Recebi por e-mail sobre os artigos que o Heitor de Paola escreveu sobre uma tal blogueira cubana (leiam aqui):
Amigo,
(leia antes os artigos abaixo; depois e só depois este comentário fará sentido)
Neste texto De Paola esconde a expressão "idiota útil", com pingos, acento e endereço certo.
Enquanto psicanalista com vasta experiência, desenvolveu sensores agudos para com as conotações semânticas e um faro especial em relação aos tropeços lógicos. São alguns dos calos-de-ofício que definem a maestria profissional.
Entretanto, nenhum destes talentos serão necessários a um Q.I., normal e saudável, para arrepiar-se ante a afirmação de que 'algo' - que tem patas de cachorro, rabo de cachorro, cabeça de cachorro e late como um cachorro - seja um crocodilo.
Mesmo que o absurdo venha de badalado intelectual da mídia.
Nossas circunstâncias sócio-políticos, no que tangem à hegemonia de pensamento único, fazem-se cada vez mais similares às cubanas. Nossos jornalistas incomodativos ainda não são levados à cadeia ou ao paredón; por enquanto são apenas demitidos e assim calados.
Mas a similitude entre a tolerância usufruida por la bloguera cariñosa e a condescendência desfrutada pelo 'badalado intelectual da mídia' - quando tantos articulistas opositores são atirados ao ostracismo - será mera coincidência? Também somente coincidência que os objetos criticados por ambos, lá e cá, façam parte sempre e apenas da cobertura do bolo? Sem que jamais se mencione o recheio tóxico, politicamente venenoso?
É verdade, o dito cujo foi o primeiro - na grande mídia - a chamar a atenção para a existência do Foro de São Paulo, mas... 17 anos (D E Z E S S E T E A N O S ! ! !) após as primeiras - comprovadas, recorrentes, exaustivamente repetidas e sempre ridicularizadas denúncias de Olavo de Carvalho, De Paola, Graça Salgueiro... e meses depois que o próprio desdedado co-fundadador do Foro, reconhendo em público sua existência, enalteceu-lhe a comprovada utilidade. Ou seja, só e apenas depois da consolidação do abantesma e quando denúncias já haviam perdido qualquer eficácia, resultando - como resultaram - completamente inócuas.
Vivemos uma época e condições em que os gatos são pardos mesmo à plena luz do sol, e um cidadão precisa ter fino critério sobre onde amarrar seu burro.
Como dizem nossos hermanos: -- OJO, PIBE, OJO!
M.
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