É necessário conhecer um pouco do que se passa na Colômbia para compreender a gravidade da denúncia feita pelo jornalista Ricardo Puentes Melo no artigo abaixo.
Um dos principais objetivos do Foro de São Paulo – e que foi enfatizado no XVI Encontro ocorrido em agosto do ano em curso – é acabar com as Forças Armadas, coisa que eles já estão conseguindo na Argentina, no Uruguai e brevemente no Brasil, primeiro com a criação do Ministério da Defesa e ultimamente, com as Forças Armadas completamente subjugadas a este sem qualquer poder de decisão.
Os últimos governos da Colômbia não fazem parte do Foro de São Paulo mas os Partido Comunista Colombiano e o Polo Democrático Alternativo sim, sendo que estes são compostos de membros do extinto movimento terrorista M-19 e alguns declaradamente defensores das FARC, senão membros do bando terrorista disfarçados.
Como as Forças Militares da Colômbia têm sido muito exitosas no combate aos terroristas, sobretudo às FARC, e como a Justiça colombiana está infestada de membros dessas agremiações citadas acima, agora encontrou-se uma maneira de destruir os defensores da Lei e da Ordem criminalizando-os através da maior aberração jurídica jamais vista em qualquer lugar do mundo: as baixas em combate serão tratadas como “Homicídio em Combate”, que julgará aos militares como reles assassinos e não cumpridores da Constituição. Como se verá no texto abaixo, o gramscismo também já chegou à Colômbia e agora atinge o Poder Judiciário e as Forças Militares.
O “Coletivo de Advogados José Alvear Restrepo”, o braço jurídico das FARC e do M-19, com imenso poder no judiciário colombiano já conseguiu algumas façanhas inacreditáveis como: anular o Acordo Militar existente entre os Estados Unidos e a Colômbia, pois dessa união poder-se-ia exterminar as FARC levar o presidente Uribe a julgamento por “crime de lesa-humanidade” por ter feito o acordo com os Estados Unidos condenar à prisão o Coronel Alfonso Plazas Vega, pelo crime que o M-19 cometeu contra o Palácio da Justiça e agora, certamente, está por trás desta decisão espúria e criminosa.
É importantíssimo que os brasileiros, principalmente os integrantes das Forças Armadas, tomem conhecimento disto pois, apesar de não estarmos enfrentando uma guerra civil como na Colômbia, nada impede que futuramente se crie lei semelhante aqui porque, repito, é objetivo primordial do Foro de São Paulo destruir as Forças Armadas do continente porque elas são a pedra no sapato para a implantação definitiva do comunismo em nossa região. Não fechem os olhos a isto!
Para o Ministério da Defesa os militares são assassinos
Ricardo Puentes Melo
A estas alturas do passeio já nada nos deveria surpreender. Temos observado o giro inexplicável da política pública sobre segurança e também sofremos o recrudescimento dos ataques terroristas que transbordaram nos campos e nas cidades. Tudo, graças ao ar que se deu à extrema esquerda mediante o abraço e as honras militares rendidas ao tirano de Miraflores, cuja enorme comitiva chegou carregada de maletas estranhamente similares às que chegaram na campanha presidencial da Argentina. A diferença é lá foi Cristina quem ganhou, enquanto que aqui parece que os terroristas conseguiram os recursos necessários para intensificar seus ataques contra a população inerme.
As célebres locomotivas do progresso santista não aparecem em lugar nenhum. Em troca, sim, desfilam aos montões os vagões macabros transbordantes das vítimas de uma democracia gosmenta que não tem como convencer os milhões que votaram pela continuidade da Segurança Democrática.
As idéias do presidente Uribe, seu esforço titânico de oito anos para combater a narco-guerrilha, parece que foram parar na latrina onde o padre Giraldo deposita parte de sua humanidade.
Há una quantos anos, observamos inermes como o ministro Camilo Ospina, junto com o fiscal Mario Iguarán lançavam uma navalhada na jugular do Exército, sepultando a Justiça Penal Militar e entregando os soldados à Justiça Ordinária, em mãos da máfia. Tempos depois, o então ministro Santos expulsava 27 oficiais do Exército acusando-os de Falsos Positivos sem mais provas que um mentiroso informe elaborado pelo general Carlos Suárez Bustamente (La Machaca), a serviço de Cepeda e Piedad Córdoba, e também rubricado pelo guerrilheiro anistiado Carlos Franco. O informe foi avalizado pelo general Freddy Padilla, comandante das Forças Armadas, e desde então a Fiscalização Geral da Nação e as Cortes fizeram festas com o Exército, transformando-o em pano de chão.
Com a chegada de Rodrigo Rivera pensamos que isso ia melhorar. E mais ainda, com a nomeação de Rafael Gaurín como vice-ministro para as Políticas e Assuntos Internacionais, vice-ministro encarregado do tema de Direitos Humanos nas Forças Armadas.
Entretanto, um documento que nos chegou pelo correio das bruxas, sinaliza que tudo isto piorará e o Exército será submetido e atacado com mais crueldade, desde as próprias entranhas do ministério que deveria protegê-lo e cuidar de seu direito ao devido processo.
O documento já citado é um documento assinado pela senhora Aurora Ramírez de Araoz, Diretora Executiva da Justiça Penal Militar, e onde faz saber a todos os Juízes de Instância, Fiscais e Juízes de Instrução, a que diligenciem um informe – por ordem do Sr. Rafael Guarín – onde relacionem todos os preliminares e sumários que tramitam nesta data em cada tribunal judicial, pelo delito de – leiam bem – HOMICÍDIO EM COMBATE.
Para os que conhecem o tema jurídico, este delito não existe. Há baixas em combate, criminosos mortos em combate... porém, não “homicídios” em combate. Os homicídios todos têm prisão.
O que não está dizendo aqui a Drª Aurora Ramirez de Araoz, por ordem do Dr. Rafael Guarín, é que as baixas de guerrilheiros e terroristas em combate que os militares fizeram, são homicídios dignos de castigo. E se as baixas em combate são homicídios, nossos soldados são – por força – homicidas, assassinos.
Na guerra jurídica e midiática que leva contra o Exército, a esquerda terrorista começa a implantar seus termos mudando os que condenam os terroristas. Por exemplo, os seqüestrados pela guerrilha são chamados de “retidos”, os guerrilheiros assassinos os chamam de “rebeldes” e aos criminosos abatidos chamam “homicídios em combate”. Tudo, para conseguir a ansiada beligerância para os terroristas.
Beligerância que pode salvá-los do cárcere, das condenações por narcotráfico, homicídios, ataques, seqüestros, extorsão, concerto para delinqüir e um sem-número de delitos que poderiam esperá-los quando fossem capturados vivos, a menos que sejam “assassinados” por nossos soldados.
É muito estranho que a Diretora Executiva da Justiça Penal Militar e o vice-ministro Rafael Guarín, advogado expert em anti-terrorismo, contra-insurgência e guerra irregular, desconheçam que o delito “homicídio em combate” não está tipificado em nosso código penal, embora possivelmente os integrantes do Coletivo de Advogados Alvear Restrepo estejam fazendo lobby para que seja incluído na reforma da Justiça que está em curso.
Consultamos os advogados Miguel Fierro (de Un millón de voces contra las FARC) e Víctor Cetina, professor universitário. Ambos estão de acordo em que as baixas em combate que o Exército ocasione são totalmente legítimas, em cumprimento de um dever constitucional, enquanto que os mortos ocasionados pela guerrilha são – estes sim – homicídios.
Em um fogo cruzado entre delinqüentes e soldados, as baixas de bandidos nunca poderão ser tipificadas como um delito de “Homicídio em Combate”. Isto é totalmente absurdo!
Será que está em curso um novo projeto governamental de “abrandamento” para ir caminhando para conseguir a beligerância da guerrilha? Será que isto não foi mais que um erro do vice-ministro e da Diretora Executiva da Justiça Penal Militar?
Preocupa-nos também o chamado urgente a reportar estes “homicídios”. Ocorrerá uma massiva condenação aos valentes militares? Este processo de “homicídios” faz parte de algum acordo secreto com as Cortes e a Fiscalização? Vão atrás da cabeça de Uribe?
Não sabemos ainda porque, embora tivéssemos tentado contatar com o Dr. Guarín e o ministro Rivera, não recebemos resposta. Se há, com prazer a anexaremos. Entretanto, ficamos com a inquietação de talvez estar contemplando o princípio do fim... porém não da guerrilha mas sim do nosso Exército.
“Homicídios em Combate”... Que barbaridade!!!
Nota: Se os militares são “homicidas”, os que os defendemos e protestamos a seu favor, somos o quê? Cúmplices de homicídio?
Nota e tradução: Graça Salgueiro
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