de repressão a greves. Aqui estamos diante de um fato maiúsculo, que não permite dúvida: o poder estabelecido precisa exercer a autoridade, mas os governantes, por convicção, ou mesmo por falta dela, são incapazes de agir.

Foram ameaças desse naipe que engendraram o movimento militar de 1964. Vemos a história repetir-se. É claro que a sociedade brasileira não tolerará por muito tempo o caos estabelecido na Bahia pelo simples motivo de que ele é destrutivo. A ausência da ordem mina inexoravelmente a legitimidade do poder estabelecido. O maior compromisso do Estado com seu povo é garantir a segurança e os direitos fundamentais, estabelecidos na Constituição.

É bom lembrar que os apoiadores da greve são os mesmos que defendem, como bandeira, o desarmamento civil. Situações assim dó demonstram que o cidadão comum não pode delegar integralmente sua segurança pessoal ao Estado. Certamente não teríamos tantas mortes se a população civil estivesse armada, capacitada para a auto-defesa.

O drama é que sabemos que é questão de tempo movimentos assim chegarem a São Paulo e outros Estados mais populosos. Em São Paulo especialmente, porque é alvo da tentativa de eleição do PT, a todo custo. Esta cidade, onde moro há anos, viraria um território aterrorizado em termos que nem o Iraque dos piores momentos pós-Saddam viveu.

A conclusão é uma só: é preciso repressão imediata à greve, fazendo recair toda a força da lei dobre os que seguiram o caminho da sedição. Sem concessões e sem contemplação. A ordem é o bem mais precioso, que precisa ser entregue novamente ao povo baiano.

As origens do “revisionismo histórico” do Holocausto

 

JULIO SEVERO

4 de fevereiro de 2012

Victor Grinbaum

Engana-se quem associa a negação do Holocausto com a extrema-direita. O Revisionismo nasceu entre comunistas e é a esquerda a sua maior propagadora nos dias de hoje.

Em dezembro de 2003, quando saiu finalmente a sentença do Superior Tribunal Federal contra Sigfried Ellwanger, toda a imprensa nacional se referiu ao editor gaúcho de livros anti-semitas como “editor de extrema-direita”. Para quem não sabe, Ellwanger, também conhecido como S. E. Castan, é o proprietário da Editora Revisão, dedicada exclusivamente à publicação de propaganda nazista e de material que nega a matança de milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Ellwanger e sua editora são adeptos do Revisionismo Histórico, um movimento pretensamente acadêmico que se dedica a tentar provar que o Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial não passou de uma invenção. Alegam que Hitler e seus asseclas na verdade eram umas flores de bondade e que tudo o que se publica sobre o assunto é parte de uma grande conspiração midiática de dominação mundial por malvados judeus. As “descobertas” (perdoem-me pelo excesso de aspas, mas elas são inevitáveis) seriam fruto de “revisões” de depoimentos e pesquisas, daí eles se chamarem de “revisionistas”. Em resumo, trata-se de uma mixórdia sem nenhuma sustentação histórica, tratada com o devido desprezo por todos os pesquisadores sérios.

De fato, a associação entre neo-nazismo e extrema-direita é automática e ambas as expressões são encaradas como sinônimos. Até ser processado e condenado em todas as instâncias jurídicas, S. E. Castan agregou em torno de si um pequeno grupo de jovens que agiram em Porto Alegre em pequenos putches anti-semitas nos anos 80 e 90. Merece plenamente o epíteto de nazista. Mas o dito “revisionismo” (que eu prefiro chamar de negacionismo), por mais fraudulento e mal intencionado, tem também a sua história. E vale a pena conhecê-la.

A primeira vez em que se publicou material que negava a existência de campos de extermínio erguidos pelos nazistas foi na França, na década de 1950. Não por acaso, a França foi o país que menos lutou contra a ocupação alemã durante a guerra. O Regime de Vichy foi, de fato, cúmplice e voluntário das barbaridades nazistas e a França fora também o berço do Affaire Dreyfus(1), e a terra de Gobineau(2) e Édouard Drumont (3).

“Franceses nazistas”, pensará o leitor a esta altura. Errado. Curiosamente, não foram ex-colaboracionistas os primeiros negacionistas, mas justamente o contrário. Pierre Guilleume, militante do grupo trotskista SOB (“Socialismo ou Barbárie”) e posteriormente fundador da dissidência Pouvoir Ouvrier, ao lado de Serge Thion, proprietário de uma pequena casa editora chamada La Vieille Taupe (“A Velha Toupeira”), foram os primeiros publicadores de livros anti-semitas baseados nestas teorias negacionistas. A estrela da “Velha Toupeira” era um membro da Resistência, Paul Raissinier, militante comunista e que usava sua condição como salvo-conduto.

Raissinier alegava que ao ser capturado pelos nazistas fora testemunha do tratamento dispensado aos seus prisioneiros. E que nunca testemunhara maus tratos a nenhum judeu enquanto esteve preso. Logo, todos os testemunhos que atestavam a matança nos campos de extermínio nazistas seriam falsos. O fato de que foram os soviéticos que primeiro chegaram aos campos e registraram a matança não afetava Raissinier, pois como trotskista ele poderia duvidar dos relatos “stalinistas” do Holocausto. Para os trotiskistas franceses, o sionismo era a consolidação dos planos explicitados em Os Protocolos dos Sábios de Sião, velha fraude produzida pela polícia secreta czarista e apresentada como uma compilação de “planos judaicos de dominação mundial”.

Mas Paul Raissinier não era um caso isolado. Tampouco agia por conta própria. Alguns milhares de quilômetros a Leste da França, mais precisamente em Moscou, nascia a “sionologia”, uma pretensa ciência sócio-política (bem ao gosto marxista) e adotada como política acadêmica oficial na União Soviética, onde as teses negacionistas e conspiratórias eram a base para a produção de farto material anti-Israel.

Em 1963, Trofim K. Kichko (posteriormente agraciado com um diploma pelo Partido Comunista da Ucrânia) publicou pela Academia de Ciências da Ucrânia O Judaísmo sem Maquiagem, livro que parte de um trecho de Os Protocolos dos Sábios de Sião para afirmar que “o expansionismo e a crueldade israelense estão determinados no Talmude”. Em 1969, Yuri Ivanov publicava Cuidado! Sionismo!, um tosco panfleto onde o sionismo era apresentado como “uma ideologia de organizações conectadas para a prática política da burguesia judaica e fundida com as esferas monopolistas nos EUA”. A partir do livro de Ivanov, as obras “sionológicas” foram consideradas leitura obrigatória na formação de quadros políticos e militares da União Soviética e nos países sob sua esfera de influência. Disseminados pelos formandos da Universidade dos Povos Patrice Lumumba, os livros anti-semitas soviéticos formaram gerações de militantes de esquerda que assimilaram e reproduziram a visão expressada pela terceira edição da "Grande Enciclopédia Soviética" sobre o sionismo:

“O Sionismo é um postulado reacionário, chauvinista, racista e anti-comunista. A Organização Sionista Internacional é detentora de grandes fundos financeiros monopolistas que influenciam a opinião pública ocidental capitalista e serve como frente avançada do colonialismo”.

O rompimento entre os soviéticos e o movimento sionista ocorreu ainda antes da independência do Estado de Israel, em 1948. Josef Stálin deseja va desencorajar o sionismo com a criação do Birobidjão, uma república soviética onde os judeus deveriam se instalar e permanecer, sempre tutelados sob a sombra da influência de Moscou. Stálin também usou o sionismo e a recém fundação de Israel como pano de fundo de seu último grande expurgo, a “Conspiração dos Médicos”.

Mesmo depois da morte de Stálin, a União Soviética continuou frontalmente anti-Israel, embora o movimento sionista tenha sido majoritariamente formado por militantes socialistas e por pessoas de sólida formação marxista. Após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel venceu uma coalizão de oito países sob a direta influência política da União Soviética, a sionologia encontrou um território perfeito para se disseminar.

Não é exagero afirmar que o surgimento dos grupos terroristas árabes e a sionologia se retroalimentaram. Yasser Arafat foi treinado pelo serviços secretos do leste europeu e Mahmoud Abbas, ex-miltante do Fattah e atual presidente da Autoridade Palestina, é formado em história pela Escola Oriental de Moscou e autor de um livro negacionista, publicado em árabe sob o patrocínio soviético na década de 1970.

Uma das táticas mais presentes entre os sionologistas para se respaldarem é a utilização de autores judeus. Já nos anos 60 eram escolhidos membros dos partidos comunistas de orígem judaica para emprestarem seus nomes às publicações. Essa prática perdurou e gerou o surgimento de intelectuais de esquerda como Noam Chomsky e Norman Finkelstein, que sem serem negacionistas seguem a linha mestra da sionologia de demonização do sionismo e da identidade judaica. Curiosamente, até os mais ferrenhos negacionistas citam Chomsky e Finkelstein como fontes para suas idéias.

O encontro entre negacionistas, comunistas e terroristas que formou a sionologia não impediu que militantes neo-nazistas absorvessem o discurso sionológico. A verdade é que ao se comparar o discurso neo-nazista com o discurso de boa parcela da esquerda não se encontrarão muitas diferenças. O negacionismo e a sionologia fazem parte dos discursos tanto de esquerdistas ilustres, como José Saramago e os já citados Chomsky e Finkelstein, quanto de verdadeiros expoentes da extrema-direita, como Lyndon LaRouche, malgrado seu passado de militante trotskista.

Curiosamente, ultra-direitistas e ultra-esquerdistas colaboram entre si quando o objetivo é o anti-semitismo. Comunistas como Raissinier usam de sua ideologia para separar seu discurso das lembranças nazistas, enquanto os nazistas usam a colaboração de judeus comunistas como salvo-conduto para escaparem da acusação de anti-semitismo.

Seguidores brasileiros de Siegfried Ellwanger mantêm várias páginas eletrônicas onde se encontram links, tanto para sites onde a matança de judeus é exaltada quanto para textos acadêmicos de esquerda onde se pode ver Norman Finkelstein “protestando contra o uso capitalista das indenizações de guerra”. E no meio dessa mixórdia várias “provas” de que não houve nem matança e nem expropriação de bens de judeus. A propósito, Ellwanger nunca se apresentou nem como neo-nazista e nem como esquerdista.

Mas o maior eco da sionologia pode ser visto hoje nas ações e nos discursos do atual líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que declarou em dezembro de 2005 que “o Holocausto é um mito”:

"Fabricaram uma lenda sob o nome de 'massacre dos judeus', e dão mais importância a isso do que a Deus, à religião e aos profetas".

Ahmadinejad vem afirmando que “a lenda” é o que manteria uma suposta opressão do Ocidente contra os países islâmicos e com isso vem desafiando a comunidade internacional ao fomentar o terrorismo e insistir em adquirir a tecnologia necessária para a construção de armas de destruição em massa. Fora do mundo islâmico, a linha de frente que apóia as reivindicações de Ahmadinejad tem sido – como sempre – a esquerda, cada vez mais encantada pelo discurso sionologista.

No momento em que vemos o empenho de uma boa parcela da opinião pública mundial em atacar Israel enquanto este país se defende das covardes agressões de grupos terroristas, a emergência do discurso negacionista e sionologista demonstra o sucesso que seus criadores obtiveram e como o Terror se aproveita dele. O fato do negacionismo e da sionologia não serem necessariamente uma criação da extrema-direita não anula o fato de que esta também faz uso deles. Mas a ligação automática que mormente se faz é inexata. A negação do Holocausto é criação dos acadêmicos comunistas e é a esquerda a sua maior useira e vezeira nos dias de hoje.

Notas do Autor:

(1) O Caso Dreyfus em 1894, foi a falsa acusação que o oficial francês de origem judaica Alfred Dreyfus sofreu de ser espião dos alemães. Baseado em documentos forjados por nacionalistas franceses, um tribunal militar condenou Dreyfus ao degredo na Ilha do Diabo. Graças a uma campanha movida pelo escritor Émile Zola, Dreyfus foi novamente julgado e desta vez inocentado. Foi cobrindo o Caso Dreyfusque o jornalista austríaco Theodor Hertzel criou o Sionismo.

(2) Joseph Arthur de Gobineau (1816 – 1882), escritor e diplomata francês e autor do Tratado sobre a desigualdade das raças humanas, publicado em 1853 e considerado o primeiro livro de teoria racista.

(3) Édouard Drumont (1844 – 1917), autor de La France Juive (“A França Judia”), em que defendia a expulsão dos judeus do país, baseado na teoria de que estes seriam conspiradores e traidores anti-nacionalistas. Foi um dos principais propagadores de libelos anti-Dreyfus.

Fonte: Mídia Sem Máscara

Divulgação: www.juliosevero.com

O Holocausto dos Judeus

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Igreja Presbiteriana dos EUA contra Israel

Hahahahhahhahhh... Só Tem Um Verso! - A paródia "Ai se eu te Pego" Michel Teló




Enviado por  em 03/02/2012
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Créditos:
Michel Teló - Jefferson Schroeder
Bateria - Fábio Nunes
Acordeon - Gustavo Antunes
Violão - Rafael "Gustavo Lima" Nunes

Letra - Felipe Neto e Osíris Larkin
Direção - Osiris Larkin
Assistente de Direção - Daniel Curi
Câmera - Léo Luz
Produção - Alessandra Bezerra, Madu Magalhães e Clara Sampaio
Edição - Osiris Larkin
Som Direto - Daniel Curi

Greve da PM na Bahia: Soldado Prisco disse que o Governador Jaques Wagner (PT) vai invadir a assembéia e partir para o confronto

RICARDO GAMA

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Eu conversei hoje à noite com o soldado Prisco, um dos líderes da greve dos Policiais Militares na Bahia, vejam o vídeo abaixo.


Link do vídeo no youtube.


O soldado Prisco me disse que a greve da PM na Bahia é geral, que todos os praças, soldados, e sargentos aderiram ao movimento, que ele e mais 2.500 manifestantes estão dentro da Assembléia Legislativa, sendo policiais e familiares, ou seja, esposas e crianças, e tal fato é de conhecimento do Governador Jaques Wagner(PT).

Prisco disse que os Policiais Militares estão apenas cobrando promessas de campanha eleitoral de Jaques Wagner (PT), e exigindo o cumprimento de leis que não estão sendo cumpridas pelo governador.

Ele me disse também que o Governador Jaques Wagner determinou que todos os funcionários saiam daAssembleía Legislativa, já que o Governo vai invadir, e partir para o confronto.

Como assim Governador Jaques Wagner (PT), invadir e partir para o confronto, mesmo estando mulheres e crianças no interior da "casa do povo"" ?

Prisco me falou que os Policiais Militares vem tentando negociar desde 2006, mas que o Governador Jaques Wagner os ignora, o combatente disse ainda que o governador da Bahia desde a decretação da greve não abriu nenhum canal de negociação.

O soldado Prisco disse algo muito interessante, e curioso, que revela a face suja da política, em 2001 quando os Policiais Militares também fizeram greve na Bahia, o PT e o Jaques Wagner, então deputado federal, que eram da oposição, na época auxiliaram, ajudaram, e defenderam os policiais.

Engraçado, agora o PT e o Jaques Wagner são "governo" e mudam de lado, e não negociam com os PM's, e querem acabar com a greve a base do "tiro, porrada e bomba".

Eu sou contra a greve de policiais militares, médicos, professores e etc. mas também contra governosomissos, incompetentes, e enganadores, sinceramente, espero que o Governador Jaques Wagner não tenha merda na cabeça, e não determine uma invasão na Assembleía Legislativa, isso pode causar uma tragédia.

É hora de muita tranquilidade, negociar, e conversar, borrada gera mais porrada.
Se o Governador Jaques Wagner invadir e partir para o confronto, e PM's ou familiares ficarem feridos, isso será um tiro no pé, e gerará mais revolta entre os militares da Bahia, e de outros estados que também já estão se mobilizando para entrar em greve.
Pense bem antes de fazer cagada Governador Jaques Wagner, lembrando que V.Exa. sabia da greve mas mesmo assim foi para Cuba tomar cachaça e comer chocolate acompanhado da Presidenta Dilma Rousseffcom aquele ditador vagabundo do Fidel Castro (clique aqui e leia).
Por fim Governador Jaques Wagner o governo de V.Exa. na área de segurança pública tem sido um desastre, os dados revelam um aumento surreal na violência (clique aqui e leia).
Que tudo termine em paz.

Em tempo, e aqui no Rio de Janeiro o que o omissso do Governador Sérgio Cabral está fazendo para evitar a greve dos Policiais Militares, Bombeiros, e Civis ?

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A vitória da mulher de mentira sobre a mulher de verdade?

 

JULIO SEVERO

1 de fevereiro de 2012

Julio Severo

A mulher de verdade tinha valor no passado? Meu artigo “As mulheres e o futuro da humanidade”, publicado em 2008, mostra o que os homens faziam pelas mulheres:

“No passado, onde o feminismo acusa que as mulheres não tinham valor, não eram necessárias placas ‘Preferência para mulheres grávidas’. A própria responsabilidade social dos homens impunha respeito e proteção às mulheres — sem placas. Quando um navio afundava, as mulheres tinham direito prioritário de salvamento. Aliás, em todas as outras situações de grande perigo, as mulheres e crianças recebiam prioridade absoluta. Os homens ficavam em último plano, muitas vezes perdendo suas vidas para que mulheres e crianças pudessem viver”.

Então, vieram as feministas e disseram para as mulheres: “Vocês só são objetos dos homens!” Mas já viu, no momento do afundamento de um navio, um homem colocar todos seus objetos pessoais no bote salva-vidas e dizer: “Primeiro, meus objetos! Perco minha vida, mas salvo meus objetos.”

Mulher de verdade: apenas objeto dos homens no passado?

Os homens faziam questão de abrir a porta para as mulheres e ajudá-las no que fosse possível. Se uma mulher gritasse, “Há um homem no banheiro feminino!”, outros homens viriam e dariam uma surra no sem-vergonha. A proteção à mulher era garantida.

Hoje, um homem pode entrar no banheiro feminino, desde que disfarçado de mulher, e os homens de verdade não podem bater no sem-vergonha. Eles não podem nem mesmo abrir a boca porque o movimento feminista os castrou. Eles têm medo da mulher de verdade e da mulher de mentira, por causa da cobertura estatal sobre ambas.

De forma igual, as mulheres pouco ou nada podem fazer contra um homem disfarçado de mulher no banheiro feminino, pois a mulher de mentira, fortalecida pelo movimento feminista, tem agora prioridade sobre a mulher de verdade.

A mulher de verdade calou-se quando a mulher feminista exigiu a queda e rebaixamento do homem.

Mulher de mentira: agora é minha vez!

Quem falará agora pela mulher de verdade quando a mulher de mentira exigir sua queda e rebaixamento, não só no banheiro, mas também em todas as outras áreas?

“Ah, o Estado poderá nos ajudar! O Estado moderno sempre disse que nos protegeria dos homens!” Isso é verdade — até o aparecimento da mulher de mentira. A vez das mulheres de verdade está indo. O que está vindo agora é a preferência às mulheres de mentira.

O Estado continuará dando preferência para as mulheres em todos os casos envolvendo homens.

Mas nos casos envolvendo homens disfarçados de mulher, as mulheres de verdade levarão a pior. Mesmo quando a mulher de verdade é apenas uma menina de dez anos, a mulher de mentira — um marmanjo sem vergonha — leva a melhor.

Concordo: agora é a vez da mulher de mentira!

Com a igualdade sexual imposta pelo movimento feminista e a castração dos homens, já vimos que quando um barco está afundando, homens e mulheres brigam igualmente pelos botes salva-vidas. Viva a igualdade sexual, não?

E o que foi que aconteceu com a “tradição patriarcal masculina” de se dar preferência para as mulheres e crianças? Esse lugar foi ocupado pela mulher de mentira. Os holofotes agora estão sobre essas mulheres falsificadas (também conhecidas pela sigla LGBT), que têm a preferência da mídia e do governo.

Aliás, mulheres e homens serão obrigados a ceder os botes salva-vidas às mulheres de mentira, sob risco de serem acusados de “homofobia” no próprio afundamento do navio.

Depois, poderão entrar nos botes crianças que foram doutrinadas a adorar o homossexualismo. Depois, as feministas pró-aborto e pró-homossexualismo. Por último, os homens castrados.

Os cristãos e todas as pessoas conservadoras, inclusive mulheres e crianças que se opõem à agenda gay, serão deixados no navio que está afundando.

No passado, as mulheres eram prioridade de salvamento. E hoje, com a moderna “igualdade”, como fica a situação delas?

A cultura feminista/homossexual coloca o homem abaixo da mulher, e a mulher abaixo do homossexual.

Não era melhor a cultura “patriarcal”, onde o homem era cabeça, e na hora do perigo, salvavam-se as mulheres primeiro?

Os homens “patriarcais” davam a vida pelas mulheres.

Quem hoje dará a vida por elas?

Fonte: www.juliosevero.com

A menina, o banheiro e o marmanjo gay

Capitão Covarde: eis nosso admirável novo mundo sexualmente emancipado

Feminismo tornando impossível que as mulheres se dediquem à família

O maior naufrágio do mundo

As mulheres e o futuro da humanidade

“Anciões” da globalização querem ordenação de mulheres como pastoras, padres e rabinas

Mães que permanecem no lar frustram metas feministas para a sociedade

O feminismo beneficiou mais os homens do que as mulheres?

A feminização da família

Morte em Atlanta e a Igualdade Sexual na Feliz Terra do Faz-de-Conta

Dia Internacional da Mulher

Feminista lança críticas pesadas contra as mães que permanecem no lar

União Europeia quer que mães que cuidam do lar voltem a trabalhar fora

Feminista em posto de coronel afirma que o Apóstolo Paulo falsificou sua conversão

A loucura do planejamento do homem

Pagando para que as mães tenham mais bebês

Controle da natalidade no mundo ocidental ajudando no crescimento explosivo do islamismo

A mais famosa apresentadora alemã de TV lidera revolução antifeminista

O Preço da Igualdade Sexual

Mulheres que trabalham fora contribuem de forma decisiva para forte queda nos índices de natalidade da Itália

A tolice feminista de Sarah Palin

Mulheres estão menos felizes do que nos anos 70

Mulheres estão esperando mais para ter filhos e um número recorde delas são solteiras

Para informações detalhadas sobre o paganismo feminista dentro das igrejas evangélicas, adquiria o livro De Volta Ao Lar

Análise: Relatório de Funcionários da OMS Pede Aborto Legal no Mundo em Desenvolvimento, Estatísticas de Aborto São Infladas

 

C-FAM

Feb 03, 2012

Lucia Muchova

Washington DC, EUA, 3 fevereiro (C-FAM) Um relatório amplamente divulgado na revista médica The Lancet pedindo a legalização do aborto continha números inflados, coleta de dados falhos e linguagem muito enganosa.

O recente artigo sobre “Aborto Provocado: incidência e tendências mundiais de 1995 a 2008” faz uma atualização das estimativas de aborto para mostrar o progresso na melhoria da saúde maternal. O Instituto Alan Guttmacher e funcionários da Organização Mundial de Saúde afirmam que o número de abortos inseguros por 1.000 mulheres subiu de 44% para 49% entre 1995 e 2008 enquanto o índice mundial de aborto diminuiu de 29 para 28 por 1.000 mulheres em idade reprodutiva. Os “abortos inseguros” estão concentrados nos países em desenvolvimento. Na África Central e Ocidental 100% dos abortos são considerados “inseguros”. Apresentando várias estatísticas, os autores pedem mais campanhas para legalizar o aborto e expandir investimentos na contracepção nos países em desenvolvimento.

Contudo, o documento padece de três principais falhas. Primeira, os autores usam definições quase legais, em vez de médicas. Segunda, os autores usam coleta de dados problemática. Terceira, os autores manipularam os dados de modo não transparente. Esses problemas recorrentes nos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre mortalidade materna têm sido muito bem documentados pela Dra. Donna J. Harrison.

Embora não seja em si um documento da OMS, grande parte do artigo do Lancet baseia-se em ideias de estudos anteriores da OMS, com a estimativa de abortos inseguros “desenvolvida e comissionada pela OMS”. A OMS define aborto “inseguro” como “um procedimento para terminar uma gravidez indesejada realizada por pessoas que não têm a qualificação necessária ou num ambiente que não atende aos mínimos padrões médicos, ou ambos”. 

Contudo, nos documentos acadêmicos escritos pelos funcionários da OMS, como o artigo do Lancet, essa definição se torna intercambiável com uma definição quase legal: “Conforme foi elaborado pela OMS, os abortos feitos fora dos limites da lei provavelmente serão inseguros ainda que feitos por pessoas com treinamento médico… Portanto, como em iniciativas passadas para fazer uma estimativa da incidência de aborto e em consonância com o sistema da OMS, usamos a definição operacional de abortos inseguros, que é um aborto feito em países com leis de aborto muito restritivas, e os abortos que não atendem aos requisitos da lei, em países com leis menos restritivas. Os abortos seguros eram definidos como aqueles que atendem aos requisitos legais, em países com leis liberais, ou onde as leis são interpretadas de forma tão liberal que os abortos seguros são geralmente acessíveis”. Não se faz nenhuma menção de padrões médicos ou treinamento médico daqueles que realizam o aborto.

O que isso significa é que os abortos realizados em países com leis liberais, como os EUA, que resultam em graves complicações ou morte seriam classificados como abortos “seguros”. Os abortos em países restritivos, às vezes facilitados por grupos de militantes financiados por governos e fundações progressistas, se encaixam na categoria de “inseguro”.

Os pesquisadores da OMS reconhecem a dificuldade de se obter bons dados sobre o aborto. Os registros de internações hospitalares não conseguem distinguir entre abortos espontâneos e provocados; as pesquisas fazem um registro do número de abortos abaixo da realidade; a linguagem ambígua impede classificações claras de resultados de gravidez; e em países em que o aborto é ilegal ou mal acessível, as informações são limitadas. O aborto inseguro em particular é, de acordo com a OMS, “um dos indicadores mais difíceis de medir”. Até mesmo para abortos “seguros”, só 66% (2/3) dos países com leis liberais de aborto têm um mecanismo de coletar dados relevantes. Apesar disso, as estatísticas são reproduzidas, mencionadas e confiadas como se sua validez fosse imutável.

O relatório mais recente da OMS sobre abortos inseguros afirma que 13% das mortes maternais são devido a aborto inseguro, identificado como uma das três principais causas de mortes maternais no mundo inteiro, junto com hemorragia e sepsia devido ao parto. O artigo da Lancet se apoia nessa estatística. Considerando a ambiguidade do termo “inseguro” e a inconfiabilidade dos dados, ficamos imaginando por que deveria se gastar mais dinheiro para aumentar o acesso ao aborto em vez de medidas para melhorar a assistência pré-natal e pós-parto.

O artigo da Lancet indica que “no geral” os procedimentos de aborto químico são classificados como inseguros. Crucialmente, isso inclui misoprostol, considerado como inseguro devido aos riscos de hemorragia forte associada com uso incorreto. Isso significa que organizações, tais como o International Consortium on Medical Abortion, que incentivam e ativamente distribuem misoprostol para abortos estão de fato aumentando os números de abortos inseguros, que eles afirmam estar impedindo.

Tradução: Julio Severo

A HIPOCRISIA ESQUERDISTA E A APOTEOSE DO PARTIDÃO

 

STATO FERINO

Publicado por Stato Ferino em fevereiro 3, 2012 · Deixe um comentário

Nos “Escritos Políticos”, especificamente no capítulo “A Construção do Partido Comunista”, Antônio Gramsci considerou a luta contra o capitalismo compreendida sob três facetas: (i) a luta econômica, com o desenvolvimento dos sindicatos e do controle operário sobre a produção, além da luta pela eliminação do capitalismo; (ii) a luta política, com o escopo de limitar o poder da burguesia e caracterizada pela conquista do poder pelo Partidão e consequente implantação da ditadura do proletariado; e (iii) a luta ideológica.

Sabe-se que a teoria marxista, no seu processo analítico, ajustou a lógica da dialética hegeliana para o campo materialista, fundamentando-se, para tanto, no tripé burguesia (tese), proletariado (antítese) e o comunismo (síntese – negação da negação). Como meio NECESSÁRIO para se chegar ao comunismo, teríamos a famosa ditadura do proletariado.

A coluna vertebral de um movimento hipócrita e, sobretudo, criminoso, foi dada.

Veja que a lógica apresentada acima fundamenta seu imediatismo num ideal, obviamente, fora e acima da história. Ou seja, tudo é válido para se alcançar a causa superior, um futuro do qual não se tem antecedentes, nem tampouco se alguma possibilidade de ser alcançado existe.

Temos diante de nós um movimento que já começou mentindo. Ao afirmar que apenas o proletariado tem condições para fazer análises objetivas da história – porque nada possuem -, Marx já nos fornece a mentira-mor do movimento revolucionário. Ora, para a afirmação acima ser válida, é pressuposto necessário que seu emissor também esteja fazendo uma análise objetiva da história, caso contrário, a tese estaria viciada.

Se o emissor, in casu o próprio Marx, está fazendo uma análise objetiva da história, é categórico que este precise fazer parte do proletariado, portanto, senão sua afirmação estaria comprometida desde sua gênese. E é o que de fato ocorre. Marx era burguês e de família burguesa. Como ele poderia fazer, segundo sua própria idéia, uma leitura objetiva da história? Temos um absurdo provocado pelos argumentos contrario sensu e ad hominem.

Pois bem. É justamente essa cartilha que os movimentos de esquerda, principalmente da américa latina, têm acompanhado.

Começamos com o companheiro Fidel Castro. Seu governo se orgulha de ter erradicado o analfabetismo do país e de ter conseguido alguns avanços na área social. Mas a custo de quê? De uma ditadura violenta e opressora que não respeita os direitos humanos? De um governo que controla a imprensa e limita assustadoramente a liberdade de seus filhos? Afinal, segundo o “Livro Negro da Revolução Cubana”, somam-se SOMENTE 5.621 fuzilados, 1.163 assassinados extra-judicialmente; 1.081 presos políticos mortos no cárcere; 14.160 mortos ou desaparecidos em tentativas de fuga; 77.824 civis mortos em ataques químicos, e por aí vai.

E o companheiro Hugo Chávez? O ser mais hipócrita desse bando de mentirosos narcisos. O homem mais crítico do “imperialismo” norte-americano teve sua filhinha, de 14 aninhos, alvo de diversas críticas por ter publicado uma foto na qual ela mostrava um leque de dólares americanos, foto esta tirada do iPhone da própria filha (aqui). Será que tem alguma diferença entre uma adolescente filha de um líder marxista e uma capitalista norte-americana? Achamos que não. O evento fica mais jocoso ainda quando se sabe que a Venezuela, sem comentar seu governo ditatorial, limita a compra de dólares pelos seus cidadãos.

E a Cristina Kirchner? Pois é, como se sabe, a musa esquerdopata publicou um decreto no qual ela ordena a revisão da história argentina! Revisão que será financiada pelo próprio governo (aqui). Que absurdo! Agora, numa paranóia de encontrar um alvo, está vindo com a questão das Malvinas.

E o Partido dos Trabalhadores? Aqui, não estamos muito distantes da realidade dessas outras nações. Unidos sob o Foro de São Paulo, esses partidos marxistas se fortaleceram desde 2002 na América Latina, trazendo uma onda vermelha sobre o Novo Continente. E o Partido dos Trabalhadores, fidelíssimo à cartilha gramscista, vem como o estereótipo do Partidão.

É nesse ponto que o Partido se confunde com o Estado, e até o sobrepuja. Tudo que esteja contra o PT/Estado deve ser derrubado, como já afirmou o próprio Gilberto Carvalho, seja instituição religiosa, seja partido político (aqui). E a imprensa segue comprada, e o “politicamente correto” segue imposto.

E um outro exemplo muito claro dessa hipocrisia está no ocorrido do Pinheirinho. O líder comunitário, o Marrom, do PSTU (aqui), cobrava uma taxa de “condomínio” para a população. Com essa grana, o Marrom alimentou seu luxo com casas de alto padrão ao lado da miséria de seus vizinhos. O comunismo no seu mais alto grau de pureza (veja vídeo aqui). E quem viu isso? A imprensa publicou?

Além disso, ocorreu essa mesma coisa no Acre, na cidade de Brasiléia, administrada pela prefeita Leila Galvão, do PT. Aliás, mais violentamente. Famílias de sem-teto e sem-terra foram retiradas com enorme brutalidade de um assentamento, numa ação de reitegração de posse (aqui). Ao contrário do Pinheirinho, em que inventaram a morte de uma mulher (aqui), em Brasiléia, uma mulher grávida perdeu seu bebê após ter levado um chute de um PM, e um rapaz ficou cego após levar um tiro de bala de borracha. Noticiaram? De forma alguma! É o Partidão tentando derrubar o PSDB, assim como derrubou o DEM naquele caso do José Roberto Arruda, em Brasília, como denunciado pela VEJA dessa semana.

Ora, amigos, que maior exemplo de mentira e hipocrisia nós precisamos? Enquanto isso, o establishmentacadêmico faz seus fiéis: um batalhão de desinformados, filhos de Vygotsky, que nunca souberam argumentar, mas, em termos de violência, estão em doutores.

Sem rei nem lei: a república do pão e circo

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

ESCRITO POR JOSÉ MARIA E SILVA | 02 FEVEREIRO 2012
ARTIGOS - CULTURA

O golpe de estado perpetrado pelo marechal Deodoro da Fonseca foi um retrocesso em todos os sentidos. Come­çan­do pela censura à imprensa, cujos jornais eram empastelados e seus jornalistas, presos.

O Estado de Direito continua sitiado no país. Não mais pelos militares e, sim, pelos próprios civis, através do autodenominado “movimento social”, que não passa da velha política de cabresto dos coronéis por outros meios.

Em breve, o Brasil terá uma nova Cons­­ti­tui­ção. Trata-se da Lei Ge­ral da Copa, que revoga todas as disposições em contrário, começando pela soberania da nação e a cidadania dos indivíduos. Em seu período de vigência, durante a Copa do Mundo de 2014, a Lei Geral da Copa irá revogar garantias constitucionais e tornará nulas várias leis federais, estaduais e municipais. Executivo, Legislativo e Judiciário terão seus poderes suspensos e o Estado brasileiro ficará entregue ao governo da Fifa (Federação Inter­na­cional de Futebol). O povo brasileiro, que sempre viveu de pão e circo, vai consolidar sua imagem no mundo: a de País do futebol e do carnaval, em que as pessoas são destituídas de cérebro, pois só funcionam da cintura para baixo — as mulheres rebolando e os homens jogando bola.

Como chegamos a isso? É provável que logo no início da colonização do País, quando foram criadas as Capi­tanias Hereditárias e um português lascivo se apoderou da carne devoluta de negras e índias. Mas é possível que a transformação do Brasil nu­ma espécie de zoológico hu­mano de europeus e norte-americanos — e um dos principais celeiros do turismo sexual no mundo — tenha se agravado em 15 de novembro de 1989, quando a Procla­mação da República fez do Brasil uma verdadeira “Bana­na Republic” (“República de Banana”), termo cunhado pelo escritor norte-americano O. Henry (1862-1910), pseudônimo de William Sydney Porter, no livroCabbages and Kings (“Repolhos e Reis”). A obra trata da fictícia República de Anchúria, inspirada nas republiquetas despóticas da América Central, especialmente Honduras, onde o próprio William Sidney Porter se escondera antes de ser preso por fraude bancária.

A expressão “banana republic” e seu equivalente “Re­pública de Bananas”, em que pese não constar nem noAurélio nem no Houaiss, foi dicionarizada em língua inglesa e consta do dicionário Col­lins, publicado desde 1819. Nele, “República de bananas” é definida como sendo um pequeno país hispânico da América Central, politicamente instável e com uma economia dominada por interesses estrangeiros, geralmente dependente da exportação de um só produto, como as bananas. Conforme observa o bioquímico Gregory Petsko, em artigo a respeito das pesquisas sobre o genoma humano, essa definição é um tanto imprecisa, pois há ditaduras politicamente estáveis. Por outro lado, acrescento, Cuba é uma típica “Republiqueta de Bananas”, em que pese fingir não se curvar a interesses estrangeiros. E o que dizer do Brasil, que também não é um pequeno país hispânico e, sim, um quase continente?

Libelo contra a República

A resposta a essa pergunta está num delicioso livro do ensaísta Eduardo Prado (1860-1901), intitulado Fastos da Ditadura Militar no Brasil (Editora Martins Fontes, 2003), uma reunião de seis artigos do autor publicados na “Revista de Portugal” a partir de dezembro de 1889 e transformados em livro em 7 de setembro de 1890. Trata-se do primeiro libelo contra a República, publicado sob o pseudônimo de “Frederico de S.” no calor dos acontecimentos que levaram o marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892) do pijama ao trono. Sim, trono mesmo, pois a República no Brasil, como se vê ain­da hoje, nunca deixou de tratar seus presidentes como verdadeiros reis, transformando o país num quintal de suas idiossincrasias. Ao inaugurar uma dinastia de generais ditadores, que se revezam no poder com civis populistas, o Marechal De­odoro instaurou abaixo do E­qua­dor a maior República de Ba­nanas da história.

É o que mostra Eduardo Pra­do, descrevendo, com verve, os desmandos de nossos primeiros ditadores fardados. Cidadão do mundo, que morava em Paris e viajava constantemente por toda a Europa, especialmente para Lon­dres e Roma, o aristocrata Eduardo Prado foi amigo do grande escritor Eça de Queirós (1845­-1900) e chegou a inspirar o personagem Jacinto do romance A Cidade e as Serras. Ao contrário de seus irmãos Antônio e Martinho, que serviram ao Império e à República, Eduardo Prado não era um político, mas quase foi preso por suas ideias. Não por conta dos artigos de Fastos da Ditadura Militar no Brasil, uma vez que estava na Europa quando de sua publicação e, sim, por seu outro livro, A Ilusão Americana, publicado em 1893, quando já tinha voltado ao Brasil, que estava sob estado de sítio. Este outro livro é uma crítica aos republicanos que queriam macaquear os Estados Unidos, inclusive no novo nome oficial do País — “Estados Unidos do Brasil”.

Todavia, Eduardo Prado não era antiamericano. Era apenas um realista, que sabia notar as diferenças culturais e históricas entre os Estados Unidos e o Brasil, percebendo que nem tudo o que é bom para os norte-americanos é bom para os brasileiros. Mas, ao contrário da democrática monarquia de Dom Pedro II, que engolia as catilinárias do escritor José de Alencar (1829-1877), a sensível República de Flo­riano Peixoto (1839-1895), o “Marechal de Fer­ro”, não a­cei­tava nem esse tipo de crítica e Eduardo Prado, para não ser preso por conta da publicação de “A Ilusão Ameri­cana”, fugiu a cavalo de sua fazenda no interior de São Paulo. Segundo Octa­ciano Nogueira, no prefácio de Fastos da Ditadura Mili­tar no Brasil, Eduardo Pra­do, para escapar de seus algozes republicanos, “embrenhou-se na aventura que o levou a cruzar desde os sertões de Minas e da Bahia até Salvador, onde logrou tomar o navio que o levou como emigrado a Portugal”.

Jornalistas como “fezes sociais”

Nas críticas de Eduardo Prado é possível perceber que a Proclamação da República não passou de um aborto histórico. Assim como a monarquia já havia abolido a escravidão, outras reformas, como o sufrágio universal, estavam prestes a ser enviadas ao Legislativo para serem votadas. O golpe de estado perpetrado pelo marechal Deodoro da Fonseca foi, na verdade, um retrocesso em todos os sentidos. Come­çan­do pela censura à imprensa, cujos jornais eram empastelados e seus jornalistas, presos. O “crime de im­prensa” foi comparado ao de “sedição militar” e os críticos do novo regime, mesmo que por meras palavras, foram chamados de “fezes sociais” no Decreto 85-A, editado pouco depois da Pro­clamação da Repú­blica. Como nota Marco Antonio Villa, n’A História das Constituições Brasileiras” (Editora Leya, 2011), essa linguagem abusivamente ditatorial era até então desconhecida nos documentos oficiais do país.

E como seria recorrente na história do Brasil, não faltaram as “vivandeiras de quartel” nos primórdios da República. Rui Barbosa (1849-1923), ministro da Fazenda do Marechal Deodoro, era um deles, apesar de ter sido monarquista até a véspera do golpe de estado de 1889. Eduardo Prado não o perdoa, vergastando o que chama de “bacharelice revolucionária” do antológico jurista: “Os militares, que no dia 15 de novembro necessitaram de alguns bacharéis com boa prosódia para reduzirem a escrita a revolução do quartel, não andaram mal, chamando, entre outros assessores, o sr. Rui Barbosa”. E ironiza a República para inglês ver que Rui Barbosa propagandeava profusamente para a Europa através dos cabos submarinos do telégrafo: “O sr. Rui Barbosa, ministro das Finan­ças (e, ao que parece, ministro do fio elétrico), tem o telegrama fácil, fluido, longo, monótono, por vezes infeliz e frequentemente contraditório”.

Federalismo de fancaria

Premonitório, uma vez que, convém lembrar, escrevia em 1890, no alvorecer da República, Eduardo Prado já alertava o País: “Em todos os países cultos e livres aprende-se nas escolas que todos os poderes são delegações da nação, que o povo é soberano e governa-se a si mesmo por meio dos seus representantes livremente eleitos. À geração nova no Brasil, a ditadura está ensinando que o Exército e a Armada têm o poder de destruir e de constituir governos — aviltante monstruosidade que envenenará por muitos anos a consciência nacional”. E um dos efeitos imediatos desse poder foi o federalismo de fancaria forjado por uma Repú­blica proclamada no grito, sem quase nenhum lastro social. Como observa Marco Antonio Villa, na última eleição parlamentar do Império, realizada em 30 de agosto de 1889, dos 125 parlamentares eleitos, apenas dois eram republicanos.

Como a República não passava de uma ficção intelectual da religião positivista que vicejava na Corte, quem mais lucrou com ela foram os coronéis dos grotões, que logo aderiram ao movimento. “O temor de que o imperador — ou sua sucessora constitucional, a princesa Isabel — apoiasse um programa de reformas econômico-sociais acabou acelerando o nascimento da República”, afirma Marco Antonio Villa. O historiador acrescenta: “A introdução do novo regime federativo, com a transferência de grande parte dos poderes do governo central para as oligarquias estaduais, propiciou a adesão em massa dos antigos monarquistas. No dia 16 de no­vembro de 1889 todos eram republicanos”. Ou seja, longe significar uma modernização do país, o advento da República foi um rearranjo dos segmentos atrasados da própria monarquia, apoiados pelos militares.

Eduardo Prado observa, acertadamente, que o civilismo do imperador Dom Pedro II, que não cultivava a caserna, traçou o destino da monarquia. “O imperador Dom Pedro II elevou o nível intelectual de seu país sendo um rei civil. Ora, o Brasil, em vez de uma sociedade, seria hoje um quartel, se o imperador fosse não um rei constitucional, mas um major instrutor coroado. Se, em vez de um rei sábio, o Brasil tivesse durante esse período um soberano soldado que, em lugar das bibliotecas, frequentasse os quartéis, em lugar dos museus e das universidades, visitasse os acompanhamentos e as fortalezas, a monarquia ainda existiria decerto no Brasil. O divórcio do imperador das coisas militares, entendidas à espanhola, foi o que salvou a civilização brasileira, mas foi o que perdeu a monarquia”, escreve o ensaísta.

Politização das casernas

Citando o escritor e político francês Alphonse de Lamartine (1790-1869), Eduardo Prado defendia a “obediência passiva” dos militares, isto é, o seu apego à ordem e à disciplina, sem participação política. “Onde não há obediência passiva, surge logo o militar político, entidade cuja presença num país é o mais seguro indício do atraso de sua civilização”. O historiador Mar­co Antonio Villa explica: “O juízes e militares poderiam ser eleitores e eleitos para qualquer cargo. Isso gerou um sem-nú­mero de problemas. Parti­da­rizava as Forças Armadas e o Poder Judiciário e colocava em risco constantemente a lisura das eleições, especialmente nos Estados onde os coronéis exerciam enorme poder político”. Excetuando-se os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os militares chegaram a ser governadores em grande parte dos Estados menores, o que comprova o caráter militarizado da República.

Esse cenário de caserna fez da Constituição de 1891 uma letra morta. A pressão militar era até maior do que a exercida no reinado de Dom Pedro I, quando foi votada a primeira Constituição do País. Se naquele tempo, os irmãos Andrada (José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Fran­cisco) pediam ao imperador que recuasse as tropas que ficavam nas imediações da Casa legislativa, na primeira Constituinte republicana simplesmente elas estavam dentro do próprio plenário. “O Congresso estava ocupado por soldados à paisana e policiais. Os constituintes militares estavam armados no interior do recinto de votação”, conta Marco Antonio Villa. A­me­a­çados de ver o Congresso fechado, os constituintes referendaram, com 125 votos, o Marechal Deodoro na primeira eleição republicana, em 25 de fevereiro de 1891. O candidato de oposição, Prudente de Morais, recebeu 97 votos.

Nove meses depois, em no­vembro de 1891, quando a República completava dois anos, o presidente Deodoro da Fonseca fechou o Congresso. Vinte dias depois, ameaçado de golpe por rebelados do Exército e da Marinha, renunciou ao cargo e o poder foi entregue ao vice-presidente (também militar), o marechal Floriano Peixoto, apesar de a Constituição determinar que deveria ser convocada nova eleição. Mas Floriano Peixoto, “nosso primeiro jurista de espada”, conforme expressão de Marco Antonio Villa, entendeu que o dispositivo constitucional não seria aplicável ao primeiro mandato presidencial, só aos sucessores. A oposição recorreu ao Supremo, mas a ditadura prevaleceu sobre a lei. Joaquim Nabuco (1849-1910), que permaneceu monarquista, escreveu a um amigo republicano, ironizando: “Eu pensei sempre que seria mais fácil embarcar uma família do que licenciar um Exército”.

Pantomima de farda

O grau de militarismo da República proclamada pelo Marechal Deodoro num surto de irritação beirava o ridículo. Chegou a ser criado especialmente para ele (e por ele) um posto inexistente no Exército: o de “generalíssimo”. A bizarrice se deu nas comemorações do aniversário de segundo mês do regime, em 15 de janeiro de 1890, quando desfilaram pelas ruas do Rio de Janeiro, em pompa e circunstância, as tropas do Exército e da Marinha (Santos Dumont e os irmãos Wright ainda não tinham inventado o avião, portanto não havia Aeronáutica). O historiador Marco Antonio Villa conta que Serzedelo Correa, secretário de Ben­jamin Cons­tant (1836-1891), prócer civil da República, açulou os populares a ovacionarem Deodoro com os gritos de “viva o generalíssimo”. O velho marechal gostou da bajulação e, por meio de um decreto, criou para si o referido título, justificando a promoção como resultado da “aclamação popular”.

Não satisfeito com a pantomima, Deo­doro, que como Ben­jamin Constant era admirador da Argentina, aproveitou o aniversário da República vizinha, comemorado em 25 de maio, e, celebrando a data, estendeu para todos os ministros civis a patente de “general de brigada”, quatro meses depois de ele próprio se proclamar “generalíssimo”. No decreto, o governo republicano alegou que “hon­ras militares constituem a maior remuneração que excepcionalmente se pode prestar aos beneméritos da pátria, e os ministros civis, por sua dedicação e amor à causa pública, se tornam credores dessa distinção”. Do dia para a noite, Rui Barbosa e seus colegas civis do ministério eram tratados como “generais” pelo “generalíssimo” Deodoro. Edu­ardo Pra­do, que narra o episódio, comenta implacável: “Aquilo já não é militarismo, nem ditadura, nem república. O nome daquilo é carnaval”.

Sem dúvida, uma síntese do Brasil, que permanece atual, haja vista a constante marcha dos desocupados de toda ordem que reivindicam ainda mais direitos. Por isso, o Estado de Direito continua sitiado no país. Não mais pelos militares e, sim, pelos próprios civis, através do autodenominado “movimento social”, que não passa da velha política de cabresto dos coronéis por outros meios. Hoje, milhares de organizações não governamentais — estimuladas pela ONU, apoiadas pelas universidades e financiadas público — ditam a pauta do Congresso Nacional em questões sociais importantes. Elas substituem o eleitor, sem passar pelo crivo das urnas. A famigerada “Lei da Palmada” — aprovada na Câmara Federal sem nem mesmo passar pelo plenário da Casa — é um exemplo desse poder ditatorial. Trata-se de uma absurda tese da ONU encampada pela USP e que será enfiada goela abaixo da população. É a síndrome da ditadura indolor, que finge participação e parece democracia, mas, no fundo, é a pior das tiranias, perpetrando o mal travestido de bem.



José Maria e Silva
é jornalista e sociólogo.

Publicado no Jornal Opção de 18 de dezembro de 2011.

Teologia da Libertação: como desmascarar seus seguidores




Enviado por  em 24/01/2012
Colina Vaticana: http://colinavaticana.blogspot.com/2012/01/como-desmascarar-um-seguidor-da.html

Padre Paulo Ricardo fala sobre os seguidores da Teologia da Libertação, inculturação, abusos litúrgicos, Missa Tradicional de Pio V...

Extraído do vídeo "REVOLUÇÃO CULTURAL -- Aula 01", Padre Paulo Ricardo.

Editado por @colinavaticana

Toda Dilma é uma ilha: desde a invasão da Baía dos Porcos, nenhuma incursão a Cuba foi mais desastrada

 

AUGUSTO NUNES

02/02/2012 às 17:28 \ Direto ao Ponto


Dilma Rousseff deve ter imaginado que Celso Arnaldo estava de férias e resolveu passear em Cuba. Foi capturada em Havana, informa mais um texto magistral do grande caçador de cretinices. (AN)

CELSO ARNALDO ARAÚJO

Enfim, um leitor ─ já não era sem tempo. Um mês depois de lançada, a biografia de Dilma ─ com o título, em dilmês, de “A vida quer é coragem” ─ tem seu primeiro leitor revelado. E um senhor leitor: Fidel Castro. É o que nos deu conta ontem, mais exultante do que no momento do top-top, o assessor Marco Aurélio Garcia, após o não-documentado encontro de Dilma com o ditador de Adidas, momento culminante da estranha viagem da presidente a Cuba.

Sem nada para fazer a não ser receber em sua dacha baba-ovos da latinidad, Fidel parecia ler o livro com muito interesse ─ sobretudo a parte em que Estela pegava em armas pelos ideais que, dez anos antes, ele já havia transformado na bem-sucedida experiência de governar um país onde todos são iguais na pobreza e não tem classe média ─ àquela altura exilada em Miami.

A Cuba que Dilma viu, 53 anos após a Revolução castrista e 30 anos depois de ter estado na ilha pela primeira vez, ainda tem o frescor, as promessas e o futuro brilhante de uma debutante socialista ─ quando, a rigor, é apenas um case político que teve 53 anos para se demonstrar um retumbante fracasso. Dilma foi a Cuba sem precisar ter ido. E ali falou sem precisar ter falado.

Caso singular de pessoa com formação universitária e há anos manipulando informações privilegiadas da máquina pública brasileira, tendo acesso a densos relatórios e conversas com os mais preparados especialistas do país em cada segmento da vida nacional e internacional sem que isso tenha resultado numa compreensão mais inteligente de si mesma, do Brasil e do mundo, Dilma deu em Havana uma entrevista histórica. Sua (sem) noção de direitos humanos, democracias e ditaduras é um Mojito sem gelo, sem açúcar e sem hortelã ─ só restando um rum velho e intragável.

Esqueçam o dilmês ─ que chocou o grande Reinaldo Azevedo em texto postado ontem. Nós, desta coluna, já sabemos: nenhum outro brasileiro em posição de comando consegue acumular tantas inadequações de linguagem num mesmo período, numa mesma frase, num mesmo pensamento. Em Cuba, o desastre maior foi o conteúdo. Dilma demonstrou, de novo, que é uma ilha cercada de desconhecimento por todos os lados. Seus conceitos sobre geopolítica internacional são tão primitivos quanto seus conceitos ─ de forma geral.

Patriota e Garcia, na volta, deveriam pedir o boné ainda no Aerodilma. Faltou aí um laboratório básico para avisar Dilma que a menção gratuita a Guantánamo, na tentativa de estender aos Estados Unidos a agressão sistemática aos direitos humanos que caracteriza os 53 anos do governo castrista, seria uma gafe irretratável. Guantánamo é uma pedra no sapato de Obama ─ que ainda não sabe bem o que fazer com esse intolerável bolsão de agressão aos direitos de 300 supostos terroristas, ironicamente localizado em território cubano. São 300 em 300 milhões de cidadãos americanos integralmente livres, fora os presidiários por crimes comuns ─ contra 12 milhões de cubanos, fora os presos políticos, impedidos de adentrar no mar que cerca a ilha a mais de 200 metros da costa. De resto, a comparação feita por Dilma entre os dois regimes, de tão descabida, deve se limitar a breves tópicos.

Os Castros estão no poder desde o tempo em que Eisenhower era o presidente dos Estados Unidos e JK governava o Brasil. Eisenhower foi o 34º presidente americano. Obama é o 44º. Juscelino é o 13º, na cronologia da República brasileira. Entre ele e Dilma, 12 presidentes revezaram-se na presidência do país. Há 53 anos, os Castros não largam o osso ─ literalmente.

Na ditadura sufocante de Tio Sam, milhares de pessoas ganham a vida, e às vezes ficam ricos, espinafrando violentamente as instituições, o way of life e o governo americano ─ de cineastas, como Michael Moore e Oliver Stone, a pensadores, como Slavoj Zizek, que nem americano é, e Noam Chomsky. Nos spas da democracia cubana, há milhares de presos ali internados apenas pelo delito de reclamar de não poder reclamar.

Dilma ainda vive no tempo em que a palavra embargo embargava a voz dos comunistas convictos. O embargo, que não é bloqueio, está expresso em leis formuladas pelo congresso americano e não impediu que os Estados Unidos sejam hoje o maior exportador de alimentos para Cuba. De resto, Cuba pode importar o que quiser de qualquer parte do mundo ─ desde que possa pagar.

Aí é que está o busílis do fracassado regime cubano. Com o fim da matriz soviética e sem um modelo econômico condizente com o século 21, a ditadura cubana depende de ajuda humanitária. Chávez ali despeja alguns bilhões por ano. Dilma se orgulha do apoio do Brasil.

Na malfadada entrevista, destacou novos 550 milhões de dólares em créditos, que vêm a se somar aos 400 milhões de dólares já concedidos ao porto de Mariel. É a política externa “multilateral” do Brasil ─ seja o que isso seja. Nada como ser um país rico e sem problemas.

Mas a retribuição, a longo prazo, pode ser ingrata ─ e é bom que Dilma, na volta, se instrua melhor sobre a geopolítica cubana. Fidel morto, Cuba não terá outra saída a não ser se tornar uma economia de mercado à moda chinesa. Essa nova Cuba, mais palatável aos Estados Unidos, forçosamente sem presos políticos e inserida na economia global, concorrerá com o Brasil em açúcar, etanol e suco de laranja – a 90 milhas das praias da Flórida.

Quando nada, esses créditos brasileiros valeram o privilégio da visita a Fidel. Não se conhece o teor da breve conversa. “Fidel está bem, com a família toda, numa casa simpática”, relataria Garcia. Um retrato à altura do avô de todas as ditaduras planetárias. Charles Dickens talvez fizesse da visita um conto – o pedinte recebendo em sua casinha humilde a rainha carregada de presentes.

Assembléia de SP receberá assinaturas de inicitiva pró-vida

 

VIDA SIM, ABORTO NÃO

fevereiro 2, 2012 por Wagner Moura

300 mil assinaturas para que o direito à vida, desde à concepção, seja incluído na Constituição do estado de São Paulo serão entregues à Assembléia Legislativa do Estado pelo Movimento Legislação e Vida da Diocese de Taubaté.

De acordo com a constituição de São Paulo, quando uma iniciativa consegue a adesão de 1% do eleitorado paulista, ou seja, 300 mil assinaturas, há caminho aberto para entrar com uma emenda de iniciativa popular, assim como foi o “ficha limpa”, no Brasil.

A iniciativa, começou em 27 de novembro de 2010, e contou com o apoio da Comissão Regional em Defesa da Vida da CNBB Sul 1. Para o coordenador da campanha, Prof. Hermes Rodrigues Nery, que percorreu diversas paróquias e dioceses na coleta de assinaturas, “a exemplo do que aconteceu com 18 estados do México, São Paulo deverá ser o primeiro estado pró-vida do Brasil”.

Sem rei nem lei: a república do pão e circo

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

ESCRITO POR JOSÉ MARIA E SILVA | 02 FEVEREIRO 2012
ARTIGOS - CULTURA

O golpe de estado perpetrado pelo marechal Deodoro da Fonseca foi um retrocesso em todos os sentidos. Come­çan­do pela censura à imprensa, cujos jornais eram empastelados e seus jornalistas, presos.

O Estado de Direito continua sitiado no país. Não mais pelos militares e, sim, pelos próprios civis, através do autodenominado “movimento social”, que não passa da velha política de cabresto dos coronéis por outros meios.

Em breve, o Brasil terá uma nova Cons­­ti­tui­ção. Trata-se da Lei Ge­ral da Copa, que revoga todas as disposições em contrário, começando pela soberania da nação e a cidadania dos indivíduos. Em seu período de vigência, durante a Copa do Mundo de 2014, a Lei Geral da Copa irá revogar garantias constitucionais e tornará nulas várias leis federais, estaduais e municipais. Executivo, Legislativo e Judiciário terão seus poderes suspensos e o Estado brasileiro ficará entregue ao governo da Fifa (Federação Inter­na­cional de Futebol). O povo brasileiro, que sempre viveu de pão e circo, vai consolidar sua imagem no mundo: a de País do futebol e do carnaval, em que as pessoas são destituídas de cérebro, pois só funcionam da cintura para baixo — as mulheres rebolando e os homens jogando bola.

Como chegamos a isso? É provável que logo no início da colonização do País, quando foram criadas as Capi­tanias Hereditárias e um português lascivo se apoderou da carne devoluta de negras e índias. Mas é possível que a transformação do Brasil nu­ma espécie de zoológico hu­mano de europeus e norte-americanos — e um dos principais celeiros do turismo sexual no mundo — tenha se agravado em 15 de novembro de 1989, quando a Procla­mação da República fez do Brasil uma verdadeira “Bana­na Republic” (“República de Banana”), termo cunhado pelo escritor norte-americano O. Henry (1862-1910), pseudônimo de William Sydney Porter, no livroCabbages and Kings (“Repolhos e Reis”). A obra trata da fictícia República de Anchúria, inspirada nas republiquetas despóticas da América Central, especialmente Honduras, onde o próprio William Sidney Porter se escondera antes de ser preso por fraude bancária.

A expressão “banana republic” e seu equivalente “Re­pública de Bananas”, em que pese não constar nem noAurélio nem no Houaiss, foi dicionarizada em língua inglesa e consta do dicionário Col­lins, publicado desde 1819. Nele, “República de bananas” é definida como sendo um pequeno país hispânico da América Central, politicamente instável e com uma economia dominada por interesses estrangeiros, geralmente dependente da exportação de um só produto, como as bananas. Conforme observa o bioquímico Gregory Petsko, em artigo a respeito das pesquisas sobre o genoma humano, essa definição é um tanto imprecisa, pois há ditaduras politicamente estáveis. Por outro lado, acrescento, Cuba é uma típica “Republiqueta de Bananas”, em que pese fingir não se curvar a interesses estrangeiros. E o que dizer do Brasil, que também não é um pequeno país hispânico e, sim, um quase continente?

Libelo contra a República

A resposta a essa pergunta está num delicioso livro do ensaísta Eduardo Prado (1860-1901), intitulado Fastos da Ditadura Militar no Brasil (Editora Martins Fontes, 2003), uma reunião de seis artigos do autor publicados na “Revista de Portugal” a partir de dezembro de 1889 e transformados em livro em 7 de setembro de 1890. Trata-se do primeiro libelo contra a República, publicado sob o pseudônimo de “Frederico de S.” no calor dos acontecimentos que levaram o marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892) do pijama ao trono. Sim, trono mesmo, pois a República no Brasil, como se vê ain­da hoje, nunca deixou de tratar seus presidentes como verdadeiros reis, transformando o país num quintal de suas idiossincrasias. Ao inaugurar uma dinastia de generais ditadores, que se revezam no poder com civis populistas, o Marechal De­odoro instaurou abaixo do E­qua­dor a maior República de Ba­nanas da história.

É o que mostra Eduardo Pra­do, descrevendo, com verve, os desmandos de nossos primeiros ditadores fardados. Cidadão do mundo, que morava em Paris e viajava constantemente por toda a Europa, especialmente para Lon­dres e Roma, o aristocrata Eduardo Prado foi amigo do grande escritor Eça de Queirós (1845­-1900) e chegou a inspirar o personagem Jacinto do romance A Cidade e as Serras. Ao contrário de seus irmãos Antônio e Martinho, que serviram ao Império e à República, Eduardo Prado não era um político, mas quase foi preso por suas ideias. Não por conta dos artigos de Fastos da Ditadura Militar no Brasil, uma vez que estava na Europa quando de sua publicação e, sim, por seu outro livro, A Ilusão Americana, publicado em 1893, quando já tinha voltado ao Brasil, que estava sob estado de sítio. Este outro livro é uma crítica aos republicanos que queriam macaquear os Estados Unidos, inclusive no novo nome oficial do País — “Estados Unidos do Brasil”.

Todavia, Eduardo Prado não era antiamericano. Era apenas um realista, que sabia notar as diferenças culturais e históricas entre os Estados Unidos e o Brasil, percebendo que nem tudo o que é bom para os norte-americanos é bom para os brasileiros. Mas, ao contrário da democrática monarquia de Dom Pedro II, que engolia as catilinárias do escritor José de Alencar (1829-1877), a sensível República de Flo­riano Peixoto (1839-1895), o “Marechal de Fer­ro”, não a­cei­tava nem esse tipo de crítica e Eduardo Prado, para não ser preso por conta da publicação de “A Ilusão Ameri­cana”, fugiu a cavalo de sua fazenda no interior de São Paulo. Segundo Octa­ciano Nogueira, no prefácio de Fastos da Ditadura Mili­tar no Brasil, Eduardo Pra­do, para escapar de seus algozes republicanos, “embrenhou-se na aventura que o levou a cruzar desde os sertões de Minas e da Bahia até Salvador, onde logrou tomar o navio que o levou como emigrado a Portugal”.

Jornalistas como “fezes sociais”

Nas críticas de Eduardo Prado é possível perceber que a Proclamação da República não passou de um aborto histórico. Assim como a monarquia já havia abolido a escravidão, outras reformas, como o sufrágio universal, estavam prestes a ser enviadas ao Legislativo para serem votadas. O golpe de estado perpetrado pelo marechal Deodoro da Fonseca foi, na verdade, um retrocesso em todos os sentidos. Come­çan­do pela censura à imprensa, cujos jornais eram empastelados e seus jornalistas, presos. O “crime de im­prensa” foi comparado ao de “sedição militar” e os críticos do novo regime, mesmo que por meras palavras, foram chamados de “fezes sociais” no Decreto 85-A, editado pouco depois da Pro­clamação da Repú­blica. Como nota Marco Antonio Villa, n’A História das Constituições Brasileiras” (Editora Leya, 2011), essa linguagem abusivamente ditatorial era até então desconhecida nos documentos oficiais do país.

E como seria recorrente na história do Brasil, não faltaram as “vivandeiras de quartel” nos primórdios da República. Rui Barbosa (1849-1923), ministro da Fazenda do Marechal Deodoro, era um deles, apesar de ter sido monarquista até a véspera do golpe de estado de 1889. Eduardo Prado não o perdoa, vergastando o que chama de “bacharelice revolucionária” do antológico jurista: “Os militares, que no dia 15 de novembro necessitaram de alguns bacharéis com boa prosódia para reduzirem a escrita a revolução do quartel, não andaram mal, chamando, entre outros assessores, o sr. Rui Barbosa”. E ironiza a República para inglês ver que Rui Barbosa propagandeava profusamente para a Europa através dos cabos submarinos do telégrafo: “O sr. Rui Barbosa, ministro das Finan­ças (e, ao que parece, ministro do fio elétrico), tem o telegrama fácil, fluido, longo, monótono, por vezes infeliz e frequentemente contraditório”.

Federalismo de fancaria

Premonitório, uma vez que, convém lembrar, escrevia em 1890, no alvorecer da República, Eduardo Prado já alertava o País: “Em todos os países cultos e livres aprende-se nas escolas que todos os poderes são delegações da nação, que o povo é soberano e governa-se a si mesmo por meio dos seus representantes livremente eleitos. À geração nova no Brasil, a ditadura está ensinando que o Exército e a Armada têm o poder de destruir e de constituir governos — aviltante monstruosidade que envenenará por muitos anos a consciência nacional”. E um dos efeitos imediatos desse poder foi o federalismo de fancaria forjado por uma Repú­blica proclamada no grito, sem quase nenhum lastro social. Como observa Marco Antonio Villa, na última eleição parlamentar do Império, realizada em 30 de agosto de 1889, dos 125 parlamentares eleitos, apenas dois eram republicanos.

Como a República não passava de uma ficção intelectual da religião positivista que vicejava na Corte, quem mais lucrou com ela foram os coronéis dos grotões, que logo aderiram ao movimento. “O temor de que o imperador — ou sua sucessora constitucional, a princesa Isabel — apoiasse um programa de reformas econômico-sociais acabou acelerando o nascimento da República”, afirma Marco Antonio Villa. O historiador acrescenta: “A introdução do novo regime federativo, com a transferência de grande parte dos poderes do governo central para as oligarquias estaduais, propiciou a adesão em massa dos antigos monarquistas. No dia 16 de no­vembro de 1889 todos eram republicanos”. Ou seja, longe significar uma modernização do país, o advento da República foi um rearranjo dos segmentos atrasados da própria monarquia, apoiados pelos militares.

Eduardo Prado observa, acertadamente, que o civilismo do imperador Dom Pedro II, que não cultivava a caserna, traçou o destino da monarquia. “O imperador Dom Pedro II elevou o nível intelectual de seu país sendo um rei civil. Ora, o Brasil, em vez de uma sociedade, seria hoje um quartel, se o imperador fosse não um rei constitucional, mas um major instrutor coroado. Se, em vez de um rei sábio, o Brasil tivesse durante esse período um soberano soldado que, em lugar das bibliotecas, frequentasse os quartéis, em lugar dos museus e das universidades, visitasse os acompanhamentos e as fortalezas, a monarquia ainda existiria decerto no Brasil. O divórcio do imperador das coisas militares, entendidas à espanhola, foi o que salvou a civilização brasileira, mas foi o que perdeu a monarquia”, escreve o ensaísta.

Politização das casernas

Citando o escritor e político francês Alphonse de Lamartine (1790-1869), Eduardo Prado defendia a “obediência passiva” dos militares, isto é, o seu apego à ordem e à disciplina, sem participação política. “Onde não há obediência passiva, surge logo o militar político, entidade cuja presença num país é o mais seguro indício do atraso de sua civilização”. O historiador Mar­co Antonio Villa explica: “O juízes e militares poderiam ser eleitores e eleitos para qualquer cargo. Isso gerou um sem-nú­mero de problemas. Parti­da­rizava as Forças Armadas e o Poder Judiciário e colocava em risco constantemente a lisura das eleições, especialmente nos Estados onde os coronéis exerciam enorme poder político”. Excetuando-se os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os militares chegaram a ser governadores em grande parte dos Estados menores, o que comprova o caráter militarizado da República.

Esse cenário de caserna fez da Constituição de 1891 uma letra morta. A pressão militar era até maior do que a exercida no reinado de Dom Pedro I, quando foi votada a primeira Constituição do País. Se naquele tempo, os irmãos Andrada (José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Fran­cisco) pediam ao imperador que recuasse as tropas que ficavam nas imediações da Casa legislativa, na primeira Constituinte republicana simplesmente elas estavam dentro do próprio plenário. “O Congresso estava ocupado por soldados à paisana e policiais. Os constituintes militares estavam armados no interior do recinto de votação”, conta Marco Antonio Villa. A­me­a­çados de ver o Congresso fechado, os constituintes referendaram, com 125 votos, o Marechal Deodoro na primeira eleição republicana, em 25 de fevereiro de 1891. O candidato de oposição, Prudente de Morais, recebeu 97 votos.

Nove meses depois, em no­vembro de 1891, quando a República completava dois anos, o presidente Deodoro da Fonseca fechou o Congresso. Vinte dias depois, ameaçado de golpe por rebelados do Exército e da Marinha, renunciou ao cargo e o poder foi entregue ao vice-presidente (também militar), o marechal Floriano Peixoto, apesar de a Constituição determinar que deveria ser convocada nova eleição. Mas Floriano Peixoto, “nosso primeiro jurista de espada”, conforme expressão de Marco Antonio Villa, entendeu que o dispositivo constitucional não seria aplicável ao primeiro mandato presidencial, só aos sucessores. A oposição recorreu ao Supremo, mas a ditadura prevaleceu sobre a lei. Joaquim Nabuco (1849-1910), que permaneceu monarquista, escreveu a um amigo republicano, ironizando: “Eu pensei sempre que seria mais fácil embarcar uma família do que licenciar um Exército”.

Pantomima de farda

O grau de militarismo da República proclamada pelo Marechal Deodoro num surto de irritação beirava o ridículo. Chegou a ser criado especialmente para ele (e por ele) um posto inexistente no Exército: o de “generalíssimo”. A bizarrice se deu nas comemorações do aniversário de segundo mês do regime, em 15 de janeiro de 1890, quando desfilaram pelas ruas do Rio de Janeiro, em pompa e circunstância, as tropas do Exército e da Marinha (Santos Dumont e os irmãos Wright ainda não tinham inventado o avião, portanto não havia Aeronáutica). O historiador Marco Antonio Villa conta que Serzedelo Correa, secretário de Ben­jamin Cons­tant (1836-1891), prócer civil da República, açulou os populares a ovacionarem Deodoro com os gritos de “viva o generalíssimo”. O velho marechal gostou da bajulação e, por meio de um decreto, criou para si o referido título, justificando a promoção como resultado da “aclamação popular”.

Não satisfeito com a pantomima, Deo­doro, que como Ben­jamin Constant era admirador da Argentina, aproveitou o aniversário da República vizinha, comemorado em 25 de maio, e, celebrando a data, estendeu para todos os ministros civis a patente de “general de brigada”, quatro meses depois de ele próprio se proclamar “generalíssimo”. No decreto, o governo republicano alegou que “hon­ras militares constituem a maior remuneração que excepcionalmente se pode prestar aos beneméritos da pátria, e os ministros civis, por sua dedicação e amor à causa pública, se tornam credores dessa distinção”. Do dia para a noite, Rui Barbosa e seus colegas civis do ministério eram tratados como “generais” pelo “generalíssimo” Deodoro. Edu­ardo Pra­do, que narra o episódio, comenta implacável: “Aquilo já não é militarismo, nem ditadura, nem república. O nome daquilo é carnaval”.

Sem dúvida, uma síntese do Brasil, que permanece atual, haja vista a constante marcha dos desocupados de toda ordem que reivindicam ainda mais direitos. Por isso, o Estado de Direito continua sitiado no país. Não mais pelos militares e, sim, pelos próprios civis, através do autodenominado “movimento social”, que não passa da velha política de cabresto dos coronéis por outros meios. Hoje, milhares de organizações não governamentais — estimuladas pela ONU, apoiadas pelas universidades e financiadas público — ditam a pauta do Congresso Nacional em questões sociais importantes. Elas substituem o eleitor, sem passar pelo crivo das urnas. A famigerada “Lei da Palmada” — aprovada na Câmara Federal sem nem mesmo passar pelo plenário da Casa — é um exemplo desse poder ditatorial. Trata-se de uma absurda tese da ONU encampada pela USP e que será enfiada goela abaixo da população. É a síndrome da ditadura indolor, que finge participação e parece democracia, mas, no fundo, é a pior das tiranias, perpetrando o mal travestido de bem.



José Maria e Silva
é jornalista e sociólogo.

Publicado no Jornal Opção de 18 de dezembro de 2011.