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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Opressão sedutora

MÍDIA SEM MÁSCARA

Nas universidades, os discípulos de Georg Lukács e Theodor Adorno esfregam as mãos, excitadíssimos, vendo cumprir-se sem maiores dificuldades, e com o comovido apoio do bom-mocismo protestante e católico, o projeto marxista de destruição da família.

Hoje em dia, nos Estados Unidos, um pai de família pode ser expulso de casa, proibido de ver os filhos e obrigado a pagar quase todo o seu salário em pensão de alimentos, sem que haja uma só prova de que ele fez ou pensou em fazer qualquer coisa de errado. Basta que sua mulher diga à polícia – sem uma testemunha sequer – que ele ameaçou surrá-la ou abusar das crianças. 
Quando o infeliz é avisado de que tem vinte e quatro horas para sair do pedaço e ver sua vida desfazer-se no ar como fumaça, ele vai ao delegado e reclama que não é justo ser condenado sem o mínimo direito de defesa. E a autoridade, com o ar mais tranquilizante do universo, responde: "Meu amigo, não há necessidade de defesa, pois o senhor não está sendo acusado de nada. É apenas uma medida cautelar – que pode, é verdade, ser renovada indefinidamente e durar pelo resto da sua porca vida. O senhor só será preso se violar a ordem, tentando encontrar-se com seus filhos fora dos horários prescritos (se algum há), passando perto da sua antiga casa num raio de, digamos, dois quilômetros, ou se metendo a besta caso a sua digníssima, liberta da sua opressiva presença, vá para a cama com um, dois ou quinze homens. Passe bem."
Cinquenta por cento das crianças americanas vivem sem um dos pais – quase sempre o pai. Uma das consequências diretas é o aumento exponencial dos casos de pedofilia doméstica, onde as estatísticas mostram que o culpado é quase que invariavelmente o namorado da mãe.
Nas universidades, os discípulos de Georg Lukács e Theodor Adorno esfregam as mãos, excitadíssimos, vendo cumprir-se sem maiores dificuldades, e com o comovido apoio do bom-mocismo protestante e católico, o projeto marxista de destruição da família, que seus mestres viam como condição indispensável ao triunfo do socialismo.            
Tudo isso começou com os ares mais inofensivos que se pode imaginar, como campanha de proteção à mulher contra a "opressão machista". Quem, em sã consciência, seria contra uma coisa dessas? Pouco a pouco, à medida que adquire força de lei, a providência humanitária vai ampliando seu raio de alcance até transformar-se num pesadelo, num instrumento de opressão mil vezes pior do que os males que lhe serviram de pretexto, porque agora é oficial e se sustenta no poder da polícia, dos tribunais, do sistema educacional e da propaganda maciça que demoniza os acusados ao ponto de ninguém ter mais a coragem de dizer uma palavra em favor deles. 
E os resultados sociais catastróficos? São explicados como efeitos de outras causas, que por sua vez dão motivo a novas medidas humanitárias, entregando cada vez mais a grupos ativistas cínicos o monopólio da autoridade moral e estendendo ilimitadamente o poder de intervenção da burocracia estatal na vida privada. 
O problema é, por exemplo, a pedofilia? Acusa-se a educação católica (embora o número de pedófilos entre os padres seja menor do que em qualquer outro grupo de educadores) e, com um pouco de jeito, persuade-se até o Papa a se prosternar ante a mídia vociferante.
Os meninos criados sem um pai são inseguros, tímidos, fracos? Ótimo. Com alguma lábia, são levados a crer que são transexuais latentes, inadaptados, coitadinhos, no meio social machista. São turbulentos, anti-sociais? Melhor ainda. Eis a prova de que a sociedade capitalista é intrinsecamente violenta, geradora de brutalidades. E assim por diante. 
Cada novo efeito maléfico da guerra cultural já traz preparada, de antemão, uma teoria engenhosa que lança as culpas sobre a família, a religião, a cultura, o capitalismo – sobre tudo e sobre todos, exceto os autores do efeito, os ativistas pagos com dinheiro dos contribuintes para planejar, nas universidades, a destruição meticulosa e sistemática da sociedade.            
A técnica é sempre a mesma. Primeiro, descobre-se um grupo social descontente e designam-se os culpados, produzindo-se contra eles uma tempestade de livros, filmes, teses universitárias, programas de televisão, artigos de jornal, conferências, debates, o diabo. 
Apontados em público, olhados com suspeita pela vizinhança, os membros do grupo acusado começam a achar prudente marcar distância dele, mudando de vocabulário, de atitudes, e por fim juntando sua voz ao coro dos acusadores, para maior verossimilhança da conversão. Ato contínuo, concebem-se leis e medidas administrativas para amarrar as mãos dos malvados e, depois, puni-los.
Vitoriosa a batalha legislativa, começa a etapa decisiva: "ampliar a democracia", estender a área de aplicação dos "direitos" conquistados até que, dialeticamente, se convertam em meios de opressão estatal contra os quais já nada se poderá dizer sem incorrer, ipso facto, em suspeita de reacionarismo nostálgico dos velhos males, já superados, "incompatíveis com o alto estágio de civilização em que nos encontramos". 
O circuito é tão repetitivo que suas vítimas só não o percebem com clareza porque, no decorrer do processo, foram consentindo em cortar suas próprias línguas e só falar na linguagem de seus acusadores, tornando-se, automaticamente, incapazes de se proteger. 
No Brasil, a CNBB, enfatizando seu horror a "toda discriminação" no instante mesmo em que move débil oposição à PL-122, é o exemplo mais claro no momento. Pensem nisso quando se sentirem tentados a crer que as leis "anti-homofóbicas" têm algo a ver com os direitos humanos dos homossexuais ou de quem quer que seja. 
Têm a ver, isto sim, com a supressão da liberdade de consciência, inclusive a dos próprios homossexuais que desejarem permanecer cristãos e, amanhã ou depois, defender seu simples direito de pensar – como o pensaram Oscar Wilde, Julien Green, Octávio de Faria, Lúcio Cardoso, Cornélio Penna e tantos outros homossexuais ilustres – que aquilo que fazem na cama, embora lhes pareça irresistível e sumamente delicioso, é um pecado.                         

Publicado no Diário do Comércio.

2 comentários:

  1. ...
    Já tomamos as providências para desacreditar a classe dos padres cristãos, desorganizando, assim, sua missão, que, atualmente, poderia atrapalhar-nos bastante. Sua influência sobre os povos mingua dia a dia. Por toda a parte foi proclamada a liberdade de consciência. Por conseguinte, somente um número de anos nos separa ainda da completa ruína da religião cristã; acabaremos mais facilmente ainda com as outras religiões, porém ainda é muito cedo para falar disso. Poremos o clericalismo e os clericais num âmbito tão estreito que sua influência será nula em comparação à que outrora tiveram.
    Quando chegar o momento de destruir definitivamente a corte papal, o dedo de uma mão invisível apontá-la-á aos povos. Mas, quando os povos se lançarem sobre ela, nós apareceremos como seus defensores, a fim de não permitir o derramamento de sangue. Com essa manobra, penetraremos no seio da praça e dela só sairemos quando a tivermos completamente arruinado.
    O rei dos judeus será o verdadeiro papa do universo, o patriarca da Igreja Internacional.
    Mas, enquanto não tivermos educado a mocidade nas novas crenças de transição, depois na nossa, não tocaremos abertamente nas Igrejas existentes, sim lutaremos contra elas pela crítica, excitando as dissensões.
    Em geral, nossa imprensa contemporânea desvendará os negócios do Estado, as religiões, a incapacidade dos cristãos e tudo isso em os termos mais desaforados, a fim de desmoralizar de todas as maneiras, como só a nossa raça genial sabe fazê-lo.
    Nosso regime será a apologia do reinado de Vichnú, que é seu símbolo, segurando cada uma de nossas cem mãos uma manivela da máquina social. Veremos tudo sem auxílio da polícia oficial, que, como nós a preparamos para os cristãos, impede hoje os governos de ver. No nosso programa, um terço dos súditos vigiará os outros por sentimento de dever, para servir voluntariamente ao Estado. Então, não será vergonhoso ser delator e espião; pelo contrário, será louvável; mas as delações infundadas serão cruelmente punidas, a fim de que não se abuse desse direito.
    Nossos agentes serão escolhidos na alta sociedade, como também nas classes baixas, no seio da classe administrativa que se diverte, entre os editores, impressores, livreiros, caixeiros, operários, cocheiros e lacaios, etc...
    Essa polícia, desprovida de direitos, não autorizada a agir por si, por conseguinte sem poderes, somente fará testemunhar e denunciar; a verificação de seus informes e as prisões mesmo serão executadas pelo corpo dos gendarmes e pela polícia municipal. Aquele que não tiver apresentado seu relatório sobre o que viu e ouviu em matéria de questões políticas será considerado culpado de fraude e cumplicidade, como se estivesse provado que houvesse cometido esses dois crimes.
    Assim como hoje nossos irmãos são obrigados, sob sua própria responsabilidade, a denunciar à sua comunidade nossos renegados ou as pessoas que empreendam qualquer coisa contrária à nossa comunidade: assim, no nosso reino universal, será obrigatório para todos os nossos súditos servir, desta forma, o Estado.
    Tal organização destruirá os abusos da força, da corrupção, tudo o que nossos conselhos e nossas teorias dos direitos sobrehumanos introduziram nos hábitos dos cristãos... Mas, como teríamos obtido de outro modo o crescimento das causas de desordem na sua administração? Por que outros meios?... Um dos mais importantes desses meios são os agentes encarregados de restabelecer a ordem. A estes será deixada a possibilidade de fazer ver e desenvolver seus maus instintos, inclinações e caprichos, abusando de seu poder, aceitando, enfim, gorjetas.) - Os Protocolos dos Sábios de Sião


    Porque é que o senhor Olavo e o Mídia Sem Máscara não expões os Protocolos de Sião???

    Gustavo

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  2. Aquela entidade cujo "descobridor" escondeu um livro de sua própria autoria sobre o assunto e, 15 anos depois, anunciou a "descoberta" do mesmo?

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