Material essencial

sábado, 3 de julho de 2010

Redução de gastos gilhotinou Dia da Bastilha

INSTITUTO PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA

2, julho, 2010


Devido a pressões da União Européia para cortes de gastos, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, cancelou a famigerada comemoração do – mais famigerado ainda – dia 14 de julho, data em que se considera o início Revolução Francesa com a queda da Bastilha.

Apenas será mantido o desfile militar na Avenida Champs-Élysées.



Tomada da Bastilha

sexta-feira, 2 de julho de 2010

G-20: ESTÃO LOUCOS?

Por e-mail


Fonte: "El Diário Exterior", 2 de Julho 2010.
Tradução: A. Montenegro



Por Álvaro Vargas Llosa

A reunião do G-20, em Toronto, no Canadá, deixou em evidência uma verdade patética: os governos, instituições e personalidades que nos deveriam orientar nesta convalescença da hecatombe 2007/2008, continuam recomendando as mesmas políticas que conduziram ao desastre.

Antes e durante as reuniões, o presidente Obama insistiu com as nações, para adiar o ajuste fiscal e a redução da dívida, ações que poderiam sufocar a débil recuperação. Afirmou que o "violento acordo" dos participantes para reduzir o déficit pela metade até 2013 e estabilizar os percentuais da dívida até 2016, revelava mais "violência" que "acordo".

O canadense Stephen Harper, a alemã Angela Merkel e inclusive o francês Nicolás Sarkozy, defenderam o corte fiscal. Mas a oposição dos Estados Unidos e do Japão e a ambiguidade de potências emergentes como o Brasil, resultaram num acordo que não passa de uma banguela declaração de boas intenções.

Publicações respeitáveis, que deveriam contribuir para a clareza moral, agora que a dívida pública alcança 92% da economia da França e 83% da economia da Grã Bretanha, enquanto o déficit dos EUA está na estratosfera, asseguram que não é hora de disciplina monetária e fiscal.

Até Martin Wolf, do "Financial Times", considera "correto que os Bancos Centrais continuem imprimindo dinheiro". Clive Crook, do mesmo jornal, diz que é justo chamar a Alemanha "um mal cidadão global, por ajustar a política fiscal, apesar do superavit externo e da margem para endividar-se mais".

A revista Forbes, supostamente favorável ao mercado, publicou um artigo criticando as medidas de austeridade anunciadas por George Osborne, presidente do Exchequer britânico, que pretende cortar 25% do orçamento de várias repartições estatais. Na revista Bloomberg, o financista George Soros disse que "as medidas de redução de gastos de alguns países europeus produzirão um desastre".

O raciocínio destas vozes habitualmente autorizadas é o seguinte: a recuperação continua dependendo do estímulo estatal. E para restabelecer o equilíbrio entre as nações que têm superávit externo, como a Alemanha ou a China e as deficitárias, como os EUA ou Espanha, as primeiras devem economizar menos e gastar mais.

Se este conselho, que culpa o prudente pela conduta do imprudente, viesse dos pesos pesados de sempre – como o Premio Nobel Paul Krugman e companhia – seria lamentável. Agora, vindo da única superpotência, dos gurus mais influentes da comunidade empresarial e de publicações que se dizem conservadoras, fica claro que o mundo está mais louco do que se temia.

Os déficits, a dívida e o dinheiro fácil, causaram a bolha e a crise. Também causaram o filme de suspense hitchcoqueano que a Europa vive há meses. Tomar as decisões políticas necessárias para a recuperação continuada, evitando futuras bolhas, já é difícil. Mais ainda quando qualquer medida responsável tropeça com as manifestações nacionais, como na França, contra a reforma das aposentadorias e na Grecia e na França contra a reforma fiscal. Tomar tais medidas quando os líderes e vozes respeitadas perderam o juízo, exige esforços titânicos.

Graças a Deus, nem tudo está perdido. Ao mesmo tempo em que o G-20 pirava, o Banco Central da Suiça publicou seu informe anual, criticando como azarenta a manutenção de políticas fiscais e monetárias dissolutas. Sustenta que as taxas de juros artificialmente baixas, distorcem as decisões de investimento e levam os mercados financeiros a adotar riscos elevados. Um programa de austeridade seria gerador de confiança, sinalizando o sistema financeiro e proporcionando os empréstimos de longo prazo com baixo custo, em benefício dos maiores investimentos.

O BPI (Banco Central da Suiça) sustenta ainda que as políticas monetárias descontroladas, poderão produzir o clima de dinheiro fácil, que produziu a crise atual, gerando incentivo para que certas entidades financeiras tomem muitos empréstimos a curto prazo, para repassar a longo prazo, brecha que se traduziria em congelamento do crédito no primeiro sinal de baixa liquidez.

No cerne da questão, as políticas atuais protelam o momento de encarar o desafio demográfico do Estado de Bem Estar nos países que envelhecem rapidamente. Protelam a reestruturação das indústrias ineficientes que vivem ligadas aos aparelhos de UTI do acesso ao crédito fácil.

Verifica-se que "há algo de podre no reino da Dinamarca" quando o Banco Central da Suissa condena as políticas que aplaudiu durante anos. É um alerta para os desastres iminentes, se os governos continuarem no rumo atual.

UNICEF, CUBA E OS PARAISOS DA INFÂNCIA

VIVERDENOVO

TERÇA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2010


Abaixo, a tradução resumida e adaptada, da newsletter “punt de vista” datada de hoje, 29 de Julho. (Arlindo Montenegro)
"Nos últimos dias, a propaganda castrista tem reproduzido um informe da UNICEF sobre Cuba, parecendo afirmar nas conclusões, que a ilha dos irmãos Castro é “um paraíso para a infância”. Esperamos que o representante da UNICEF em Cuba, com sede no bairro de Miramar, onde residia a velha classe burguesa cubana, não seja vítima de alucinações."

"Outras fontes diretas da ilha, informam há muito tempo como vivem as crianças cubanas. Além do doutrinamento ideológico nas escolas (que o castrismo considera como um “sucesso”). Hoje como amanhã, os direitos contidos na Carta dos Direitos Humanos, que são o oposto das normas da Ditadura, são e serão negados aos pais e filhos.

A comparação com a América Latina não é pertinente, porque as crianças vivem melhor na Argentina, no Uruguai ou no Chile. Melhor alimentados e seguramente com mais direitos. Com uma educação garantida e não com doutrinamento ideológico, que anula o exercício de qualquer tipo de critério autônomo e alinha as crianças, forçosamente, para uma cosmovisão verde-oliva."

"A alimentação das crianças é preocupante, devido aos problemas de abastecimento existentes nestes 52 anos , em que o governo foi incapaz de criar as condições mínimas de prosperidade neste sentido." (Nota: a Bolívia acaba de enviar 3.000 toneladas de arroz, como doação, a Cuba e sob protesto dos produtores bolivianos).

É preocupante que a UNICEF promova o castrismo, esquecendo os filhos dos dissidentes, que são discriminados por motivos ideolóticos. Este é o caso de Rolandito, filho de Rolando Jiménez, preso em Nueva Gerona. O texto a seguir é do blog Cuba Nuestra:

Rolando Jiménez Gueiérrez (Rolandito), tem onze anos e é filho do preso político Rolando Jiménez Pozada, Bacharel em Direito, condenado a 12 anos pelo Tribunal Provincial Popular da Cidade de Havana, por “delitos contra a segurança”, desde Abril de 2003. Segundo a mãe da criança, residente na Ilha de Piños, a professora Linnit, do 6to. Grau, reprovou a criança em matemática afirmando: “Não me pagam para educar o filho de um contra-revolucionário”.

"A criança afirma que a professora Linnit não lhe dirige a palavra e incentivou as outras crianças para bater e ofendê-lo. Além disso nega permissão à criança para ir ao banheiro ou tomar água enquanto está na escola. A professora de Espanhol, Virginia, condicionou sua aprovação nos exames finais, obrigando-o a escrever uma carta dirigida ao seu pai, como se fosse um combatente internacionalista e revolucionário".
Como é que aquele regime pode ser apontado como paradigma da aplicação da Convenção sobre os Direitos da Criança? Rolandito sofre tortura psicológica na escola, por ser filho de um preso político. O fato dos pais não estarem identificados com o castrismo, não dá aos professores, o direito de convertê-lo numa vítima do ódio, da ameaça, da intolerância e de tratamento cruel e degradante, com anuência das autoridades governamentais.
A mãe confirma: por mais que se esforce, estude e sacrifique horas de sono e recreação, sendo aplicado, responsável e disciplinado, o filho não consegue resultados positivos. As professoras sempre lhe dão notas baixas. O histórico escolar que reflete a história acadêmica e política do aluno com tais qualificações, define o futuro da criança, condenada pelo abominável crime de ser filho de um preso político.


Foi esta situação que inspirou o político catalão Carles Llorens a escrever “Rolandito y el rey Fidel”, conto publicado em catalão e em castelhano.

OS BLOGUEIROS, PONTO E NA MESMA LINHA

HEITOR DE PAOLA


Os blogueiros, ponto e na mesma linha

*Carlos Wotzkow

“Existe um limite para uma campanha de difamação e para um movimento de ódio?”

Yoani Sánchez

Cada dia creio menos... E pensar que um dia eu também acreditei...

As coisas que leio não fazem mais do que confirmar meu prejuízo-convicção (e como conseqüência de horas e horas de leitura de impropérios, mesquinharias, cultura de botequim e demais danos colaterais) de que os cubanos somos o grupo humano mais emporcalhado que habita sobre a Terra. Isto inclui, certamente, vários “companheiros” infiltrados na diáspora, o que nos torna internacionalmente infames, para dizer de uma forma amável. Como se sentem tantos come-merda destripando-se uns aos outros pela via dos blogs e ensinando as mil e uma misérias acumuladas em forma de intrigas e petardos, como se se tratasse de excelentes dotes de inteligência e intelectualidade?

A quem devemos apoiar: a Payá Sardiñas, a marionete favorita de José María Aznar e do Partido Popular (PP), ou Yoani Sánchez, a protegida com peruca de Moratinos e do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE)? Como apoiar nada além de que peça turismo norte-americano e não, mais liberdades aos cubanos? Não sabem por acaso, esses gentis anfitriões, que a metade do povo americano adora e apóia Fidel Castro? De que tratará a próxima carta a ser assinada pelo 73 e um quarto? Receberei alguma convocatória para apoiar a renovação da escada do edifício de uma blogueira, ou deverei doar algo para que atualize o cartão gráfico e possa ver Youtube? Vai que com qualquer das iniciativas e cartinhas que escrevemos estamos feitos...

Pois vejam, há tantas razões para não apoiar a nenhum desses “famosos” que já nem sei por onde começar. Primeiro, são essas declarações solenes de apolíticos (sinônimo de “não fui eu”) que denota uma ausência total de ideologia. Segundo, é sua lealdade, porém já conheço essa foto passada pelo photoshop: um grande travesti. E como ocorre com todos os grandes guerreiros por nossa liberdade, o terceiro são suas grandes verdades (Cuba será muito em breve livre e próspera) que são muito mais importantes que os fatos (em Cuba restam decênios de miséria e oportunismo político). Ah, essas grandes verdades veladas dos célebres dissidentes e demais personalidades da confraria cubana: (A) a fama, (B) o poder e (C) viver do conto.

São essas celebridades de gralha e pandeirinho as que os cubanos querem como governantes para o futuro? Talvez não, porém talvez sejam as que muitos mereçamos.

Deixando de lado a meia tigela cotidiana, por que ninguém se pergunta quem são Francisco Chaviano, Mike Falworth, José Luís Sito, ou quantos pseudônimos covardes aparecem e desaparecem na blogsfera? Por que ninguém protesta contra os infames ataques contra, por exemplo, três mulheres comprometidas com Cuba à sua maneira? Como não lhes aborrece a caça às bruxas contra Graça Salgueiro, Zoé Valdés ou Margarita García Alonso? Já vejo. Que doloroso que alguém triunfe e que patada nos pequenos mamilos, se esse êxito ocorre na América do Sul, ou no exílio na França, essa velha e servil república que apóia o castrismo em plena Europa!

Aquele que ataque a uma verdadeira opositora de Castro pelo simples fato de não ser cubana, não sabe o que é a solidariedade. Aquele que diga que uma novela é má por não se ajustar à realidade histórica, não viveu na novela de terror cubana. Aquele que ameaça de morte a filha de uma mulher intelectualmente superior, é um impotente sexual, ou como diriam em Marianao: não se o detém. Em Cuba, que eu saiba, só há um opositor: o tipo é mulato, está preso há um montão de anos e não digo seu nome para que não lhe caiam em cima, para que ninguém o converta em outra celebridade, ou para que os blogueiros não o insultem como gostam.

Como se sente o leitor com o protagonismo de uma pessoa que não pára de ganhar prêmios políticos, que pode inclusive entrevistar o presidente Obama e que não se sente dissidente do regime de Castro? Genuína come-merda, essa é a palavra ou me equivoco? E como devem se sentir as que levam tantos anos lutando honestamente pela liberdade de Cuba, quando quatro tipinhos (para não chamá-los de veados), vêm ofendê-las camuflados no anonimato com todo tipo de injúrias pessoais? Se a liberdade de Cuba passa pela defesa injuriosa destas celebridades havaneras fabricadas em Madri, ou por alguma pena desses impenitentes e covardes, só aspiro morrer no exílio.

Todos sabemos que os blogs são propícios à porcalhada. A mim me deram pauladas em todos eles. Desde “Secretos de Cuba” até o “Abicú Liberal” serviram de plataforma de insultos contra mim. Porém, ainda me surpreendo com o papel ridículo que seus proprietários fazem (e aparentemente ignoram) ao publicar tanta porcaria. Quem quer que hoje publique artigos difamatórios contra Graça, Zoé ou Margarita, já se sabe para quem trabalha. E que conste: todos trabalhamos para ganhar dinheiro, para melhorar nosso presente e o futuro de nossos filhos, porém, as três mulheres insultadas por estes sicários do regime o ganham honestamente, não puxando o saco de nenhum tirano. Esse detalhe já vale uma nota em sua defesa.

Cada dia creio menos, sobretudo quando uma blogueira vê os insultos escritos contra outra que não chegou a atirar a primeira pedra, e não é capaz de sair em sua defesa, embora mesmo que seja só pelo fato de ser mulher. Não, Yoani não há limites à sua pergunta, sobretudo se a cotovelada é recebida por outra. Porém, que cada um apóie a quem lhe dê na telha porque, em meu caso, apoiar a uma célebre filóloga seria como votar para que o chiclete com sabor de maçã torne-se o prato nacional cubano. Pior ainda (se é que alguém pode imaginar ainda pior) seria como desejar a Cuba outros 50 anos mais da mesma merda que hoje vivemos.

E eu, que disse em Milão que não escreveria mais... ponto e na mesma linha.

Bienne, 1 de julho de 2010

* Cientista cubano, ex-preso político exilado na Suíça

Tradução: Graça Salgueiro

quinta-feira, 1 de julho de 2010

CUSTO CULTO IMAGEM PESSOAL

VI VERDE NOVO

QUARTA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2010


Por Ray Pinheiro

Quanto custa o culto internacional da personalidade?

Em julho de 2008, a SECOM - Secretaria de Comunicação da Presidência da República, chefiada por Franklin Martins, com status de ministro, contratou por R$ 15 milhões anuais o Grupo CDN, uma das maiores empresas de  comunicação do país, para cuidar da imagem do Brasil no exterior. No lugar de “Brasil”, leia-se “Lula”.

Associada à Fleishman-Hillard, outra gigante das relações públicas internacionais, com mais de 80 escritórios no mundo, a empresa contratou sete jornalistas sênior, com salários mensais na casa dos R$ 20 mil, fluentes em inglês, espanhol e francês, com um único objetivo: colocar a marca “Lula” na mídia global.

Nenhum outro líder mundial possui tamanha estrutura de imprensa trabalhando full time para polir a sua imagem e plantar boas notícias no mundo inteiro, com outra diferença.

Quer vir ao Brasil fazer uma reportagem? Lula convida, Lula paga a viagem, Lula abre as portas do Brasil para o fascinado jornalista, inclusive, muitas vezes, com direito a uma “exclusivazinha” para elevar o prestígio.

Este ano, o que prova que grande parte dos R$ 15 milhões está sendo paga lá fora, a CDN cobrou apenas R$ 6,4 milhões doGoverno Federal, até novembro.

Mas os resultados foram simplesmente espetaculares. Em 2009, Lula concedeu 114 entrevistas, das quais 43 exclusivas para as maiores redes de comunicação internacionais e para os maiores jornais e revistas, oferecidas tanto no Brasil quanto no exterior.

Frente a tudo isso, fica fácil entender a razão pela qual o premiadíssimo Lula, no ano da grande crise, saiu maior do que o Brasil, em termos de imagem internacional. A pauta era essa mesmo.

Os países que mais incensaram Lula foram os Estados Unidos da América, onde Obama o chamou de "meu cara". A Espanha, cujo maior jornal elegeu o  presidente brasileiro Homem do Ano, assim como a França, onde o periódico mais importante escolheu Lula como o personagem de 2009. E também teve a Inglaterra, onde o Financial Times identificou o brasileiro como um dos líderes que moldaram a década.

Graças ao apoio à Ahmadinejad, até a Al Jazeera trombeteou que Lula resolveu os problemas das favelas do Brasil.

Haja espaço para a arrogância e o narcisismo de Lula. Mas em termos práticos, o que o Brasil ganhou com isso?   

Os Estados Unidos compraram 45% menos produtos e serviços brasileiros no ano que passou. A Espanha reduziu as suas compras em 34%. A França importou menos 33%. E a Inglaterra cortou em 9% as compras do Brasil. 

O resultado final é que os países que transformaram Lula em sucesso global compraram U$ 15 bilhões a menos em 2009. Vale ressaltar que a maior “lambeção” para cima de Lula foi a protagonizada por Sarkozy. Pois é. Além de um superávit de mais de U$ 1 bilhão para a França, o francês quase fechou uma venda de U$ 10 bilhões em caças que nunca voaram além da Provence.

Como o interesse de Lula e do PT é apenas o discurso interno, números são apenas um pequeno detalhe. A não ser manter os 80% de popularidade do mercador de ilusões, custe o que custar.

Pois é, tudo isso para parecer um grande lider. Agora um aumentozinho de pouco mais de 7% aos aposentados pode quebrar o Brasil.!

Quer que a festa continue? Que a desmoralização piore? Quer que as crianças continuem aprendendo nas escolas como usar preservativos e drogas?
Se a resposta é NÃO! 

Mobilize os amigos: 

ZERO VOTO AO PT E BASE ALIADA!

'Empire' em ruínas

BBC BRASIL

Atualizado em  1 de julho, 2010 - 05:00 (Brasília) 08:00 GMT

Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil



Lucas Mendes em ilustração de Baptistão.
O império americano vai de mal a pior e o Empire State - Estado de Nova York - vai de pior a muito pior. E não vai sozinho. Quarenta e cinco Estados americanos estão no vermelho mas, por lei, são proibidos de falir ou de ter déficits, um privilégio limitado à União.
O que a lei não proíbe aos Estados é mentir e os números dos políticos mentem, mas até eles tem um limite. E chegamos nele. Em Nova York, o rombo é de mais de US$ 9 bilhões com possibilidades muito piores no ano que vem.
Como a Califórnia, estamos em calamidade fiscal e ambos são Estados com economias maiores do que a da Grécia.
Chocado com aposentadoria aos 50 anos? Ou, com copeiro de Brasília que vai ganhar US$ 9 mil reais por mês no Congresso? Bem-vindo aos excessos americanos.
Em Nova Jérsei, quatro policiais receberam mais de US$ 1 milhão nas aposentadorias por dias de férias e fins de semana trabalhados. Na Califórnia, um bombeiro de 51 anos se aposentou com um salário de US$ 241 mil por ano. Em Nova York, 3.700 funcionários públicos tem aposentadorias de mais de US$ 100 mil por ano.
Há os calotes estaduais e os calotes urbanos. 'Muni bonds' (municipal bonds) já foi investimento seguro. São promissórias das cidades, mas elas devem trilhões e não depositam os pagamentos nos fundos de pensão. O cano vai de US$ 1 trilhão a US$ 3 trilhões.
A próxima bolha? San Diego na Califórnia é uma senhora cidade e não pára de aumentar as aposentadorias dos funcionários, mas há muito parou de fazer os depósitos nas contas deles. Seus próprios economistas dizem que nao é mais uma cidade viável.
Você, turista, ou eu, como residente de Nova York, não percebemos que certos serviços, como linhas de metrô, escolas e assistência médica a pobres e velhos foram reduzidos ou eliminados, mas não vimos nem sentimos nada perto do que vem por aí.
O governador, David Paterson, passou a segunda-feira vetando mais de 600 leis da Assembleia Estadual, que não chega a um acordo sobre gastos e demissões. A cena da assinatura do veto era patética. Cego, o governador colava o nariz no papel para ver onde era a linha da assinatura.
Com o prestígio no fundo do poço, envolvido em escândalos e sem nenhuma chance de se eleger, o governador optou pela verdade sem conchavos parlamentares. O prestígio dele disparou, mas hoje, 1º de julho, não sabemos se a briga entre o governador e a legislatura vai suspender todos serviços não essenciais de Nova York, entre eles a polícia estadual. Como aconteceu na Califórnia, se acontecer aqui, quem tiver dinheiro a receber do Estado vai receber um I.O.U. - I owe you, "devo e não nego".
A artilharia está aberta por políticos estaduais e municipais, muitos deles ex-democratas, contra os sindicatos. Como se o presidente Lula disparasse contra os companheiros do PT. As propostas são de cortes radicais em salários, benefícios e aposentadorias de professores, policiais, bombeiros e burocratras.
De costa a costa, só quatro Estados não estão no vermelho - e o Alasca. Os outros não vão escapar das demissões, de reduções de salários e aumentos de certos impostos sobre bebidas alcoólicas, refrigerantes e tabaco. US$ 11 por um maço de cigarros em Nova York. Vai arrecadar impostos ou incentivar o contrabando?
Nesta fossa vermelha, a solução que ganha terreno nos Estados Unidos anti-Obama é a republicana, como a europeia. Menos estímulos do governo, menos déficits. A iniciativa privada será responsável pela geração de empregos. O plano de Obama já perdia apoio em casa e perdeu apoio no G20 em Toronto. O Brasil foi um dos poucos parceiros dos americanos.
Os irlandeses foram os primeiros a adotar a fórmula da super-austeridade e estão cada dia piores, mas vários países europeus, até a Inglaterra, acham que o caminho é por aí.
Nós nos perdemos nesta viagem. Onde vamos? Nenhum problema. É só seguir a trilha da fossa do Empire.

Guarín em manobras desesperadas

MÍDIA SEM MÁSCARA

Essa sentença, se for lida com atenção, oferece uma verdade: o Coronel Plazas é inocente e a juíza não encontrou prova alguma contra ele. Guarín mesmo sabe que o que conta é a vingança.
René Guarín desatou uma nova campanha de ódio contra o cel. Luis Alfonso Plazas Vega, poucos dias depois que este recebesse a questionada e surrealista condenação, em primeira instância, de 30 anos de prisão. Furioso porque o INPEC (Instituto Nacional Penitenciário e Carcerário) havia transferido o cel. à Escola de Infantaria de Bogotá, e não à penitenciária de La Picota, o irmão de Cristina Guarín, uma das pessoas que perderam a vida na tragédia de 6 e 7 de novembro de 1985, acusou o cel. Plazas Vega de "desacato". É o mundo pelo avesso: a transferência à guarnição militar foi uma decisão do INPEC, e de ninguém mais.
Em sua carta ao INPEC de 18 de junho de 2010, a juíza María Stella Jara Gutiérrez ordena transferir o coronel "a um local de reclusão". Ali a juíza não diz que ele deva ser levado a um cárcere. Ao usar a fórmula "local de reclusão" a juíza indicou, com precisão, que Plazas devia ir a uma guarnição militar, pois assim determina a lei. Uma resolução vigente habilita a Escola de Infantaria para servir como lugar de reclusão dos militares que são objeto de um processo penal. Ali encontram-se, por exemplo, o general Uscátegui e o general Arias Cabrales. Ali esteve, até sua absolvição, o Almirante Arango Bacci.
A juíza Jara havia tentando, em agosto de 2009, transferir o Coronel Plazas à La Picota, violando seu estatuto militar. Fracassou. O coronel regressou ao Hospital Militar, pois seu estado de saúde o exigia. Porém, a violência e arbitrariedade utilizadas nessa transferência revelaram o alto conteúdo emocional que impregna o processo, e a subjetividade mais que culpável sobre a qual repousa a sentença de 9 de junho de 2010.
René Guarín conhece perfeitamente estas coisas. Entretanto, ele não vacilou um minuto em ir mentir ante vários jornalistas bogotanos. Ele queria que difundissem, como alguns fizeram, seu desorientador ponto de vista. O fez de maneira consciente e deliberada. E arrastou a isso Cecilia Cabrera, outra familiar de um "desaparecido". E Guarín acrescentou: "A sentença é clara ao dizer que a reclusão deve ser em uma penitenciária, porém a Escola de Infantaria não é um local de reclusão particular". Falso. A sentença de 9 de junho de 2010 não aborda o tema do lugar de reclusão. Guarín sabe disso. Seus advogados sabem. O que Guarín procura é impressionar os jornalistas dóceis e desorientar a opinião pública.
Guarín acrescentou outra enormidade: "Vamos escrever ao Tribunal Superior de Bogotá, para que tenha em conta este desacato da sentença (sic) por parte do cel. Plazas, para que lhe confirme os 30 anos que a juíza terceira especializada lhe deu". Qual desacato? Nessa transferência ninguém desacatou ninguém. Incapaz de criticar diretamente a juíza Jara Gutiérrez por não ter feito o que ele queria, Guarín ataca de maneira covarde o Coronel Plazas. O mesmo fez Cecilia Cabrera, que disse que essa transferência "é uma burla à justiça".
Desse episódio deve-se tirar uma conclusão: quando se é capaz de mentir tão descaradamente, e em matéria tão grave, é porque mentiu-se antes e, sobretudo, ao longo deste processo.
Acostumados a agir a seu bel prazer e a disseminar informações falsas em jornais e rádios, esses personagens insultam agora a mesma juíza Jara e o INPEC. Acreditando que ganharam a partida, com a sentença de 9 de junho, querem ir mais longe. Essa voracidade não conhece limites. Por que esse interesse desmedido em que o Coronel Plazas vá ficar em La Picota, infestada de matadores e narco-terroristas, gente que ele combateu com determinação? Por que Guarín está gritando agora que o Coronel Plazas deve ser levado a uma penitenciária muito longe de Bogotá que ele chama "quatro bolas"?
O que se está tramando com esses alaridos?
A campanha de Guarín, que se movimenta entre Bogotá, Madri e Bruxelas, financiado não se sabe por quem, é a de um desesperado. É compreensível. Provavelmente o juiz de segunda instância rechaçará a sentença da juíza Jara Gutiérrez, pois estamos diante de um paradoxo: o maior argumento a favor da inocência do Coronel Plazas Vega encontra-se na sentença de Jara. Os colombianos deveriam ler esse documento. É verdade que são 302 páginas e a prosa não é bonita, nem amena, nem fluida. Encontram-se ali tecnicismos, neologismos, giros jurídicos e teorias raríssimas como a da "culpabilidade mediata" (distante). Porém, não importa. Essa sentença, se for lida com atenção, oferece uma verdade: o Coronel Plazas é inocente e a juíza não encontrou prova alguma contra ele.
Guarín mesmo sabe que o que conta é a vingança. Guarín disse em 28 de abril de 2010, antes da sentença, que esta teria pouco a ver com a justiça, que seria outra coisa: "Falar de justiça em um caso como este é muito difícil, tendo em conta que é um processo que começou 20 anos depois de se haver perpetrado o crime, onde a justiça começa a atuar tardiamente". (Ver www.elperiodico.com.co, 18 de abril de 2010).
A juíza utilizou, sobretudo, dois testemunhos totalmente anômalos: o de Tirso Sáenz e o de Edgar Villamizar. Ambos são totalmente falsos. A juíza rechaçou o primeiro (pois este revelou que havia pedido dinheiro e vantagens processuais em troca de seu falso testemunho), e acolheu o segundo, o mais ilegítimo e desonesto. Qualquer outro juiz teria anulado esse processo pela presença de tais "provas". Por isso a Procuradoria Geral pediu para absolver Plazas. O juiz de segunda instância não tem mais saída senão rechaçar essa sentença. Guarín e seu amigos sabem e isso os desestabiliza.
Villamizar é uma testemunha fantasma. A própria juíza nunca o viu nem o interrogou. Tampouco a defesa. Seu testemunho foi assinado com uma assinatura e uma identidade falsas. Não se sabe sequer onde o fantasma ofereceu seu "testemunho" à procuradora, pois nos registros de entrada na Escola de Cavalaria do dia 1 de agosto de 2007, seu nome não aparece. O fantasma nunca esclareceu isso, nem se apresentou jamais ao julgamento. Seu testemunho é um anti-testemunho.
Por que somente 22 anos depois dos fatos do Palácio da Justiça apareceu (fugazmente) essa testemunha tão suspeita? Quem move os fios desse grotesco títere? O fantasma não diz sequer que viu Plazas seqüestrar nem prender ninguém. Não afirma que tenha sido testemunha de que Plazas tenha dado uma ordem nesse sentido. A juíza não pôde provar que esse fantasma tivesse estado na refrega do Palácio da Justiça. Esses dois dias ele os passou no Batalhão Vargas de Granada (Meta). Ele pretende ter sido transportado no dia do incidente em um helicóptero para 14 pessoas. As Forças Militares colombianas não tinham em 1985 esse tipo de helicópteros. Seus helicópteros só podiam levar 5 ou 6 tripulantes. Nenhum dos combatentes da Força Pública viu o fantasma da refrega. Essa é, entretanto, a testemunha-chave sobre a qual repousam as 302 páginas da sentença da juíza Jara Gutiérrez.
A imprensa não pôde sequer perguntar à juíza porque sentenciou com um material probatório tão débil, pois ela se foi do país sem deixar endereço. Esse processo é, pois, uma montanha de injustiças e de enigmas. É o maior escândalo da história judicial da Colômbia. Essa sentença é uma mancha infamante para todo o ramo judicial, a qual será lavada pelo juiz da segunda instância.

Tradução: Graça Salgueiro

Eco-terroristas atacam em São Paulo: falsos ambientalistas moderados saem beneficiados

VERDE: A COR NOVA DOCOMUNISMO

segunda-feira, 28 de junho de 2010


Land Rover incendiados por ecoterroristas
Eco-extremistas do Frente de Libertação da Terra(FLT) protagonizaram um simbólico fato pioneiro no Brasil.

Um magotinho deles reivindicou o incêndio ocorrido na concessionária de veículos de luxo Land Rover da Marginal do Pinheiros, informou “O Estado de S.Paulo”.

Numa carta publicada em português e espanhol que circulou por blogs e listas de e-mail, eles assumiram a autoria do atentado.


O atentado eco-terrorista na TV Record




Uma testemunha disse a policiais ter visto três jovens jogarem um artefato por cima do muro da concessionária e fugido num carro branco. 

O FLT diz que só gastou R$ 10 com o material explosivo método “simples, barato e eficiente de destruição”. Ecologicamente correto?

O grupelho até agora não tinha se destacado no Brasil.

Porém, sua versão americana, o Earth Liberation Front, pratica freqüentes atentados eco-extremistas nos EUA e Europa há 30 anos.


Earth Liberation Front, atentado em
West Covina, Califórnia
Os eco-extremistas brasileiros atentam contra utilitários esportivos tipo 4x4 aduzindo as idéias largamente pregadas por organismos oficiais da ONU, Ongs e personalidades como o senador Al Gore, segundo as quais estariam danificando o planeta, aquecendo-o e poluindo-o.

Os ativistas pretextaram comemorar a Semana Internacional de Libertação Animal (humana e não-humana) e da Terra, em São Paulo. 

Na carta de motivos explicaram que “o alvo foi escolhido pelo simples fato da Land Rover ser uma das marcas líderes na construção, venda e incentivo à compra e utilização de SUV's. Automóveis altamente poluentes e danosos ao meio-ambiente.”


Pichação do Earth Liberation Front nos EUA
Eles anunciaram novas violências eco-terroristas, parafraseando os slogans do ecologismo alarmista: “nós não ficaremos parados assistindo a destruição do planeta e suas espécies de braços cruzados.

“Da mesma maneira que esses carros queimaram, outros carros, casas, caminhões e estabelecimentos que/de quem danificam e exploram a terra e os animais, também queimarão.” 

“Esta ação foi feita em nome de todos que foram presos em nome da libertação total. Nós estamos com vocês!”, acrescentaram demagogicamente. 

O Earth Liberation Front, e seu braço o FLT brasileiro, é mais uma célula eco-terrorista que visa antes de tudo golpes meramente de propaganda.


"Extremistas" e "moderados": jogo de cena
Ele assumiu a missão de praticar atos descabelados que deixem a seus correligionários que militam em ONGs e governos numa posição “moderada” ou “intermediária”.

Desta maneira, fica-lhes mais fácilobterem concessões em leis e portarias. Este é o objetivo comum de “moderados” e “extremistas”. 

Por exemplo, Paul Watson, co-fundador de Greenpeace criou, em 1977, a Sea Shepherd Conservation Society (fotos) engajada em agressões contra baleeiros.

O grupo atacou marinheiros e operários com garrafas cheias de ácido butílico (irrita olhos, vias respiratórias e pele, além de intoxicar a carne processada).

A Greenpeace julga muito extremada aSea Shepherd Conservation Society e aproxima-se aos governos do Japão e do Canadá agredidos pelas estripulias. 


Extremistas intimidam para
moderados colher os frutos
A Sea Shepherd Conservation Society, por sua vez qualifica os militantes daGreenpeace de “pacifistas medíocres que não fazem nada nem praticam verdadeiras ações diretas para deter o abuso dos oceanos por parte do homem".

Com este jogo a Greenpeace pode bancar de “moderada”, fazer frente comum com esses governos e obter deles concessões que constituem a verdadeira finalidade da manobra.


Colisão de baleeiro japonês com navio rápido ecoterrorista





Outro grupinho semelhante é o PETA que visa defender os “direitos e liberdades dos animais”. Seus ativistas promovem o vegetarianismo, repudiam a distinção entre espécie humana e espécies animais (“especicismo”) e “qualquer tipo de exploração animal”.

Destacaram-se estragando com tinta as roupas de pele de mulheres e homens na rua.


Animal Liberation Front:
"libertação dos animais" que servem ao homem
Ao lado das iniciativas barulhentas doPETA, campanhas do gênero “segunda-feira sem carne” parecem chochas.

As provocações destes eco-terroristas, aliás mal identificados, tornam as propostas “moderadas” que até ontem eram “radicais” mais sofríveis pela opinião pública. 

Estratégia semelhante inspira o Animal Liberation Front ou Frente de Libertação Animal. Ele diz visar uma louca “libertação animal a través da ação direta e da desobediência civil”. 

Nos EUA praticaram sabotagens e liberações de animais “escravizados”, por exemplo, em zôos, incendiaram chácaras de fim de semana, além de ataques psicológicos com falsas cartas-bomba. 

Eles dizem integrar células sem chefes nem líderes, independentes e sem relações.

"Moderados": os grandes beneficiados.
"Segunda sem carne"
O FBI considera o ALF como o grupo eco-terrorista mais perigoso.

O Earth Liberation Front ou Frente de Libertação da Terra que agora diz ter aprontado o atentado em São Paulo, é uma derivação ainda mais espalhafatosa do grupelho.

ONGs e militantes ecologistas “moderados” colhem os benefícios desses golpes de cena obtendo entradas, apoios, financiamentos e até estímulos para suas pretensões e iniciativas ideológicas.