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Liberação da pílula do dia seguinte sem receita médica nos postos do SUS gera preocupações
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo eficiente, mas que não pode ser usado de maneira indiscriminada.
É o alerta feito médico da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Marcos Messina.
O Ministério da Saúde vai dispensar a exigência de receita médica para a entrega do medicamento nos postos do Sistema Único de Saúde, já que, segundo a pasta, não faz sentido que a mulher aguarde uma consulta médica para ter acesso ao remédio nesse caso.
O médico Marcos Messina concorda com a decisão e explica que a pílula do dia seguinte é eficaz se usada até 48 horas após a relação.
Mas o medicamento não pode ser encarado como um método contraceptivo comum; ele deve ser usado em situações emergenciais, já que o uso abusivo traz efeitos colaterais ao organismo:
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Marcos Messina explica que a pílula do dia seguinte age para impedir a fecundação do óvulo e nega que se trate de um método abortivo:
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A pílula do dia seguinte começou a ser distribuída nos serviços de atendimento do SUS em 2005 como um método de contracepção de emergência.
Antes dessa data, a oferta do remédio era feita apenas para vítimas de violência sexual.
Em 2010, a rede pública de saúde distribuiu 513 mil tratamentos e, no ano passado, esse número saltou para 770 mil.
O protocolo com a orientação de distribuição da pílula do dia seguinte deverá ser publicado em julho.
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