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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Agropecuária: atividade de alto risco

INSTITUTO PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA

26, maio, 2010


Há cerca de um ano, escrevemos o livro Agropecuária: atividade de alto risco a fim de alertar a opinião pública sobre as ameaças que pairam sobre os nossos indômitos produtores rurais. Para nossa satisfação, hoje, ouvimos mais um eco do que ali bradamos.
O Sr. José Osvaldo Bozzo, sócio-diretor da BDO – uma das cinco maiores empresas do mundo em auditoria, tributos e advisory service – escreve interessante artigo no jornal “O Estado do Maranhão” com o sugestivo título: “Recordes nas safras… e nos riscos!”
Eis um resumo do artigo:
O Brasil terá safra recorde em 2010. A notícia que vem do IBGE indica que a produção total atingirá 146,5 milhões de toneladas. Em 2009, a safra ficou em 133,9 milhões de toneladas, com incremento de 9,4%.
Tal desempenho se dá muito mais pelo aumento da capacidade produtiva de nossos produtores do que pela expansão das terras cultivadas, apenas 0,1% a mais do que no ano anterior.
Apesar da corrida de quilombolas, índios, MST e do arrocho das leis ambientais [poderia ter acrescentado a ameaça que representa o PNDH-3], convém mostrar que o setor agropecuário responde por 1/3 do PIB, 1/3 dos empregos e 40% das nossas exportações.
Além de sustentar o superávit comercial, é força motriz da maior parte dos nossos acordos bilaterais com a Europa, os Estados Unidos, a Ásia, os países latino-americanos, o Oriente Médio.
A riqueza que vem do campo é essencial para o Brasil desde os tempos do Império, quando o café e a cana-de-açúcar nos garantiam posição de destaque no mercado externo.
As propriedades rurais não podem ficar vulneráveis às invasões e aos boicotes promovidos por grupos que se abrigam sob bandeiras aparentemente inquestionáveis.
Ninguém é contra índios ou quilombolas, nem considera que os trabalhadores rurais estejam errados em querer um pedaço de terra. O problema é que isso não passa de pretexto para ilegalidades que levam insegurança jurídica ao campo.
Cabe ao Estado conter tal violência e de zelar pelo direito de propriedade. Não podemos deixar que falsos movimentos ‘sociais’ impeçam o Brasil de alcançar o lugar de destaque que merece.

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