Material essencial

segunda-feira, 12 de julho de 2010

DISTRITAL: O VOTO QUE FALTA

HEITOR DE PAOLA


O voto que falta

Jayme Copstein

10/07/10 


Estamos começando mais uma campanha eleitoral. Desde já nota-se que não há nem o entusiasmo nem a repercussão das vezes anteriores. É como se fosse jornal de ontem, filme repetido mil vezes na tevê,

A apatia será atribuída a muitas causas , mas, como sempre, ninguém querendo ver o sistema eleitoral do voto proporcional, perversão que frauda a vontade do eleitor, a esgotar a paciência de todos. O cidadão sabe em que desejou votar, mas ignora em quem votou realmente e acabou elegendo.

O próprio candidato nem sabe quem é seu eleitor. Ignora a quem representa. Logo, não tem compromissos com quem quer que seja.

Resulta da distorção o que no Brasil é apelidado de democracia representativa. De democracia e de representatividade, nada tem. É uma ficção. Eleitores e candidatos se encontram a cada quatro anos, o eleitor passa um cheque em branco a um partido que o usa a seu bel-prazer, favorecendo apaniguados da oligarquia confortavelmente instalada em sua direção.

Onde está a democracia? Onde está a representatividade neste ritual que elege pequenos ditadores com mandato fixo de quatro anos, sem obrigação de prestar contas a quem quer que seja?

Está na hora de mudar para o voto distrital puro. O País, o Estado, os Municípios são divididos em distritos, onde os candidatos só disputam os votos dos eleitores daquele distrito e só daquele distrito. Ond e terão de defender um programa que, se não for cumprido, pode lhes custar o mandato, no processo de retomada. Onde, também, a cada momento podendo ser chamados para explicar porque fizeram ou deixaram de fazer.

Como os candidatos só precisam dos votos de um só distrito, o custo da campanha se reduz drasticamente. O que os torna independentes de doações e reduzem a possibilidade de que se corrompam.

Das duas uma: ou reformamos o exaurido e pervertido sistema eleitoral do voto proporcional ou daqui a algum tempo teremos de mandar a Polícia para obrigar o brasileiro a se interessar pelas eleições e dar caráter legal a esta farsa a que chamamos de democracia representativa..

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá internauta

O blog Cavaleiro do Templo não é de forma algum um espaço democrático no sentido que se entende hoje em dia, qual seja, cada um faz o que quiser. É antes de tudo meu "diário aberto", que todos podem ler e os de bem podem participar.

Espero contribuições, perguntas, críticas e colocações sinceras e de boa fé. Do contrário, excluo.

Grande abraço
Cavaleiro do Templo