Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Alejandro Peña Esclusa em 19 de abril de 2008
Resumo: Depois que Chávez rompeu relações com o governo colombiano e depois que enviou tropas à fronteira em protesto pela morte do terrorista Raúl Reyes, Lula se atreveu a declarar publicamente que Chávez havia sido o “grande pacificador” do conflito.
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A maioria dos analistas políticos coincidem em afirmar que Lula da Silva é um perfeito democrata, que serve de contrapeso à influência nociva de Chávez no continente. Entretanto, o breve resumo de notícias que apresentamos na continuação demonstra que Lula é – e sempre foi – quem mais defendeu e respaldou Chávez.
Em dezembro de 2002, quando ainda era presidente recém-eleito, Lula convenceu o então mandatário Fernando Henrique Cardoso a enviar um cargueiro cheio de combustível – o Amazon Explorer – à Venezuela, para sabotar a Parada Cívica. Chama a atenção que o líder sindicalista Lula tenha se prestado para sabotar uma greve legítima em outro país.
Segundo uma nota de imprensa, publicada em 3 de outubro de 2005, Lula confessou publicamente que a ajuda do Foro de São Paulo foi fundamental para Chávez, durante a crise de agosto de 2004, quando se realizou o referendo revocatório.
Em 21 de setembro de 2006, segundo uma nota divulgada pela Agência Bolivariana de Notícias, “o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, reafirmou o apoio de seu país para que a Venezuela ocupe uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas”.
Segundo um cabo de EFE, publicado em setembro de 2006 pelo jornal El Universal, “o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que seu governo pretende cooperar com o do venezuelano Hugo Chávez inclusive no uso da tecnologia nuclear com fins pacíficos”.
Em 13 de novembro de 2006, Lula viajou à Venezuela para fazer campanha eleitoral a favor de Chávez. Lula assegurou: “O mesmo povo que me elegeu, que elegeu Kirchner, Evo Morales, que elegeu Daniel Ortega, sem dúvida irá te eleger presidente da República da Venezuela em um segundo mandato”. Disse não ter dúvidas de que na Venezuela, desde há muitos anos, “não havia um governo que se preocupasse com os pobres como tu (Chávez) te preocupas. E tenha a certeza, companheiro Chávez, de que este povo te quer muito”.
Nesse mesmo mês, Lula disse em uma reunião com o diretório do Partido dos Trabalhadores: “Estou certo de que Chávez será reeleito no próximo domingo”. “Junto a Chávez e Kirchner” – disse – “vamos construir a Comunidade Sul-americana de Nações”. Em dezembro, depois da reeleição, Lula manifestou sua alegria, dizendo que “a vitória de Chávez é a expressão de um processo mais amplo de transformações sociais e políticas em curso na América Latina”.
Em 26 de janeiro de 2007, Lula viajou para o foro de Davos onde defendeu Chávez das críticas recebidas, dizendo que ele “foi eleito três vezes, todas da forma mais democrática possível, com presença internacional”. Lula não mencionou as denúncias de fraude, nem que o governo venezuelano impediu a entrada de observadores de ideologias diferentes da socialista.
Em 26 de abril de 2007, em declarações que foram divulgadas pela imprensa argentina, Lula afirmou que”Chávez é um aliado excepcional, tanto no [aspecto] político quanto no energético e comercial”.
Em 20 de novembro de 2007, segundo um cabo da Telesur, “Lula ofereceu o território brasileiro para a realização de uma eventual reunião entre o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Manuel Marulanda”.
Em janeiro de 2008, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Jorge Armando Félix, descartou que a carreira armamentista da Venezuela seja uma ameaça para o Brasil.
Em 30 de setembo de 2007, o chanceler Celso Amorim, de visita em Caracas, assegurou que seu governo fará todo o possível para que o Congresso brasileiro aprove o ingresso da Venezuela ao Mercosul. “Para nós – disse Amorim – “o ingresso da Venezuela é muito importante; nos ajuda a criar uma vértebra da integração sul-americana que é importante para agora e para o futuro”.
Em março de 2008, depois que Chávez rompeu relações com o governo colombiano e depois que enviou tropas à fronteira em protesto pela morte do terrorista Raúl Reyes, Lula se atreveu a declarar publicamente que Chávez havia sido o “grande pacificador” do conflito.
O autor é engenheiro mecânico, formado pelo Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional. Atualmente é Presidente da associação civil Fuerza Solidaria – www.fuerzasolidaria.org.
Fonte: Noticiero Digital
Tradução: Graça Salgueiro
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