Não demonstre medo diante de seus inimigos. Seja bravo e justo e Deus o amará. Diga sempre a verdade, mesmo que isso o leve à morte. Proteja os mais fracos e seja correto. Assim, você estará em paz com Deus e contigo.
Material essencial
sábado, 13 de dezembro de 2008
Quanta mediocridade e desperdício de oxigênio, água, comida...
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Andando na lua
Diário do Comércio, 8 de dezembro de 2008
A ciência histórica, dizia Leopold von Ranke, é “contar as coisas como efetivamente se passaram”. Tal é também, em escala mais modesta, a missão do jornalismo. As dificuldades para cumpri-la são muitas. A principal é que cada personagem envolvido na trama tem sua própria versão dos acontecimentos, não raro concebida de antemão para produzi-los no sentido desejado, o que inclui forçosamente a dose de camuflagem necessária para que o público não apreenda o que está acontecendo, mas se limite a decorar e recitar a sua parte num enredo cujo nexo com os fatos lhe escapará por completo. Tal é a diferença entre “acontecimentos” e “narrativa”. A narrativa pode rastrear os acontecimentos depois que sucederam, mas pode também substituir-se a eles, antecipadamente, para ao mesmo tempo gerá-los e encobri-los. Para este último fim ela tem de ser mais atraente e parecer mais natural, mais fácil de acreditar do que os fatos que encobre. A primeira condição obtém-se amoldando-a às esperanças, sonhos, temores e ódios do público; a segunda, repetindo-a com insistência e por uma variedade muito grande de canais, dando uma impressão de testemunho universal convergente de tal modo que suspeitar da veracidade da coisa pareça um sinal de demência pura e simples.
Distinguir entre narrativa e acontecimentos é questão de inteligência. A mais decisiva operação da inteligência é distinguir entre o essencial e o acessório, ou, como dizia Aristóteles, entre a substância e o acidente. A substância é a “diferença específica” que destaca uma coisa daquelas que se lhe assemelham. Uma narrativa astuta pode trazer um elemento acidental e secundário para o centro da trama, bloqueando a percepção do essencial, de modo que este se realize discretamente enquanto todos estão olhando para o outro lado.
A narrativa da vitória de Barack Obama já estava pronta muitos meses antes das eleições: era o “presidente negro” que vencera a “herança racista” da nação americana, marcando “uma mudança histórica”. Tal era o discurso de propaganda, repetido, como traslado puro da realidade, por todas as grandes empresas de mídia, cujos proprietários e controladores aliás eram, eles próprios, adeptos e contribuintes do candidato.
No entanto, basta um pouco de inteligência para perceber que a cor da pele de Obama não é sua diferença específica, essencial: é apenas a sua diferença mais vistosa. Examinando sua história, sua formação, suas ligações políticas e sua conduta de campanha, verifica-se acima de qualquer dúvida possível que, como político, ele difere imensamente mais de todos os candidatos anteriores à presidência americana do que um negro difere de um branco ou um esquimó difere de um negro. Não há, afinal, grande originalidade em um negro eleger-se presidente dos EUA. Pela lei das probabilidades, isso acabaria acontecendo mais cedo ou mais tarde. E, ao contrário do que alardeia a narrativa forjada com base num estereótipo de cinco décadas atrás, as resistências à presença de negros nos altos postos são hoje praticamente nulas na sociedade americana; ao contrário, essa presença é aplaudida quase unanimemente, mesmo quando o personagem incumbido de personificá-la não é dos mais talentosos. Dos eleitores, apenas a sexta parte declarou que a raça foi importante na escolha do seu candidato e, desses, a quase totalidade votou em Obama. Por que então declarar, como o fez o candidato contra todo o senso das proporções, que sua vitória é um feito tão grandioso quanto o desembarque do primeiro homem na Lua? É fácil demais atribuir essa declaração à megalomania narcisista (que Obama tem, mas um pouco abaixo da dose demencial requerida para dizer uma coisa dessas). Obama tem razões para dizer o que disse: ele sabe que traz consigo uma diferença específica mais discreta, porém infinitamente mais significativa do que a cor da sua pele, e que essa diferença, ela sim, faz do seu acesso à presidência um acontecimento mais que espetacular, um acontecimento de proporções quase apocalípticas. Não é uma diferença totalmente invisível. As pessoas só não a enxergam porque a mídia não a aponta e porque, ao contrário do que acontece com a diferença epidérmica, ela não é animadora e sim temível, temível em grau maior do que a média dos seres humanos é capaz de suportar.
A diferença a que me refiro salta aos olhos mediante o simples cotejo de três ordens de fatos bem comprovados:
(1) Desde ontem, Obama, como presidente eleito, passou a receber os relatórios reservados dos serviços de inteligência, tendo acesso a todos os segredos de Estado da nação americana.
(2) Ao mesmo tempo, continua severamente bloqueado ao público, à mídia e aos investigadores em geral todo acesso aos documentos do próprio Obama, seja referentes à sua biografia pessoal, seja à sua carreira política. Ninguém pode examinar sua certidão original de nascimento, seu histórico escolar, seus registros médicos, sua tese de doutoramento, sua agenda de audiências no Senado, a lista dos clientes do seu escritório de advocacia ou mesmo o rol completo de seus contribuintes de campanha. A vida de Obama é mais secreta do que os mais altos segredos de Estado. Nada se pode saber dela, exceto na versão aprovada por ele. É um privilégio que nem os imperadores da antigüidade ou os tiranos mais prepotentes da modernidade jamais desfrutaram. Lênin, Stálin, Hitler e Mussolini jamais fizeram de seus históricos escolares um segredo de Estado. As vidas de Vladimir Putin, de Fidel Castro, de Hugo Chávez, são muito mais transparentes que a de Barack Hussein Obama. O homem mais visível do universo é ao mesmo tempo o mais opaco, o mais incognoscível.
(3) Para completar, a biografia “oficial” de Obama é tão cheia de inconsistências e contradições que só um público reduzido à infantilidade mental pode aceitá-la sem perguntas. Ele diz que nasceu num lugar, sua avó diz que ele nasceu em outro. Ele diz que nasceu no Havaí quando sua mãe estudava e morava em Seattle, a duas mil milhas de distância. Não existe a mais mínima prova de que seu pai estivesse no Havaí – e muito menos em Seattle – na época em que Obama teria sido gerado. Nenhum dos colegas de universidade de sua mãe, em Seattle ou no Havaí, se lembra de tê-la visto grávida. Ele disse que só conhecera William Ayers de vista, mas os documentos provam que trabalharam juntos por muito tempo, que Ayers o indicou para diretor da ONG Chicago Annenberg Challenge e que muito provavelmente foi o ghost-writer da sua autobiografia. Ele disse que não foi favorecido na compra da sua casa com dinheiro do vigarista sírio Tony Resko (recebido de Sadam Hussein, by the way), mas o recibo prova que pagou 300 mil dólares abaixo do preço. Ele disse que nunca trabalhou na Acorn, mas aparece em fotos dando aulas para os militantes da organização. Ele negou qualquer ligação política com Raila Odinga, mas as fotos o mostram no palanque, fazendo comício na campanha presidencial do genocida. Ele disse que não sabia das idéias políticas do pastor Jeremiah Wright, mas passou vinte anos ouvindo todas as semanas os sermões dele, que só falavam de política. E ainda restam algumas perguntas vitais: Por que tantos árabes – um príncipe saudita, um vigarista sírio e dois famosos agitadores pró-terroristas estão na lista – decidiram, sem mais nem menos, pagar todos os estudos de um jovem negro americano que não tivera até então nenhuma atuação pública digna de atenção? Como o conheceram? Por que decidiram ajudá-lo a subir na vida? São perguntas que até um candidato a sargento de polícia teria de responder obrigatoriamente. Dispensar delas um presidente da República, ao mesmo tempo que se desvelam diante dos seus olhos os mais altos segredos de Estado, é dar a ele o privilégio de tudo saber sem ser conhecido por ninguém, mesmo sendo ele um personagem que dá razões de sobra para ser investigado, um tipo suspeito que, se não foi plantado no posto mais alto da República americana pelos inimigos da nação, ao menos consentiu que eles lhe pagassem para chegar lá – um tipo que, se não é o “candidato da Manchúria”, é o que já houve de mais parecido com ele na realidade.
Pela primeira vez na história da humanidade a nação mais poderosa que já houve no mundo entrega seu comando e seus segredos de Estado a um completo desconhecido, envolto em segredos e mentiras como jamais um governante foi, mesmo nas ditaduras mais tenebrosas.
Perto dessa diferença abissal e imensurável, perto dessa originalidade inédita e absoluta, ser um candidato negro é, a rigor, um detalhe irrelevante, exceto no sentido de que a diferença epidérmica é usada justamente para encobrir a diferença profunda, tanto mais decisiva quanto mais proibida e inacessível. Se isso não é como andar na Lua, é pelo menos reinar na Terra sobre um eleitorado perdido no mundo da Lua, alienado da realidade pela sedução da narrativa.
Recado para internauta que inventou (?) uma palavra, qual seja EMPRECIONA
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Dória Vigaristinha e seu devoto seguidor
6 de dezembro de 2008
Alguém me envia artigo de um tal Pedro Dória, que promete a seus leitores desmascarar a “lógica primária” (sic) daquilo que tenho dito e escrito sobre Barack Hussein Obama.
Não sabendo quem era Pedro Dória, fui averiguar no seu blog e descobri que é um jornalista cuja maior realização, no seu próprio julgamento, foi ter descoberto e divulgado Bruna Surfistinha, ex-prostituta autora de revelações de bordel que talvez provocassem um frisson nos anos 50, mas que hoje em dia soam como uma sessão nostalgia para leitores de Carlos Zéfiro.
A respeito do atestado de nascimento publicado pela campanha de Obama e confirmado como “autêntico” pelo site FactCheck.org, que se alardeia “organização apartidária”, o que afirmei foram três coisas principais e uma secundária:
1. O documento não é uma cópia da certidão de nascimento original (com a assinatura do médico e o nome do hospital), mas um atestado posterior, sem nenhum valor jurídico.
2. Além disso, havia razões para suspeitar que o documento fosse materialmente falso (v. http://www.worldnetdaily.com/index.php?pageId=82503).
3. Factcheck acrescentou a isso uma segunda falsificação: as fotos que exibiu para comprovar a “autenticidade” do documento publicado pela campanha de Obama mostravam um atestado assinado em 2007, mas num formulário impresso em 2008.
4. FactCheck não é uma organização “apartidária”, uma vez que pertence à ONG Chicago Annenberg Challenge, que contribuiu para a campanha de Obama.
Pedro Dória esquiva-se de discutir as três primeiras afirmações, mal chegando a citá-las de passagem (veja adiante), e concentra seu ataque na quarta, dando a entender que foi dela, sem nenhuma outra base factual, que deduzi tudo o que estou afirmando sobre o documento de Obama. Daí ele conclui, muito naturalmente, que faço uso daqueles métodos de difamação por associação de casualidades, tão característico dos filmes de Michael Moore. Já eu não posso dizer o mesmo de Pedro Dória. Michael Moore jamais usaria o método de difamação dele, porque tem QI superior a 12.
Isso não impede, no entanto, que Dória tenha discípulos. Un sot a toujours un plus sot qui l’admire. Um cidadão que se assina Leonardo Bernardes, em cujo currículo não consta sequer alguma realização comparável à de Dória no campo da proxenetagem literária, jura tomar seu artigo como fonte de inspiração e entra no picadeiro brandindo-o contra meus “fervosos preponentes” (sic, juro). Imaginem as reservas de caridade que precisei mover para continuar lendo a coisa depois desse início triunfal.
Em todo caso, eis o parágrafo de Dória que encorajou o menino a proclamar a minha absoluta nulidade intellectual:
“Alguém diz que o Obama não apresenta documentos, aí ele apresenta. Então dizem que o documento é falso porque não tem selo. Aí alguém vai lá, vê o selo, fotografa o selo. Então dizem que não basta que nem era um documento apenas um comprovante de que o documento existe. Aí sugere-se que, se ele não fosse elegível nos EUA, seus adversários teriam investigado isso – e este argumento não vale como argumento.”
Nessas linhas imortais, Dória não informa onde foi que usei essa seqüência de deduções. Ele nem poderia fazê-lo, porque jamais a usei.
O que ele faz é falar genericamente dos adversários de Obama e deixar no ar uma vaga insinuação de que sou culpado do que quer que eles façam. Bernardes, extasiado, acha que isso é uma demonstração científica irrefutável, porque não consegue distinguir entre método científico e fofoca de puteiro (o único ramo erudito, vale recordar, no qual Dória se orgulha de ter realizado alguma coisa).
Em todo caso, é claro que nem mesmo a campanha anti-obamista seguiu o trajeto lógico que Dória lhe imputou. O primeiro – não o segundo ou o terceiro – argumento que se alegou contra a certidão de nascimento publicada pela campanha de Obama foi o mais óbvio e imediato: ela não era uma certidão de nascimento. Qualquer cidadão americano que tenha tentado tirar um passaporte ou uma carteira de motorista com documento semelhante sabe disso: mandam que volte para casa e traga uma cópia da certidão original. Os exames técnicos que sugeriram a falsidade do atestado vieram depois, motivados justamente pela estranheza de que Obama quisesse impingir aquela coisinha como certidão de nascimento em vez de mostrar logo a certidão original. Dória inverte a seqüência dos fatos, em seguida transfigura essa ordem invertida num suposto “método de argumentação” e o atribui primeiro aos adversários de Obama e depois a mim, como se ele próprio não fosse o seu único e exclusivo inventor. Seu discípulo é ainda mais explícito, proclamando que a narrativa invertida criada pelo seu mestre desmascara o método de “retrocesso lógico” usado pelos anti-obamistas – e, naturalmente, por mim – na nossa ânsia de provar retroativamente uma tese escolhida de antemão.
Mas a maior realização de Dória no domínio dos métodos lógicos vem na frase seguinte. Procurando enfatizar a teimosia psicótica do anti-obamismo, ele exclama: “Aí sugere-se que, se ele não fosse elegível nos EUA, seus adversários teriam investigado isso – e este argumento não vale como argumento.” Ou seja: vocês não podem denunciar Obama como inelegível porque se ele fosse inelegível vocês o denunciariam. E Dória ainda fica indignado de que esse argumento não seja aceito!
Confiante no rigor exemplar das demonstrações dorianas, seu devoto exegeta proclama a minha total ignorância do método científico. Para maior ilustração da platéia, ele expõe em seguida um dos elementos essenciais do referido método tal como ele o concebe:
“No lastro da ciência há uma noção de comunidade científica, isto é, de um grupo que inserido em contextos não apenas científicos mas políticos, decide sobre a forma como os enunciados científicos irão moldar o mundo.”
A comunidade científica, portanto, é algo assim como um coletivo do MST, que, em assembléia, decide quais os enunciados científicos convenientes e inconvenientes aos seu projeto de “transformação do mundo”, aprovando os primeiros e rejeitando os segundos como barbaramente anticientíficos.
Bernardes não cita um único exemplo de descoberta científica efetuada por esse método. Nem poderia. Mas eu posso citar dois: a embriologia fraudulenta de Ernest Haeckel e a falsa genética de Lyssenko, a primeira aprovada pelo coletivo nazista, a segunda pelo comunista. Ninguém pode negar que “transformaram o mundo”. A primeira levou um bocado de gente para Auschwitz, a segunda para o Gulag.
Dória e Bernardes escrevem muitas outras tolices infames nos seus respectivos artigos, mas as que assinalei já bastam para mostrar que, intelectualmente, aquele é um vigarista pé-de-chinelo e este um aspirante a ser Pedro Dória quando crescer. Nem eu nem meus “fervosos preponentes” nos sentimos nem um pouco ofendidos por gente que cospe para cima. Também não rimos deles mais do que a caridade permite. Tudo o que sentimos é uma humilhação profunda por termos nascido num país onde os Dórias e Bernardes, reproduzindo-se aos milhares e aos milhões como memes ou vírus de computador, dão o tom dos debates ditos intelectuais e decidem, no aconchegante uniformismo mental do seu coletivo, “sobre os instrumentos de verificação e refutação, sobre os meios pelos quais conversar, concordar e discordar”. Deve ser por isso que há décadas a ciência e a tecnologia, no mundo, não avançam um passo sem as contribuições da universidade brasileira...
Só mais um ponto tem de ser mencionado, porque é difamação porca de um grande artista falecido. Bernardes diz que “Bruno Tolentino só se ergue mediante ataques a Augusto e Haroldo de Campos, ou a Giannotti, ou cantando loas ao próprio Olavo.” Tolentino, quando chegou ao Brasil, já era reconhecido como um dos maiores poetas do mundo por Jean Starobinsky, W. H. Auden, Geoffrey Hill, Giuseppe Ungaretti e Elizabeth Bishop, entre outros inumeráveis. Imaginar que ele precisasse “se erguer” depois disso, e que a tanto se destinassem suas denúncias contra o charlatanismo dos Campos ou a inépcia de José Arthur Gianotti, é coisa de uma mesquinharia tão doente e de uma estupidez tão abissal, que só poderia vir mesmo de um membro mirim do “coletivo” brasileiro.
P. S. – Ao contrário do que afirma Pedro Dória, a inutilidade legal do atestado publicado pela campanha de Obama não é um “argumento dos adversários”. É um simples fato da lei americana. O próprio Governo do Havaí não aceita esse documento como prova de nacionalidade. O site oficial do registro imobiliário do Governo havaiano (Department of Hawaiian Home Lands, DHHL) explica a diferença entre a Certidão de Nascimento (Certificate of Live Birth) e o mero atestado (Certification):
“Certidão de Nascimento (Certificate of Live Birth)... é um registro mais completo do seu nascimento do que o Atestado (Certification) gerado por computador. Apresentar a Certidão de Nascimento poupará tempo e dinheiro, pois o Atestado requer verificação adicional pelo DHHL. Ao solicitar uma cópia autenticada ao Departamento de Saúde (DOH, Department of Health), informe ao funcionário que você a está requerendo ‘para fins da DHHL’ e que você precisa de uma cópia da Certidão de Nascimento original de nascimento, e não do Atestado gerado por computador.” (V.http://hawaii.gov/dhhl/applicants/Loaa%20Ka%20Aina%20Hoopulapula.pdf.)
Em suma: Obama não poderia comprar uma casa, um apartamento, um lote de terra, uma kitchenette no Havaí só com aquela porcaria de atestado que ele impingiu aos eleitores como prova cabal da sua elegibilidade à Presidência dos EUA. Todos os candidatos à presidência sempre apresentaram cópias de suas certidões originais. Obama poderia receber a sua em casa, pelo correio, preenchendo um formulário de menos de uma página e pagando uma taxa de dez dólares.
No próprio Estado onde ele se elegeu senador – Illinois – Obama não poderia tirar sequer uma carteira de motorista só com aquele atestado. O DMV (Department of Motor Vehicles) de Illinois exige ou uma cópia autenticada da certidão original ou qualquer outro documento, de uma lista de dezenove – por exemplo histórico escolar, cartão de residente temporário, etc. – que não inclui a tal Certification. Em suma, esta vale menos, como prova de nacionalidade, do que um histórico escolar (mas Obama também não mostra o histórico escolar, porca miséria). Confira em http://www.dmv-department-of-motor-vehicles.com/IL_Illinois_dmv_department_of_motor_vehicles.htm.
Aculturação e integração
A primeira parte do pressuposto de que a política indigenista deveria consistir em manter os indígenas separados dos demais brasileiros, como se fosse possível voltar a um estágio pré-cabraliano de existência e imune à atração que o mundo civilizado exerce sobre eles. Segundo ela, os indígenas são brasileiros de segunda categoria, que deveriam ser mantidos sob tutela, como se fossem incapazes de decidir por si mesmos. Recusa, na verdade, toda a história brasileira de aculturação e de assimilação das tribos indígenas, em processos que remontam, conforme as tribos, ao século 17. É como se a história brasileira não devesse ter existido.
A segunda parte da posição de que as tribos indígenas em geral e, em particular, as da Raposa Serra do Sol estão em processo acentuado de aculturação e assimilação, com casamentos mistos e famílias nucleares que se constituem desta maneira. Adotaram as religiões católica, protestante e evangélica, num exemplo claro de transformação de suas religiosidades originárias. A própria advogada de origem indígena presente no anterior julgamento do Supremo mostra o êxito dessa aculturação. A economia da região é também o reflexo dessa integração, com indígenas que reivindicam liberdade de escolha, e não uma nova forma de tutela, como se uma economia de auto-subsistência ainda fosse possível.
Processos de aculturação decorrem de vários fatores, desde os que podem, a nossos olhos, parecer anódinos, como vestimentas, até modificações religiosas, que alteram profundamente o modo como um povo se representa e se sente, transformando profundamente a idéia que tem de si. A introdução de novas técnicas e tecnologias, como o machado de ferro em tempos mais remotos ou automóveis e celulares hoje, tem a propriedade de transformar as relações vigentes em determinada tribo. Muda, assim, o seu comportamento com outros agrupamentos humanos, como sertanejos, caboclos, mestiços e brancos.
Tais elementos modificam a forma não apenas de trabalhar, mas de pensar, sentir e representar. Outros elementos igualmente poderosos são a indumentária, o dinheiro, a língua, a escola e a religião, que solapam os fundamentos mesmos dessas culturas indígenas. Observe-se que se trata da introdução de fatores que são inevitáveis em toda relação que se estabeleça com a moderna civilização brasileira, não podendo, na verdade, ser barrados por uma política indigenista. O que, sim, pode ela fazer é minimizar os seus efeitos do ponto de vista social, o que significa dizer do ponto de vista de uma melhor e mais humana integração dessas tribos à sociedade brasileira.
Vários pensadores e etnólogos se dedicaram a essa questão, com rigor científico e uma visão de integração dos indígenas à sociedade brasileira: Karl von den Steinen, Herbert Baldus, Eduardo Galvão, Egon Schaden e Darcy Ribeiro, entre outros. Eram etnólogos com profunda visão humanista, e não ideólogos que advogavam por um suposto retorno a uma situação idílica e falsa de um estado de natureza bom e harmônico. Seguiam a ciência, e não a religião, como ocorre hoje com a política do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e a orientação correlata da Funai.
Neste sentido, uma política indigenista deveria controlar os efeitos dos processos de aculturação e integração indígenas, fazendo-os ocorrer gradativamente, assegurando políticas sociais e mesmo econômicas, sabendo de antemão que esse processo se apresenta como irreversível. O índio passa a depender de elementos e fatores estranhos - como os produtos do mundo civilizado - sem ter, muitas vezes, os meios próprios de compreender como são feitos e podem ser adquiridos. Em todo caso, o fascínio é irreversível e se coloca a questão de sua aquisição por meio do trabalho e do comércio, e não de políticas assistencialistas, que só desmerecem e desonram os que são delas beneficiários.
Isso significa que os problemas daí decorrentes são apenas parcialmente fundiários e dizem respeito a um conjunto de políticas sociais e trabalhistas que poderiam ser objeto de intervenção estatal que não se reduzisse a tentar criar condições primitivas de existência que já foram abolidas e às quais o retorno é culturalmente impossível. A demanda, no caso, é por postos de saúde, com enfermeiras, médicos e medicamentos, e não pela volta do pajé. A demanda é por uma educação que, resgatando as tradições indígenas, ofereça a eles a possibilidade de uma boa integração ao mundo civilizado. A demanda não é por ausência de trabalho, mas por condições dignas de trabalho, não tornando o indígena um novo miserável urbano.
A questão consiste numa adaptação eficaz e controlada ao mundo civilizado, de tal maneira que cause a menor dor possível aos indígenas e que estes possam usufruir os produtos da sociedade ocidental, almejados por eles mesmos. Tudo depende, evidentemente, do grau de aculturação em que se encontrem as diferentes tribos, não devendo haver uma regra de conduta única, mas políticas adaptadas a cada situação.
A educação dos jovens, por exemplo, é uma forma de adaptação que se escalona no tempo e propicia, se bem feita, uma integração harmoniosa. Uma interação satisfatória deveria necessariamente contemplar a integração econômica e cultural, condição de novas formas de prestígio, auto-estima e aquisição de bens.
Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS
A farsa do momento, uma das maiores do mundo: OBAMA
and for Dr. Polarik's full report go to polarik.blogtownhall.com
NOTE: TO BETTER PROTECT DR. POLARIK'S IDENTITY, WE HAVE POSTED THIS NEW VERSION OF THE VIDEO.
Molotov Mitchell interviews Dr. Ron Polarik, PhD about his findings concerning Obama's alleged Certification of Live Birth (COLB). Dr. Polarik explains, step by step, why Obama's COLB is without a doubt, a forgery. This video is a more technical version of the upcoming "I Invented the Internet" episode, "Catch Me If You Can".
Press Release: U.S. Supreme Court asked to issue an injunction
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Press Release 12/08/08: U.S. Supreme Court asked to issue an injunction |
Cocaína faz o Sendero renascer
"O novo Sendero não é uma organização que busca poder político - os militantes lutam agora pelo controle das rotas de escoamento da droga", afirmou ao Estado, por telefone, Jaime Antezana, pesquisador peruano especializado em narcotráfico. "O movimento impulsionado por esse grupo é tão diferente da guerrilha dos anos 80 que é mais apropriado denominá-lo ?narco-senderismo?. Eles não são como os revolucionários de antigamente."
VIOLÊNCIA
Depois de passar mais de uma década na obscuridade, os ataques da guerrilha têm-se tornado cada vez mais freqüentes. Em menos de dois meses, mais de 20 militares foram mortos, segundo dados do governo. Na semana passada, o presidente Alan García afirmou que os recentes atentados são perpetrados por "traficantes disfarçados de terroristas políticos".
O Peru é, juntamente com Colômbia e Bolívia, um dos principais produtores mundiais de coca. Segundo Héctor Luis Saint-Pierre, coordenador da área de paz, defesa e segurança internacional do programa San Tiago Dantas (que reúne pesquisadores da Unesp, PUC-SP e Unicamp), o Sendero aproximou-se dos traficantes depois que teve contato com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), há dois anos.
"O vínculo com o tráfico ajudou o Sendero a melhorar seu estoque de armas", disse Saint-Pierre. "Todo o financiamento que eles recebem hoje vem das drogas e seus objetivos também se concentram nesse campo - não há mais nenhuma reivindicação política."
As autoridades peruanas estimam em 300 o número de combatentes ativos do Sendero. Combatê-los se transformou em um grande desafio para García, que tem o índice mais baixo de popularidade desde que assumiu, em 2006 - apenas 19% aprovam seu governo.
"A fragilidade do sistema político peruano sempre deixou aberta a possibilidade de a guerrilha recuperar força", afirmou o historiador Eduardo Toche, do Centro de Estudos e Promoção do Desenvolvimento, em Lima. "No entanto, o Sendero não é ameaça para o governo."
Entre 1980 e 2000, a guerra entre o Estado peruano e a guerrilha deixou cerca de 70 mil mortos. Para Antezana, o ressurgimento do Sendero renova o conflito, que agora tem novas metas. "Apesar de as facções remanescentes terem retomado o discurso ideológico, a reinvenção da guerrilha tem apenas um fim: ocultar o que eles realmente são - um braço armado do narcotráfico."
OFENSIVA GUERRILHEIRA
18/5/1980: Sendero Luminoso declara guerra ao Estado peruano, abrindo campanha de violência que deixaria cerca de 70 mil mortos no país
16/7/1992: Carro-bomba explode na Rua Tarata, em Lima, matando 23 e ferindo 100
21/3/2002: Atentado com carga de 50 quilos de dinamite deixa dez mortos e 30 feridos nas proximidades da Embaixada dos EUA, em Lima
9/6/2003: Cerca de 200 guerrilheiros seqüestram 60 pessoas - entre eles policiais e estrangeiros - perto de La Mar, 350 quilômetros ao sul de Lima
9/10/2008: Ataque a comboio militar mata 14 pessoas
26/11/2008: Guerrilha ataca militares e mata quatro pessoas. Já são mais 20 o número de de policiais mortos nos últimos dois meses pelo grupo
Vale do Juruá: uma das maiores rotas do tráfico de drogas do país
Em comunidades ribeirinhas traficantes andam armados como se fossem a polícia e crianças estão sendo viciadas para se associar ao tráfico.
Na região acreana do Vale do Juruá localizada no meio da floresta amazônica está à fronteira entre Brasil e Peru. A região é considerada uma das principais rotas de tráfico de drogas do Brasil, formada pelos municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Cruzeiro do Sul. Esta, a segunda maior cidade do Acre. Os vários rios que cortam a área de 74.965,417 km² são utilizados para o escoamento de produtos entorpecentes, quase sempre a pasta-base de cocaína.
Os rios Juruá Mirim e Paraná dos Mouras, afluentes do Rio Juruá são os mais utilizados pelos traficantes. O Juruá Mirim que deságua no Juruá próximo ao município de Porto Walter é o mais usado para o transporte de cocaína. Em virtude disso nem todo mundo se arrisca a navegar pelas águas barrentas em meio à densa floresta.
A Comunidade Tamburiaco localizada próxima à cabeceira do rio, já na fronteira, é a mais temida. Segundo informações de moradores de comunidades ao longo do rio, no Tamburiaco e em outras comunidades próximas a divisa entre os dois países, brasileiros e peruanos transitam durante o dia fortemente armados, preparados para negociar droga. Os armamentos utilizados são fuzis, pistolas, metralhadoras e até granadas. Um morador que não quer ter o nome citado, disse que um dia passava com uma arma de caça e encontrou um peruano portando uma pistola, ele cumprimentou o estrangeiro que o seguiu por cerca de 15 minutos, mas não foi incomodado.
A passagem de estranhos pelo Rio Juruá Mirim é comum, os moradores supõem que sejam traficantes. Temerosos, os ribeirinhos tratam bem esses desconhecidos. "Não mexemos com eles, passam e ninguém intervém, até porque se incomodar é perigoso", diz um morador antigo que também pediu pra ter a identidade preservada.
Um outro ribeirinho revelou uma tragédia que está acontecendo nas comunidades invadidas pelos traficantes. Eles estão incentivando os menores a usarem drogas, desde cedo, conforme o morador: "As famílias estão sendo atingidas, crianças usando droga, jovens passam de três dias na mata fumando. Alguns pais vão sair de lá porque estão nervosos e não querem ver os filhos viciados", explica.
O perigo para quem se arrisca
Um homem morador em Cruzeiro do Sul identificado apenas por Marcos saiu há seis meses para o Rio Juruá Mirim e até hoje não voltou. Na cidade surgiram comentários de que ele teria ido à fronteira negociar drogas junto com dois amigos, apenas um deles teria retornado. A mulher dele não sabe com quem Marcos saiu, mas ele a informou que iria trabalhar na construção de canoas no Rio Juruá Mirim. A dona de casa pediu para não ter o nome divulgado, ficou sozinha com três filhos, um menino e uma menina que são do desaparecido. "Fiquei sem nada, agora tenho que trabalhar na agricultura para criar as crianças, fica muito difícil", ressalta a mulher.
Alguns desaparecimentos já foram notados de pessoas que sobem o Rio Juruá Mirim num caminho sem volta, mas os fatos geralmente não são levados ao conhecimento das autoridades. As famílias ficam amedrontadas e não costumam falar, por isso, não há dados concretos sobre tais fatos.
Como a droga é distribuída
Os traficantes vão comprar a droga na fronteira. Se não tiverem informações sobre barreiras da Polícia Federal ou do Exército, descem o rio em suas embarcações até Cruzeiro do Sul. Os que não se arriscam utilizam mulas (pessoas que transportam a droga).
Com algumas apreensões realizadas durante esse ano, os traficantes estão utilizando trilhas pela floresta até chegar ao Rio Paraná dos Mouras, que fica próximo de vários ramais dos municípios de Mâncio Lima e Rodrigues Alves.
Antes, o Rio Môa também era uma das principais rotas do tráfico, mas com a instalação de um Pelotão do Exército, os traficantes desviam antes da base militar para o Rio Paraná dos Mouras através de trilhas que ligam os rios.
Moradores são convidados a traficar
Um aposentado que mora em uma comunidade do Rio Juruá Mirim, afirma que foi convidado a guardar pasta-base de cocaína em casa, mas não aceitou. A proposta partiu de um funcionário público. "Eu recomendei que procurasse outro, porque comigo não ia conseguir", disse.
Um agricultor que também mora no Rio Juruá Mirim não teve o mesmo pensamento. Ele recebeu uma proposta de dois peruanos para transportar em seu pequeno barco, 8 quilos de pasta-base de cocaína para vender em Cruzeiro do Sul, em troca ganharia R$ 4 mil. No caminho foi abordado pela polícia e passou dois anos e dez meses no presídio. "A gente do seringal quando vê o dinheiro cai mesmo, mas deu tudo errado. Agora estou trabalhando ao lado da minha família pra descontar o tempo perdido. Eu aconselho quem tem essas idéias a trabalhar, a cadeia não é coisa boa", comenta o morador.
Em Mâncio Lima vários ramais interligados permitem o acesso ao Rio Paraná dos Mouras. Um jovem morador do Ramal Bahia, disse que pessoas entranhas quase sempre armadas costumam passar pelas casas e deixam veículos durante dias escondidos no mato. "Alguns que passam a pé com cargas, às vezes pedem aos moradores que têm moto para fazer a viagem pra eles, eu não me arrisco", garante.
Repressão
O 61° Batalhão de Infantaria de Selva localizado em Cruzeiro do Sul tem a missão de vigiar a fronteira, mas também combate o tráfico de drogas que é alarmante na região. O tenente coronel Alexandre Jansen comandante da unidade militar, entende que seriam necessárias instalações de outros postos militares em pontos estratégicos para um combate mais eficaz. Ele cita os exemplos dos pelotões instalados no Rio Môa e no município de Marechal Thaumaturgo que dificultam a passagem dos traficantes. "Eu propus ao comando do Exército a instalação de um novo pelotão em Porto Walter que é um meio caminho entre Juruá Mirim e Paraná dos Moras, para melhorar o patrulhamento nesses rios, impedindo que a droga chegue ao Juruá onde já fica difícil o controle, porque daí existem uma infinidade de saídas", comenta.
Para o tenente-coronel, o problema é complexo. De acordo com ele, nas cabeceiras do rio Juruá Mirim os brasileiros utilizam trilhas para fazer compras no município peruano de Cantagalo. "Eles compram alimentos que tem um preço mais em conta e é mais fácil do que vir a Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. Então, se há essa facilidade de trânsito que eles têm pra comprar comida, também tem pra voltar com droga", explica Alexandre Jansen.
O tenente-coronel entende que viciar as crianças é uma tática normal, "primeiro trabalhar pra eles em troca de um punhado de droga, ou então, ser um consumidor deles do futuro", diz.
O delegado Marcel Antônio Neme chefe da Delegacia da Polícia Federal em Cruzeiro do Sul reconhece que a passagem de droga pela região é grande. "Uma pequena parte fica para o consumo local, o restante é enviado para Manuas e Rio Branco de onde seguem para o Sudeste e Nordeste para a exportação", explica.
Apreensões feitas pela Polícia Federal mostram que grande parte da droga que sai de Cruzeiro do Sul é pelo Rio Juruá dentro de balsas carregadas de farinha. Mas, como houve apreensões, o delegado acredita que hoje esse não seja mais o principal disfarce para o despache da pasta-base de cocaína.
Segundo o delegado, com os investimentos dos Estados Unidos para combater o tráfico de drogas na Colômbia o refino da cocaína passou a ser realizado no Peru o que torna o tráfico ainda mais intenso na fronteira com o Brasil. Uma das preocupações da Polícia Federal é com carregamentos de cimentos e produtos químicos enviados ao auto Juruá, que podem chegar ao Peru para o refino da droga. "Mas a fiscalização também é intensa nesse sentido, os produtos químicos controlados só podem ser comercializados com autorização da Polícia Federal", diz.
Marcel Antônio Neme disse que o efetivo da Polícia Federal está sendo reforçado e embarcações estão sendo adquiridas para tornar o combate ao tráfico mais eficaz e cita a importância da ajuda das comunidades com informações para o trabalho da polícia.
www.tribunadojurua.com - Genival Moura
Agora o Jalapão/TO é território de gringo!
Esta foi a notícia que recebi em um e-mail hoje, eu já sabia que estava rolando este reality show, (tenho até amigos que estão dando susporte) mas não sabia que estava tomando esta proporção, muito chato, ridículo até... não sei como poder ajudar, porque ir ao Jalapão agora não dá, mas espero que esta notícia chegue até pessoas que podem tomar as providências cabíveis. E o Jalapão para quem não conhece é LINDO, MARAVILHOSO e saber que nem nós brasileiros podemos ver algo que é NOSSO... chega a ser constrangedor.
Leia a notícia completa abaixo:
Tem muita gente indignada com o que está ocorrendo no Jalapão. Há cerca de 90 dias, a rede americana de TV CBS grava o programa Survivor, um reality show, que será comercializado para 120 países - menos para o Brasil, segundo nota do jornalista Luiz Armando Costa, na coluna Cidade Aberta, em O Jornal desta semana.
Mais de 300 pessoas estão trabalhando confinadas no projeto desde setembro. São 75 contêineres instalados para suporte do programa, numa área de preservação ambiental, transportados para lá sobre as estradas sensíveis do Jalapão. As gravações estão sendo feitas às margens do não menos sensível Rio Sono. Segundo informações que circulam pelo Estado, são US$ 30 milhões em equipamento.
O Jalapão foi totalmente interditado ao povo tocantinense e brasileiro. Foi transformado em território americano, e até o espaço aéreo está fechado. Para se ter idéia da "internacionalização", o avião do governador Marcelo Miranda (PMDB), que foi visitar as gravações, teve que mudar a rota porque não podia sobrevoar a área.
Fitas de filmadoras e chips de câmaras fotográficas - mesmo da Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) - são confiscados pela equipe da CBS e só serão liberados após 12 de dezembro, quando terminam as gravações. Quem foi até o local diz que para entrar é necessário assinar um contrato, em inglês, de dez folhas (detalhe: até o governador!).
Americanos e australianos, que comandam o programa, instalaram no Jalapão a bandeira dos Estados Unidos - nem sinal, nem qualquer lembrança, de que se trata de território brasileiro e tocantinense.
Também conforme informações de quem foi até o local, há placas nas vias de acesso às dunas com as inscrições (em inglês e português) do tipo "dunas fechadas para o público" e "propriedade particular".
O retorno do Tocantins com perda temporária (esperamos!) da autonomia sobre parte de seu território é a divulgação das imagens do Estado para 120 países (mesmo considerando que o Jalapão, conforme especialistas, não está preparado para receber mais do que 200 visitantes).
É uma modernização daquela estratégia usada por portugueses para conquistar nossos índios: trocar espelhinhos por ouro.
Com o custo adicional da depredação de uma das nossas maiores riquezas naturais, patrimônio do povo tocantinense e brasileiro.
Será que os americanos aceitariam que fechássemos o Grand Canyon para fazer algo parecido? Que submetêssemos o governador do Colorado a esse tipo de humilhação: ter que desviar sua rota área para não sobrevoar seu território e ter que obrigá-lo a assinar contrato em inglês para
poder entrar em seu território? Será ainda que aceitariam que fincássemos bandeiras brasileiras no Grand Canyon? E se impedíssemos o ingresso nele do povo americano?
Parece que temos vocação para colônia. Não tem dinheiro, nem divulgação nenhuma, que pague abrirmos mão de nossa dignidade e de nossa autonomia.
Como diz aquela música: "Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar o seu valor"!
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Por favor galera ... isso não dá para ficar assim... O JALAPÃO É NOSSO!
As explicações do sifu do Lula
Casamata
As baixarias do Lula, do MAG top-top, da Martaxa relaxa e goza e de tantos outros companheiros, todas estão de acordo com a orientação gramscista.
Leiam este artigo e entenderão que tudo isso não faz parte de "gafes" e sim, de uma técnica para plantar a esculhambação, confundindo as pessoas de inicio mas com o tempo, acostumando-as ao desmonte dos valores, do respeito, da boa educação e de tudo o as esquerdas consideram "comportamento burguês".
Muito esclarecedor está este artigo.
Ana Prudente
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GRAMSCISMO E COINCIDÊNCIAS
É Larry Rother quem conta em livro publicado recentemente no Brasil:
- "Dois repórteres da `Folha' e do `Estado de S. Paulo' (`Viagens com o presidente', de Eduardo Scolese e Leonencio Nossa), contam: `Ao chegar a um jantar na embaixada brasileira em Tóquio, Lula pediu uma dose caprichada de uísque com gelo e antes mesmo do jantar mandou servir o segundo, o terceiro e o quarto copos, usando linguagem chula, que deixou constrangidos os presentes, diplomatas, ministros, senadores: `Tem hora que eu tenho vontade de mandar o Kirchner para a puta que o pariu. A verdade é que temos que ter muito saco para aturar a Argentina. O Chile é uma merda. Querem mais é que a gente se foda'".
A cantilena da imprensa sobre o “sifú” que o ilustre presidente cuspiu na cara Brasil que via o noticiário no “horário nobre” da TV, me arrancou um “puta merda!” - interior, envergonhado, triste. Lembrei o que me contou um daqueles jovens que nos anos 60 do século passado - (parece muito tempo! Tempo suficiente para enrolar uma nação em papel vermelho) sobre palestras num dos cursos de guerrilha em Cuba.
Tentarei reproduzir o mais fielmente possível:
“Entre as marchas, confecção de bombas ofensivas e incendiárias, tiro com tudo quanto era arma, a gente também ouvia as palestras do político. Era um oficial do exercito cubano que contava histórias exemplares para ilustrar o comportamento revolucionário diante dos burgueses.”
“Eu ouvia pensando que eram piadas ou que o sujeito queria aliviar a tensão e o cansaço do grupo. Hoje sei que ele estava aplicando as lições de Gramsci contra a ética e os bons costumes. Contou que um “companheiro” fingiu vomitar no prato num restaurante luxuoso, somente para escandalizar os burgueses... que um outro aproximou-se de um lord inglês homossexual, deixou-se fotografar em intimidades e depois utilizou as fotos para chantagear. Quebrou a cara porque o tal Lord apenas comentou sorrindo: “Ficaram lindas!”(as fotografias) e convidou-o para fazer outras mais”.
A infiltração nas faculdades está nos computadores do farquista Reyes: os militantes das farc eram enviados para universidades brasileiras e mexicanas, para aliciar jovens militantes. Nesta onda há muitos sumidos das famílias e a polícia não os encontra.
Imagino, agora, (amanhã não sei) que a ausência da prática e consciência política, a falta de manifestação e mecanismos de exigência práticos, perpetua o poder de oligarcas. E que os acadêmicos, formadores de opinião, professores, padres e anexos, estão todos com os olhos cheios de poeira... A democracia não é entendida, nem praticada. É apenas uma utopia.
A Juventude Revolucionária Oito de Outubro (JR8) é a organização de frente para a atuação do Movimento Revoucionário Oito de Outubro no movimento estudantil. O V Encontro Nacional da JR8 reuniu jovens de vários estados do país na Praia Grande (SP), entre os dias 8 e 11 de abril, para debater temas como conjuntura nacional, movimento estudantil, socialismo, cultura, e eleger a nova Coordenação Nacional da JR8.
Com a palavra de ordem “1, 2, 3, 4, 5 mil, a JR8 é a energia do Brasil”, a juventude reafirmou a bandeira da libertação nacional e a construção do socialismo, e elegeu como coordenador nacional Pedro Campos Pereira.
O novo coordenador da JR8 prestou homenagens a Márcio Cabreira, que deixou a direção da coordenação nacional. “A JR8 que temos hoje é fruto dessa força e dessa capacidade de compromisso com o povo e, muito especialmente, o nosso camarada Márcio representa e sintetiza essas qualidades, a de um revolucionário, de um socialista”,
“A cultura pode tanto atuar pela revolução ou pela conservação das relações sociais”, disse Valério. “Por exemplo, o Império Romano, em relação à cultura, incorporava palavras, culto aos deuses e costumes de outras culturas. Por quê? Porque sabia que quanto mais identificação o dominado tivesse com o dominador, melhor”
Um fato inusitado nunca esclarecido: em maio de 1972, o Consulado da Inglaterra no Rio de Janeiro retirou do país o jovem cidadão inglês Thimothy William Watkin Ross, professor de inglês em um colégio em Santa Teresa, que com o codinome de “Samuca” era militante do MR8, tendo participado de diversas ações armadas. Antes disso, um diplomata do Consulado havia estado no “aparelho” onde “Samuca” residia, tendo retirado todos os documentos que lá se encontravam, muitos deles já destruídos, levando-os para o Consulado. Esses documentos foram retirados de dentro do Consulado, contra a vontade dos diplomatas, por uma equipe da Inteligência da Força Aérea. Ou seja, um cidadão inglês atuando em um grupo terrorista nacional sob a virtual proteção do Consulado!
A partir de uma profunda autocrítica realizada por esses militantes, no Chile, o MR8, em um Pleno, realizado em dezembro de 1972, abandonou a luta armada, definindo-se pelo trabalho de massa, considerado uma absoluta necessidade histórica. Retemperado pela autocrítica e rejuvenescido pela nova linha política, o MR8 voltaria, no ano seguinte, 1973, às suas atividades no Brasil, gradativamente deixando de ser uma organização guerrilheira e transformando-se em um balcão de negócios. Inicialmente tornando-se a chamada “Juventude do PMDB”, ou seja, a ala esquerda do PMDB, sobrevivendo graças ao auxílio financeiro recebido, durante anos, de um ex-governador de São Paulo, auxílio que permitiu a manutenção, desde então até hoje, de um jornal – “Hora do Povo” – editado às terças e sextas-feiras. (Mídia sem Mascara, Carlos Azambuja).
Assinado por quem já esteve lá.
Postado por Félix Maier
Obama não me ilude, diz Chomsky
No dia em que completa 80 anos, o lingüista e teórico político do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) Noam Chomsky diz estar desencantado com o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama.
Em entrevista ao colunista da Folha de S. Paulo, Sérgio Dávila, ele disse achar que o movimento que deu uma vitória histórica a Obama, o primeiro presidente negro dos EUA, não foi democrático e sim uma "ditadura por escolha". A íntegra da entrevista está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
Nascido na Filadélfia e professor emérito do MIT, onde leciona há 53 anos, Chomsky reconhece a conquista histórica da eleição de um negro à Presidência dos EUA, cuja história ainda é marcada pelos sinais da escravidão.
Chomsky, considerado o pai da lingüística moderna, disse que não acreditava, há 50 anos, que um negro poderia ser eleito presidente e atribui a conquista ao ativismo dos anos 60 e suas conseqüências, que tiveram um efeito civilizador no país. "A opinião da elite européia não está inteiramente errada quando observa com espanto que só nos EUA um milagre como esse poderia acontecer", disse.
E diante das grandes expectativas em torno de Obama, Chomsky diz que alguns podem se desiludir. "Aqueles que escolheram se iludir sem dúvida vão ficar desapontados. Mas não se pode culpar Obama por isso. Afastada sua 'retórica altiva', que parece ter impressionado tanta gente, ele nunca se apresentou como outra coisa além de um democrata familiar de centro, mais ou menos no molde de Bill Clinton [presidente de 1993 a 2001]".
Sobre ataques de grupos gays a cristãos e alteridade
A notícia sobre ataques gays a cristãos na Califórnia soa demagoga e é natural que se duvide que tal tenha ocorrido, haja vista estarmos tão acostumados a ver gays honestos, éticos e equilibrados nas novelas, enquanto pessoas religiosas são sempre as vilãs desequilibradas e raivosas. Abordagens que alimentam uma antítese ideologicamente construída, mas nunca debatem o que está ocorrendo de fato. E o que está ocorrendo?
No mundo livre, democrático, onde há debates e não 6.000 presos políticos, como em Cuba; ou Gulags, como na União Soviética; ou faculdades transformadas em câmaras de tortura, como na Tailândia; ou governadores condenados à pena de morte por discordarem do presidente, como na China; ou pugilistas com direito constitucional ao asilo político sendo caçados e deportados pros braços de estivador do ditador etc; nesse mundo livre, imperfeito, mas livre, está posto para a sociedade alguns debates em relação aos Gays. São eles:
1) Há casamento que não seja entre um homem e uma mulher?
Após consulta popular, a sociedade da Califórnia, apesar da enorme verba e apoio midiático maciço da causa gay, entendeu que a instituição casamento, tal como é concebida pela cultura daquela sociedade, é entre homem e mulher. Se permanecesse a prática de casamento entre pessoas do mesmo sexo, a Califórnia estaria contrariando os valores daquela sociedade. Ora, nossos antropólogos acham normal índios que enterram crianças vivas bem debaixo do nosso nariz só porque nasceram gêmeas, mas somos incapazes de reconhecer a legitimidade da cultura expressa pela votação democrática? É porque se trata de um bando de cristãos fanáticos, sanguinários, e norte-americanos? Ou porque as "vítimas", diferentemente de crianças, são gays? E você sabe - crianças não são políticos, donos de mídias, milionários. Além do mais matar crianças é bom para o controle da natalidade, como no aborto. Quem será a voz dessas crianças? É a Antropologia com dois pesos e duas medidas. É a Alteridade, nova expressão autoritária maquiada de humanismo.
2) Criminalização da homofobia.
Tal qual está proposto no PL 122, homofobia pode ser qualquer coisa que um GLBT considere que seja. Sua definição é ampla e generalizada, mas sua punição é demais para os moldes das penas brasileiras. Sempre prisões e indenizações. O ataque reportado nos EUA é só um de muitos que têm ocorrido. Ataques às igrejas com pichações, abordagens violentas, interrupção de cultos. No Mato Grosso do Sul, gays promoveram queima do livro de um pastor (não te lembra Hitler?). É como, bem comparando, o MST invadindo, armado, terras produtivas onde produtores empregam tecnologia. Ou, bem comparando, a PF invadindo fazendas e prendendo arrozeiros sem mandado, esperando que estes reajam pra dar motivo à prisão. Ou seja, o amparo legal é só um detalhe. E "ai" de quem tentar fazer valer a lei! É o MST! São os coitados oprimidos perseguidos! Dono de terra é o cara mau e tem que se ferrar. É a tal dívida histórica – lei do carma trazido pra Sociologia; lógica que se vale também do maniqueísmo: "Oprimido X Opressor". O passado negro da Igreja, o Imperialismo Estadunidense, a saga sanguinária da cultura judaico-cristã dependem muito do historiador e da linha ideológica que está pesquisando ou "lendo" os fatos. Assim como ouvir sobre os presos políticos em Cuba, os Gulags, ou estudar Max Weber, depende da fé do sacerdote que media sua ligação com o saber.
Pois bem, de acordo com o PL 122 , se um empregador demitir, ainda que por justa causa, cabe a ele constituir advogado e se onerar na produção de provas que descaracterizem a homofobia. Uma Igreja não poderá mais observar sua doutrina; seus seminários serão obrigados a ordenar ministros gays, do contrário serão penalizados com a interdição da instituição, multas, indenizações e prisões. Logo agora que a Igreja católica tomou uma atitude para conter os crimes sexuais de padres homossexuais pedófilos. Ou homem que transa com menino não é homossexual? Ou Luiz Mott , um dos líderes gay que se auto-denomina doutor em antropologia, não tem seus estudos direcionados para a desconstrução da idade mínima para prática sexual com crianças? "Oh! Que golpe baixo! Associar homossexualismo à pedofilia!" Enquanto calamos com a ditadura do politicamente correto o debate e a possibilidade de trazer tais fatos para serem esclarecidos; com a negação da relação entre pedofilia e demais práticas sexuais alternativas; os estudos de antropologia sexual correm soltos na universidade, à moda de Gramsci, impondo à sociedade, alheia ao processo, uma nova moralidade, claro, anti-cristã. E, você sabe, é a Igreja reacionária que acaba se metendo nessas questões. A Igreja se importa com as crianças, mesmo que lhe venha à mente padres pedófilos e instituições de ensino que usam de tortura. A doutrina da Cristandade não justifica essas práticas, ao contrário das doutrinas universitárias em construção. Há uma visão torta e mal contada de quem não conhece a Igreja, mas se dedica à militância de atacá-la a qualquer preço. Conheço, pelo menos, seis homossexuais que foram abusados quando criança. Fato que está diretamente ligado à destruição de sua identidade sexual. Mas o conselho de psicologia proibiu os profissionais da área de tratar problemas com identidade sexual como - problemas . Apesar disso, conheço outra meia dúzia que deixou as práticas homossexuais viciosas para uma vida melhor. É horrível ler isso, não é? Imagina só! Que preconceito! Mas acontece que há pessoas tristes, oprimidas e insatisfeitas, e não é porque sofrem preconceito, mas porque querem uma vida diferente. Mas a militância gay nega-lhes esse direito, tornando criminosos qualquer um que tente ajudar.
Fora essas duas questões, que não são exclusivamente do interesse da Medieva maligna, mas de empregadores, pessoas envolvidas com instituições de ensino, de imprensa, escritores etc, todo mundo pode continuar vivendo suas vidinhas e o que passar dos limites, as leis já existentes dão conta de reprimir.
Fora da militância, gays, heteros, crentes, católicos, ateus se dissolvem na sociedade. A sociedade intui o método gramsciano, o autoritarismo do imperativo categórico da esquerda sexual, o tabu incontestável. Você pode dizer a seus alunos o que quiser. Eles não são massa de manobra. Eles têm suas vivências. Eles convivem com crentes, com católicos e a Idade Média não tem nada a ver com essas relações. Eles são, inclusive, crentes e católicos e merecem respeito intelectual. Eles compreendem a natureza de seus entraves pessoais melhor do que qualquer acadêmico de carreira e, quando precisam de ajuda, sabem com quem podem contar. Por isso o raivoso discurso contra a Igreja se acende e até o desrespeito às decisões tomadas democraticamente. Porque a ideologia, seja ela qual for, nunca vai tomar a alma das pessoas. Podem tomar tudo, mas sua subjetividade você só cede se quiser, de acordo com seus valores e prioridades. Schwarznegger já disse que não aceita a decisão tomada pelo Estado que governa. Ele não respeita a cultura e os valores das pessoas. Ele não respeita o sistema que o elegeu. Alguém deveria ensiná-lo sobre alteridade.
Fontes e referências:
http://www.youtube.com/watch?v=PrRxFoBSPng
http://juliosevero.blogspot.com/2007/08/luta-dos-ativistas-gays-em-favor-da.html
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=9306
http://juliosevero.blogspot.com/2007/08/grupos-gays-brasileiros-lanam-mltiplas.html
http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/jul/07073011.html
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição de sua vida: 'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
Se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei
O sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a Caneca improvisada,
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
Deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
Bom, não espero que esse comentário seja aprovado por sua moderação, não tem importancia, pois o objetivo principal é que você leia.
Me empreciona como alguem que se atreve a escever um blog usa argumentos tão religiosos, fala de qualquer coisa que seja contra o comunismo, ora referências neoliberais (que vale lembrar o tombo dos ultimos tempos), ora escritos como NOSSO PAIS (em letras garrafas), escolha um lado.
Não sou de esquerda nem comunista, mas não se anime.
Comparou o nazismo aos massacres trotskista com o exercito vermelho, vale lembrar que ambos queraram desgraças para a humanidade por andarem no extremo, assim como os muçulmanos.
Vai uma critica, se é que já nao a precebeu, não enxergo conteúdo ciêntifico em em seu blog, mas apenas fanatismo.
Para finalizar uma opinião pessoal, Liberdade e Livre iniciativa não se faz nem com propriedade privada nem com Estado.
Abraço