VEJA
27/08/2012 - 17:56
São Paulo
Segundo a polícia, dupla divulgou fotos de ato sexual em sites pornográficos
Marina Pinhoni
Casal acusado de praticar sexo com menina de 14 anos foi preso nesta segunda-feira em São Paulo (Marco Ambrósio/Futura Press/AE)
"O que fizeram com a minha filha foi repugnante. É muito importante que os pais fiquem atentos, pois o que fizeram com ela poderia ter acontecido com qualquer criança", diz o pai da vítima
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira um casal suspeito de abusar sexualmente de uma adolescente de 14 anos. Os policiais chegaram até a biomédica Luciana Senna Simões e o técnico de telemarketing Rodrigo Pereira Rodrigues, ambos de 35 anos, após os pais da garota desconfiarem do comportamento dela e monitorarem o computador da menina.
Na casa de Luciana foram encontrados materiais eróticos de sadomasoquismo e fotos de uma relação sexual que o casal manteve com a adolescente. De acordo com a polícia, as fotos foram divulgadas em sites pornográficos. Luciana é formada em Ciências Biomédicas e já foi professora universitária. Atualmente é doutoranda em anatomia humana da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o delegado Emílio Pernambuco, do 37º Distrito Policial (DP), em Campo Belo, zona sul da capital, o casal será autuado inicialmente pelo armazenamento das fotos de sexo explícito com a menor de idade, o que fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pena pode chegar a quatro anos de reclusão.
A polícia investiga ainda se o casal fez outras vítimas. Segundo o delegado, a dupla admitiu em depoimento que sabia que a menina era menor de idade.
Monitoramento - O pai da garota, que preferiu não se identificar, disse que começou a desconfiar do comportamento da filha no final de julho. Ele contou aos jornalistas que, a partir de então, instalou um programa no computador da jovem para monitorar os sites que ela visitava.
Foi então que descobriu as conversas da filha com o casal detido através de um canal de bate-papo. Nelas, a mulher teria tentado convencer a garota a repetir o encontro. Segundo a polícia, que investigou o caso por quinze dias, o ato sexual envolvendo a jovem ocorreu em 30 de julho.
Enquanto a polícia investigava os acusados, o pai da garota disse que pediu demissão do trabalho para acompanhar a filha e garantir que o encontro não se repetisse.
"Eu e minha mulher estamos há quinze dias sem comer direito e sem dormir direito. Nós queremos justiça. O que fizeram com a minha filha foi repugnante. É muito importante que os pais fiquem atentos e tomem cuidado, pois o que fizeram com ela poderia ter acontecido com qualquer criança", disse.
O homem relatou ainda que só contou à filha que sabia de tudo após a prisão dos acusados. "Ela me disse apenas que realmente tinha acontecido isso e que estava precisando de ajuda. Ela está totalmente arrependida do que fez”, disse o pai da menina.
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