Material essencial

sábado, 22 de janeiro de 2011

MST invade fazendas no Farmville e promove matança sanguinária

VANGUARDA POPULAR
ESCRITO POR EMMANUEL GOLDSTEIN



Militantes virtuais do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram na tarde desta sexta-feira (21) dezenas de fazendas do jogo Farmville do Facebook. As invasões fazem parte da Jornada Virtual de Lutas por Reforma Agrária. Contra todas as evidências em contrário o movimento negou que houve “matança de gado”, “depredações” e “assassinatos”.

“Já posso até imaginar as manchetes dos jornais difamando nossa organização revolucionária. Ninguém do MST matou o gado, as vacas leiteiras eram integrantes de uma seita e cometeram suicídio coletivo. Quando nós chegamos todas as casas entraram em combustão espontânea e foram consumidas pelas chamas. Não ocorreu nenhum assassinato! Por algum motivo ainda não esclarecido o dono da fazenda se enforcou, nós só fornecemos a corda. Há uma clara articulação entre os latifundiários, conservadores fascistas de direita e setores reacionários da imprensa brasileira para criminalizar o MST, a Reforma Agrária e os Movimentos Sociais Terroristas", disse João Pedro Stedile, líder pacifista e coordenador das invasões virtuais.

Em nota oficial, o MST afirma que o Farmville promove a “alienação frente às contradições presentes na sociedade capitalista”. “A política de criação de assentamentos no Farmville foi abandonada pelos administradores do jogo. Não existe uma política para enfrentar o latifúndio nem um programa amplo e massivo de Reforma Agrária”, diz a nota.

Adeus aos juízos -- A infantilização relativista do ensino superior no Ocidente

DEXTRA
QUINTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2011

A petista Marilena Chauí, um resumo vivo
do emburrecimento esquerdista
do "ensino superior" brasileiro


Roger Scruton: The American Spectator, junho de 2009
Original: Farewell to Judgment
Tradução, foto e links: Dextra


As ciências visam a explicar o mundo: elas constroem teorias que são testadas através de experiências e que descrevem o funcionamento da natureza e as ligações profundas entre causa e efeito. Nada disto é verdade para as Humanidades. As obras de Shakespeare contêm importantes conhecimentos. Mas não são conhecimentos científicos nem poderiam jamais ser convertidos em uma teoria. São um conhecimento do coração humano. Shakespeare não nos ensina em que acreditar: ele nos mostra como sentir -- caso a caso, pessoa por pessoa, temperamento por temperamento.

As universidades se expandiram e as Humanidades começaram a desalojar as ciências do currículo. Os alunos desejavam usar seu tempo na universidade para cultivarem os interesses que tinham nas horas de lazer e melhorarem seus espíritos, ao invés de aprenderem fatos crus e teorias complexas. E aí surgiu uma grave questão a respeito do por que as universidades destinavam seus recursos a matérias que faziam tão pouca diferença perceptível para o mundo como um todo. Para que servem as Humanidades e por que os alunos deveriam usar três, quatro anos de suas vidas a fim de lerem livros que -- se eles estivessem interessados -- eles de qualquer modo leriam e que -- se não estivessem -- não lhes serviriam para absolutamente nada?

No tempo em que as Humanidades pressupunham um conhecimento das línguas clássicas e uma familiaridade com a erudição alemã, não havia dúvida de que elas exigiam uma verdadeira disciplina mental, mesmo que houvesse razões para se duvidar de seus objetivos. Mas depois que disciplinas como o Inglês ganharam um lugar central no currículo, a questão de sua validade tornou-se urgente. E aí, na esteira do ingês vieram as pseudo-humanidades -- estudos femininos, estudos gayse quejandos -- que se basearam no pressuposto de que, se o Inglês é uma disciplina, elas também são. E como não há nenhuma justificativa de peso nos estudos femininos que não se baseie no objetivo ideológico da disciplina, o currículo inteiro das Humanidades começou a ser visto em termos ideológicos. O resultado inevitável foi a deslegitimização do Inglês. Ao contrário dos estudos femininos, que têm credenciais feministas impecáveis (para que mais ele foi inventado?), o Inglês enfoca as obras de homens brancos europeus mortos cujos valores seriam considerados ofensivos pelos jovens de hoje. Logo, uma tal disciplina não deveria ser estudada, ou estudada como um curso de patologia social.

As pessoas de minha geração foram ensinadas a acreditar que há universais humanos que permanecem constantes de época para época. Nós éramos ensinados a estudar Literatura a fim de nos identificarmos com a vida em todas as suas formas. Não importa, nos diziam eles, se os pressupostos políticos de Shakespeare não coincidem com os nossos. Suas peças não visam a doutrinar; elas visam a apresentar personagens verossímeis em situações verossímeis, e a fazê-lo em uma linguagem tão elevada que incendeie nossa imaginação. É claro que Shakespeare convida ao julgamento, assim como todos os escritores de ficção. Mas não é o julgamento político que é relevante. Nós julgamos as peças de Shakespeare em termos de sua expressividade, verdade para com a vida, profundidade e beleza. E é este o modo pelo qual se justifica o estudo do Inglês, como um treinamento neste outro tipo de julgamento, que deixa para trás a política.

Este outro tipo de julgamento costumava ser chamado de "gosto". Quando as Humanidades apareceram, no fim do 18, foi a fim de desenvolver o gosto na Literatura, Arte e Música. E assim foi, até a época de minha juventude. A principal matéria de uma disciplina como Inglês era a Crítica e a Crítica era ensinada fazendo os alunos levantarem questões sobre suas próprias emoções e as dos outros e explorando os modos como a Literatura pode tanto enobrecer quanto rebaixar a condição humana. Não era uma tarefa fácil, mas havia exemplos a seguir -- grandes críticos como R. P. Blackmur, F. R. Leavis, William Empson e T. S. Eliot, que alçaram o estudo da Literatra a um nível de seriedade que justificava sua pretensão a ser uma disciplina acadêmica.

O mesmo valia para a História da Arte e a Musicologia. Ambas as disciplinas envolvem conhecimentos técnicos e históricos. Mas quando elas surgiram como disciplinas universitárias, elas eram inseparáveis do cultivo do gosto. Estas disciplinas eram ministradas apresentando-se aos alunos as grandes obras de nossa civilização (e às vezes de outas civilizações, também); e todos os conhecimentos transmitidos eram destinados a darem suporte a seu principal empreendimento, que era o de justificar os juízos estéticos.

Ensinar deste modo é correr um grande risco. Gosto e juízo são faculdades que nós desenvolvemos: eles fazem parte da grande transição do gozo juvenil para a discriminação adulta. Ensiná-los é oferecer um rito de passagem para o modo de vida adulto. E os jovens de hoje desconfiam dos ritos de passagem, a menos que tenham sido planejados por eles mesmos. Seus ritos de passagem não são para se sair da adolescência, mas para se entrar ainda mais fundo nela. Esta, eu acredito, é a chave para a compreensão de seu gosto musical. As canções, estilos e grupos que têm apelo junto a eles são convites para nos juntarmos à turma. E as críticas a sua música por parte de qualquer um fora da turma é ofensiva -- uma afronta existencial que ameaça sua experiência central de filiação social.

Esta atitude torna os juízos simplesmente impossíveis e é uma das razões pelas quais os departamentos de musicologia agora estão "engajados" na música pop e no Heavy Metal, e se abstêm de criar a impressão entre seus alunos de que eles consideram o Cânone Ocidental como uma amostra de história musical. Eu recentemente tive a experiência de ministrar um curso sobre Filosofia da Música  para jovens em uma universidade britânica e tive muita consciência, em todos os momentos, do ressentimento que qualquer crítica ao pop agora provoca. Apenas juízos comparativos são aceitáveis e as comparações têm que ser entre uma peça de música pop e outra. Na verdade, este é um exercício interessante. Pode-se aprender muito comparando-se Peter Gabriel e os Kooks que provavelmente não se aprenderia comparando-se Bach e Vivaldi -- muito sobre as variadas formas de auto-indulgência na música e os muitos modos de não se conseguir criar melodias ou harmonias vocais que sejam capazes de se prolongaraem. Mas não se tem permissão para julgar. Vidas foram construídas em torno disto aí e estas são vidas blindadas contra o mundo adulto e decididas a evitarem qualquer passagem para dentro dele. Os alunos ouviam respeitosamente meus exemplos dos clássicos. Mas eles eram exemplos de minha música e de modo algum a serem entendidos como exemplos que eles fossem seguir. Mozart e Schubert passavam por seus ouvidos como caravanas no horizonte -- o espetáculo de uma forma de vida humana distante, exótica e, no final das contas, irrelevante.

OS PROFESSORES DE DISCIPLINAS COMO O INGLÊS e a História da Arte também se deparam com esta debandada dos juízos e esta é uma das fontes da crise nas Humanidades, já que os juízos são a verdadeira razão de ser delas. Disciplinas como o Inglês e a História da Arte surgiram do desejo de ensinar aos jovens como discriminar a arte do efeito, o belo do kitsch e o sentimento real do falso. Esta aptidão não era considerada uma habilidade trivial como a esgrima ou a equitação, que os alunos são livres para adquirirem ou não, de acordo com seus interesses. Era considerada uma forma real de conhecimento, tão vital para o futuro da civilização quanto o conhecimento da matemática e mais intimamente ligada à saúde moral da sociedade do que qualquer ciência natural. Foi somente por este pressuposto que as humanidades adquiriram seu lugar central na universidade moderna.

Se, entretanto, as Humanidades tiverem que evitar o cultivo do gosto, não é só seu lugar central no currículo que é posto em dúvida. Dada sua proeminência na universidade moderna e o fato de que cada vez mais alunos chegam à universidade despreparados para qualquer outra forma de estudo, qualquer mudança nas Humanidades é uma mudança na própria idéia de universidade. Os conservadores frequentemente se queixam da politização das universidades e sobre o fato de que só pontos de vista esquerdistas são propagados ou mesmo tolerados no campus. Mas eles não conseguem ver a verdadeira causa disto, que é o colapso interno das Humanidades. Quando o julgamento é marginalizado ou proibido, não sobra nada além de política. O único modo permitido de se comparar Jane Austen e Maya Angelou ou Mozart e Meshuggah é em termos de suas posturas políticas rivais. E aí o sentido de estudar Jane Austen ou Mozart se perde. O que eles têm a nos dizer sobre os conflitos ideológicos de hoje ou as lutas por poder que se desenvolvem na sala de aula comum da faculdade?

A verdadeira causa conservadora, no que diz respeito às universidades, deve ser a restauração dos juízos em seu lugar central nas Humanidades. E isto mostra o quanto a reconquista das universidades será difícil. Ela exigirá um confronto com a cultura da juventude e uma insistência em que o verdadeiro propósito das universidades não é bajular os gostos dos que lá chegam, mas apresentar-lhes um rito de passagem para algo melhor. E a palavra "melhor" simplesmente levanta mais uma vez o problema. Quem tem o direito de dizer que uma coisa é melhor do que outra?



NOTALATINA: Pacto Venezuela-Irã: o perigo dos mísseis nucleares

SEXTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2011  



Olá, amigos,

O Notalatina apresenta nesta edição de hoje um artigo do jornalista argentino Pepe Eliaschev sobre o pacto Venezuela-Irã, para a instalação de bases de mísseis nucleares a começar pela Venezuela, e depois na tríplice fronteira (Brasil-Argentina-Paraguai) e Panamá.

Embora a muitos pareça não ter nada a ver conosco, mais uma vez volto a insistir que temas como esse não podem ser postos de lado pelos brasileiros que se preocupam com futuro da democracia em nosso país.

Há ainda uma série de vídeos documentais inéditos, sobre as alianças de Chávez com as FARC e a confirmação de que na Venezuela existe sim, uma ditadura de direito e de fato. Não deixem de assistir e refletir sobre o que vai nesta edição pela importância das denúncias, pois nenhum jornal brasileiro vai tocar nestes assuntos.

Se gostarem divulguem, mas não deixem de citar o link do Notalatina como fonte para me ajudar a acabar com as fraudes.

Fiquem com Deus e até a próxima!

G. Salgueiro
http://notalatina.blogspot.com

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

GOVERNADOR DEMOCRATA DO HAVAÍ, QUE TINHA PROMETIDO ENCONTRAR A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE OBAMA, PARECE ESTAR TENDO DIFICULDADES

DEXTRA
SEXTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2011

Cadê a certidão de nascimento?
Las Vegas - Nevada


Pois é. Neil Abercrombie, o governador há pouco empossado do Havaí, que assumiu o cargo prometendo desmascarar o movimentobirther (que não acredita que Obama seja cidadão americano e exige que ele mostre sua certidão de nascimento, que ninguém até hoje viu), ainda não localizou o documento.

A controvérsia sobre onde de fato Obama nasceu, que começou como rumores na época da campanha presidencial e foi cuidadosamente evitada então, tanto pelos esquerdistas na mídia (quer dizer, a mídia quase toda) quanto por seus adversários políticos, ganhou pernas com o tempo e agora saiu mesmo do controle da esquerda e seus servos na imprensa.

Chris Matthews, o apresentador esquerdista da rede de TV democrata MSNBC (que já disse quesente um arrepio na perna quando ouve Obama falando e que o presidente tem um "lindo sorriso de garoto") agiu como se fosse o birther-em-chefe no fim do mês passado e pediu providências para que a certidão de nascimento aparecesse, para que se acabe logo "com esta bobagem".


Só que está difícil de aparecer. Rush Limbaugh, em seu programa de hoje, comentou sobre a saga ainda infrutífera do governador em busca dos papéis de Obama e mencionou o artigo abaixo do Daily Mail de anteontem, que vai aí traduzido.

Governador do Havaí afirma que o registro de nascimento de Obama "existe em arquivo" mas não consegue mostrar o importante documento

Daily Mail, 19 de janeiro de 2011
Original: Hawaii governor claims record of Obama's birth 'exists in archives' but can't produce the vital document via WND
Tradução e link*: Dextra

O governador Neil Abercrombie enfrenta 
crescentes pressões a respeito 
das origens de Obama .


Aumentou hoje a pressão sobre o governador do Havaí, Neil Abercrombie, em meio à crescente confusão sobre se o presidente Obama nasceu lá.

Abercrombie disse na terça-feira que uma investigação tinha encontrado papéis provando que Obama nasceu no Havaí em 1961.

Ele disse ao Star-Advartiser, de Honolulu: "Existem, sim, nos arquivos, por escrito*", disse ele.

Mas era visível que o que se havia descoberto tinha sido uma listagem ou notação não-especificada a respeito do nascimento de Obama, que alguém havia feito nos arquivos do estado, e não uma certidão de nascimento.

E na mesma entrevista, Abercrombie sugeriu que um certificado de nascimento por estenso, emitido por um hospital, pode não existir nos registros mantidos pelo Departamento de Saúde do Havaí.

Ele disse que esforços ainda estavam sendo empreendidos para rastrear o importante documento que provaria que Obama nasceu no Havaí.

Abercrombie foi questionado: 'O Sr. desencadeou uma grande polêmica com seus comentários a respeito dos birthers e seu plano para liberar mais informações em relação à certidão de nascimento de Barack Obama. Como é que está indo?'

Ele reconheceu que a suposta certidão de nascimento teria 'implicações políticas' para a próxima eleição presidencial 'que nós simplesmente não podemos ter'.

O Presidente Obama em visita à Base da Força Aérea de Hickam, 
em Honolulu, em dezembro. O problema envovendo 
as tentativas de se provar que ele nasceu no Havaí não dão trégua.

'É uma questão de princípios para mim', disse o governador, de 72 anos. 'Eu conheci sua mãe e seu pai. Eu estava aqui quando ele nasceu. Qualquer um que queira fazer uma pergunta honestamente já poderia ter tido a resposta'.

Os birthers insistem que Obama, nascido em 1961, não é elegível para ser comandante-em-chefe. As razões muitas vezes variam e têm mudado e se ampliado nos dois anos depois que os rumores começaram na internete .
Alguns acreditam que seu Certificado de Nascimento é falso e que ele na verdade nasceu no Quênia. Outros argumentam que Obama é cidadão do Reino Unido ou da Indonésia. A maioria das teorias foi descartada por muitos no governo e na mídia e provaram-se enganadoras ou geralmente inverdadeiras.

Entretanto, as teorias conspiratórias ainda prosperam e, de acordo com Abercrombie, é provavel que continuem, não importa que provas mostrem que ele é um cidadão regular dos Estados Unidos.

'Não dá para convencer estas pessoas, porque elas têm uma agenda política ou têm uma mente que vai neste tipo de direção,' disse ele à CNN. 'Teóricos da conspiração nunca vão ficar satisfeitos. Isto descambou para uma outra área do ataque político.'

E ele novamente prometeu fazer 'o que puder' para provar publicamente que os registros mostram que Obama nasceu no Havaí e que ele é cidadão dos Estados Unidos, tornando-o elegível para presidente.

O governador comprometeu-se, quando assumiu o cargo em dezembro, a fazer todo o possível para encerrar o debate sobre a certidão de nascimento de Obama, que começou em 2008, durante a campanha para presidente.

'Faremos o que pudermos, tão rápido quanto pudermos, para tornar inevitável que só aqueles que queiram mal ao presidente, só aqueles com uma agenda política, sejam os que vão fazer este tipo de coisa', disse ele na ocasião. 'O presidente tem direito a ser respeitado por seu cargo e tem direito a ter sua mãe e pai respeitados.'

Durante a entrevista, Abercrombie disse que seu propósito de combater os birthersera pessoal.

***

Uma coisa é certa: vai ser divertidíssimo
 acompanhar os desdobramentos do caso



Veja também: Arquivo da WND sobre a ineligibilidade de Obama (em inglês)

ESCÂNDALO NA BOLÍVIA E UNOAMÉRICA

HEITOR DE PAOLA



“O escândalo na Bolívia nos dá razão”

UnoAmérica



Bogotá, 15 de janeiro - O escândalo suscitado na Bolívia em razão do suborno a uma “testemunha estrela”, para incriminar dirigentes opositores em um “complô terrorista”, dá toda razão às denúncias que UnoAmérica efetuou na ocasião.

Os fatos são os seguintes: 

1. Em 16 de abril de 2009, um grupo da polícia boliviana se introduziu no Hotel Las Américas, localizado em Santa Cruz, e assassinou Eduardo Rózsa, Michael Dwyer e Árpad Magyarosi.

2. O governo boliviano argumentou que estes três estrangeiros estavam envolvidos em um “complô para assassinar Evo Morales e para cindir Santa Cruz do território boliviano”.

3. Segundo o governo, dirigentes opositores cruzenhos estavam envolvidos no complô. Como prova, apresentou o testemunho da “testemunha estrela” Ignacio Villa Vargas, cognome “O Velho”, chofer de Rózsa.

4. UnoAmérica denunciou naquela ocasião que o triplo assassinato no Hotel Las Américas era uma manobra do governo boliviano para desviar a atenção do “Massacre de Pando”, orquestrado pelo próprio governo para defenestrar o governador Leopoldo Fernández e para tomar o controle do estado de Pando.

UnoAmérica acusou o governo de Evo Morales ante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), por ter planejado e executado o “Massacre de Pando”.

UnoAmérica também denunciou que, com o triplo assassinato, o governo pretendia criminalizar a oposição cruzenha, para justificar uma perseguição feroz contra seus adversários políticos.

5. Em resposta às nossas denúncias, o governo boliviano também implicou UnoAmérica no suposto “complô separatista”, alegando falsamente que um de nossos delegados, Jorge Mones Ruíz, havia se reunido com Eduardo Rózsa.

6. Em 29 de abril de 2009, a Embaixada dos Estados Unidos enviou um cabo (filtrado por WikiLeaks), identificado com o número 204756, onde assegura que o governo boliviano armou um falso complô para “assassinar” o presidente Evo Morales e depois culpar seus adversários, dentre eles UnoAmérica.

A Embaixada dos Estados Unidos afirma que Rózsa e seus companheiros foram contratados pelos serviços de inteligência bolivianos para montar uma falsa trama terrorista e justificar a perseguição desatada depois contra os dirigentes de Santa Cruz e contra UnoAmérica.

7. No passado 13 de janeiro, o portal boliviano Erbol difundiu um vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=qegVDce77E), onde se mostra um funcionário do Estado entregando à “testemunha estrela”, Ignacio Villa Vargas, cognome “O Velho”, um suborno de 31.500 dólares.

O que demonstra que nunca houve um “complô terrorista” para assassinar Evo Morales, que foi uma manobra do governo para se desfazer de seus opositores e para encobrir o “Massacre de Pando”.

Frente aos fatos acima relatados, UnoAmérica estabelece duas observações: 

1. Se os bolivianos desejam recuperar sua democracia devem estudar a fundo os atos de violência suscitados em Pando, porque foi com essa matança que começou a ofensiva do governo boliviano para destruir o Estado de Direito. Nesse sentido, recomendamos revisar detidamente o Informe de UnoAmérica a respeito, disponível em (http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=952_.

2. A utilização de “testemunhas estrela”, previamente subornados pelo oficialismo para perseguir e julgar os adversários políticos, é um modus operandi desenhado em Cuba e implementado pelos governos pertencentes à ALBA.

Atualmente, o Presidente de UnoAmérica, Alejandro Peña Esclusa, está injustamente encarcerado na sede da polícia política venezuelana, como resultado das supostas declarações da “testemunha estrela” Francisco Chávez Abarca, que foi enviado de imediato a Cuba para que seu testemunho não pudesse ser verificado.

Esperamos que estas escandalosas revelações sirvam para motivar os cidadãos da Bolívia e da Venezuela, a lutar mais arduamente por suas liberdades.


Tradução: Graça Salgueiro

As “testemunhas estrela” da ALBA

MÍDIA SEM MÁSCARA

ALEJANDRO PEÑA ESCLUSA | 20 JANEIRO 2011

Os regimes pertencentes à ALBA utilizam um método perverso - desenhado em Cuba - para se desfazer de seus adversários políticos. O método consiste no seguinte:

Primeiro, o regime escolhe uma ou várias figuras da oposição e as converte em alvo de sua operação. Segundo, realiza-se uma campanha sustentada por calúnias para criminalizar esta pessoa. Terceiro, funcionários do Estado cometem algum delito e depois denunciam a vítima. Quarto, oferece-se dinheiro a uma "testemunha estrela" para que preste falso testemunho contra a vítima. E quinto, o regime faz uso de policiais, procuradores e juízes corruptos para julgar e condenar sua vítima.

Já expliquei antes como funciona a campanha de calúnias para destruir um adversário [1], porém, um escândalo suscitado na Bolívia lança luzes sobre o tema dos falsos testemunhos.

Em 13 de janeiro passado difundiu-se um vídeo que mostra um funcionário boliviano entregando 31.500 dólares a Ignacio Villa Vargas, cognome "O Velho" [2]. O falso testemunho de Villa foi usado durante quase dois anos para perseguir e encarcerar dezenas de dirigentes opositores a Evo Morales, por estarem supostamente envolvidos em uma "tentativa de magnicídio" e em um "complô terrorista internacional".

Villa também implicou no suposto complô, o delegado de UnoAmérica na Argentina, Jorge Mones Ruíz. Suas declarações fraudulentas foram utilizadas pelos governos da Argentina, Bolívia, Cuba e Venezuela, para difamar e criminalizar UnoAmérica.

Porém, Ignacio Villa Vargas é apenas uma das muitas testemunhas compradas para condenar gente inocente. Recentemente, Alexis Peñuela, testemunha-chave no rumoroso caso do assassinato de Danilo Anderson, declarou que o ex-Fiscal Geral da Venezuela, Isaías Rodríguez, lhe ofereceu 500 milhões de bolívares para depor contra os irmãos Rolando e Otoniel Guevara, os quais sofrem hoje injustamente uma condenação de 27 anos.

Giovanny Vásquez, outra testemunha estrela do caso Anderson, confessou publicamente que havia prestado falso testemunho durante o julgamento. Porém, o esclarecimento chegou muito tarde, porque seu testemunho serviu para encarcerar vários venezuelanos inocentes, dentre eles Nelson Mezerhane, acionista de Globovisión, e para forçar a jornalista Patricia Poleo ao exílio.

Testemunhas similares foram utilizadas para condenar a maioria dos prisioneiros políticos venezuelanos, como o General Felipe Rodríguez, e os delegados Iván Simonovis, Lázaro Forero e Henry Vivas.

Na Colômbia, as FARC (as quais são integrantes não-oficiais da ALBA) recorrem a falsas testemunhas para incriminar heróis militares. Esse método se conhece com o nome de "falso positivo".

O problema com este tipo de testemunhas é que - por serem delinqüentes de pouca monta - não são confiáveis. Por isso, os regimes da ALBA decidiram tirar a máscara e proceder de maneira mais descarada. Para condenar o deputado José Sánchez Mazuco, o regime venezuelano recorreu a uma testemunha encapuzada, assim que não há modo de se saber qual é sua verdadeira identidade, nem de questionar seu testemunho.

Meu próprio encarceramento está fundado no testemunho de um ladrão de carros salvadorenho, Francisco Chávez Abarca. Suas declarações, nas quais me implica em um suposto complô, nem sequer aparecem no processo; a única coisa que aparece é um informe policial sobre o que supostamente disse o salvadorenho.

Se meus advogados quisessem confrontá-lo, para desmentir seu testemunho, simplesmente não poderiam porque Chávez Abarca foi "convenientemente" enviado a Cuba, depois de me incriminar.

O método que os regimes da ALBA usam para condenar vítimas inocentes é muito eficiente, porém ao final se derruba porque está repleto de inconsistências. Por isso, queria dar ânimo a meus companheiros prisioneiros políticos da América, porque logo se abrirão as grades para os que se encontram injustamente encarcerados.


Notas:
[2] Vídeo do suborno disponível em http://www.youtube.com/watch?v=kqegVDce77E
Alejandro Penã Esclusa, colaborador do MSM, é preso político venezuelano e presidente das ONG's Fuerza Solidaria e UnoAmérica.
Tradução: Graça Salgueiro

CONSPIRAÇÃO DE POBRE

VIVERDENOVO

TERÇA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2011

Por Arlindo Montenegro

Nada de sofisticação. A conspiração para completar a genese da República Mundial das Nações Unidas S.A., conta com artífices de alto nível e com recursos ilimitados. Mas a nossa parte na conspiração, que visa aniquilar milhões de sobreviventes no planeta, para torná-lo "governável", vai matando pelas beiradas, econômicamente.

Uma das maneiras de matar, se configura no exercício de estudar as áreas de risco nas encostas dos morros, receber os relatórios técnicos e arquivar. (Revista Veja, 17/01/11, Exposição dos culpados jogando as desculpas oficiais no lixo. Acesse a íntegra em www.verdadeeliberdadeonline.blogspot.com - "A cidade do Rio de Janeiro pode sofrer tragédia ainda maior do que a da região serrana".

Outra maneira de fomentar a matança, para facilitar as metas de redução da população, é soltar uma "Portaria Interministerial 4226, de 31 de dezembro de 2010", que diz em outras palavras que só os bandidos podem utilizar as armas para matar ou aleijar. Policial, não!

Os "policiais federais, rodoviários federais, policiais estaduais (civil e militar) e guardas municipais" estão proibidos. So se for depois de ferido ou aleijado por tiro do bandido. Nem se um carro cheio de cocaína e armas, detido numa barreira, fugir, pode ser alvejado. Legal prá bandidagem: a polícia rendida pela Portaria (ou porcaria!)

Bandidos e terroristas, bem vindos! Nesta semana, para sossego do companheiro Evo, o Brasil asilou um Juiz que ousou desafiar a revolução bolivariana. A história resumida está no El Pais, edição de 18/01/11. Pressões do governo da Bolívia, irregularidades num processo, obrigou a renúncia dos advogados da defesa e a fuga do Juiz Luis Tapia.

A conspiração começou no dia 16 de janeiro de 2009. A polícia invadiu um hotel em Santa Cruz de la Sierra e matou o húngaro-boliviano Eduardo Rósza e dois acompanhantes, um irlandês e outro húngaro. Prenderam mais dois. E anunciaram que todos eram mercenários estrangeiros, contratados para iniciar uma luta separatista e assassinar sua excelência o Presidente Evo.

O chofer do "conspirador" Eduardo Rósza, foi preso e "abriu o bico", implicando destacados políticos e empresários de Santa Cruz. No total foram processados 39 opositores do governo. Foi quando a televisão mostrou um vídeo em que o chofer, Villa, que já tinha passagem pela polícia, recebia de Carlos Nuñez del Prado, funcionário da Segurança do Estado e da Defensoria do Povo, o pagamento pelo serviço prestado.



"Este é o teu último dinheiro (31.500 dólares)... cuida bem que você já está velho... e bico calado... hoje de tarde vão decretar medidas cautelares para sua prisão... você tem de cruzar a fronteira para Argentina agora, se não, está perdido... e não podemos fazer nada". O motorista está seguro, inalcançável, na... Venezuela.

A trama foi montada por peritos de inteligência do estado cubano-venezuelano, do mesmo modo como fizeram com o Eng. Peña Esclusa, cuja testemunha chave foi imediatamente mandada para Cuba. Saiu num tipo de aeronave e desembarcou (milagrosamente) de outro tipo de avião. Desta vez o entrave para a revolução bolivariana era a oposição dos líderes que exigiam a autonomia de Santa Cruz.

Outras imagens difundidas mostram os agentes do governo colocando armas junto aos cadáveres dos "mercenários". Fotografias mostram os estrangeiros presos brutalmente torturados. A Hungria, a Irlanda e a Croácia pediram explicações, mas Evo calou. Só deu ordens para descobrir a origem dos vídeos, que comprometem a revolução bolivariana, o companheiro Chávez e a inteligência cubana.

Também foi revelado que o "mercenário" Eduardo Rósza, foi contratado pelo coronel Jorge Santiesteban, chefe de inteligência da polícia e pelo capitão Walter Andrade, ambos cabeças do assalto ao hotel, para "queimar o arquivo". Conspiradores são assim mesmo: queimam arquivos. Entre nós, na esteira do Celso Daniel já foram "queimados" uns oito. Tudo no rol das conspirações econômicas.

South Park is Gay. Temporada 7, episódio 8. Como vencer uma guerra sem dar um tiro.



Em uma guerra tradicional um manda bala no outro, certo? Existem, porém, outros tipos de guerras. A melhor guerra é aquela na qual o vencedor não precisa dar um tiro sequer.

Este desenho mostra muito bem como está o Ocidente. Abaixo, uma explicação para o atual estado de coisas. O desenho mostra o plano abaixo na prática.

FANTÁSTICO...

JORNAL O REBATE

Qui, 20 de Janeiro de 2011 15:35


JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO 

Libertei-me da TV faz alguns bons anos; inadvertidamente - passando pela sala respectiva - acompanho mamãe, em "clássicos" GLOBAIS. Estamos realmente sendo afastados do belo e perene... Triste relicário a competência criativa dos atuais diretores televisivos consumindo-se em exceções polêmicas negativas... Brasileira conceituada revista semanal resume-se em mix boçal... Profetas de chuva, Desembargadora aposentada hasteando a hermenêutica da legalidade GAY... Inovando agora - nossa fantástica revista global - via inserção do tema ADOÇÃO nesse universo de exceção... Corrobora Psicóloga carioca em veemente declaração, de que o que importa seja o AFETO, venha de onde vier... AIDS e agora - pasmem - Dr. Drauzio Varella desqualificando GRUPOS DE RISCO para contágio em COMPORTAMENTO DE RISCO! Deduzimos que drogados e homossexuais, desde que usem camisinha e seringas descartáveis, estejam na legalidade médica SAUDÁVEL... Haja AFETO heim...



Em tempo, já que falamos em COMPORTAMENTO DE RISCO, temos em igual horário nobre para a FAMÍLIA BRASILEIRA, o falecimento de alpinista conterrâneo, meus sentimentos respeitosos à "morte presumida", de quem desejou escalar em Patagônia, sob severa nevasca... Cobertura completa, envolvendo até o Itamaraty... Ia esquecendo-me do enaltecido pioneirismo carioca em estatísticas da homofobia, ocupando nossa Polícia Civil RJ, visto que as NOSSAS FORÇAS ARMADAS estão desempenhando papel de POLÍCIA nos morros... Destaque vigoroso para REPRODUÇÃO ASSISTIDA, doravante, autorizada pelo CRM para casais do mesmo sexo em legalidade absoluta, em romântica evolução para o PASTOR celebrando AO VIVO UNIÃO de dois cavalheiros... Com igreja alternativa gospel, decorada, arroz e tudo mais... Imagino as latinhas amarradas ao veículo dos nubentes... Tenho amigos e amigas gays, gente competente, refinada, decente e honesta; ao ponto de estarem conscientes do desvio próprio, e não buscam outorgá-lo, tampouco replicá-lo às gerações futuras... Sabedores da relevância da família tradicional em processo ético de continuidade da espécie humana... CIVILIZAÇÃO! Gente que não se permite tratar pelo ENFORCEMENT de NICHO DE MERCADO... Em paralelo, igualmente respeitosamente, moça evangélica foi deflorada e contaminada em LUA DE MEL... Desse jeito, perdoem-me leitores, breve estarei convencido de que SOU POETA E NÃO APRENDI A AMAR... Saudades do SHOW DA VIDA... Isadora Ribeiro, do início, do fim; do meio...

Penso - logo existo - que deveríamos ter em manchetes fantásticas:

• EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA volta a integrar currículo escolar fundamental;
• Temos neste momento, milhares de FAMÍLIAS CRISTÃS CONVENCIONAIS (maioria por enquanto) telespectadoras e consumidoras de nossos vinhos e vinhetas;
• Não temos nenhuma morte esta semana em esportes como: FUTEBOL, NATAÇÃO, VOLEIBOL, ATLETISMO, JUDÔ, GINÁSTICA RÍTMICA, etc.;
• Também não temos nenhuma morte em atividades culturais: TEATRO, CINEMA, RECITAIS, SOLENIDADES, etc.;
• Nossos POLÍTICOS de brio reverteram seu "aumento salarial" para o CNPQ , FUNABEM e PESTALOZZI;
• TENTARAM ACABAR COM A FAMÍLIA, MAS GRAÇAS A DEUS NÃO CONSEGUIRAM!

Em filigrana de HONORÉ DE BALZAC e sua magistral "A COMÉDIA HUMANA", aliás, publicada em Brasil via EDITORA GLOBO (1989); delineando Luísa: Ser o princípio permanente da felicidade de um homem, quando esse homem o sabe,e junta gratidão ao amor, ah! Querida, essa certeza desenvolve na alma uma força que ultrapassa a do mais integral amor. Essa força impetuosa e durável, una e variável, gera enfim a família, essa bela obra das mulheres e que agora concebo em toda sua fecunda beleza. É FANTÁSTICOOOOO... PLIM PLIM...

José Carlos Paiva Bruno OAB RJ 73304

PNDH-3 em pessoa…

IPCO
20, janeiro, 2011


João Pessoa-PB, 20 de Janeiro de 2011.
A Caravana Terra de Santa Cruz já está passando pelo 5º estado! Depois da Bahia, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte, adentramos o estado da Paraíba. O calor intenso é análogo ao calor do povo, muito vivo, esperto e manifestativo.
Já mostramos muitos vídeos do apoio da população. São mais do que 90% dos casos, sendo que vários e vários ainda não publicamos, pois o tempo ainda não permitiu. Mas hoje quero apresentar um vídeo diferente. É a entrevista com um rapaz que estava passando por Fortaleza-CE, cujas idéias se assemelham muito ao conjunto do PNDH-3.
Se alguém o apelidasse de “PNDH-3″, eu seria tentado a concordar… Confesso que tenho pena dele, e por ele rezo. Após assistir o vídeo, o leitor entenderá por que digo isso.





Sobretudo rezo pelo Brasil, e comigo os jovens voluntários. A maioria da população não conhece o PNDH, e quando conhece, é contra. Por que o Governo quer lançar nosso País nesse pulo no escuro?
Atenciosamente
Daniel Martins – Coordenador da Caravana
PS: Faça seu generoso donativo para que a Caravana alcance a ousada meta de 6.000Km no Nordeste. Doe um tanque de combustível para um dos 5 veículos, clicando aqui.

LIVRO DE OLAVO DE CARVALHO: A Nova Era e a Revolução Cultural - Fritjof Capra & Antonio Gramsci



3a edição,
revista e aumentada.

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The blood-dimmed tide is loosed, and everywhere
The ceremony of innocence is drowned;
The best lack all conviction, while the worst
Are full of passionate intensity.
William Butler YEATS,
The Second Coming.




Índice
  • Introdução geral à Trilogia
  • Prefácio à Segunda Edição e Nota prévia [da 1ª Edição]
  • Capítulo I: Lana Caprina, ou: A sabedoria do Sr. Capra
  • Capítulo II: Sto. Antonio Gramsci e a salvação do Brasil
  • Capítulo III: A Nova Era e a Revolução Cultural
  • Apêndices:
  • Observações finais



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    Observações finais

    Expondo em conferências as idéias que depois viria a registrar neste livro, muitas vezes recebi dos ouvintes a exigência de uma "definição política". Sentiam-se desconfortáveis ante um interlocutor sem filiação identificável, algo assim como um UFO ideológico, e desejavam saber com quem estavam falando.
    Minha resposta, invariavelmente, tem sido a seguinte:
    O pressuposto dessa exigência é que não se pode criticar uma ideologia senão em nome de uma outra ideologia, dentre as reconhecidas no catálogo do momento. Esse pressuposto, por sua vez, funda-se num preconceito meio historicista, meio sociologista, segundo o qual todo pensamento individual é apenas "expressão" de algum anseio coletivo, e deve a este sua validade. Em oposição a este preconceito e àquele pressuposto, estou profundamente convicto de que somente o pensamento do indivíduo como tal pode ter validade objetiva, pois não há verdade senão para a consciência reflexiva, que só existe no indivíduo. As correntes de pensamento coletivas apenas manifestam desejos, anseios, temores, e jamais se levantam ao nível de autoconsciência crítica no qual a distinção entre verdade e falsidade pode ter algum sentido. Somente a autoconsciência do indivíduo pode captar essa distinção, ascender à esfera dos juízos universalmente válidos e da veracidade objetiva. Logo, é ela quem é juiz do pensamento coletivo.

    A monstruosa inversão que submete o juízo da consciência individual ao critério das ideologias coletivas provém de uma mutilação da mente moderna, incapaz de atinar com alguma "universalidade" que não seja meramente quantitativa, reduzida portanto à "generalidade" e, em última análise, à validação puramente estatística. Como, de outro lado, toda prova estatística pressupõe a validade universal das leis da aritmética elementar, cujo fundamento é a evidência apodíctica somente acessível à consciência individual, o primado do pensamento coletivo repousa numa autocontradição pela qual nega sua própria validade.

    Para piorar ainda mais as coisas, o pensamento coletivista, não tendo acesso à esfera da validade objetiva, logo perde toda referência ao "objeto" como tal e se fecha num subjetivismo coletivo: da estatística dos "fatos" caímos para a estatística das "opiniões", e a contagem dos votos se torna o supremo critério da veracidade. Este processo, que se inicia na esfera da política, termina por contaminar a ciência mesma, onde hoje em dia ouvimos apelos generalizados em favor da aceitação de critérios puramente retóricos de argumentação como fundamentos legítimos da credibilidade cientítica. O
    marketing, em suma, é elevado a ciência suprema, modelo e juiz de todas as outras ciências.

    Ou aceitamos esse resultado, ou devemos negar pela raiz o primado do pensamento coletivo, restaurando a consciência individual no posto de dignidade que lhe cabe. E, neste caso, deveremos admitir que o indivíduo humano possa elevar-se acima das ideologias e julgá-las, contanto que não o faça em nome de um protesto pessoal e subjetivo, mas em nome da veracidade universal e apodíctica, da qual ele, com todas as suas fraquezas, com todos os seus condicionamentos limitantes, continua, afinal, o único representante sobre a Terra.

    No século XX, a consciência individual sofreu, das pseudociências emergentes, os mais violentos ataques, que pretenderam negá-la, reduzi-la a um epifenômeno dos papéis sociais introjetados, a uma projeção do instinto de sobrevivência, a uma ficção gramatical, a mil e uma formas do falso e do ilusório. De outro lado, no campo das técnicas psicológicas, nunca se investiu tanto na busca de meios para subjugar a consciência individual, quebrar sua autonomia, forçá-la a repetir mecanicamente o discurso coletivo. Se o nosso é o século do marxismo, da psicanálise, do estruturalismo, é também o da hipnose, o das técnicas de influência subliminar, o da lavagem cerebral, o da "modificação de comportamento" e o da Programação Neurolinguística. Se, por um lado, tudo se faz para demonstrar teoricamente a inanidade da consciência individual, de outro lado não se poupam esforços para reprimi-la e subjugá-la. Ora, estas duas séries de fatos, quando confrontadas, sugerem uma pergunta: para que tanto empenho em derrotar na prática algo que, em teoria, não existe? Se o cavalo está morto, para que açoitá-lo com tanta fúria?

    Este é alíás o tema de um livro que estou preparando, 
    A Alienação da Consciência. É uma resenha dos ataques teóricos e práticos dirigidos pelas doutrinas pseudocientíficas, em aliança com os governos totalitários ou com o establishmenttecnocrático, contra a autonomia da consciência individual. Foi este estudo, precisamente, que me levou à rejeição completa e taxativa de todo pensamento ideológico. Não me perguntem, portanto, em nome de que ideologia combato esta ou aquela ideologia.
    Combato-a desde um plano que não é acessível ao pensamento ideológico, e que só existe para a autoconsciência individual, quando firmemente decidida a não abdicar de seu direito — e de seu dever — à verdade e à universalidade. Em consequência, também não me dirijo a ouvintes e leitores enquanto representantes desta ou daquela facção ou grupo, mas enquanto portadores de uma inteligência universalmente válida, capaz de sobrepor-se ao discurso de facções e grupos e julgá-lo objetivamente. Não converso com fantoches coletivos, mas com seres humanos, investidos da dignidade suprema da autoconsciência, que os torna imagens de Deus. Se, enquanto apegada à identidade biológica e sujeita portanto à ilusão passional, a consciência do indivíduo é pura 
    Maya, por outro lado é somente o indivíduo, e não o aglomerado estatístico das coletividades, que pode ascender ao plano da universalidade onde é lícito dizer: Eu sou Brahman.
    Rio, março de 1994.