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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

G. K. Chesterton - excerto

Recebi hoje:

"QUANDO O HOMEM de negócios censura o idealismo de seu office-boy, geralmente o faz numa fala mais ou menos assim:

"Sim, claro, quando a gente é jovem tem esses ideais abstratos, e constrói castelos no ar. Mas na meia-idade todos eles se desfazem como nuvens, e a gente passa a acreditar na política prática, a usar as máquinas que tem e a conviver com o mundo como ele é".

Assim, pelo menos costumavam me falar na juventude senhores veneráveis e filantrópicos que agora ocupam honradas tumbas.

Mas desde aquela época eu cresci e descobri que aqueles velhos filantrópicos estavam dizendo mentiras. O que de fato aconteceu é exatamente o contrário do que eles previram. Diziam que eu perderia meus ideais e começaria a acreditar nos métodos da prática política. Ora, eu não perdi meus ideais nem um pouco; minha fé nas verdades fundamentais é exatamente a que sempre foi. O que perdi é minha antiga fé infantil na política prática. Ainda estou muito preocupado, como sempre, com a Batalha do Armagedom; mas não me preocupam muito as eleições gerais. Quando bebê eu pulava no colo de minha mãe ante a simples menção dela.

Não, a visão é sempre sólida e confiável. A realidade é que muitas vezes é uma fraude. Como sempre fiz, mais do que nunca o fiz, eu acredito no liberalismo. Mas houve um róseo tempo de inocência em que eu acreditava nos liberais."

G. K. CHESTERTON

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