| 18 NOVEMBRO 2010
INTERNACIONAL - AMÉRICA LATINA
INTERNACIONAL - AMÉRICA LATINA
Porventura Ingrid Betancourt não sabe que Dilma é amiga das FARC através do Foro de São Paulo?
A ex-candidata presidencial da Colômbia e ex-seqüestrada das FARC, Ingrid Betancourt, esteve em princípios deste mês no Brasil para fazer o lançamento de seu último livro, "Não há silêncio que não termine" e, como era de se esperar, foi tratada com muita bajulação, entrevistada em jornais e no programa do Jô Soares. Jô, que além de metido a engraçado é comunista, não perdeu a oportunidade de fazer coro com Ingrid quanto à legitimidade de um movimento guerrilheiro com "ideais" marxistas-leninistas; o que é condenável, para ambos, é apenas o narcotráfico, como se o comunismo não tivesse sido o regime mais sangrento e cruel da história da humanidade.
Em razão destas atitudes espúrias, Ingrid hoje disputa com a senadora porta-voz das FARC, Piedad Córdoba, e Hugo Chávez, o posto de pessoa mais detestada da Colômbia, conforme nos relata o Cel Villamarín em seu brilhante artigo. Tanto é assim, que seu livro teve lançamento simultâneo na Colômbia e na França mas as vendas em seu país natal, Colômbia, foram boicotadas.
Em entrevista concedida ao G1, Ingrid revelou estar feliz com a vitória de Dilma Rousseff à Presidência do Brasil com "argumentos" fúteis, como pelo fato de ser mulher, mas também demonstrando um completo desconhecimento - ou conivência - do passado da terrorista e dos fatos ocorridos no Brasil nas décadas de 60-80. Disse Ingrid: "Devo confessar que gostei muito (...). Obviamente porque é uma mulher, mas não só por isso, mas porque é ela. (...) É uma pessoa que sofreu na ditadura, e portanto acho que deve valorizar infinitamente os direitos humanos e o valor da democracia". E mais adiante: "Creio que isso, espero, contribua para o distanciamento das FARC. E que finalmente o Brasil entenda que as FARC são um grupo terrorista que está fazendo mal. O mesmo mal que fizeram a ela na ditadura, que fez com que fosse vítima, torturada, é o que estão fazendo, pelos mesmos motivos ideológicos, com o mesmo extremismo, mas de um ponto oposto no espectro político, é o que estão fazendo as FARC (...)".
Esta senhora afronta o Brasil inteiro com tamanha infâmia, ao comparar o terrorismo das FARC com a ação saneadora do nosso Exército Brasileiro contra o terrorismo do qual dona Dilma fazia parte ativa, e não por "defender a democracia" e os "direitos humanos" mas para implantar o comunismo, o mesmo professado pelas FARC, no Brasil. Estas afirmações são tão asquerosas quanto a atitude que dona Ingrid teve em relação aos militares colombianos que a resgataram das garras das FARC, cuspindo-lhes na cara ao agradecer a terceiros seu resgate que foi genuinamente colombiano.
Porventura ela não sabe que Dilma é amiga das FARC através do Foro de São Paulo? O Secretariado do Estado-Maior Central das FARC enviou uma carta de felicitações pela vitória de Dilma nas eleições tratando-a de "compatriota", o que revela uma verdadeira irmandade de almas. Diz a carta: "Permita-nos aderir à justificada alegria do grande povo de Luis Carlos Prestes, ante o fato relevante de ter, pela primeira vez na história do Brasil, uma presidenta, uma mulher ligada sempre à luta pela justiça". E mais adiante: "Estamos seguros de que a nova presidência do Brasil terá um papel determinante na aclimatação da paz regional e na irmandade dos povos do continente".
Durante a campanha presidencial o vice-presidente de Serra tentou, com aquela timidez dos culpados, relacionar a então candidata Dilma e o PT com as FARC. Tiveram incontáveis oportunidades de PROVAR o que estavam afirmando de leve mas preferiram enfiar o rabo entre as pernas porque nunca foram de fato oposição e muito menos de direita. Com a vitória da candidata do Foro de São Paulo as FARC não se contiveram e festejaram entusiasmadas, porque sabem que podem continuar contando com apoio e refúgio em nosso solo pátrio.
Mas as afrontas de dona Ingrid não se restringiram somente ao Brasil mas também à Colômbia e à Venezuela, quando esteve fazendo o lançamento de seu livro naquele país "bolivariano". Entre sorrisos e afagos, Ingrid fez as seguintes declarações que mereceriam um processo como traição à pátria: "O que posso dizer é que considero Chávez um grande líder e um líder democrático, a partir do momento em que foi eleito democraticamente". (...) Chávez "não necessitou matar e seqüestrar para chegar ao poder" (...) "ele tem que ser conseqüente com isso, não pode alentar grupos anti-democráticos".
Não sei se estas afirmações são fruto de uma ignorância extrema, de pura estupidez ou de conivência comunista, mas dona Ingrid "esqueceu" que antes de ganhar as únicas eleições legítimas e limpas, em 1998, Chávez havia dado um golpe de Estado em fevereiro de 1992 que, apesar de fracassado, deixou mais de 100 vítimas fatais, dentre elas crianças. Além disso, o fato de existir eleições não significa absolutamente que o regime seja democrático, uma vez que em Cuba, a ditadura mais antiga e sanguinária do mundo, também há eleições.
E o que dizer dos assassinatos, perseguidos e presos políticos do regime "democrático" de Chávez? E as expropriações sem indenização, onde entre as vítimas encontram-se colombianos, seus compatriotas? E a invasão cubana em todos os setores da vida nacional venezuelana, controlando cada passo dado pelos cidadãos, suas contas bancárias, telefônicas e de internet? E o esbanjamento dos petrodólares com comunistas governos falidos, como os da Bolívia, Equador, Nicarágua, Cuba e Argentina?
Esquece-se esta senhora de que Chávez abriga, defende e tem negócios com bandos terroristas como as FARC, o ELN e o ETA basco? Dona Ingrid: informe-se mais, vá estudar ou cale-se, pois de lobos em pele de cordeiro, de embaixadores das FARC e do Foro de São Paulo espalhando mentiras pelo mundo o continente inteiro já está farto!
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