A camarada e compatriota Dilma Rousseff é a tábua de salvação política das FARC
* Coronel Luis Alberto Villamarín Pulido
Ante o crescente desprestígio das FARC, derivado de suas ações de narco-terrorismo contra a Colômbia e de terrorismo interno contra os próprios guerrilheiros, somados aos golpes psicológicos de conotações políticas e estratégicas sofridos com as operações Fênix, Xeque, Camaleão e Sodoma, as deserções maciças de terroristas, as baixas em combate, as capturas de cabeças e as apreensões de materiais, os terroristas jogam uma cartada com Dilma Rousseff, em busca da legitimação política.
Dentro da Colômbia recorreram a seus correligionários e cúmplices que manipulam os demais integrantes dos chamados “Colombianos pela paz”, para que insistam na legitimação do grupo terrorista. Para este efeito, urdiram a farsa de prometer cinco libertações em desagravo à destituída senadora a quem a Procuradoria encontrou nexos com as FARC.
E na ordem internacional, assessorados pela UNASUL, o Movimento Continental Bolivariano e os “novos melhores amigos” do presidente Santos, recorreram a promover protestos em várias latitudes pela “injusta” destituição em andamento da senadora e a promover ações legais internacionais para buscar sua restituição.
Ao mesmo tempo, com este estratagema de propaganda esquerdista, celebraram com exagero a eleição da terrorista brasileira Dilma Rousseff, em substituição do pró-terrorista Luiz Inácio Lula da Silva. E, que coincidência, a libertação dos cinco seqüestrados para desagravar a “ofendida ex-senadora”, vai-se produzir com o “apoio humanitário do governo brasileiro”, porém como primeiro grande ato de solidariedade internacional da presidente terrorista, em honra da “paz na Colômbia”.
Não é nova a maquiavélica jogada estratégica das FARC, em busca de reconhecimento político com status de beligerância e supressão do qualificativo de terroristas, para receber apoio posterior que lhes permita atacar a Colômbia desde o exterior, e implantar uma ditadura comunista afim a Lula, Chávez, Correa, Ortega, Castro, Lugo, Kirchner, Morales e Mujica.
As FARC já haviam tentado com a farsa da reunião de Chávez, Correa e o índio boliviano com Tirofijo no Caguán, para exigir o despejo de Pradera e Florida. Depois, com a falida trama de Néstor Kirchner para receber Emmanuel, o filho de Clara Rojas, e com a palhaçada de Piedad Córdoba e Hugo Chávez para ajudar a fingir “boa-vontade das FARC” com as libertações dos congressistas e do cabo Moncayo. E em seguida, com o seqüestro do governador de Caquetá e a difusão simultânea na Europa de um filme, editado pelos comunistas argentinos, na qual as FARC aparecem como santos varões.
A diplomacia hipócrita de Santos, Chávez e Correa, após a saída de Álvaro Uribe da Casa de Nariño, indica que os socialistas caviar da UNASUL avançaram em incisivos contatos com Santos e a ministra Holguín, para propiciar “negociações de paz” com as FARC após a libertação dos seqüestrados.
E nelas a “camarada e compatriota” Dilma Rousseff terá um papel preponderante, pois não só está em jogo a ambição totalitária dos comunistas latino-americanos, como a continuidade da liderança de Lula no projeto intercontinental de atacar e destruir os Estados Unidos e seus aliados com a combinação de todas as formas de luta, mediante o desenvolvimento de mil Vietnames em mil partes. E a Colômbia é o ponto ideal para iniciar esse incêndio no hemisfério.
O Congresso da República, a Chancelaria, as altas cortes, as Forças Militares, os meios de comunicação e a sociedade em geral devem entrar em alerta vermelho. Urge desempoeirar as análises dos fracassados processos de paz anteriores, incrementar a ação ofensiva das tropas contra os acampamentos das FARC e pôr nos trilhos a “mediação” de Dilma que, como é óbvio, faz parte do complô contra a Colômbia.
* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com
Tradução: Graça Salgueiro
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