segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Se for produtor rural, "verdes" gritam crime!, pelo mundo todo. Se for assentamento, agem como se nada fosse |
Mas, agora, um levantamento encomendado pelo jornal carioca “O Globo” constatou outra assustadora desordem: só 21% dos 8.763 assentamentos da reforma agrária brasileira têm licença ambiental.
Em outros termos, quatro em cada cinco assentamentos do INCRA estão na ilegalidade e nessas áreas também podem estar ocorrendo crimes ambientais, segundo o jornal.
Para o IBAMA, parte significativa dos crimes ambientais na Amazônia ocorre dentro dos assentamentos do governo federal. Em 2010, dos 1.326 autos de infração lavrados por desmatamento, 18,5% ocorreram nas áreas do governo onde funciona ‒ ou deveria funcionar ‒ a reforma agrária.
"Verdes" só fazem campanha contra o progresso da lavoura brasileira |
O órgão foi autuado pela destruição de 292.070 hectares de floresta em oito assentamentos.
Entre os crimes cometidos estavam a ausência de licença ambiental, a retirada de vegetação nativa sem autorização do IBAMA e das secretarias estaduais e o de impedir que matas primárias se regenerassem, escreveu “O Globo”.
Os então ministros do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o presidente do INCRA, Rolf Hackbart alegaram que a lista do IBAMA continha erros crassos.
Ministro Minc em assentamento desmatador, Goiás, Cerrado |
A reportagem suscita uma reflexão óbvia: por que a propaganda verde, no Brasil e no mundo, tão contrária à iniciativa privada, quando se trata de desmatamento, não faz uma denúncia equânime dos maiores “criminosos ambientais” da Amazônia?
A resposta, porém, salta aos olhos: a afinidade ideológica entre o socialismo utópico e anticapitalista do movimento verde e do socialismo ‒ também utópico ‒, da reforma agrária socialista e confiscatória brasileira.
Fóro Social Mundial contra a propriedade privada. Na realidade, a Amazônia precisa ser salva do "socialismo verde" |
Assim o qualificam quando os acusados ‒ verdadeiramente ou falsamente, aí pouco importa ‒ são cidadãos que procuram expandir a lavoura brasileira e adquirirem justa e merecidamente propriedades privadas para eles e suas famílias, beneficiando regiões empobrecidas e o próprio País.
Mas, se forem colegas de utopia "sem-terra", "índios", "quilombolas", "afetados pelas barragens" ou amigos dos teólogos da libertação vale tudo, e os “zelotas do planeta” fingem não perceber.
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