O jornal O Globo, contumaz crítico de Israel, volta a carga contra o país. Desta vez através de distorções e tirando informações de contexto, consegue transformar um roubo em um caso de censura, a fim de fazer comparações absolutamente desproporcionais (não é esta a palavra que a mídia tanto venera?) com nações ditatoriais como Cuba, China e Coréia do Norte.
Para enviar críticas e comentários ao Globo basta clicar nos e-mails que constam ao final da íntegra do texto.
No dia 07/04, o Globo em sua versão impressa, publicava o seguinte texto: "Imprensa Israelense dribla a censura para noticiar prisão de jornalista".
O caso segundo o primeiro parágrafo do Globo, é o seguinte: "O mais recente e polêmico caso de censura em Israel está levando alguns críticos a compararem o país a ditaduras como Cuba, China e Coréia do Norte. Há quatro meses, a mídia israelense não pode noticiar a prisão da jornalista Anat Kamm, de 23 anos, por supostamente ter copiado milhares de documentos secretos do Exército. Uma ordem judicial – impetrada a pedido dos serviços de segurança, sob a alegação de que o caso põe em risco a segurança nacional – impede que a imprensa toque no assunto".
Comecemos pelo príncipio. Formidável que quando supostamente se acusa o Mossad de ter matado um terrorista em Dubai, está foi a única vez em que o termo "supostos" não foi usado na manchete e no texto do jornal. Quando palestinos atiram mísseis são supostos. Quando algum terrorista se explode é um "suposto terrorista". Somente ações do exército israelense e afins não merecem o tal e estranho benefício da dúvida. Aqui quando a própria ladra já assumiu o crime e inclusive parte dos documentos foi retornado ao exército, aparece a palavra SUPOSTAMENTE. Supostamente o que, cara pálidas? Alguém pode me explicar se não for pedir muito?
Segundo: seria Kamm realmente uma "jornalista"? Não existem cursos universitários de jornalismo em Israel (há, isso sim, cursos de comunicação, mas eles não são exigência para quem quer trabalhar como jornalista). Jornalista lá não é profissão regulamentada. É o que a pessoa faz. E pode ser que ela seja PhD em história ou pode ser que ela tenha saído anteontem do Exército. O ser ou não ser jornalista, é arbitrário, e vai muito de considerar no que ela realmente está atuando. Além disso, o fato de ser jornalista, significa que vale tudo, inclusive furtar documentos? Ser ladra? Cade a ética? Tudo é justificável, inclusive por a vida de concidadãos em perigo em troca da fama?
Mas o fato é que Kamm, além de meia dúzia de artigos menores para um portal israelense, nunca escreveu nada de relevância, e seu roubo foi realizado não quando ela atuava como jornalista, mas sim traindo as funções a que foi designada no exército, que eram todas, menos de ser jornalista e - obviamente - ladra.
Vejamos o que o próprio Globo relata de forma discreta, mais abaixo da matéria:
"Anat Kamm foi detida em dezembro, acusada de espionagem. Ela teria copiado documentos quando cumpria os dois anos de serviço militar obrigatório, em 2007 e 2008. Kamm fora secretária no quartel-general do Exército. A papelada teria sido “vazada” ao jornalista Uri Blau do “Haaretz”, que fugiu para Londres".
Kamm era secretária no quartel general do exército e surrupiou documentos. Ela não era jornalista. Não estava atuando como uma. Não está sendo perseguida pelo país ou pelo exército pela liberdade de expressão, mas sim por espionagem, por ter vazado documentos e por ter posto a segurança do país em risco.
É o absurdo dos absurdos comparar tal situação com a de regimes ditatorais acima citados, onde a supressão de informações é para esconder torturas e violações de direitos humanos. Aqui, o caso foi posto em segredo o tempo suficiente para tentar se recuperar os dados e impedir que com a divulgação, grupos hostis a Israel, chegassem a Uri Blau na Inglaterra e roubassem ou negociassem tais documentos.
Se Israel realmente agisse como tais nações, um roubo destes não sairia tão barato. Possivelmente a esta altura, tanto Kamm como Blau já não pertenceriam mais a este mundo, e muito provavelmente jamais a imprensa sequer tomaria nota de um caso desses. Vou além: em muitas democracias do mundo (não ditaduras), em nome da segurança nacional, a "queima de arquivo"seria feita no silêncio. É a distorção de sempre. Israel age dentro do limite da ética que lhe é possível, tenta negociar o retorno de mais de dois mil documentos furtados que mostram posicionamento de tropas na região de Judéia e Samária, além de outras informações vitais, e o país é comparado a Cuba, Córeia do Norte, etc...
Óbvio que o Globo apóia sua opinião em "alguns especialistas" como fala no corpo do texto: "O mais recente e polêmico caso de censura em Israel está levando alguns críticos a compararem o país a ditaduras como Cuba, China e Coréia do Norte".
Quem é o crítico? UM ilustre desconhecido, como mostra a sequência da matéria: "“Que tipo de país aceita que seus serviços de inteligência domésticos detenham uma jornalista e a mantenham presa secretamente?”, escreveu o blogger americano Richard Silverstein, em Seattle. “China? Cuba? Coréia do Norte? É isso que Israel almeja? Ser igual a países governados por déspotas?”
Patente também que a escolha de um blogger com sobrenome tipicamente judaico não foi por acaso. É a opinião do Globo vendida como informação. Até onde vai a manipulação?
Com a palavra a editoria de internacional do Globo:
Para enviar críticas:
Sandra Cohen - Editora de Mundo do Globo
Fernando Moreira - Responsável de Mundo na Internet
Rodolfo Fernandes - Diretor de Redação e Editor Responsavel
Plantão O Globo
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