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terça-feira, 25 de março de 2008

Por que o governo brasileiro não condena as FARC? – Parte I

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Graça Salgueiro em 25 de março de 2008

Resumo: Citar o Foro de São Paulo é uma coisa; permitir que o público tome conhecimento do que se discute e delibera nos Encontros anuais e reuniões do Grupo de Trabalho deste Foro é outra, bem diferente.

© 2008 MidiaSemMascara.org

“Não classificamos as Farc de grupo guerrilheiro, beligerante ou criminoso porque isso poderia atrapalhar nossas estratégias diplomáticas ou humanitárias”.

(Celso Amorim, Ministro de Relações Exteriores do Brasil)


Depois que foi acesa a luz verde para se falar no Foro de São Paulo (FSP), todos os jornais e jornalistas que esconderam da população brasileira durante 18 anos a existência de tal entidade, passaram a referir-se a ela com a naturalidade de quem discorre sobre um assunto demasiadamente conhecido de todos. Assim o fizeram o Estadão em seu editorial do dia 05, cujo título era precisamente “Foro de São Paulo” e O Globo, também em editorial no mesmo dia sob o título “Ponto de ebulição”.

Não posso deixar de registrar minha repugnância à atitude desses profissionais e meios de comunicação, pois há mais de uma década todos sabem da existência desta organização que opera nas sombras, chamada Foro de São Paulo, mas preferiram se calar cúmplices e servis. Todos! O sr. Merval Pereira por exemplo, além de agora escrever no jornal O Globo sobre o FSP, também andou fazendo muito espalhafato sobre a tal organização em entrevista à rádio CBN como se tivesse descoberto a pólvora. Entretanto, quando este senhor era editor-chefe do jornal dos Marinho, não moveu um só dedo para impedir a demissão (sob o falso pretexto de “contenção de despesas” mas que no fundo era mesmo para silenciar a incômoda voz) do filósofo e jornalista Olavo de Carvalho, que desde 2002 denunciava exaustiva e solitariamente as ligações do PT com as FARC e outras organizações comuno-terroristas pertencentes ao FSP (v. Notícias faltantes, Jornal da Tarde, 3 janeiro de 2002 e A vitória do partido único, Midia Sem Máscara, 18 de setembro de 2002) e, exatamente por fazer estas denúncias, foi demitido destes mesmos jornais que hoje alardeiam em seus editoriais não só a existência do Foro, como as ligações deste com o presidente Lula e seu Partido-Estado.

Todavia, “citar” o FSP é uma coisa; permitir que o respeitável público tome conhecimento do que se discute e delibera nos Encontros anuais e reuniões do Grupo de Trabalho deste Foro é outra, bem diferente. A prova disto é que o site oficial da entidade existe, teve seu registro atualizado em 17 de agosto de 2007 com vigência até 17 de agosto de 2009 (v. Mentindo sobre as FARC: Mercadante pego no pulo), nome de domínio www.forosaopaulo.org mas, se o comum mortal tentar acessá-lo, vai dar de cara com uma mensagem de “página indisponível”.

E a diligente companheira de viagem, Eliane Cantanhêde, no artigo “Guerra Fria e Quente” , publicado na Folha de São Paulo no dia 06 de março pp., diz em seu primeiro parágrafo: “Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim e seis após Lula renegar o Foro de São Paulo para aderir ao neoliberalismo que condenava nos tucanos, a América Latina ainda vive a Guerra Fria...”. Ora, nesses 18 anos de existência dona Eliane jamais mencionou uma só vez o Foro de São Paulo, muito menos relacionando-o com Lula tão diretamente como faz neste curto parágrafo! Resolve fazê-lo agora apenas com a intenção clara de blindá-lo, afirmando que o presidente da República e fundador do Foro o havia “renegado há seis anos”.

Dona Eliane mente sem qualquer pudor – por iniciativa própria ou por determinações superiores –, primeiro porque foi o próprio Lula quem afirmou em várias ocasiões (no Encontro dos 15 anos de fundação do FSP, em 2005; no III Encontro Nacional do PT, em 2007; e mais recentemente no Pará, num encontro do Mercosul – para citar apenas os mais recentes), suas relações mais que firmes na organização. E, segundo, para tentar livrá-lo de qualquer responsabilidade criminal com as descobertas que vêm sendo feitas nos arquivos dos computadores de Raúl Reyes, o segundo em importância no comando das FARC, pois é de conhecimento de todos que esta organização narco-comuno-terrorista é também membro efetivo do Foro de São Paulo.

Os jornais têm citado o FSP a esmo como para banalizá-lo, e minimizar seu grau de malignidade e importância nos rumos políticos da América Latina como um todo (vale lembrar que esta organização elegeu governantes comuno-socialistas de oito países: Brasil, Venezuela, Argentina, Chile, Uruguai, Equador, Bolívia e Nicarágua exceto Cuba, que era o único “governado” pela esquerda quando da fundação do Foro, e brevemente elegerá o presidente do Paraguai, como se verá mais adiante), mas não revelam seus planos, suas diretrizes, tampouco suas alianças com organizações narco-terroristas.

Pois bem, os leitores precisam saber o que se passa nesses encontros. Nos dias 11 e 12 deste mês de março o Grupo de Trabalho (GT) do Foro de São Paulo reuniu-se no México, em seu primeiro encontro após a ação que resultou na morte de Raúl Reyes, onde foi aprovado um “forte pronunciamento de repúdio à ‘latino-americanização’ da doutrina Bush pelo governo de Álvaro Uribe”. Segundo informa o site “Vermelho” do PC do B, o “Grupo de Trabalho é uma instância de coordenação entre os Encontros anuais do Foro”, ou seja, é quem prepara a pauta a ser debatida e deliberada nos Encontros anuais que este ano acontece em Montevidéu, entre os dias 22 e 25 de maio. Participaram deste GT o Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil, que responde por sua Secretaria Executiva, o PC do B, representações partidárias da Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Peru, Porto Rico, Uruguai e Venezuela, além dos anfitriões, Partido da Revolução Democrática (PRD – partido do ex-candidato presidencial López Obrador) e Partido do Trabalho (PT) ambos do México.

Duas resoluções foram aprovadas neste encontro: uma, em solidariedade ao Equador e a “atitude enérgica” de Rafael Correa; e outra, condenando com veemência a “agressão” de Uribe. Além disso, a reunião também prestou solidariedade ao povo mexicano pela morte no acampamento das FARC de “jovens estudantes” da UNAM (Universidad Nacional Autónoma de Mexico). Para o XVI Encontro, serão debatidas as experiências e ascenção das forças “progressistas” e a necessidade de “avançar e fazer confluir os processos de integração da América Latina, como o Mercosul e a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), mas este é um tema para outro artigo que será exposto oportunamente.

Na seqüência desta reunião do GT, ocorreu nos dias 13 e 14 o XII Seminário anual do Partido do Trabalho do México, onde participam “forças de esquerda” de todo o mundo, inclusive com a presença de Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT, Ronaldo Carmona, diretor do CEBRAPAZ e Javier Alfaya, vice-presidente desta entidade, ambos do PC do B, que representavam o Brasil na reunião do GT do Foro de São Paulo.

Mas, quem é e o que faz este PT do México? Quem são as “forças de esquerda” que participaram deste Seminário? O jornal El Universal do dia 12 de março revela que o PT do México admitiu ter convidado e financiado passagens e hospedagem a membros das FARC e do ELN para este Seminário porém, que os mesmos não participarão porque o governo não lhes concede o visto de entrada no país. O coordenador do PT mexicano na Câmara dos Deputados, Ricardo Cantú, reconheceu que seu partido tem vínculos com as FARC como com qualquer outra organização de esquerda do continente e afirmou: “Os grupos guerrilheiros não tiveram a sorte de chegar a acordos de paz e têm participado em foros de esquerda, e não nos pediram que retirássemos sua assinatura nas convocatórias em outros espaços de debates”. Acrescentou que desde 2002 essas organizações só têm enviado comunicados, considerando que o ex-presidente Vicent Fox decidiu fechar os escritórios das FARC que havia no México e não conceder os vistos de entrada a seus representantes.

Em entrevista ao El Universal, o senador Alberto Anaya, presidente nacional do PT mexicano, explicou que estes seminários são convocados pelo Foro de São Paulo criado em 1990, quando seu partido ainda não existia, e que “trata-se de um foro no qual participam mais de 90 organizações políticas de diversas partes do mundo, incluindo grupos armados”. Disse ainda que “as FARC já não atendem a nenhum seminário, em nenhuma parte do planeta, porque correriam o risco de ser detidas”. Está aí confirmado, pelo presidente do partido anfitrião, que as FARC continuam participando de Seminários e Encontros do Foro de São Paulo, embora a participação se dê através de comunicados.

Em março de 2007, após a realização do 11º Seminário do PT mexicano, o presidente Álvaro Uribe expressou sua preocupação de que tivessem convocado as FARC e o ELN para o evento. Em resposta, Alberto Anaya rechaçou a acusação de Uribe, não negando que os bandos terroristas constassem como convidados mas retrucou: “Desde 2002 eles não vêm ao México, tampouco o visitam porque o governo não lhes dá o visto e, nessa perspectiva, eles não assistem a esse foro”. É plausível que de fato as FARC não se arrisquem a estar de corpo presente mas não é necessário isto para participar, como ficou provado em 16 de janeiro de 2007, por ocasião do XIII Encontro do FSP em El Salvador, onde a Comissão Internacional das FARC enviou um comunicado aos “companheiros”. Diz o comunicado: “Al no podernos hacer presentes en tan importante evento entregamos a ustedes este documento con nuestros puntos de vista, y agradecemos de antemano el tenerlo en cuenta en las deliberaciones” (http://www.farcep.org/?node=2,2513,1) (C.T. - o siite das FARC foi providencialmente retirado do ar mas eu tenho o conteúdo na íntegra e reproduzo abaixo*) . Quer dizer, quem participa das deliberações não pode ser outra coisa que membro efetivo com plenos direitos!

a segunda parte deste artigo, as estreitas relações das FARC com a Universidad Nacional Autónoma de México, com o PT do Brasil, com o candidato à presidência do Paraguai, Fernando Lugo, e ainda com a “estudante” mexicana sobrevivente do ataque ao acampamento da guerrilha no Equador.


* 16 de Enero de 2007

Saludo Mesa directiva del Foro de Sao Paulo

Compañeros

Mesa directiva del Foro de Sao Paulo.

San Salvador, El Salvador.

Compañeros y compañeras delegados y delegadas al XIII Foro, reciban nuestro cariñoso y bolivariano saludo, muchos éxitos en sus deliberaciones.

Al no podernos hacer presentes en tan importante evento entregamos a ustedes este documento con nuestros puntos de vista, y agradecemos de antemano el tenerlo en cuenta en las deliberaciones.

Queridos compañeros.

En 1990 ya se veía venir abajo el campo socialista, todas sus estructuras flaqueaban como castillo de naipes, los enemigos del socialismo festejaban a más no poder, se acuñaron teorías como la del fin de la historia, muchos revolucionarios en el mundo observaban atónitos y sin conocer lo que había fallado para que ocurriera semejante catástrofe.

La utopía se esfumaba, la desesperanza se apodero de muchísimos dirigentes que habían dedicado toda su vida a la lucha por conquistar un mundo mejor, idealizándolo con el modelo de socialismo desarrollado de la Unión Soviética. Al derrumbarse ese modelo, para muchos se acabó la motivación de lucha y sólo quedamos unos pocos soñadores que nos mantuvimos y nos seguimos manteniendo en la teoría, en la política y en la realidad de nuevas expresiones de socialismo, lo que ha potenciado la decisión de lucha y ha acelerado el crecimiento y fortalecimiento de ese contingente de soñadores que ve en esa lucha por un mundo mejor, algo realmente posible.

En Asia: China, Vietnam y Corea del Norte, ondeaban sus banderas socialistas sin darle cabida al derrotismo y sin escuchar los cantos de sirena para que abandonaran el sistema que se le oponía al capitalismo.

En América: Cuba quedó sola, navegando en la crisis más profunda que le haya tocado vivir a país alguno, con su comercio que alcanzo niveles de caída que no pocos creyeron imposible de revertir dado el brusco cambio en las fuetes y condiciones de su comercio exterior. El imperialismo creyó equivocadamente que había llegado el momento de acabar con el socialismo en América, aumento su agresión con el bloqueo económico, comercial y financiero, sin importarle la vida de millones de niños y ancianos que sufrirían las consecuencias de tan demencial maniobra.

Es en ese preciso momento que el PT lanza la formidable propuesta de crear el Foro de Sao Paulo, trinchera donde nos pudiéramos encontrar los revolucionarios de diferentes tendencias, de diferentes manifestaciones de lucha y de partidos en el gobierno, concretamente el caso cubano. Esa iniciativa, que encontró rápida acogida, fue una tabla de salvación y una esperanza de que todo no estaba perdido. Cuanta razón había, han trascurrido 16 años y el panorama político es hoy totalmente diferente. El otrora imperialismo arrogante y prepotente esta sumido en una profunda crisis que nadie sabe cuando ni como terminará. Las brutales e ilegitimas agresiones contra los pueblos de Afganistán, Irak y Líbano han recibido respuestas inesperadas y cada día sumen en el desconcierto al gobierno norteamericano y sus aliados, que han tenido que cargar con el peso político y social que significan miles de muertos y heridos, así como de una previsible derrota. Duras realidades como el déficit fiscal, el déficit en la balanza comercial, la caída de los halcones: Ruffell, Boltón y Negroponte y la creciente actitud critica del pueblo norteamericano, agudiza aún más la crisis de quienes soñaron y aún sueñan con el poder mundial, creyendo muertas y enterradas las fuerzas que se les pudiesen oponer.

En América Latina, no hacemos más que reseñar, pues todos conocemos los procesos: Cuba, Venezuela, Bolivia, Nicaragua, Ecuador, Brasil, Uruguay y Argentina, en total ocho países, se orientan por el desarrollo de modelos de gobierno y de sistemas diferentes al tradicional impuesto por el imperialismo yanqui. Los pueblos han optado por el cambio, nada los ha detenido, la amenaza, el chantaje, la compra de votos, los fraudes millonarios, no han sido suficientes para hacer cambiar la opinión de millones que han buscado y siguen buscando una nueva alternativa.

Es en el marco de este escenario político que se ha desarrollado y se sigue desarrollando el Foro de Sao Paulo. De un partido en el gobierno que inicialmente hacía parte del Foro, el Partido Comunista Cubano, hoy son ocho las fuerzas gobernantes que, además de ser fuerzas en el gobierno, fueron fundadoras de éste importante movimiento. Así las cosas, cualquiera pensaría que el haber avanzado en luchados y esperados objetivos, haría del Foro de Sao Paulo un impulsador de la integración de América Latina, en un ariete de las luchas sociales, en un ente solidario con la lucha de los pueblos, en una fuerza capaz de buscar y proponer soluciones políticas a conflictos internos que se presentan como consecuencia de la inequidad, la injusticia y la antidemocracia.

Pero no es así, hay quienes piensan que el haber llegado al gobierno los separa del Foro. Según tal y muy respetable forma de pensar, una cosa es ser oposición y otra ser gobierno, en razón a tener que desarrollar, en algunos casos, políticas que el Foro no comparte, como la política neoliberal. Piensan que la nueva condición los inhibe de participar y quieren un Foro menos dinámico, que no se haga sentir, que no sea propositivo, que no sea luchador por objetivos que fueron y siguen siendo validos. Ante tal situación, otros piensan que se debe acabar el Foro, que lo mejor es darle entierro de tercera y crear un nuevo movimiento.

En las FARC creemos que no son correctas las dos apreciaciones anteriores y, por el contrario, pensamos que los partidos que se encuentran en el Foro y que hacen parte de los gobiernos, tienen el espacio, el justo derecho y la necesidad de plantear en sus países el fortalecimiento del movimiento tal como fue creado: sin exclusiones, sin imposiciones y sin dogmatismos. Creemos así mismo que se debe buscar el que, esta organización sea más funcional, sea un ente catalizador de las opiniones de los pueblos que siempre están adelante de sus gobernantes, porque son los que sienten como se está ejerciendo el gobierno, si es justo, si es pulcro, si es humano, si ha cumplido con lo que le ha prometido. Tenerle miedo a la crítica que pueda hacer una organización como el Foro de Sao Paulo, es negar su misma esencia como gobierno democrático, amplio y pluralista.

Pensar en crear otra organización echando por la borda 16 años de experiencias, de credibilidad, es despilfarrar la oportunidad de convertir el Foro en un ente coordinar de diferentes partidos, movimientos y organizaciones políticas que respetando las diferencias nos ratificamos en la lucha contra el imperialismo, el neoliberalismo, la solidaridad y la integración de América Latina.

Hacemos un reconocimiento a los compañeros del Grupo de Trabajo por la iniciativa de ayudar en la solución política al conflicto social, político y armado que vive Colombia desde hace 60 años, la declaración de Bogotá es sin duda un documento muy importante que, con el derecho que nos asiste, pedimos sea difundido entre los asistentes al Foro.

En Colombia hay una intervención directa del Imperialismo Yanqui, en la actualidad hay 1.400 oficiales del ejército estadounidense, dirigiendo las operaciones del Plan Colombia, el Plan Patriota y el Plan Victoria. Los Estados Unidos, están instigando y financiando la guerra con el pretexto del narcotráfico y para ello diariamente se están gastando 17.5 millones de dólares para perseguir y liquidar a los luchadores sociales, revolucionarios y bolivarianos. Las fumigaciones están acabando con la flora y la fauna de la amazonía, son miles de toneladas de Glifosato y Paraqua, igual que los experimentos con el Fusariun Oxiporun. Que destruye la mata de coca pero igual acaba toda la flora que haya en el lugar, como son las cuencas hidrográficas, sus cepas se embarcan causándole inmensa pérdida al sistema ecológico.

Creemos oportuno manifestar nuestra inquietud y desagrado por la posición de algunos compañeros que, en forma y bajo responsabilidad personal, públicamente dicen que las FARC no pueden participar en el Foro, por ser una organización alzada en armas. La lucha armada no se ha creado por decreto y tampoco se acaba por decisión similar, es la expresión de un pueblo que ha sufrido la devastación de su población en más de un millón de personas que en estos 60 años han sido asesinadas, es la expresión de los miles de militantes que fueron asesinados del Partido Comunista y de la Unión Patriótica, es la expresión de miles de sindicalistas que han sido asesinados en estos últimos años. A los compañeros que piensan que no podemos participar, fraternalmente los invitamos a que nos acompañen, no en el accionar militar al que las circunstancias nos han obligado, pues sabemos que no la comparten y respetamos sus puntos de vista, los invitamos a participar de la búsqueda de la solución política y para ello los hacemos partícipes de la Plataforma para un gobierno de Reconstrucción y Reconciliación Nacional, aprobada por nuestra 8ª Conferencia realizada en 1993. Con esta Plataforma de 12 Puntos hemos invitado reiteradamente a todos los sectores sociales, económicos y políticos de nuestro país, para que nos sentemos y entre todos construyamos la Nueva Colombia. Al Foro, en su conjunto, lo invitamos a que prosiga en sus importantes pronunciamientos y accionar por la solución política al conflicto social y armado en Colombia, paso importante para alcanzar la paz con justicia social por la que ha luchado y seguirá luchando nuestro pueblo, a la vez que paso necesario para impedir que este conflicto pueda ser utilizado para que el imperialismo intente acciones desestabilizadoras en la región.

Seguimos invitando a todos los partidos políticos, organizaciones sociales, de estudiantes, obreros, intelectuales, campesinos, indígenas y a todo el que este en contra de la injusticia, a buscar una solución política. Invitamos a que nos acompañen en la lucha por el Intercambio Humanitario, con lo que estaremos abriendo las puertas para que centenares de colombianos y colombianas regresen a sus hogares a compartir con sus seres queridos.

Comisión Internacional

Fuerzas Armada Revolucionarias de Colombia-Ejército del Pueblo, FARC-EP

Montañas de Colombia, enero 7 de 2007”.

http://www.farcep.org/?node=2,2513,1


Um comentário:

  1. Não sei por que o governo brasileiro não condena as FARC, mas deveria!
    Estive em Buenos Aires e ali sim as condenam nos aluguel apartamentos Buenos Aires !

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