DIÁRIO DO COMÉRCIO
13/9/2010 - 11h38
Será um tentativa de elevar a produtividade e tornar sua economia mais eficiente.
Cavaleiro: e f***-se os cubanos desempregados. Mas vejam, se Fidel pode demitir, o "maldito capitalismo" também pode, certo? Quando um verdelho (verde + vermelho) vier com esta se uma empresa tiver que demitir, digamos: Fidel também fez o mesmo.
Reuters
SÃO PAULO - Cuba vai eliminar mais de meio milhão de empregos até o primeiro trimestre de 2011, numa tentativa de elevar a produtividade e tornar sua economia mais eficiente, anunciou nesta segunda-feira o sindicato único de trabalhadores, em uma das mudanças de rumo mais importantes decidida pelo governo em décadas.
O presidente cubano, Raúl Castro, anunciou em abril um plano que prevê a demissão de mais de 1 milhão de funcionários públicos nos próximos cinco anos, como parte de suas reformas moderadas para melhorar a produtividade do trabalho e elevar a qualidade dos serviços.
"Dentro do processo de modernização do modelo econômico e das previsões da economia para o período de 2011-2015, está prevista a redução de mais de 500 mil trabalhadores do setor estatal", disse a Central de Trabalhadores de Cuba.
"O calendário para a execução do plano foi traçado pelos organismos e empresas até o primeiro trimestre de 2011", acrescentou a central, em texto publicado pela imprensa local.
O Estado é o maior empregador em Cuba, e a decisão de eliminar 20 por cento de sua força de trabalho deixa muitos trabalhadores na incerteza em relação a seu futuro.
O governo assegurou que ninguém ficará desamparado e ofereceu recolocar os funcionários excedentes em outros setores que historicamente são deficitários de mão-de-obra no país, como a agricultura, a construção, a educação e a polícia, entre outros.
"Nosso Estado não pode nem deve continuar a manter empresas, entidades produtivas, com orçamentos inflados e prejuízos que prejudicam a economia", assinalou o documento.
Segundo o texto, a Central de Trabalhadores disse que foram anunciadas várias medidas que abrangem desde eliminar o estudo como forma de emprego e a aposentadoria antecipada até a modificação dos salários dos trabalhadores excedentes.
Mesmo assim, para absorver os futuros desempregados, serão criadas outras alternativas de emprego, como "o arrendamento, o usufruto, as cooperativas e o trabalho por conta própria, para onde vão se deslocar centenas de milhares de trabalhadores nos próximos anos", segundo o documento.
Raúl Castro, que substituiu seu irmão Fidel na presidência há mais de dois anos, vem se concentrando na economia como seu principal campo de batalha e vem empreendendo uma série de reformas, como dar mais autonomia aos agricultores para que possam aumentar a produção de alimentos no país.
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