OPOSIÇÃO SISTEMÁTICA
Sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Para mim, os reais valores de um homem, as bases que devem pautar sua existência são: seu caráter, seu trabalho, sua religião, suas origens, sua postura política, sua mulher, seus filhos, e seus amigos.
O valor principal é o caráter, a honra e a honestidade, sem o qual a própria vida não pode ser marcada pela dignidade.
Formamos nosso caráter com base nos exemplos, a princípio dentro da família, pela educação de berço, quando começamos a tomar conhecimento dos valores de pais e avós, os quais passamos a respeitar e criar nossa própria linha de conduta de maneira reta e firme.
Depois da família vem a escola, peça fundamental que deve dar-nos conhecimentos e orientação para a vida que principia a se descortinar à nossa frente. É na escola que aprendemos as bases do trabalho futuro, nossas aptidões e desejos; é na escola que ampliamos nossa rede de amigos, que descobrimos o relacionamento com pessoas diferentes das que conhecíamos até então e absorvemos as noções de respeito ao próximo e convivência saudável dentro da sociedade. Por isso, na escola aprendemos a admirar nossos mestres e outros mestres por eles citados, e começamos a ver o mundo e a idealizar nosso próprio mundo, ampliando nossa escala de valores e estabelecendo sua hierarquia.
Da escola partimos para o trabalho. Escolhemos nossas profissões segundo nossos anseios e habilidades e resolvemos seguir uma carreira, qualquer que seja, uma vez que qualquer trabalho é digno se executado com firmeza e consciência de que somos uma célula dentro de uma cadeia produtiva que busca a prosperidade.
Ainda no berço absorvemos o valor de uma religião, uma crença que nos faz entender que existe um Criador do Universo, que devemos ter uma formação moral e ética, que devemos respeitar o próximo e temos a obrigação da caridade.
Quanto às nossas origens descobrimos que não só nossos ancestrais, mas os ancestrais de todo um povo, estiveram antes preparando os caminhos que hoje seguimos. É desses ancestrais a cultura que carregamos, o trabalho que realizamos, a etnia a que pertencemos, os costumes que herdamos e o espaço em que hoje vivemos. Os ancestrais são nossa história e, se sabemos de onde viemos saberemos para onde vamos.
E assim, baseados nos valores familiares, ancestrais e nos valores aprendidos na escola e na convivência assumimos uma postura política que deve ter fundamento em nossa história, nos nossos valores éticos e no amor ao país em que vivemos, pois nele vamos criar nossos filhos e estabelecer nossa posteridade.
O homem então busca sua companheira. Idealiza a mulher de seus sonhos e é também idealizado por ela. O amor é um sentimento necessário porque, muito mais profundo e firme que as paixões da vida, é o fator que estabelece o equilíbrio de uma casa onde será gerado o futuro. Um país é feito de lares e não de casas, é constituído de famílias. Dizia Rui Barbosa: “Multiplicai a célula e tendes o organismo; multiplicai a família e tereis a Pátria.”
Os amigos são a extensão da família. Escolhemos nossos amigos e eles nos escolhem pela afinidade, pelos valores individuais concordantes entre si, pelo amor fraternal que podemos desenvolver no relacionamento de amizade. Um amigo é aquele que se sacrifica por nós e pelo qual somos também capazes de sacrifícios. É a caridade amplificada, a mão estendida nas adversidades, o ombro para as lágrimas e lamentações.
Dessa forma, e baseado em tudo isso, o homem estabelece para si mesmo seus valores essenciais.
E depois de tudo fica uma pergunta:
Como pode um homem de caráter conviver com tantos absurdos com que nos bombardeiam todos os dias? Como se portar diante do assassinato de seus valores mais essenciais?
O que foi feito de nossa história? Permearam-na de mentiras, segundo vis conveniências, distorceram fatos com ideologias fanáticas e mendazes, estabeleceram a desvalorização da cultura de nossos ancestrais diretos, rotularam maldosamente os personagens que construíram realmente nossa Pátria.
O que foi feito da honestidade e da retidão? Transformaram-nas em peças de museu em prol das espertezas e venalidades de delinqüentes elevados à categoria de dirigentes do país.
E a religião? Nada mais resta dos nossos valores judaico-cristãos senão as práticas insignificantes e sem fundamento. A fé tornou-se comércio, proliferaram os pastores safados, estabeleceu-se dentro da igreja católica uma veia política comunista e hoje não existe nada mais longe de Deus que uma igreja, um templo de qualquer religião.
A escola é uma entidade morta como provam os níveis dos estudantes em testes internacionais. Não existem mais os mestres que eram admirados e dignos dessa admiração, pois não existe mais dignidade em qualquer escola, nem tampouco pode qualquer escola proclamar-se fonte de conhecimento.
O trabalho nem pode mais ser considerado como um valor. O Estado estabeleceu que o trabalho é um direito e não um dever, é o funcionalismo público e não instrumento da produção de prosperidade nacional. Amarraram a produção num emaranhado tal de leis trabalhistas francamente desonestas do ponto de vista ético, que hoje estabelecer-se dentro da livre iniciativa é ato de heroísmo.
As mulheres e filhos, estrutura fundamental da vida e da sociedade, estão corrompidos por ideologias feministas, oriundas do comunismo declarado.
Hoje os filhos dão as ordens a pais pusilânimes, as mulheres taxam os maridos de machistas e tratam seus cãezinhos de estimação melhor que eles de quem exigem subserviência e concordância com idéias impostas por psicólogos que não fizeram nada mais do que mentir e fanatizar. E os homens hoje são simplesmente covardes sem valor nenhum.
Por isso temos dirigentes que não são nada mais que esterco.
Merecemos porque somos covardes, porque deixamos que matassem nossos valores básicos.
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