Material essencial

sábado, 13 de novembro de 2010

Terrorismo Provocado pelo Governo: Confissão aberta na casa dos Lordes britânicos

A NOVA ORDEM MUNDIAL
FRIDAY, 12 NOVEMBER 2010



Casa dos Lordes
Casa dos Lordes do
Reino Unido

Se havia alguma dúvida de que os governos financiam ataques terroristas de falsa bandeiracontra si mesmos, esta dúvida foi apagada por uma recente discussão na Câmara dos Lordesbritânica.

Ao falar aos seus pares na Câmara, Lorde James de Blackheath revelou que ele tinha sido envolvido na lavagem de bilhões de libras de dinheiro do terrorismo, especialmente para o IRA e vários terroristas norte-Africanos, a mando do Banco da Inglaterra. James também explicou que tinha sido contactado por uma organização secreta que estaria se oferecendo para ajudar a Grã-Bretanha pagar suas gigantescas dívidas.

A questão da dívida foi o que inicialmente motivou tal inacreditável admissão de culpa por Lorde James. Inicialmente, ele anunciou que tinha sido contactado por uma organização muito "estranha" e secreta que queria "disponibilizar uma grande quantidade de dinheiro para ajudar na recuperação da economia" da Inglaterra. Depois de repassar a informação a um de seus colegas na Câmara dos Lordes, este colega disse que Lord James não era suficientemente importante nem teria a devida experiência para ser contactado por esta organização, uma afirmação que, evidentemente, Lorde James tomou como um ataque pessoal. Em resposta a declaração de seu companheiro de camara, que ele não tem experiência para lidar com esta organização secreta, que aparentemente é secreta para todos, exceto aqueles do mais alto escalão, a resposta de James foi notável.

"Sim, eu tenho (experiência)", disse ele. "Eu tive uma das maiores experiências para a lavagem de dinheiro terrorista e de "funny-money" (dinheiro de origem suspeita) que alguém já teve na City de Londres (centro financeiro). Eu lidei com bilhões de libras de dinheiro do terrorismo."

Quando perguntado pela Baronesa Hollis de Heigham para onde o dinheiro foi, ele explicou:

Não veio parar em meu bolso. Meu maior cliente terrorista era o IRA e estou satisfeito em dizer que consegui lavar mais de 1 bilhão de libras de seu dinheiro. Eu também tinha amplas conexões com terroristas do norte da África, mas que era de uma natureza muito mais sórdida, e eu não quero falar sobre isso porque ainda é uma questão de segurança.
James foi ainda mais longe depois de fazer estas observações, implicando também o Banco da Inglaterra no financiamento de terroristas. "Apresso-me a acrescentar que não é bom trazer a policia para este caso, porque eu imediatamente chamarei o Banco da Inglaterra como minha testemunha de defesa, uma vez que foi este que me colocou para lidar com esses problemas."

Embora a idéia de que o Banco da Inglaterra, a Câmara dos Lordes, e outras instituições governamentais financiam os terroristas de que eles clamam ter tanto medo não surpreender a todos, é apenas surpreendente ver tal discussão aberta em público. Nos últimos anos a Grã-Bretanha se transformou em um Estado policial, sob o pretexto de combater o terrorismo, mas as suas próprias instituições governamentais e bancárias admitem abertamente ao financiamento destes terroristas. Este é um caso claro da técnica de Problema-Reação-Solução que tem sido tão bem sucedida para os governos e os líderes sociais por milhares de anos.

Lorde Blackheath
Lorde Blackheath

Mas os comentários de James não param por aí. "A questão é", diz ele, "que quando eu estava no curso de fazer esta atividade estranha, eu tinha um interessante conjunto de números de telefone e referências que eu poderia utilizar quando precisasse. Então, as pessoas na City (of London) sabiam que se eles quisessem verificar qualquer coisa que parecesse estranha, que eles podem vir até mim e eu posso apertar uns poucos botões de telefone para obter a referência." James não expos quem são esses contatos , mas elas são, sem dúvida, pessoas muito bem conectadas e poderosas se elas podem ser chamados para corroborar e fornecer referências para tais assuntos internos, tais como aqueles que estão sendo discutidas pelo Lorde James.

No entanto, os comentários de James revelam atividade ainda mais secretas e quando ele começa a discutir a organização sombria, a Fundação X como ele a chama, que, supostamente o contactou com a proposta de ajudar a Inglaterra no pagamento de sua dívida. Sem dúvida, a Fundação X está em uma posição mais alta do que qualquer organização que conhecemos. Quando Lord James tentou conectar a Fundação X com pessoas apropriadas dentro da Câmara dos Lordes e do Banco da Inglaterra, ele disse: "Eu encontrei-me entre uma rocha e um lugar duro, que foram totalmente paranóico em relação uns aos outros, porque as pessoas da fundação X têm uma obsessão surpreendente com sua própria segurança. Eles esperam ser contactado apenas por pessoas do status de chefe de estado ou de alguém com uma classificação internacional de segurança como os 6 maiores no mundo"

James está claramente descrevendo alguns pessoas muito poderosas e influentes, com tendências de elitismo. Elas estão obviamente acostumadas a ser contactadas por pessoas da mais alta estrutura social e elas ficam insatisfeitas quando abordadas pelo estrato inferior. No entanto, quando os membros do Banco da Inglaterra e da Câmara dos Lordes britânica são considerados membros inferiores da sociedade, a que altura esta Fundação X vai? Enquanto blogueiros têm sugerido que a organização misteriosa poderia ser o Escritório de Controle do Tesouro Internacional, UNOITC (organização que se diz ligada a ONU), e alguns têm mesmo sugerido o Vaticano. Lorde James deixou claro que a Fundação X, sejam eles quem forem, "tem suas reservas em ouro desde 1920 e que suas reservas de moeda por todo o mundo, que são muito grandes, são apoiadas pelo ouro" (quer dizer que tem o mesmo valor em ouro). Isto significa que "um valor para a quantidade de ouro que seriam necessário para cobrir as suas reservas de moeda, como é alegado, o que seria mais do que todo o valor de metais preciosos que haviam sido extraído na história do mundo." De acordo com Lord James, a Fundação X está disposta a emprestar bilhões de libras para o governo britânico para uso em projetos tão diversos como hospitais, escolas e linhas ferroviárias.

Independentemente do resultado final da discussão do empréstimo da Fundação X, sua oferta no mínimo provocou uma confissão surpreendente de um membro da Câmara dos Lordes britânica. Quando um governo que admite abertamente financiamento do terrorismo, cujo alvo é a sua própria população, e em seguida considera negócios com instituições financeiras suspeitas sem informá-los, deve provocar indignação generalizada. Mas, dada a forma como a informação é manipulada na Inglaterra, muito provavelmente isto não irá gerar indignação alguma.

O discurso pode ser visto no vídeo abaixo. O discurso de inicia na posição 2h e 34m.



Fontes:
Belfast Telegraph: Conservative peer Lord James of Blackheath: I'm a money washer, not a money launderer
Página de Lorde James No Parlamento
Blog Activist Post: Staged Government Terror: An Open Admission Within The British House of Lords

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Mais aberrações vão aparecendo...

Clique AQUI para saber do que se trata. Digo, de onde e quando veio a baboseira abaixo:

"O pior efeito de qualquer crise é o pessimismo. Ele barra novos investimentos, impede contratações, traz incertezas, tudo que só faz a situação ficar ainda pior. E ser otimista, em um momento assim, não significa ser irresponsável. Significa conhecer a própria força e competência para superar as dificuldades, além de colocar tudo isso em prática. O Governo  Lula toma medidas que ajudam a fortalecer a economia e mostram a força do país em momentos conturbados. E nós, do SBT, também estamos fazendo a nossa parte. Acreditando que a crise fica menor quando a gente trabalha mais e reclama menos."

$ILSVIO $ANTOS VEM AÍ... E A CONFI$$ÃO DE CULPA DO DESGOVERNO: “Essas irregularidades aconteceram ANTES de comprarmos parte do PanAmericano”...

HELIO FERNANDES
sexta-feira, 12 de novembro de 2010 | 06:10

Helio Fernandes
Os  jornalões estão gastando espaços enormes com o caso dos 2 bilhões e 500 milhões “dados e doados” ao Banco PanAmericano. Mas não chegam nem perto. No tempo, nas dificuldades do Silvio Santos, nas fraudes conseqüentes, conhecidas pelo Banco Central, mas “escondidas e esquecidas” por ordens superiores.
Em matéria de funcionamento, o Banco Central é perfeito, não podia deixar de tomar conhecimento, por UM DIA QUE FOSSE, das irregularidades. No plano da “filosofia”, o BC é comprometidíssimo, servo, submisso e subserviente aos interesses (e às ordens) do FMI.
Mas em matéria de fiscalização, não tem furo. Há mais de 50 anos, era uma orgia completa. Bancos fechavam no “vermelho”, clientes ficavam “devendo” o tempo que o seu prestígio permitisse, nada acontecia. Até que um dia chegou o xerife e foi criador o FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Acabou a farra e o fechamento no “vermelho”.
(Curioso que o primeiro a falar nesse FGC, foi o próprio Lula, lá da África. Nenhum jornalão ou grupo de rádio e televisão, lembrou que existia esse órgão, PARTICULAR, que emprestava aos próprios bancos. Lula sabia disso, provavelmente foi o próprio SS que contou a ele, no encontro às vésperas da eleição, QUANDO FALARAM UNICAMENTE sobre o “grupo SS”, e as dificuldades do banco).
1 – Nenhum jornalão soube, percebeu ou localizou a época em que o grupo SS (e não o apenas o PanAmericano) começou a submergir. Uns falam em 2 anos, outros em 3, alguns, mais apressados, dizem que “foi há meses”.
2 – O “grupo SS”começou a perder substância e caminhar para a rota da falência, a partir do ano 2 mil. Na verdade, a matriz da derrocada foi o Plano Real, ponto de apoio e alavanca contra a inflação, que atingiu devastadoramente o grande fator de enriquecimento de tudo, o Baú da Felicidade.
3 – Esse Baú, uma fraude completa, era a felicidade do grupo e logicamente do próprio SS, que enriquecia mensalmente, sem o menor risco. Esse Baú, mistificação, ninguém tomava providências. SS enriqueceu tanto e tão maravilhosamente, que até lembraram seu nome para presidente da República.
4 – Chegou a ser lançado oficialmente, aceitou sem o menor constrangimento, mas logo descobriram, constataram: “Assim também é demais, entregar a República a um camelô enriquecido fraudulentamente, é exagero”. E a “candidatura” acabou “sem choro nem vela”, como no samba famoso.
5 – O esquema do Baú da Felicidade, era genial, não podia dar errado, por tudo o que se escondia nele e pela ingenuidade dos compradores do Baú, todos encantados pelo “charme” de SS, que ficava praticamente dia e noite diante das câmeras, iludindo a todos. Sua “credibilidade”, total e inviolável.
6 – Essa falcatrua chamada Baú da Felicidade (do próprio SS) funcionava assim. Os milhares (dezenas ou centenas) de compradores recebiam o carnê para pagamento mensal. Pagavam e concorriam a prêmios também mensais. Esses prêmios, quase ninguém sabia, eram em mercadorias.
7 – Essas mercadorias, entregues em lojas do Baú. Chegaram a existir centenas delas, o Baú foi realmente um sucesso. Pela falta de escrúpulos do vendedor e desconhecimento completo do comprador. SS ganhava fortunas, na época não havia o menor controle.
8 – O Baú “devolvia”em mercadorias, compradas por um preço, que na hora da “devolução” multiplicavam uma porção de vezes. Os lucros, chegavam a BILHÕES (isso mesmo, BILHÕES) sem nenhuma fiscalização.
9 – Mas havia outra fonte de RIQUEZA ESTRONDOSA. Depois dos sorteios mensais, os que não foram “premiados” recebiam de volta o dinheiro que gastaram. Só que esse valor DEVOLVIDO não sofria CORREÇÃO MONETÁRIA.
10 – Veio o Plano Real, implantado lentamente, e chegando devagar ao “grupo” SS. No ano 2 mil, começou a devastação e a destruição. Um dos grandes fatores de enriquecimento (a devolução sem correção monetária altíssima), extinguiu. Como não havia mais correção, a “devolução” começou a dar prejuízo na operação, “o dinheiro VINHA e VOLTAVA igualzinho”.
11 – Essa “fonte secou” e atingiu a outra, o “sorteio em mercadorias”, quase ninguém comprava mais carnê. Aí, a segunda degringolada; a quebra do carnê provocou a queda da audiência da  TV SBT, mais conhecida como SS ou Silvio Santos.
12 – Os analistas se fixaram no ESCÂNDALO do PanAmericano, pressentiram que haveria prejuízo para eles (jornalões e rádio-televisões), não chegaram às origens. A TV SS durante anos ocupava o segundo lugar na audiência, atrás apenas da Globo. Chegou perto de 25 por cento da audiência, a Record em terceiro com 6 ou 7 por cento.
13 – Hoje é o inverso, a SS tem 6 ou 7, a Record quase 30 por cento. Sem audiência não há publicidade, as maiores verbas vão para as televisões, então a auditoria de público é infalível. (Em São Paulo, os Institutos têm aparelhos em casas particulares, pagos, medem a audiência de minuto em minuto).
14 – Sem o Baú da Felicidade, sem os lucros da DEVOLUÇÃO, seu o superfaturamento das mercadorias, sem a audiência da televisão e a consequente publicidade, veio a falência, não oficial, mas sofrida internamente, e sem possibilidade de solução.
15 – Acaba aqui o início de tudo, a impossibilidade do PanAmericano financiar o déficit, na verdade não era um banco e sim uma arapuca. Começa então a fase do artifício, a tentativa de salvar as coisas, de arranjar dinheiro com favor oficial. E como acontece sempre nesses casos, as irregularidades espantosas, inacreditáveis, o abandono do que o Banco Central fazia e faz de melhor, a fiscalização. Que é “jogada para escanteio”, a linguagem de futebol da qual Lula tanto gosta. E abandonada a pedido dele mesmo.
Esta fase das irregularidades não tem número, são tantas e tão inexplicáveis, que é impossível numerá-las, contabilizá-las, identificá-las, com nomes, sobrenomes, cargos e responsabilidades.  A Caixa Econômica tinha 49 por cento do PanAmericano. Responsáveis pela Caixa, disseram publicamente: “Essas irregularidades aconteceram ANTES de comprarmos parte do PanAmericano”.
Nunca viu ou soube de uma CONFISSÃO TÃO GRANDE DE CULPA. Se os próprios responsáveis (?) pela Caixa afirmam que, quando compraram parte do PanAmericano, as irregularidades já existiam, POR QUE COMPRARAM? Passaram a CÚMPLICES, deviam ter denunciado tudo ao Banco Central. (Provavelmente não fizerem por saber que o BC era conivente).
Além de cúmplices ou coniventes com as irregularidades “anteriores”, vá lá, tinham 49 por cento do PanAmericano e não tomavam conhecimento do que se passava lá dentro? (Qualquer membro do Ministério Público, vai brigar para participar dessa investigação).
 Não dá nem para esmiuçar ou detalhar o que se tramava no interior do PanAmericano, com a aprovação e comprovação antecipada dos 49 por cento dos “representantes” da Caixa.
 ***
PS – Não é possível que ninguém soubesse de nada, não houve a menor denúncia, as tramóias eram tão elevadas e em tal número, que é impossível acreditar nessa descrença.
PS2 – E essa DESCRENÇA atinge o ainda presidente da República. Baseado no próprio refrão que ele mesmo popularizou: “Não sei de nada”.  Então foi conversar com SS para quê? Ainda se Silvio Santos gostasse de futebol, estaria tudo explicado.
PS3 – Como sempre, a impunidade será geral e total. E agora terão um “argumento infalível”: “O governo está acabando, querem jogar a Dilma contra Lula”.

Milton Friedman em duas entrevistas para Donahue. A primeira em 1979 e a segunda em 1980.

Em inglês



Friedman, shows why he is unsurpassed in modern times in defending liberty. He cheerfully decapitates the ideas of a government-controlled economy, over a wide range of examples. His layman's explanation as to how government intervention and the Federal Reserve control of the money supply helped cause the Great Depression is simply outstanding.



Milton Friedman provides a direct and to-the-point defense of capitalism and free trade. He explains how governmental regulations, no matter how well-intended, are inevitably infiltrated by business interests which use governmental power to stifle competition. He also explains the economics of why drug prohibition doesn't work to control drugs.

Farc saúdam eleição de Dilma. Pensei que os amigos do PT iam esquecer de dar parabéns.

AFP
12/11/2010

(AFP) – há 58 minutos

BOGOTÁ — A guerrilha colombiana das Farc saudou a eleição de Dilma Rousseff como primeira mulher presidente do Brasil, destacando sua "convicção pública de uma saída política para o conflito interno da Colômbia", em um comunicado divulgado nesta sexta-feira na internet.

"Nossa saudação cordial, bolivariana, com anseio de Pátria Grande", afirmam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que consideram um "fato relevante" que, pela primeira vez, uma mulher tenha sido eleita presidente do Brasil.

"Sua eleição à presidência da República Federativa, somada à sua convicção pública da necessidade de uma saída política para o conflito interno da Colômbia, catapultou nossa esperança na possibilidade de alcançar a paz pela via do diálogo e da justiça social".

"Temos certeza de que a nova presidente do Brasil terá um papel determinante na aclimatação da paz regional e na irmandade dos povos do continente", acrescenta o texto, assinado pelo Secretariado do Estado Maior Central das Farc (cúpula da guerrilha), datado de 1º de novembro.

O comunicado foi divulgado nesta sexta-feira no site da agência de notícias Anncol, que divulga informações do grupo.

Dilma, de 62 anos, que participou de um grupo guerrilheiro durante a ditadura militar, foi eleita no segundo turno do pleito presidencial, no dia 31 de outubro.


CLIQUEM AQUI PARA VER AS LIGAÇÕES PT-FARC

Estudiosos da ditadura, entre eles um ex-guerrilheiro, atacam crença de que esquerda armada lutava por democracia

DOUTRINA LINEAR

Jornal O Globo
Aydano André Motta, Chico Otavio e Cláudia Lamego



Estudiosos da ditadura, entre eles um ex-guerrilheiro, atacam crença de que esquerda armada lutava por democracia

Um dogma precioso aos adversários da ditadura militar iniciada a 31 de março de 1964 está em xeque. Novos estudos realizados por especialistas no período - alguns deles integrantes dos grupos de oposição ao regime autoritário - propõem uma mudança explosiva, que semeia fúria nos defensores de outras correntes: chamar de resistência democrática a luta da esquerda armada na fase mais dura do regime está errado, historicamente falando.

- Falava-se em cortar cabeças, essas palavras não eram metáforas. Se as esquerdas tomassem o poder, haveria, provavelmente, a resistência das direitas e poderia acontecer um confronto de grandes proporções no Brasil - atesta Daniel Aarão Reis, professor de História da UFF e ex-guerrilheiro do Movimento Revolucionário Oito de Outubro (MR-8)

- Pior, haveria o que há sempre nesses processos e no coroamento deles: fuzilamento e cabeças cortadas.

"Ninguém estava pensando em reempossar João Goulart"

Denise Rollemberg, mestre em história social da UFF, destaca que o objetivo da esquerda era a ditadura do proletariado e que a democracia era considerada um conceito burguês.

- Não se resistiu pela democracia, pela retomada do status quo pré-golpe. Ninguém estava pensando em reconstituir sistema partidário ou reempossar João Goulart no cargo de presidente - diz Denise.

A professora explica - e Aarão Reis concorda - que a expressão sequer surgiu no fim dos anos 60, início das batalhas entre militares e terroristas. A "resistência democrática" apareceu na campanha pela redemocratização do início da década de 80, após a anistia que permitiu a volta de exilados como Leonel Brizola, Miguel Arraes e Fernando Gabeira e criou uma clima de conciliação nacional.

- A descoberta da democracia pela esquerda se dá apenas no exílio, com a leitura de filósofos e pensadores como o italiano Antonio Gramsci e o entendimento correto das manifestações de maio de 1968 em Paris. Acabou virando tudo uma coisa só - diz ela.

A revisão de uma idéia cara à esquerda transformou-se em bate-boca no seminário "40 anos do golpe: 1964-2004", realizado semana passada no Rio.
Professor de filosofia da Unicamp, ***João Quartim*** defende que a luta era contra o golpe, pela restauração da democracia. Também ex-integrante de uma organização armada, a Vanguarda Popular Revolucionária, Quartim rejeita o rótulo de antidemocrático.

- Lutávamos contra o golpe imposto pela violência ao país. O conteúdo do nosso projeto era levar adiante, com mais audácia, as reformas de base do governo Jango. Quem deu o golpe é que quebrou, pela violência, esse processo. O golpe foi dado pela direita, com o apoio da frota americana que chegou a começar o deslocamento para cá - argumenta Quartim.

O período que está na berlinda tem o rótulo de "guerra suja" e aconteceu de 1968 a 1974 - ainda que as paixões indiquem que foi ontem. O mergulho nas ações armadas deu-se a partir de uma dissidência que produziu vários grupos de esquerda, depois massacrados por uma indústria de torturar e matar montada pelo governo dentro das Forças Armadas.

Outro participante da luta, o professor de História da UFRJ Renato Lemos, acha que é responsabilidade ética, social, política e histórica da esquerda assumir suas idéias e ações durante a ditadura.

- Cada vez mais se procura despolitizar a opção de luta armada numa tentativa de autocrítica por não termos sido democratas. Nossa atitude foi tão válida quanto qualquer outra. Havia outros caminhos, sim. Poderíamos tentar lutar dentro do MDB, mas achávamos que a democracia já tinha dado o que tinha que dar - confirma Lemos.

Professora da USP, Maria Aparecida de Aquino pondera que nada é assim tão simples. Para ela, não se pode afirmar que caminho tomaria o Brasil se a luta armada tivesse prosperado.

- Era resistência, mas não sabemos se seria democrática porque a esquerda não chegou ao poder - sustenta ela. - Não havia como pensar no restabelecimento do estado de direito sem tirar militares do poder. Quem interrompeu a democracia foram os militares.

Aarão Reis discorda.

- As esquerdas radicais se lançaram na luta contra a ditadura, não porque a gente queria uma democracia, mas para instaurar o socialismo no país por meio de uma ditadura revolucionária, como existia na China e em Cuba. Mas, evidentemente, elas falavam em resistência, palavra muito mais simpática, mobilizadora, aglutinadora. Isso é um ensinamento que vem dos clássicos sobre a guerra.

Disputa entre duas elites a que o povo assistia de fora

Professor de sociologia da Unicamp, Marcelo Ridenti argumenta que o termo "resistência" só pode ser usado se for descolado do adjetivo "democrática".

- Houve grupos que planejaram a ação armada ainda antes do golpe de 1964, caso do pessoal ligado ao Francisco Julião, das Ligas Camponesas. Depois de 1964, buscava-se não só derrubar a ditadura, mas também caminhar decisivamente rumo ao socialismo.

Professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, autor do aclamado "Como eles agiam", sobre o funcionamento do regime, Carlos Fico chama de ficção a idéia de resistência democrática. Ele também ataca a crença de que a luta armada foi uma escolha motivada pela imposição do AI-5.

- A opção de pegar em armas é anterior ao ato institucional. Alguns grupos de esquerda defenderam a radicalização antes de 1968 - garante ele.

O professor da UFRJ defende que os confrontos armados eram uma disputa sangrenta entre duas elites - o povo ficava de fora, assistindo aos sobressaltos.


*** Esta criatura, ***João Quartim***, já foi devidamente desmascarado por Olavo de Carvalho. O professor Olavo indicou esta entrevista da criatura, vejam que beleza de ser neste trecho:

"Tive a honra de estar naqueles cartazes que eles faziam e colocavam "assassino", por que a esquerda matava os "meganhas" mesmo, atirava de verdade..."

Tem ainda este vídeo:

Em torno da economia informal

MÍDIA A MAIS
por Ipojuca Pontes em 12 de novembro de 2010


Expoliação fiscal, é o que aguarda quem adere a economia formal no país, especialmente agora que a futura presidente pretende aumentar a carga tributária
Recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas calcula que o movimento da economia informal no Brasil, também conhecida como economia subterrânea ou paralela, atingiu o patamar de R$ 600 bilhões no ano de 2009.
O estudo, encomendado em causa própria pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco), de São Paulo, ainda dá conta de que a economia informal, compreendendo toda a soma da produção de bens e serviços não declarada ao governo, acarreta “prejuízo” anual de cerca de R$ 200 bilhões aos cofres públicos. Ou seja, aproximadamente 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. (Em 2003, era na ordem de 21,5%).
 
Como não poderia deixar de ser, o governo perdulário corre como um louco furioso atrás do dinheiro da economia subterrânea, que hoje circunscreve (segundo dados estatísticos imprecisos) mais de 40 milhões de pessoas, entre as que trabalham por conta própria, além de empregados e empregadores das mais variadas atividades, sem falar nos que trabalham sem carteira assinada.
    
No cotidiano, cada vez mais ávida, a máquina arrecadadora do Estado não dá sossego à informalidade: ela procura atuar sobre o comércio informal por meio de sofisticados mecanismos de controle, entre eles o da temível nota fiscal eletrônica, ao tempo em que inventa instituições como o “Super Simples” (ilusória redução da burocracia tributária) e intensifica a sedutora propaganda governamental para atrair formalmente os integrantes da economia paralela com a promessa de créditos fabulosos e de baixo custo.
    
Não satisfeita, ao saber-se lograda, a hidra faminta desencadeia sobre ambulantes, atravessadores, tarefeiros, profissionais liberais, professores particulares, consultores, pequenos comerciantes e prestadores de serviços que escapam às suas garras uma perseguição feroz, fazendo de tudo para enquadrá-los e levá-los à formalidade.   
    
Na ordem prática das coisas, todavia, a economia informal não se dobra nem se deixa seduzir. E por quê? – há de perguntar surpreso o interessado leitor. Bem, em primeiro lugar por uma questão de credibilidade: seus integrantes não depositam a menor confiança no governo. Em geral, por experiência própria, boa parte da população que compõe o vastíssimo universo da economia informal está farta de saber que uma vez alinhada no âmbito da economia formal ela será considerada apenas mais um número na rubrica da máquina arrecadadora oficial e condenada a pagar, ad eternum, tributos e mais tributos a um sócio, além de arrogante, predador.
      
O negócio não é fácil. Tal como me disse certa vez um camelô ao escapar do “rapa”, os informais fogem do governo como o diabo da cruz. Com efeito, para adotar conscientemente tal providência (tida como lesiva aos interesses do governo), convém ao leitor saber que milhões de pessoas hoje atuantes na economia informal já integraram o vasto mundo da economia formal, terminando por retornar à informalidade depois da amarga experiência, visto não terem obtido qualquer tipo de benefício no exercício da economia formal – salvo o de pagar, em escala crescente, impostos ao governo.
      
O próprio governo, ironicamente, tem sido o principal incentivador da informalidade. Por exemplo: no caso especifico do mercado formal de trabalho, em que o empregador ao assinar contrato de trabalho com um hipotético empregado torna-se refém de uma legislação trabalhista inviável, sua prática, no histórico, só tem levado o empregador à falência e o empregado ao desemprego. Fato por demais conhecido, calcula-se em milhões o número de empresas que são largadas hoje no meio do caminho (ou simplesmente deixadas de lado após algum tempo de funcionamento) sem que os empresários postulantes tratem de fechá-las na forma da lei: é que além de impraticável, a tarefa sai mais onerosa e problemática do que abrir uma nova empresa – outra tarefa problemática.           
    
Por outro lado, o caso da Previdência Social – no momento convivendo com um rombo financeiro superior a R$ 1 trilhão – é monstruoso. Só para ilustrar como se processa o descalabro, o segurado autônomo recolhe aos cofres do INSS durante 30 anos uma contribuição mensal proporcionalmente significativa para auferir, aos 65 anos, já com o pé na cova, o impressionante benefício de R$ 510 - em contraposição ao aposentado do setor público que ganha, às vezes com menos de 50 anos, dez vezes mais do que o aposentado do setor privado, havendo casos em que muitos deles (os célebres “marajás”, denunciados por Collor de Melo) chegam a receber aposentadorias mensais correspondente ao valor de até 80 salários mínimos. 
    
Por causa de tal distorção, só para cobrir o rombo com despesas de aposentadorias e pensões de 900 mil funcionários públicos, o Tesouro Nacional desembolsou em 2009 cerca de R$ 47 bilhões, superando, em muito, a folha de pagamento de 28 milhões de aposentados pelo regime do INSS, que recebem, em média, 1 salário mínimo mensal.  
    
(No campo da assistência médico-hospitalar assumida pelo governo o caso é bem mais daninho. Uma simples visita a um hospital público, em que pese os bilhões de reais neles investidos, nos leva a acreditar que descemos ao sétimo círculo do inferno traçado por Dante Alighieri na sua “Divina Comédia”: nele, nos deparamos com filas de arrasar quarteirões, corredores repletos de doentes crônicos, pacientes agonizantes à espera do atendimento de falsos médicos, equipamentos hospitalares contaminados ou danificados e, sobretudo, com a falta permanente de leitos e medicamentos indispensáveis ao atendimento dos pacientes).    
    
De minha parte, penso que não há o que censurar no sujeito que adere à informalidade. Pelo contrário. Em certas circunstâncias, evitar as garras do governo predador passa a ser um ato de legitima defesa. Afinal, por que teria ele de pagar mais imposto a um tirano que adota o acosso fiscal como princípio e a corrupção como norma? Para permitir que Zé Dirceu exerça melhor o seu milionário ofício de lobista? Para garantir que Arnaldo Jabor faça filmes com cenas explicitas de puteiro por R$ 12,5 milhões arrancados do bolso do indefeso contribuinte? Ou para que a classe política, permissivamente bem paga, mas alheia ao interesse geral, recrie mais uma CPMF para espoliar a população?       
     
Tá doido, meu. Nem que a vaca tussa!

Mais do amigo do lula que se pudesse votaria na dilma: FARC, golpe, promoção de general ligado ao "negócio"... A Iberoamérica é ou não é o MERCOPÓ?

GENTE DECENTE
Sex, 12 de Novembro de 2010 10:10

Há 15 dias, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, fez uma declaração no mínimo polêmica em um de seus programas de TV dominical: disse que, em 2012, se a oposição ganhar, as Forças Armadas perseguiriam oficiais chavistas e que os militares se "sublevariam".

A frase foi algo ofuscada por nacionalizações anunciadas no mesmo programa.

Mas a controvérsia se desatou de vez quando o general Henry Rangel Silva, chefe do Comando Estratégico Operacional, deu entrevista ao jornal "Últimas Notícias" na segunda passada afirmando que as Forças Armadas estão "casadas" com o projeto de país de Chávez.

Mais adiante disse, segundo o jornal: "A hipótese [de um governo da oposição] é difícil, seria vender o país. Isso as pessoas não vão aceitar, as Forças Armadas Bolivarianas também não e o povo muito menos".

Como era de se esperar, a oposição estrilou, acusou o general de incitação ao golpismo. E até o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, criticou Rangel Silva.

Pois agora há pouco, em cadeia nacional de rádio e TV, Chávez decidiu promover o oficial a general-em-chefe. Classificou as declarações do "humilde soldado" ao jornal de "históricas" e criticou Insulza.

Não é a primeira controvérsia envolvendo Rangel Silva. O general é citado, desde 2008, na chamada "lista Clinton" do governo americano, que elenca nomes dos que consideram vinculados ao narcotráfico.

Há poucos dias o narcotraficante venezuelano preso na Colômbia, Walid Makled, afirmou que, para negociar tranquilamente no país, pagava suborno a uma lista de altos funcionários venezuelanos. O recém-promovido encabeça a lista de acusados pelo detido.

Os investigadores dos EUA consideram Makled um dos maiores traficantes do mundo e pedem que seja extraditado. Já Chávez quer julgá-lo na Venezuela. O presidente venezuelano já disse na TV que o acusado, um empresário que fez dinheiro ao não apoiar o locaute contra o governo em 2003, será usado pelo "império" para atacá-lo.

Em entrevista ao GLOBO, Miro Teixeira diz que 'marco regulatório é indesejável'

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

Autor(es): Agencia o Globo
O Globo - 09/11/2010


CORPO A CORPO MIRO TEIXEIRA


Ex-ministro das Comunicações de Lula, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) descarta a necessidade de criação de um marco regulatório da mídia eletrônica. Para ele, o país tem regras que regulam o setor, e nem mesmo o surgimento de novas mídias, como a internet, pode servir de pretexto para embasar a ideia.
Isabel Braga

O GLOBO: O Brasil precisa de marco regulatório da mídia eletrônica?
MIRO TEIXEIRA: Não precisa de marco regulatório em muitas áreas, nesta especialmente.

A expressão “marco regulatório” é ampla. Temos regras para o tempo de concessão, renovações de concessões.

Temos mecanismos de proteção, classificação de programas, está na Constituição de 88. Você pode debater avanços, não restrições. Devemos proteger o conteúdo nacional, a produção local. A Constituição manda, e o mercado garantiu o êxito da norma.

Você vê diversidade de sotaques na TV que não tinha há alguns anos. Contribuiu para a unidade nacional.
Como vê a ideia de um anteprojeto sobre marco regulatório da mídia eletrônica?
MIRO: Preocupa e me surpreende.

Considero uma inutilidade se o objetivo for controle de conteúdo. Inútil porque qualquer lei neste sentido será considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Acho paradoxal, porque Lula, Dilma e Franklin (Martins) lutaram contra a ditadura. É impensável que haja alguma iniciativa de caráter restritivo.
A alegação é que a legislação é de 1962, e que novas mídias surgiram...
MIRO: Essas mídias não dependeram de novas leis. Surgiram graças ao ambiente de liberdade de criação. A rede mundial foi criada para que as gerações pudessem expressar opiniões sem interferência dos governos. Sempre que governos intervieram na organização de conteúdos jornalísticos, no sentido amplo, acabaram por restringir o ambiente de liberdade.
Não é preciso uma lei que leve em conta a internet?
MIRO: Internet não tem que ter regulação, tem que ser anárquica
A regulação garantiria maior concorrência?
MIRO: Mas isso acontece desde 1988 e já existia antes, sem marco regulatório. Marco regulatório é indesejável.

O Brasil desenvolveu a política científica e tecnológica.

Constituiu os melhores veículos de radiodifusão, bom sistema de rádio, TV, boa internet, não precisamos de mais regulações. A velocidade do desenvolvimento tecnológico é tão grande que regulações acabam por impedir que serviços sejam oferecidos à população
Como vê a iniciativa do seminário da Secom?
MIRO: O que causa perplexidade não é existência de debates.

Mas, se é governamental e tem por objetivo estabelecer marcos regulatórios, aí se cria outro ambiente. São frases vagas. Qual é o objeto? Quer chegar aonde? Qual o alvo? Isso não está anunciado.

Uma iniciativa que não indica o objetivo permite o boato. O seminário da Secom é sem enunciado, sem dizer a quê. Trocar experiência é bom, mas o governo tem custos pagos por impostos. Ou seja, por nós todos
O presidente Lula disse que liberdade de imprensa não pode ser usada para inventar mentiras...
MIRO: Autoridades sempre se irritam com a imprensa.

Autoridades gostam de elogios, não de notícias. O que interessa ao povo é saber se autoridades estão se comportando com moralidade, transparência, impessoalidade.

O que normalmente preocupa a autoridade é a capacidade da imprensa de exercer a fiscalização de seus atos.
E o direito de resposta?
MIRO: A Constituição prevê indenização, direito de resposta.

Autoridades dispõem de imunidade, têm acesso à imprensa, podem emitir notas.

Onde está o risco da imprensa quando fala a verdade? A exposição de escândalos, das falcatruas, fez bem ao povo brasileiro. Não existe notícia que não possa ser desmentida se for falsa. Sendo verdadeira, é útil.
É preciso restringir capital estrangeiro nas mídias, incluindo conteúdo jornalístico na internet?
MIRO: Uma coisa é o que é concedido (pelo poder público).

Internet não é concedida.

No que é concedido, o capital tem que ser brasileiro.

Entidades reagem a ameaças de Franklin Martins

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

Autor(es): Evandro Éboli, Mônica Tavares e Fábio Brisolla
O Globo - 11/11/2010

Ministro afirmou que regulação da mídia virá, mesmo com enfrentamento; empresários defendem debate e negociação


BRASÍLIA. Um dia depois de o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Franklin Martins, ter declarado que a regulamentação sobre a mídia será feita mesmo que num clima de enfrentamento, entidades do setor deixaram claro que o tema deve ser tratado com diálogo e não com confronto. Dirigentes da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert) e da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e outras ligadas à empresas de telecomunicações evitaram polemizar com o ministro e afirmaram que pretendem contribuir com a discussão.

Na abertura do Seminário Internacional das Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, anteontem, o ministro disse que nenhum setor ou grupo pode impedir a discussão sobre a regulação da mídia.

— Nenhum grupo tem o poder de interditar a discussão.

A discussão está na mesa. Terá de ser feita. Pode ser num clima de enfrentamento ou de entendimento.

Eu acho que é muito melhor fazer num clima de entendimento — disse Franklin.

Antes de deixar o governo, Franklin vai enviar ao presidente Lula um anteprojeto com proposta de regulamentação da mídia.

A decisão de enviá-lo ou não ao Congresso será da presidente eleita, Dilma Rousseff.

Para Daniel Slaviero, ex-presidente da Abert, não há clima de embate entre o governo e as empresas de comunicação.

Slaviero afirmou que a entidade gostaria de participar de um grupo de trabalho para contribuir na elaboração do texto do anteprojeto de lei sobre o setor, antes de seu envio ao Congresso.

— O seminário mostrou que há vários modelos e que temos uma legislação, de 1962, que precisa ser atualizada. Estamos prontos para esse diálogo e a sentar e conversar. Só que vamos reagir fortemente, se houver interferência no conteúdo de rádios e TVs, cerceamento da liberdade de imprensa — disse Slaviero.

Ele não considerou ofensivas as declarações de Franklin: — Acho que o ministro não carregou na tinta, como se diz. Foi dentro da sua linha.

Presidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, o empresário João Carlos Saad, que participou do seminário, fez duras críticas ao evento: — O debate aqui é muito difícil. Para você se inscrever tem que escrever a sua pergunta, por suas impressões digitais, e aí vai para um professor da UnB que, se quiser, decide ler a sua pergunta.

Ele também considerou confuso o seminário, que durou dois dias: — Ele não é feito pelo Ministério das Comunicações, que é quem deveria estar fazendo isso.

Não é feito pela Anatel. Ele é feito pela Secom, que não tem nada a ver com isso. Se não tem nada com isso, por que está fazendo? Ele ocorre no oitavo ano do presidente Lula. E a informação é que eles querem fazer todo um marco regulatório nesses trinta, sessenta dias.

Para o presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg, não há “discrepâncias insanáveis” entre o setor e o governo. Para ele, a discussão tem o objetivo de encontrar o modelo mais adequado para o Brasil: — Não chamaria de embate, para não caracterizar posições antagônicas. Não creio que deva ser esse o ponto de partida. Temos que partir para aprofundar a discussão. Num nível de franqueza, mas de entendimento, como foi colocado aqui — disse Annenberg.

O presidente da associação disse que cabe ao governo a regulação do setor, mas isso precisa ser feito sem posições ideológicas: — A regulação é um instrumento do Estado e ponto final.

Não existe você ser contra ou a favor do marco regulatório.

Ele tem de existir.

Ricardo Pedreira, da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), considerou positiva a realização do seminário e a adoção de um marco regulatório, como há em países europeus e nos Estados Unidos.

Mas ele teme a ameaça à liberdade de imprensa: — O que não cabe é qualquer controle prévio aos meios de comunicação — disse ele, que não polemizou com Franklin: — Todo mundo tem direito de dar opinião. Não há enfrentamento.

Diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel e Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy disse que, em qualquer mudança de marco regulatório, os interesses de todos os envolvidos são lícitos. Ele acha que o anteprojeto a ser elaborado pelo governo será negociado com todos os segmentos: — Não tem como ser imposta.

Não é rápida, é lenta. E qualquer mudança tem que ser debatida à exaustão e no fórum adequado, que é o Congresso — disse ele.

Ontem, no discurso de encerramento, Franklin evitou criticar as empresas de comunicação.

Disse que a regulação não é um “bicho de sete cabeças” e que o debate continuará: — É normal a oposição ao projeto. Esse é um tema complexo e sensível. Natural também que seja controverso.

Mas o Brasil quer discutir esse tema — disse o ministro.

Amorim é desconvidado a acompanhar Lula no G20

BRASIL ACIMA DE TUDO
12 de novembro de 2010

Cavaleiro: hummmm. Me veio FARC na cabeça...


Viagem do chanceler a Seul constava da agenda e seu hotel estava reservado

Ministro participou da primeira fase da viagem presidencial, à África, e foi avisado pelo Planalto de que não iria à cúpula

CLÓVIS ROSSI

ENVIADO ESPECIAL A SEUL 

O ministro Celso Amorim foi desconvidado pelo Palácio do Planalto a participar da cúpula do G20 em Seul.

O compromisso estava registrado na agenda do chanceler e sua reserva no Imperial Palace, hotel no qual ficou toda a comitiva, também já estava providenciada, quando um telefonema do cerimonial do Planalto à sua secretaria privada o avisou que ele não precisaria ir.

O aviso criou grande mal-estar, ainda mais porque Amorim acompanhou o presidente na primeira etapa da viagem, até Moçambique.

O constrangimento só aumenta quando se compara a agenda de Lula com a do chanceler que o acompanhou nos oito anos de governo, ajudou a dar projeção internacional ao presidente e até filiou-se ao PT.

Enquanto Lula despede-se da cena global na Coreia, reunido com os principais governantes mundiais no G20, Amorim está na República Democrática do Congo.

A nota em que o Itamaraty anuncia a visita do chanceler ao país africano como "a primeira de um chanceler brasileiro desde 1972" relata também que o intercâmbio comercial entre os dois países, até setembro, atingia inexpressivos US$ 41,68 milhões.

A lógica indica que o desconvite a Amorim para Seul é também o desconvite para que ele continue no Ministério de Relações Exteriores.
A presidente eleita Dilma Rousseff acompanha Lula, e seria natural que, se houvesse intenção de mantê-lo, Amorim estivesse presente na apresentação internacional da futura presidente.

O que não fica claro é se o desconvite implica também desgaste para o vice-chanceler Antonio Patriota, o único outro nome até agora mencionado nas especulações sobre o comando do Itamaraty, além do de Amorim.

Patriota, secretário-geral do Itamaraty, é intimamente ligado a Amorim, que o promoveu, muito jovem, ao posto mais importante da diplomacia no exterior, a embaixada em Washington.

Reforça a tese de que o episódio chamusca também Patriota o fato de que dois outros nomes começaram ontem a aparecer na bolsa de apostas para a Chancelaria.

Um é o do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que já fez saber à futura presidente que gostaria de ocupar o posto. Outro é o de José Viegas, ministro da Defesa no primeiros mandato de Lula e hoje embaixador na Itália.

PRESTÍGIO
Se Amorim ficou constrangido, seu colega Guido Mantega só teve ontem razões para sentir o contrário.

Lula insistiu para que ele comparecesse a seu lado à entrevista coletiva marcada para o fim da tarde em Seul e ainda o chamou para fazer a apresentação inicial, sobre a história e o presente do G20.

Mais: quando tomou a palavra, Lula disse a Mantega que o ministro deveria defender, "na próxima reunião de ministros da Fazenda do G20", um levantamento sobre as medidas que cada país está adotando na crise e no pós-crise. A próxima reunião será já no governo Dilma.
A presidente eleita, cuja presença havia sido anunciada, não compareceu.



(*) Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1211201002.htm

Educação – Escolas técnicas

INSTITUTO MILLENIUM
Novembro 12, 2010

Autor: José Celso De Macedo Soares

No eco das trapalhadas do “Enem”, algumas considerações sobre a educação no Brasil. Pequena digressão histórica. A ação do colonizador português, no tocante à educação e cultura, foi predatória. As atividades culturais foram impedidas e as escolas reduzidas à expressão mais simples. Em 1822, quando da independência, não havia nenhuma universidade em funcionamento no Brasil, enquanto na América espanhola já existiam 23 (vinte e três) , sendo que a de São Domingos, a mais antiga, foi criada em 1568. Foram 322 anos de total obscurantismo, com reflexos até hoje.

Não tenho a intenção de discutir e mostrar as sucessivas reformas do ensino, que foram implantadas no país desde a independência. O estigma do analfabetismo continuou sempre a nos perseguir, malgrados os esforços dos governos. Por outro lado, a influência jesuítica na nossa cultura, gerou a inusitada procura do título de “doutor”, a ânsia de entrar na Universidade, revelada por todas as classes sociais. Nossas leis com preponderância do “bacharelismo”, concedem toda classe de vantagens aos que possuem o chamado curso superior, as quais vão desde gratificações especiais até prisão especial. Para não falar do falso “status”.

Desejo, nestas breves linhas, comentar o atual 2º (segundo ) grau. Aqui reside nossa maior fraqueza: a inexistência de número adequado de escolas técnicas para preparar o profissional de grau médio. A Alemanha, que tem maravilhoso sistema educativo, presta especial atenção a esta parte do ensino. Na minha especialidade , a engenharia, estes técnicos são a base de toda indústria alemã. São o elo entre o engenheiro diplomado, cuja finalidade é principalmente projetar e, o mestre que dirige as oficinas. São verdadeiros engenheiros que, em curso de três anos, 01(um) pelo menos trabalhando em fábricas, adquirem todo conhecimento prático e teórico para conduzir o trabalho no campo. Tive experiência própria a respeito. Quando o Presidente Juscelino lançou seu grande programa de construção naval, fui convidado para dirigir os trabalhos de construção naval no Estaleiro Mauá, no Rio de Janeiro, pois tinha me formado em Engenharia Naval na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O Brasil, à época, não tinha nenhum curso de Engenharia Naval nas suas universidades. Para auxiliar-me fui à Alemanha e contratei dois jovens técnicos em engenharia naval, que vindo trabalhar comigo no estaleiro tornaram-se meu braço direito. Desta experiência tornei-me rigoroso adepto da disseminação de escolas técnicas pelos municípios brasileiros. Seu número deveria ser grandemente aumentado. Facilitar-se-ia o ingresso aos alunos que terminassem o primeiro grau, os quais teriam assim duas opções: ou iriam para uma escola técnica ou caminhariam para o curso superior. Mas, para os que quisessem seguir os cursos superiores, o caminho deveria ser o mais rigoroso possível, afim de que a tentação de ser “doutor” não o seduzisse tão facilmente, como hoje se verifica no Brasil, dada as “vantagens “ indevidas que o titulo propicia, como escrevi anteriormente. A disseminação de escolas técnicas, principalmente pelo interior, seria também elemento importantíssimo para evitar as migrações internas. O preparo de mão de obra técnica nas várias regiões, estimularia a instalação de indústrias, pois estas procurariam sempre as localidades onde pudessem encontrar mão de obra adequada.

Tudo que acabo de escrever sobre educação, de nada vale se não tivermos mestres qualificados, com remuneração à altura de sua profissão, para que possam dedicar-se integralmente à sua tarefa, moldando as gerações futuras, indicando-lhes os rumos e caminhos a percorrer. Termino com Pitágoras: “Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos”