Do portal do ESTADÃO
Por Gabriel Manzano Filho, sexta-Feira, 04 de Julho de 2008
Faltou definição, faltou coragem e, principalmente, faltou uma clara defesa da democracia contra o terrorismo no comportamento da diplomacia brasileira ao longo de todo o "caso Ingrid Betancourt". A cobrança partiu ontem de especialistas em política externa, para os quais, durante os últimos cinco ou seis anos - ela foi seqüestrada em fevereiro de 2002 -, a marca da diplomacia brasileira nesse conflito foi no mínimo a ambigüidade, que não se apaga com as novas declarações, mais incisivas, do presidente Lula.
(Comentário do Cavaleiro do Templo: mas claro que o LULA não poderia ficar feliz com a ação do governo colombiano e o resgate dos reféns, Ingrid Betancourt entre eles. LULA é o criador do FORO DE SÃO PAULO que tem as FARC como membro ATIVO, associado mesmo. Ora, como ele poderia parabenizar URIBE se as felicitações seriam um "tiro" na amizade do grupo narcotraficante e querido associado, as FARC? Além do mais, LULA sabe que as FARC matam e, como ser que vive de mentiras, cuja VIDA TODA É UMA MENTIRA melhor dizendo, ele MORRE DE MEDO, DE TUDO. Viver na mentira é medo da verdade percebida, mesmo que não diretamente, conscientemente. ESTE MEDO CHAMA-SE COVARDIA. Sempre foi assim com todo covarde, com o LULA não seria diferente.)
"Compreendo e apóio a posição do ministro Celso Amorim de só rotular como forças terroristas aquelas assim classificadas pelas Nações Unidas. Isso é melhor do que o que fazem hoje os Estados Unidos. Mas não faz sentido a nota da quarta-feira em que o Itamaraty fala em negociação e reconciliação", diz o ex-embaixador do Brasil nos EUA Roberto Abdenur. "Reconciliação de quem com quem?", pergunta ele. "De um País de 47 milhões de pessoas com um pequeno grupo que age pela força? É tratar as Farc como se fossem representantes legítimas de uma parte expressiva do país". Abdenur considera importante lembrar que o governo nunca fez a defesa explícita das Farc, "o que é bom". Mas lamenta a ambigüidade que havia no trato da questão. "Minha crítica é que não nos posicionamos na questão central que é a democracia. Faltou uma clara defesa da democracia por parte da diplomacia brasileira. O que aconteceu foi uma vitória democrática contra uma contestação golpista".
Também o professor Carlos Pio, que ensina Relações Internacionais na UnB, entende que a nota da quarta-feira "apenas reforça a impressão de que o Brasil não demonstrou clareza em todos esses anos de luta do governo colombiano contra uma guerrilha violenta". O País "teve uma posição covarde, fugindo ao reconhecimento das Farc como grupo terrorista. E covarde também ao não reconhecer a eficácia da estratégia corajosa do presidente Álvaro Uribe". O desfecho do caso deixa evidente, segundo Pio, "que se enfraqueceram as soluções negociadoras de França e Venezuela". Como resultado, o Brasil "não tem hoje qualquer ascendência" para mediar futuros conflitos.
Veterano estudioso de questões militares e diplomáticas do continente, o professor Clóvis Brigagão, do Centro de Estudos Estratégicos da Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro, também vê fraqueza nas atitudes brasileiras, mas admite algumas atenuantes. Primeira: que o Brasil, por seu tamanho e sua economia forte, "deve mesmo adotar alguma cautela" nas relações com vizinhos, para não ser logo tachado de prepotente e imperialista. Segunda: a presença forte dos EUA no conflito, patrocinando o combate ao narcotráfico, "recomenda cuidados nas iniciativas".
(Comentário do Cavaleiro do Templo: que opinião mais cretina! Para mim, pessoalmente, esta é a opinião de alguém que não entende que por causa dos motivos que ele mesmo (Brigagão aí de cima) citou é que deveríamos ter uma opinião forte e oposta a qualquer atitude CONTRA A DEMOCRACIA. Medo de ser taxado de imperialista quando a defesa é a da DEMOCRACIA e adotar a MESMA posição que qualquer outro país, EEUU ou Namíbia, CONTRA O NARCOTRÁFICO seria ruim em que UNIVERSO??? Resposta: de novo, no UNIVERSO DOS COVARDES QUE NÃO ENCARAM A REALIDADE E QUE MORREM DE MEDO DE TUDO.)
Mas não é novidade, ressalta, que nas relações com a Colômbia a diplomacia brasileira "sempre foi de baixa intensidade". Por exemplo, o Itamaraty "nunca fez barulho com as incursões de tropas das Farc pelo território brasileiro". Da mesma forma, ele "não reagiu firme às provocações recentes da Bolívia e do Paraguai".
(Comentário do Cavaleiro do Templo: a resposta é: FORO DE SÃO PAULO.)
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