No dia em que completa 80 anos, o lingüista e teórico político do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) Noam Chomsky diz estar desencantado com o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama.
Em entrevista ao colunista da Folha de S. Paulo, Sérgio Dávila, ele disse achar que o movimento que deu uma vitória histórica a Obama, o primeiro presidente negro dos EUA, não foi democrático e sim uma "ditadura por escolha". A íntegra da entrevista está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
Nascido na Filadélfia e professor emérito do MIT, onde leciona há 53 anos, Chomsky reconhece a conquista histórica da eleição de um negro à Presidência dos EUA, cuja história ainda é marcada pelos sinais da escravidão.
Chomsky, considerado o pai da lingüística moderna, disse que não acreditava, há 50 anos, que um negro poderia ser eleito presidente e atribui a conquista ao ativismo dos anos 60 e suas conseqüências, que tiveram um efeito civilizador no país. "A opinião da elite européia não está inteiramente errada quando observa com espanto que só nos EUA um milagre como esse poderia acontecer", disse.
E diante das grandes expectativas em torno de Obama, Chomsky diz que alguns podem se desiludir. "Aqueles que escolheram se iludir sem dúvida vão ficar desapontados. Mas não se pode culpar Obama por isso. Afastada sua 'retórica altiva', que parece ter impressionado tanta gente, ele nunca se apresentou como outra coisa além de um democrata familiar de centro, mais ou menos no molde de Bill Clinton [presidente de 1993 a 2001]".
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