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Seu status foi anunciado em uma declaração do grupo militante na internet e confirmado por um oficial americano do grupo de antiterrorismo. "Eles são um só e a mesma pessoa", afirmou o funcionário sob anonimato. "Ele retornou para Arábia Saudita em 2007, mas seu movimentos até o Iêmen ainda não estão claros".
A informação surge no momento em que legisladores republicanos criticam o plano de fechar Guantánamo sem qualquer medida para lidar com os presos que ainda estão no local. Porém, a notícia também explica os motivos pelos quais a nova administração quer agir cuidadosamente, levando tempo para elaborar um plano e suas complicações.
Pelo menos metade dos prisioneiros da base naval são iemenitas, e os esforços de repatriamento dependem, em parte, da criação de um programa de reabilitação do Iêmen - parte financiado pelos EUA. O governo saudita afirma que nenhum ex-terrorista que se formou no programa voltou ao terrorismo. "A lição é: independente de quem receber ex-detentos de Guantánamo, deverá ficar com os olhos abertos para eles", afirmou o oficial americano. Embora o Pentágono tenha afirmado que dezenas de libertados de Guantánamo tenham voltado aos combates, a declaração é vista com ceticismo justamente pela dificuldade de ser comprovada.
Em declaração na internet, a Al-Qaeda no Iêmen identificou seu novo vice-líder como Abu Sayyaf al-Shihri, dizendo que ele voltou de Guantánamo para sua terra natal, a Arábia Saudita, e em seguida viajou para o país vizinho "há mais de dez meses". A data corresponde ao retorno de Shihri, saudita libertado em novembro de 2007. "Abu Sayyaf" é seu nome de guerra, comumente usado entre jihadistas em substituição ao seus verdadeiros nomes ou primeiros nomes. Um oficial saudita, sob anonimato, afirmou que Shihri desapareceu de sua casa no ano passado, depois de terminar o programa de reabilitação.
Shihri, 35 anos, foi treinado em táticas urbanas de guerra em um campo no norte de Cabul, Afeganistão, segundo seus documentos divulgados pelo Pentágono no dossiê Guantánamo. Duas semanas depois dos ataques de 11 de setembro de 2001, ele viajou para o Afeganistão e ao Paquistão, e depois afirmou aos investigadores americanos que sua intenção era pedir por socorro. Ele foi ferido em um ataque aéreo e passou mais de um mês se recuperando em um hospital paquistanês. O documento aponta que Shihri se encontrou com um grupo de "extremistas" no Irã, que o ajudaram a entrar no Afeganistão.
Entretanto, nas descrições das razões para a possível libertação de Shihri, o documento afirma que ele diz ter viajado ao Irã "para comprar carpetes para sua loja em Riyadh". Elas afirmam ainda que ele negou conhecer terroristas ou estar associado a eles e que, se fosse libertado, gostaria de voltar para a Arábia Saudita para se reunir com sua família e trabalhar em sua loja de mobília.
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