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quinta-feira, 10 de março de 2011

CENÁRIO INTERNACIONAL

VIVERDENOVO
QUINTA-FEIRA, 3 DE MARÇO DE 2011

Por Gelio Fregapani

Tanto a Europa quanto os Estados Unidos esgotaram seus paióis de munição econômica e dificilmente terão condições de se salvarem financeiramente.

As organizações e os países islâmicos radicais tendem a fazer o possível para piorar as coisas, dificultando as exportações de petróleo e estimulando as populações imigrantes à violência política. Para evitar correr o risco de desmanche, como se deu na União Soviética, terão que recorrer a guerra.

Num cenário desses, qual seria o nosso papel, como país de condição periférica, mas detentores dos recursos naturais e insumos indispensáveis ao mundo? Qual o caminho a tomar nessa espiral de turbulência global que se aproxima.

Para a correta apreciação da situação mundial, sugiro a leitura do livro “O Crepúsculo do Petróleo”, de Mauro Porto, onde o autor analisa as conseqüências para o mundo, principalmente na produção de alimentos.

Sintetizando o livro, eu diria “Faltando petróleo, está ameaçada até a nossa comida”

Em nome da preservação da Natureza

1 - O alvo principal desses inconsequentes agora é o relatório do Aldo Rebelo sobre o Código Florestal. Inventam e mentem. Usam a tragédia da região serrana do Rio como exemplo, sonegando a informação de que o código não abrange as áreas urbanas.

Durante algum tempo o aparato ambientalista internacional concentrou esforços contra as hidrelétricas na Amazônia. Não lhes interessava que o Brasil precisaria de energia e que a alternativa envolveria as caras e poluentes termoelétricas.

As ONGs concentram-se na quase limpa geração de energia do nosso País. Nunca gritaram contra o uso do poluente carvão, no resto do mundo. É bom saber que a principal fonte energética da China é o carvão, que gera 80% da eletricidade do país. Lá sua utilização não é limitada por motivos ambientais. Também nos EUA, o carvão é o combustível que gera cerca da metade da eletricidade. Quadro similar ocorre na Alemanha e outros mais. Isto ainda vai aumentar , com a escassez de petróleo, mas lá não tem Ibamas. Se tivessem, morreriam de frio

2 - A Justiça Federal do Pará cassou nesta sexta-feira a licença de instalação parcial concedida pelo Ibama para o início das obras da usina de Belo Monte.

A liminar suspendendo o início da construção pode, na pior hipótese retardar a oferta de energia por um ano, se paralisá-la até o início até o período das chuvas.

Desconheço os fundamentos jurídicos que possam ter influído em na decisão do douto juiz, mas certamente não foi pensado na ocupação da Amazônia nem no desenvolvimento econômico. Quando receber notícias da miséria matando as crianças, talvez, sua consciência se console por ter salvo, por mais um ano, meia dúzia de bagres e de jacarés. Quanto ao ministério Público no Pará, seu engajamento na causa do atraso me permite pensar que seja inspirado em torpes motivações. O alvo é o nosso Brasil. Índios, selva e preservação são apenas pretextos.

Pequenas Observações, para Compor

1 - Temos o Congresso mais caro do mundo. Os políticos são contracenantes num jogo de interesses em que se alternam conveniências pessoais. Nosso Congresso é um balcão de negócios. Recentemente se auto - concedeu 62% de aumento. E o eleitor? É quem menos sabe ou liga para essa situação, enquanto grita gol e se prepara para o carnaval. Está tudo calmo. Também estava calmo no Oriente Médio, há poucos dias atrás.

2 - Visite Brasília e ganhe uma multa Os radares, pardais e câmeras do trânsito não se destinam a evitar acidentes. São colocados com objetivos de extorquir. A multa pelo não uso do cinto de segurança não objetiva somente salvar vidas já que não existe qualquer outra iniciativa governamental que se preocupe com isto. Existe como forma de extorsão, pela indústria das multas.

Não há dinheiro suficiente para educação, saúde, segurança pública e muito menos para a conservação das estradas, que seria a verdadeira contribuição para evitar acidentes, mas na compra de equipamentos para colocar nas estradas e vias públicas nunca falta. Observe na sua cidade.

3 - Conseqüências da debilidade militar. Países sem força e com riquezas instigam a cobiça internacional. Estão propensos a se tornarem protetorado, e o seu "protetor" cobrará alto quinhão pelo serviço. Podem até pensar que Instituições como ONU virão em seu socorro, mas satanizados antes da agressão perdem até a simpatia internacional. Os “ditadores” do Oriente médio, ainda ontem eram “presidentes” Você lembra do “Proteja a floresta, queime um brasileiro”?

4 – Uso de indígenas pelas ONGs: Três índios da região amazônica viajaram à Europa para protestar contra construções em suas terras que ameaçariam destruir as vidas de milhares de indígenas dessa região, informou a ONG Survival. Visitaram Paris e Londres. Alvos: as hidrelétricas do Rio Madeira, cuja construção pode atrair uma forte imigração e levar ao desmatamento de uma área na qual vivem várias tribos, entre elas algumas isoladas ainda sem contato com a civilização, e a de Belo Monte no Xingu, que seria a terceira maior do mundo e cuja construção, segundo eles, destruiria vastas áreas de floresta e reduziria os peixes.
Se não fosse a confusão no Oriente Médio seriam recebidos por todos os governos , congressistas e instituições financeiras– Maldito o progresso do Brasil!

A Riqueza e a Inflação

Riqueza é um bem escasso*. Mesmo o ar - supremo bem que não podemos abrir mão nem por dois minutos pode ser considerado riqueza enquanto for abundante.

O aumento de preços sempre será função de excesso de demanda sobre a oferta. O aumento dos juros reduz a demanda, mas também prejudica a produção e em conseqüência a oferta. É uma medida de efeitos perversos a longo prazo, pois além de causar mais inflação, cria um serviço da dívida que inibe as indispensáveis obras de infraestrutura. O aumento dos juros diminui a demanda nos primeiros meses; depois diminui a oferta. Somado às absurdas exigências ambientais inibidoras da produção elevarão a inflação aos patamares que já conhecemos no passado.

A fórmula que não falha é aumentar a produção, em conseqüência a oferta. Desburocratizando, facilitando o acesso ao crédito, á terra, às matérias primas, à energia, ao transporte, e desenvolvendo tecnologia é certo que a inflação cederá.

Relativamente a inflação no preço de alimentos, a forma correta de combater é com as pesquisas da Embrapa e com um mais flexível código florestal.


*Cavaleiro: creio que o autor quis dizer que as riquezas naturais sejam escassas, pois as riquezas que o homem produz não podem ser mensuradas.

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