Material essencial

sábado, 27 de outubro de 2007

Mais de cem anos da mesma coisa...

Maiakovski

Poeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin escreveu, ainda no início do século XX:

"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada
."

Depois de Maiakovski...

"Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com issoEu não era negro
Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com issoEu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com issoPorque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego Também não me importei
Agora estão me levando

Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo."

Bertold Brecht (1898-1956)

"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.

Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.

Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;

já não havia mais ninguém para reclamar..."

Martin Niemöller, 1933 - símbolo da resistência aos nazistas.

"Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho..."


Cláudio Humberto, em 09 FEV 2007

O que os outros disseram, foi depois de ler Maiakovski.

Incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio.

Porque a palavra há muito se tornou inútil…

Até quando?

Olavo de Carvalho e a Filosofia no Brasil

Da série "IMPERDÍVEIS"...

Para entender um pouco mais sobre a "postura" filosófica brasileira e muito mais. Precisamos entender o que está acontecendo no Brasil, o que de podre está sendo servido ao nosso povo e, principalmente, aos nossos jovens universitários, coitados (sim, coitados deles... já fui um duas vezes...). Entrevista gravada com Olavo de Carvalho (www.olavodecarvalho.org).

Clique abaixo para ouvir.

http://cafecolombo.com.br/2005/05/16/olavo-de-carvalho-e-a-filosofia-no-brasil/

Fonte: site CAFÉ COLOMBO - http://cafecolombo.com.br

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A educação em uma economia estatista I

Ou: do diploma como reserva de mercado

Posted by Lucas Mafaldo on Agosto 27th, 2007 — Posted in Política

Introdução

Há algum tempo atrás, escrevi sobre como seria a educação sob o livre-mercado. Notem o “seria” da frase anterior: não vivemos sob o livre-mercado, mas sim, sob muita interferência do Estado – e poucos campos são tão estatizados quanto a educação.

As pessoas tendem a raciocinar em termos extremistas: capitalista é toda sociedade onde existem dinheiro e propriedade privada, enquanto socialista é somente uma sociedade onde todo o dinheiro e toda a propriedade foram abolidos. Raciocinar com estes termos é totalmente impossível, pois nenhum deles jamais existiu plenamente. Não se tem notícia de uma sociedade que conseguiu banir totalmente a liberdade de mercado, nem uma em que o mercado funcionasse totalmente sem restrições. Ausência de mercado e mercado totalmente livre são possibilidades apenas mentais e não opções concretas.

As opções concretas são sempre entre variações no grau de liberdade em relação à autoridade estatal. Quando há tanta liberdade a ponto do próprio povo tomar a maior parte das decisões, então dizemos que estamos sob o livre-mercado. Quando o povo toma poucas decisões e o governo toma a maioria, então estamos sob alguma forma de estatismo – que pode ser fascista, nazista ou socialista.

O Brasil é, evidentemente, um país socialista – ou pelo menos um país historicamente estatista em vias de progressiva socialização. E, como eu dizia antes, poucas áreas são tão socializadas quanto a educação. Ainda há, é verdade, espaço para a concorrência privada; mas todo este espaço é previamente determinado pelas autoridades estatais.

Como no meu artigo anterior falei sobre a educação sob o livre-mercado, a partir deste, iniciarei uma série sobre os problemas do controle estatal da educação. Começarei explicando porque um diploma é, em última instância, uma reserva de mercado e voltarei ao tema posteriormente.

A dupla finalidade da universidade

Se perguntarmos a qualquer pessoa qual é a finalidade da universidade, ela não hesitará em responder que sua função é habilitar os alunos a exercerem determinadas profissões. Ao dar esta resposta, ela não estará de toda errada – afinal, esta é, de fato, a finalidade original da universidade – mas estará percebendo apenas metade da questão.

Formar profissionais pode ter sido a “razão de ser” por excelência das universidades e pode até continuar sendo sua função nominal; mas, na medida em que o Estado assume a função de regular todo o mercado de trabalho, as universidades adquirem um novo papel: decidir quem entra e quem fica fora das reservas de mercados profissionais.

A partir deste ponto, a faculdade passa a ter duas finalidades: transmissão de conhecimento e acesso a uma reserva de mercado. O segundo objetivo fica apenas implícito e, quando raramente é mencionado, as pessoas tendem a diminuir sua importância dizendo que ele está em total continuidade com o primeiro. Algumas vezes, de fato, estes dois objetivos podem ser compatíveis; mas eles freqüentemente entram em conflito, gerando boa parte dos problemas que temos da educação superior. Mas deixem-me explicar melhor o que é reserva de mercado, antes de expandir a análise deste problema.

Reserva de mercado

Uma reserva de mercado existe quando apenas um grupo pode explorar uma determinada área de negócios. Um exemplo hipotético seria o seguinte: um ditador maluco decide que apenas as mulheres poderão trabalhar como taxistas.

Toda reserva de mercado é um benefício imediato para quem está dentro dela: após a decisão do nosso hipotético ditador, imediatamente haveria um grande crescimento dos empregos disponíveis às mulheres. No entanto, uma reserva de mercado também prejudica seriamente quem está fora dela: todos os homens que pretendessem trabalhar na área seriam prejudicados.

Além disto, existe um grupo que sempre sai perdendo com a reserva de mercado: os consumidores. Na medida em que apenas um pequeno grupo pudesse trabalhar no ramo, este pequeno grupo poderia aumentar os preços e diminuir a qualidade do serviço sem precisar ter medo da competição. Ou seja, com a reserva de mercado tende a aumentar o custo e diminuir a qualidade de um serviço – o que prejudica diretamente os consumidores.

No caso do nosso exemplo hipotético é fácil ver como as reservas de mercados são injustas: por puro arbítrio de um burocrata autoritário, um grupo de produtores foi beneficiado enquanto todos os consumidores e os produtores fora deste grupo foram prejudicados.

Ou seja, a análise econômica mostra claramente que a reserva de mercado serve para facilitar a transferência de riquezas para um pequeno grupo privilegiado aos custos do resto da população.

Reserva de mercado e coerção

Ainda há mais problemas éticos com a reserva de mercado. Por ser intrinsecamente injusta e improdutiva, toda reserva de mercado vai contra os interesses dos agentes econômicos; por isso, as próprias pessoas prejudicadas por uma reserva de mercado, mais cedo ou mais tarde, tenderão buscar maneiras de aboli-la. Ou seja, sempre que há uma reserva de mercado, há um incentivo direto para sua dissolução.

Por isso, para que uma reserva de mercado se mantenha operante – e elas conseguem se manter operante por muito tempo – é preciso que os agentes interessados em furar o bloqueio (os consumidores e os produtores alienados) sejam proibidos de tomarem decisões. Ou seja, é preciso que o governo continuamente imponha limites a liberdade de escolha do povo, para que o grupo protegido não perca seus privilégios. E este é um sério problema ético: para se manter uma reserva de mercado em ação é preciso sempre da coerção estatal; ou seja, o governo precisa impedir que as pessoas tomem decisões que trariam benefícios para elas mesmas.

Para ilustrar melhor o que estou dizendo, basta elaborarmos um pouco mais o nosso exemplo anterior.

Digamos que, após o ditador ter criado uma reserva de mercado para as taxistas, um rapaz, para ganhar um pouco mais de dinheiro, decide entrar ilegalmente no ramo dos taxistas. Para competir com os taxistas oficiais, ele propõe um preço mais baixo do que o preço oficial.

O que está acontecendo nesta situação? Ora, este rapaz está furando a reserva de mercado e revertendo os seus efeitos: ele está redirecionado a riqueza do grupo privilegiado (as mulheres, no caso) para os grupos que haviam sido prejudicados: os motoristas homens e os consumidores.

Ao fazer isto, todos os membros envolvidos diretamente nesta troca comercial são beneficiados: o consumidor (por receber um serviço a um preço mais barato) e o motorista (pois ganhará algum dinheiro ao invés de ficar desempregado).

Neste exemplo, portanto, vemos claramente como a reserva de mercado tende a ser naturalmente abolida, já que os dois agentes econômicos envolvidos nesta troca sairão beneficiados. Qual seria a única maneira da reserva manter sua efetividade? O governo precisaria proibir que estas pessoas fizessem este acordo. Ou seja, o Estado utilizaria seu poder de coerção para impedir que estas duas pessoas (o motorista e o consumidor) façam um acordo que beneficiarão todos os envolvidos.

A reserva de mercado, portanto, em última instância só se sustenta caso um governo autoritário impeça as pessoas de agirem de acordo com seus próprios interesses; ou seja, ela só se sustenta caso uma força externa continuamente impunha restrições à liberdade do povo.

O diploma como reserva de mercado

Neste ponto, imagino que o leitor já tenha entendido o porquê do subtítulo deste artigo. Uma coisa é possuir a habilidade necessária para executar uma profissão e outra coisa – bem diferente – é estar dentro de uma reserva de mercado criado pelo governo.

É verdade que as duas coisas são providas pela mesma instituição – a universidade – mas elas permanecem logicamente distintas. É perfeitamente possível que uma pessoa aprenda um ofício sem que consiga um diploma correspondente. Vejamos alguns exemplos simples: é perfeitamente possível que alguém aprenda o ofício de ensinar matemática sem cursar faculdade alguma; como não há empecilho algum para que um estudante – aparelhado de uma boa biblioteca – acabe entendendo tanto de literatura quanto alguém que terminou o curso de letras. Possuir determinada habilidade profissional, portanto, é logicamente distinto de possuir o diploma correspondente.

Com isso não quero dizer que os diplomas sejam inteiramente desnecessários; obviamente eles representam uma grande economia de tempo para os empregadores, pois, através deles, eles não precisam avaliar cada candidato individualmente para saber se estão devidamente habilitados para o trabalho. Ou seja, se servissem apenas como um atestado de habilidades, os diplomas seriam perfeitamente legítimos – mas esta não é a sua única função.

Por causa do controle estatal do mercado de trabalho, os diplomas adquirem também a função de garantir reservas de mercado. Isto ocorre em toda área onde o governo proíbe que os consumidores contratem trabalhadores que não tenham esta documentação. Ou seja: uma coisa é uma empresária contratar o funcionário diplomado por este ser melhor que o funcionário não-diplomado; outra coisa totalmente diferente é a empresa ser proibida de contratar o funcionário não-diplomado, mesmo que este seja melhor que o outro.

Fiquemos com um exemplo em minha área: psicologia. Alguém poderia dizer que o diploma serve para que o empregador se certifique o candidato a um emprego tenha o conhecimento necessário. Mas digamos que este empregador consiga esta informação de outro modo; digamos que um colega meu criou um excelente blog sobre psicologia organizacional. Um empresário descobriu o site e ficou entusiasmado: decide que quer contratar o autor para sua equipe. No entanto, ele logo descobre que o autor do blog ainda não é formado e, por isso, a contratação não
poderá ser efetivada.

O que está em jogo nesta situação? Obviamente, o diploma não está servindo apenas como um atestado das habilidades do rapaz (pois isso foi comprovado de outro modo), mas sim, como uma reserva de mercado para os que já estão formados. O diploma está, efetivamente, substituindo a própria habilidade profissional que deveria representar.

Como toda reserva de mercado, o diploma serve para beneficiar um grupo restrito de pessoas: o que já estão dentro da reserva, ou seja, os que já possuem um diploma. Deste modo, os diplomados podem relaxar, pois não precisam se preocupar com a possível concorrência de profissionais autodidatas.

Como toda reserva de mercado, o diploma prejudica um grupo de profissionais (os não-diplomados) e todos os consumidores. Ao invés de poder contratar quem realmente lhe parece melhor para o trabalho, o consumidor só pode contratar quem o papai-Estado determina. Mas isto é a essência mesmo do estatismo: jamais deixar que as pessoas ajam como adultas e tomem as suas próprias decisões.

Toda reserva de mercado é essencialmente uma tentativa de fugir da competição. Em uma situação onde a competição é livre, vence quem melhor satisfazer uma demanda do consumidor. Em uma economia estatizada, vence quem conseguir uma autorização do governo para ficar dentro de uma reserva de mercado. A diferença entre livre-mercado e socialismo, no fim das contas, é esta: no livre-mercado existe um incentivo para agradar o consumidor; no socialismo existe um incentivo para agradar o burocrata.

Isto não é diferente nos cursos de pós-graduação. Parece que ninguém se espanta com o espantável fato de que o número de cursos de pós-graduação cresce gigantescamente sem que vejamos um concomitante desenvolvimento cultural e científico. Talvez as pessoas não se espantem porque já perceberam a resposta: são pouquíssimos os que realmente fazem uma pós-graduação para aprimorar seus conhecimentos.

Uma pós-graduação, evidentemente, é uma nova reserva de mercado inscrita dentro de uma reserva anterior. Quantas vezes não encontramos um sujeito com mestrado menos hábil do que outro que ainda nem terminou a graduação? O sujeito com mestrado, no entanto, sempre terá preferência em conseguir um emprego, pois está em uma posição mais alta na reserva de mercado.

Conclusão

Um leitor me perguntou o que poderia ser feito para melhorar a educação brasileira; com base no que escrevi acima, eu resumiria em uma frase o objetivo central de toda política pública: quanto mais liberdade melhor! Vamos permitir a competição entre diplomados e não-diplomados; isto sim, forçaria as universidades a melhorarem a qualidade do seu ensino.

Mais legislação e mais controle estatal só aumentarão os problemas. Enquanto as pessoas procurarem um curso de graduação para fugir da competição, o crescimento econômico será limitado; enquanto as pessoas procurarem uma pós-graduação para fugirem do mercado de trabalho (e não por uma autêntica vocação intelectual), a produção cultural e científica permanecerá fraca.

Quanto mais liberdade houver, melhor será a quantidade e qualidade da produção em todas as áreas.

Fonte: blog do LUCAS MAFALDO - ttp://www.lucasmafaldo.contracorrente.com.br/

Link: http://www.lucasmafaldo.contracorrente.com.br/index.php/a-educacao-em-uma-economia-estatista-i/

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O que é educação clássica?

Introdução

Educação clássica é uma filosofia da educação apoiada em práticas de ensino acumuladas ao longo de vários séculos; é uma tradição que se inicia na Grécia antiga e atravessa todo o período medieval, renascentista e moderno até chegar ao século XX, nos Estados Unidos, sendo sistematizada e divulgada com o nome de liberal education.

No sentido mais abrangente do termo, educação clássica é uma idéia geral de educação que passou por diferentes manifestações particulares ao longo história. Cada uma destas manifestações possui suas características peculiares, no entanto, todas elas participam dos mesmos traços essenciais.

O objetivo deste artigo é expor quais são estes traços essenciais.

1) O conhecimento como fim e não como meio

A educação clássica visa uma formação integral e não apenas uma formação técnica.
No ensino utilitarista, o conhecimento não tem valor em si próprio, mas apenas na medida em que serve para um fim externo: é a educação para formar técnicos aptos a exercer certos papéis na sociedade. Este tipo de ensino certamente é necessário para a vida em sociedade, e não faz o menor sentido querer prescindir dele. No entanto, não podemos colocá-lo como a única finalidade do processo educativo porque o ser humano possui vários aspectos que transcendem a sua ocupação profissional.

A educação clássica tem como objetivo cultivar no homem estes aspectos que, embora transcendam sua profissão, continuam fazendo parte de sua personalidade. Por isto, se trata de uma filosofia integral de ensino: ela não se limita a transmitir conhecimentos técnicos, mas procura cultivar a sensibilidade, a cultura e os valores.

2) Formação ao invés de mera informação

Uma segunda característica da educação clássica é que ela não se limita à transmissão de informações, mas procura desenvolver no aluno o senso de proporcionalidade e hierarquia no conhecimento.

Informações são apenas dados pontuais, pedaços de conhecimento dispersos. As informações são importantes, mas fazem poucos sentidos sem os quadros conceituais que tornam estas informações inteligíveis.

Por isso, o foco da educação clássica, ao contrário do ensino oficial brasileiro, não é transmitir informações, mas sim, em ensinar o aluno a organizar o seu conhecimento; ou seja, de analisar e sintetizar as informações recebidas, criando uma concepção integrada e hierarquizada do quê se está estudando. Esta proposta é preferível porque uma vez que o aluno tenha aprendido a organizar o seu conhecimento, ele pode facilmente encontrar as informações faltantes. No entanto, o aluno que recebe apenas informações e não aprende a lidar com conceitos, terá sempre um entendimento limitado de qualquer assunto que estude.

3) A defesa da consciência individual contra a massificação

Uma terceira característica essencial é que ela é centrada na formação da consciência individual e, por isso, é o único modelo realmente não-ideológico de formação intelectual. O papel da educação é ensinar ao aluno como pensar, e não o quê pensar; o professor mostra o caminho e os instrumentos, e cabe ao aluno continuar o processo.

Na educação clássica, os alunos, ao invés de serem convidados a adotar uma visão de mundo uniformizada, aprendem a cultivar sua própria mente, formando opiniões próprias e bem fundamentadas sobre os assuntos que discutem.

4) O conhecimento, embora seja uma elaboração individual, almeja alcançar uma verdade objetiva

A educação clássica não segue os teóricos que pregam a abolição da noção de verdade objetiva. Embora ela saiba que todo conhecimento envolve uma elaboração individual, este trabalho subjetivo é feito em cima de dados objetivos.

Ou seja, as noções de objetividade e subjetividade não são vistas como sendo contraditórias: embora o conhecimento nasça da consciência individual, esta consciência não está separada do mundo por um abismo solipisista. A consciência do indivíduo cresce ao se alimentar dos dados objetivos que recebe da realidade.

5) Transcendência das limitações da época e da cultura imediata

É incorreto dizer que a educação clássica é contra a cultura popular, como querem alguns de seus críticos. Não faz parte de seu programa excluir nenhum tipo de manifestação cultural.
No entanto, este erro ocorre porque, embora respeite cada cultura local, a educação clássica procurar levar o sujeito a conhecer diferentes culturas, de diferentes épocas e locais, especialmente a que foi produzida pelos grandes gênios de cada época. Mas não se trata de rejeitar uma em nome da outra: trata-se de oferecer, a cada indivíduo, a possibilidade de escolher o que lhe parece mais adequado dentro de tudo que já foi produzido pelo espírito humano.

A crença básica da educação clássica é que o espírito do aluno sai engrandecido – e não diminuído – pelo contato direto com diferentes visões de mundo. O fato dele conhecer uma visão de mundo diferente não significa que ele irá abandonar a sua cultura local; significa apenas que ele terá um universo maior de escolhas possíveis – e entre estas escolhas, evidentemente, está tanto a possibilidade de rejeitar o novo conhecimento em nome do antigo, como também de fundir os dois campos culturais e produzir algo ainda mais interessante do que existia anteriormente.

Os inimigos da alta cultura, portanto, fazem um desserviço aos que pretendem ajudar. No fundo, estão apenas limitando as escolhas dos alunos e empobrecendo o seu universo cultural. A educação clássica tem como objetivo reverter o mal que estes falsos amigos os fazem e oferecer aos indivíduos o leque cultural mais amplo possível.

6) Os grandes livros: os clássicos do pensamento ocidental

A sexta e última característica da educação clássica é que ela é sempre feita através dos “grandes livros”, que é como Adler chamava os clássicos do pensamento ocidental.
Hoje em dia, os alunos, mesmo no nível universitário, não estão mais acostumados a ler os grandes clássicos. Consideram a leitura difícil, enfadonha e estão sempre “ocupados demais” para este tipo de dedicação. Isto acontece porque eles foram habituados a estudar exclusivamente a partir de manuais acadêmicos – quando não apenas a partir de trechos soltos de alguns destes manuais.

O problema com os manuais é que eles sempre estão muito abaixo do nível intelectual dos grandes livros de uma disciplina. Em qualquer tema de estudo foram escritos alguns clássicos que definiram o curso do pensamento, ao quê se seguiram vários artigos e livros menores discutindo o assunto. Os manuais nascem no final desta cadeia, procurando simplificar e resumir toda a discussão anterior.

Certamente o intuito com que são escritos é louvável: introduzir o aluno em discussão complexa. No entanto, eles só servem como degrau inicial para a formação do aluno, pois eles nunca mantêm o mesmo rigor intelectual com que foram escritos os clássicos da disciplina.
Isto ocorre, em primeiro lugar, porque os autores dos manuais visam o aluno médio e, por isso, excluem do texto todos os aspectos mais complicados do tema. Os clássicos, ao contrário, foram escritos para os homens mais inteligentes do seu tempo e, por isso, trazem justamente as questões mais elevadas. Além disso, os autores dos clássicos foram os grandes gênios da humanidade, enquanto os autores de manuais costumam ser professores medianos que, embora tenham um domínio razoável da disciplina, não foram capazes de produzir uma contribuição original para o conhecimento.

Os manuais, portanto, são excelentes para introduzir o aluno em uma discussão, mas jamais serão suficientes para habilitá-lo a discutir as grandes questões do seu campo de estudo. Para formar estudantes de altíssimo nível, capazes de levar o conhecimento que receberam a um novo patamar, o único caminho é através da leitura direta dos clássicos.

Caso um ensino se baseie quase exclusivamente em manuais – como no caso do nosso ensino nacional – iremos formar apenas alunos medianos. Mas, se fizer um ensino baseado nos clássicos, iremos formar uma geração de alunos familiarizada com a história das grandes idéias de sua disciplina e, portanto, habilitada a discutir as questões mais elevadas. Ou seja, capaz de participar daquilo que Adler chama de “grande conversação”.

Resumindo

Com isso, acredito, podemos ter uma boa idéia do que seja a essência de uma educação liberal:

1. Ela é uma educação não-profissionalizante, que busca uma formação integral do homem;

2. Ela não tem como objetivo a aquisição de informações pontuais, mas sim, de desenvolver a capacidade do aluno em raciocinar e organizar de forma independente as informações que recebe;

3. Ela não se volta para a formação em massa, para a difusão de uma visão de mundo, mas para que cada aluno cultive a própria consciência individual;

4. A educação liberal é o exato oposto do subjetivismo que ameaça fechar cada sujeito em si mesmo, pois seu objetivo é abrir a alma do aluno às influências universais;

5. A educação liberal resgata o sujeito do imediatismo e permite que ele julgue a sua própria cultura a partir das aquisições culturais de outras épocas;

6. O aluno que recebe uma educação liberal se torna um espectador consciente da história das idéias, discutindo com as grandes mentes que moldaram o pensamento ocidental.

Conclusão

Podemos perceber claramente que no Brasil jamais existiu de forma consistente e continuada um esforço em promover a educação clássica. O ensino brasileiro é, na melhor das hipóteses, meramente profissionalizante, quando não recai simplesmente na doutrinação ideológica rasteira.

Acredito que quem tiver acompanhado esta exposição, concordará que não há tarefa mais urgente e importante para o nosso país do que criar em nossa sociedade focos de educação clássica para revitalizar os nossos debates intelectuais – uma tarefa que talvez seja tão difícil quanto necessária; e, por isso mesmo, digna de nossos melhores esforços.

Observação do Cavaleiro do Templo: leia também o post abaixo

Fonte: http://aristoi.wordpress.com/
Link: http://aristoi.wordpress.com/o-que-e-educacao-classica/

Projeto Editorial Aristoi - Educação Clássica

Caríssimos,

Estamos analisando a viabilidade de um dos nossos projetos. Tenho certeza de que apreciarão sua importância: queremos publicar todos os principais livros sobre educação liberal e o pensamento conservador.

Nosso projeto está pronto, mas precisamos saber se há um público interessado nesta iniciativa. Por isso, sua opinião é importantíssima. Peço que leia o resto do e-mail e nos envie sua opinião. As respostas servirão de base para planejarmos nossas próximas atividades.

Imagino que a maioria de vocês já tenha ouvido Olavo de Carvalho falar do imenso abismo cultural que separa o nosso país do resto do planeta: sem exagero, ele já contou mais de mil títulos importantes que faltam no mercado editorial nacional. Da extensa obra de Mortimer Adler, apenas um título foi traduzido – e, no momento, encontra-se esgotado. Russell Kirk permanece totalmente inédito. Apenas uma pequena fração da obra Eric Voegelin foi traduzida.
Pretendemos traduzir estes livros e todos os demais que sejam relevantes para a formação da cultura nacional.

Nosso atraso cultural é um dos grandes responsáveis por nosso contínuo atraso político e econômico. As raízes dos nossos problemas sociais estão na nossa dificuldade em absorver as grandes produções intelectuais e espirituais da espécie humana. Para que qualquer problema social seja resolvido, é preciso haver gente inteligente para encontrar a solução. Enquanto a própria questão da inteligência não for solucionada, tudo o mais ficará sem solução.
Nós, do Aristoi, temos um plano para reverter esse atraso cultural. E precisamos da sua ajuda para pô-lo em prática.

Há mais de um ano estamos elaborando um projeto para traduzir e publicar todos estes livros. Nós já temos voluntários e uma equipe disposta a trabalhar de graça por este projeto. Um empresário nos cedeu sala e computador. Só nos falta uma coisa: recursos financeiros para pagar pelos serviços que precisam ser terceirizados e remunerados (direitos autorais, tradução, gráfica, etc.).

Para arrecadar o dinheiro faltante, nosso plano é o seguinte: criar um site com uma área para membros, com fórum de discussão e textos exclusivos, e cobrar 25 reais mensais pela assinatura.

Os assinantes receberiam uma série de benefícios: teriam textos exclusivos e descontos na compra de produtos ou serviços do Aristoi. Além disto, fariam parte de uma comunidade virtual de pessoas interessadas nesse campo. Será uma oportunidade única para criar uma rede nacional de pessoas interessadas nesse campo.

Mas, além de tudo isto, eles teriam a satisfação de estarem financiando um grande projeto de renovação cultural nacional. O ritmo das publicações dependerá, evidentemente, do ritmo das contribuições. Mas, a longo prazo, pretendemos traduzir toda uma série de livros importantíssimos que estão ausentes no mercado nacional – alguns, há mais de cinqüenta anos.
Dito isto, chegamos a minha pergunta: vocês assinariam tal site? Vocês fariam parte desta iniciativa? Vocês querem fazer parte da primeira comunidade nacional de educação liberal?
Você, caro leitor, estaria disposto a contribuir mensalmente com 25 reais para furar o bloqueio cultural que cerca o nosso país, financiando a publicação de livros que, há cinco décadas, estão ausentes do nosso mercado editorial?

Costumamos reclamar muito, mas fazer pouco. É esta é uma oportunidade para fazermos muito.

O que você nos diz?

Por isso, peço que todos que puderem - e quiserem - ajudar, que respondam a esta mensagem. Basta nos enviar uma mensagem através da nossa seção de contato. Um simples “sim” ou um “não” é suficiente – mas aceitamos também todo e qualquer comentário mais extenso.
Sua resposta não implica em nenhuma obrigatoriedade; servirá apenas para sabermos quantos estão interessados no projeto e analisarmos sua viabilidade.

Aguardo sua resposta e agradeço sua atenção.

Um grande abraço, Lucas Mafaldo
Diretor do Aristoi – Instituto de Educação Clássica

Fonte: blog ARISTOI - EDUCAÇÃO CLÁSSICA - http://aristoi.wordpress.com
Link: http://aristoi.wordpress.com/2007/10/18/projeto-editorial-aristoi/

Socialismo vs. Economia de Mercado

Vale a pena ler a íntegra (link abaixo). Separei um trecho mas antes uma introdução:

Este foi o último discurso formal de Ludwig Von Mises, (1881-1973), pronunciado em 02 de maio de 1970, num seminário de Economia patrocinado pela Sociedade de Praxeologoia, Seatlle, Washington. Foi assistido por cerca de 600 professores, alunos e outros interessados. Este texto foi transcrito do audiotape por Betina Bien Greaves, e editado, primariamente para a sintaxe e pontuação, por Percy L. Greaves. Foi oferecido ao Instituto Mises pela Sra. Greaves e nunca antes apareceu impresso.

"...Este sistema (Socialismo) é muito bem conhecido. Pode ser muito bem e facilmente descrito. Mas é um sistema cujas conseqüências e efeitos são conhecidos por poucas pessoas, senão nenhuma. Sob o princípio do “führer”, sob o tipo de colaboração que chamamos de “socialismo”, sob uma sociedade “organizada” ou “planejada”, sob este sistema, há uma vontade central que determina tudo e a que todas as outras pessoas têm de seguir. Elas têm de obedecer. Elas são seguidoras. Certamente, sob tal sistema não há qualquer espécie de desperdício de ações e de forças, mas somente isto não significa nada. Isto significa apenas que nós temos de dizer que todas as outras pessoas não têm nenhuma vontade própria, nenhuma possibilidade, nenhuma oportunidade, nenhuma força, para influenciar a direção do sistema como um todo, a direção da cooperação e colaboração das pessoas.

O Socialismo é um sistema maravilhoso; é maravilhoso, muito bom, excelente, se nós aceitarmos as idéias do “führer” – se nós somente aceitarmos as idéias do “führer”, que lidera a coisa toda até o final. Mas é algo muito diferente se nós olharmos do ponto de vista da realidade. Na vida real, observamos que há muitas idéias diferentes, diferentes desejos e planos, diferentes indivíduos. Na vida real, observamos que estes indivíduos, a imensa maioria do povo, tornar-se-ia extremamente infeliz se tivesse de abandonar seus próprios desejos, planos e vontades e tivesse apenas de obedecer às ordens de outras pessoas. Este sistema, este sistema onde falta a liberdade para todos os indivíduos, exceto para um, poderíamos chamá-lo de sistema-prisão, se nós não tivéssemos cometido um erro fundamental, que é de fato a razão fundamental porque tantas pessoas aceitam as idéias do socialismo e a direção geral de todas as tarefas humanas..."

Fonte: portal MOVIMENTO ENDIREITAR - http://www.endireitar.org
Íntegra: http://www.endireitar.org/content/view/58/75/

Obras "educativas" do comunista Carlos Mariguella

(Excertos da Entrevista com o Professor F. A. von der Heydte)

“Pergunta: O que o Sr. acha do fato de o combate ao terrorismo na República Federal acontecer exclusivamente no âmbito da lei criminal convencional? A teoria prevalente presume que os atos terroristas de uma guerra irregular sejam qualitativamente idênticos às violações diárias "normais" da lei.

Von der Heydte: Esse é o problema que o Estado de direito tem ao combater o inimigo na guerra irregular. Essa é a desgraça do Estado de direito, quando ele é atacado na técnica da guerra irregular. No Estado de direito temos dois tipos de pessoas, o cidadão correto e o criminoso. O terceiro tipo de pessoa, o que conduz uma guerra irregular, sua existência não é levada em conta. Quando o Estado de direito e a guerra irregular se confrontam, isso me lembra uma competição entre um nadador e um não-nadador. Isso não pode dar coisa que preste.

O poder que promove a guerra irregular não conhece quaisquer obrigações, pois nada o submete à obediência da lei civil, da lei internacional e nada há que o submeta à lei da guerra. O Estado de direito é submetido em todos os aspectos. Mais que isso, o poder que promover a guerra irregular pode explorar totalmente as possibilidades jurídicas que lhe são proporcionadas pelo Estado de direito.”

“A guerra irregular é feita de atos individuais. Esses atos individuais se ligam uns aos outros no quadro maior. Mas quem deseje conduzir uma guerra irregular vai querer esconder esse quadro maior. É característico da guerra irregular moderna que quem a conduz se disfarce.

Foi assim no Vietnã. A guerra contra os franceses prosseguiu contra os Estados Unidos sem interrupções. No Ocidente as pessoas faziam vistas grossas a esse fato. O período de calmaria foi ilusório. A "fundação" da "Frente de Libertação Nacional" do Vietnã do Sul foi pura ficção, simulação total para que os americanos não percebessem que já estava tudo no seu devido lugar. Qualquer um conseguiria restabelecer qualquer coisa que já estivesse lá há algum tempo.”

“Sem uma considerável dose de mídia nenhuma guerra irregular conseguiria hoje ser conduzida no Ocidente. Uma imprensa desorientadora e desinformadora é característica essencial da guerra irregular, no Ocidente. Evidentemente que os americanos não perceberam isso na Alemanha do pós-guerra, porque se não teriam imposto as suas leis de imprensa, que previam pelo menos um comunista participando da direção editorial de todo jornal. Esse foi o começo da desinformação, pelo menos na Alemanha Ocidental.”

( A entrevista completa encontra-se nas páginas 15 a 29 do livro A Guerra Irregular Moderna, escrito por Friedrich August Von der Heydte, editora BIBLIEX, Rio de Janeiro, 1990 ).

Fonte: http://www.marxists.org/portugues/marighella/index.htm

O cara (Lula) é fraco e deveria ser motivo de vergonha, mas...

... infelizmente representa uma enorme parcela da população, qual sejam os

1. burros por opção;
2. canalhas;
3. mentirosos;
4. de moral baixa;
5. sem respeito;
6. que se puderem, atrapalham, roubam, matam e/ou fazem alguma outra m**da com seu semelhante.

Notem que não falei nos excluídos deste país. Mas tem alguns que o são e que fazem parte da lista, claro...

Vejam a incapacidade de um ser humano de no mínimo falar direito. Não vou nem falar nas mentiras contadas porque se tem mentiroso neste país, o nome dele é LULA, o fundador do FORO DE SÃO PAULO, a coisa mais criminosa que existe na América Latina, pois junta TODOS os piores da região em uma só entidade.





Protesto em São Paulo

Não importa se seremos um, dois, três, seis, dez, mil ou 10.000 brasileiros na Paulista.

O que importa é o protesto dos patriotas e não o silêncio dos culpados e dos omissos.

Que São Paulo faça sua parte e proteste!

Que os outros Estados protestem!

Que o Brasil proteste!

Vamos protestar!

DIA 27/10/2007 ÀS 14:00HS NA PÇA. OSVALDO CRUZ (PROX. SHOP. PAULISTA)

SÃO PAULO É NOSSO ORGULHO!

EM CADA RUA, EM CADA VILA, EM CADA CIDADE, EM CADA ESTADO DO BRASIL... PROTESTEM!!!

ONDE ESTIVEREM (EM CASA, NO CINEMA, NA FEIRA, NA ESCOLA...). PROTESTEM!

É O NOSSO DINHEIRO QUE ESTÁ ESCORREGANDO DE NOSSAS MÃOS PARA AS MÃOS DE POLITICOS CORRUPTOS!

Não à CPMF!! Assine o manifesto!!

Esta é para quem tem Orkut (http://www.orkut.com/).

"ASSINE O MANIFESTO
http://www.contraacpmf.com.br/cpmf.asp

VEJA COMO VOTARÁ O SEU SENADOR. SE ELE FOR A FAVOR DA CPMF, COLOQUE-O NA SUA LISTA NEGRA!
http://www.contraacpmf.com.br/pesquisa.asp

ENVIE AOS SENADORES O SEU PROTESTO! VAMOS LOTAR AS CAIXAS DE EMAILS DO SENADO, PARA ELES SABEREM QUE ESTAMOS DE OLHO!
http://www.contraacpmf.com.br/EnviaEmail.asp

AJUDEM A DIVULGAR AO MÁXIMO ESSE SITE!
PRECISAMOS PRESSIONAR!
É AGORA, OU NUNCA!
"

Postado pela incansável ஜಌ Chris Couto ஜಌ
Perfil dela no Orkut - http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=6849651846483597970

Movimento Esposas de Militares

Esta é para quem tem Orkut (http://www.orkut.com/)

"Entem nessa Comunidade: MOVIMENTO ESPOSAS DE MILITARES

OLÁ AMIGOS E AMIGAS! VAMOS MOVIMENTAR ESSA COMUNIDADE!!

Para visualizar a página da mesma, acesse: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=40818555"

Postado pela incansável ஜಌ Chris Couto ஜಌ
Perfil dela no Orkut - http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=6849651846483597970

Entreguismo na Era Lula: Perdas internacionais do Brasil até agosto já são 31% maiores que em 2006

Edição de terça-feira, 16 de outubro de 2007 do blog ALERTA TOTAL - http://alertatotal.blogspot.com/

Por Jorge Serrão

Aprofundam-se as “perdas internacionais” do Brasil e dos brasileiros no desgoverno Lula, em favor da Oligarquia Financeira Transnacional que controla a economia mundial. Até agosto deste ano da graça de 2007 para os investidores e especuladores externos, US$ 11 bilhões e 300 milhões de dólares já deixaram o Brasil. Em 2006, foram US$ 13 bilhões 883 milhões de dólares remetidos ao exterior. A abertura de capital da Bolsa de Valores de São Paulo, iniciada ontem, vai aprofundar o processo de fuga de recursos produzidos aqui, graças à assimilação de um número cada vez maior de empresas brasileiras.

O valor remetido ao exterior pelas transnacionais este ano é 31% maior que o mandado para fora no mesmo período de 2006. No ano passado, as filiais brasileiras de grandes bancos foram os que mais remeteram recursos para seus sócios estrangeiros. O montante de US$ 1 bilhão 404 milhões de dólares representou 10,11% do total remetido para fora do País. As empresas de energia e gás remeteram US$ 1 bilhão 378 milhões de dólares. Já as montadoras de automóveis enviaram para suas matrizes lá fora US$ 1 bilhão 318 milhões de dólares.

O economista Adriano Benayon, em seu livro “Globalização versus Desenvolvimento”, ensina que tais remessas oficiais de lucros são apenas a ponta do iceberg. Benayon explica que o iceberg é o total de mais de uma dezena de modalidades de transferências praticadas pelas transnacionais. Essas são feitas por meio dos preços de exportação e de importação - que ninguém controla, muito menos as “autoridades”, dissuadidas até pela Organização Mundial do Comércio (OMC) - e através de despesas a título de “serviços”, em favor das matrizes e de empresas próprias ou coligadas no exterior.

Benayon critica que, apesar dos imensos prejuízos que causa ao Brasil, o capital estrangeiro tem tido total favorecimento do governo, pois sempre foi subsidiado e goza de tratamento fiscal privilegiado, situação acentuada com as isenções propiciadas pelo governo Lula do Imposto de Renda e da CPMF nas remessas ao exterior. Só em 2006, segundo dados do Banco Central, ingressaram no Brasil US$ 26 bilhões e 500 milhões de dólares.

Adriano Benayon ensina que a taxa de câmbio é favorável às remessas ao exterior, como ocorreu em 1998, quando não só o real estava valorizado, mas também já se prenunciava sua débâcle, manifestada plenamente em 1999. Sob os petistas, o real se revalorizou, o que facilita as grandes transferências oficiais, em contraste com 2002, quando o real chegou a cair a R$ 3,60 por dólar. Ontem, o dólar comercial voltou a ser negociado ontem abaixo de R$ 1,80 pelo segundo pregão consecutivo. Mas no final do dia, o dólar fechou com valorização de 0,44%, a R$ 1,815.

A remessa de lucros e dividendos das empresas transnacionais às suas matrizes nos quatro primeiros anos do governo Lula foi o triplo da registrada no segundo mandato de FHC (1999-2002). No primeiro mandato de Lula, de 2003 a 2006, a cada US$ 10 investidos no Brasil, US$ 6 foram enviados ao exterior. Nos quatro últimos anos da gestão FHC foram remetidos US$ 2 para cada US$ 10 que entraram no país. No primeiro mandato de FHC - entre 1995 e 1998 - foram remetidos US$ 2,5.

Tudo ficou fácil para as transnacionais graças à permissividade do Banco Central, desde a regulamentação das contas CC-5, no “governo” de FHC, a cuja política o desgoverno Lula deu continuidade – obedecendo aos seus controladores externos.

Íntegra: http://alertatotal.blogspot.com/2007/10/entreguismo-na-era-lula-perdas.html

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Os Segredos de Tropa de Elite

Absolutamente imperdível!

Do blog Conde Loppeux de la Villanueva - http://www.cavaleiroconde.blogspot.com

Quarta-feira, Outubro 17, 2007

Um filme brasileiro que está fazendo grande sucesso em relação ao público é “Tropa de Elite”, uma história a respeito da violência do Rio de Janeiro, contada por um policial do Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar, o BOPE. A intelectualidade de esquerda, chorosa pelos bandidos, detestou o filme. Achou-o “fascista”. Vejam a palhaçada: os filhotes de Stálin e Fidel Castro acham o BOPE fascista. É piada? Raro é o cinema brasileiro chamar a atenção do público. Porém, qual o segredo da popularidade de Tropa de Elite? É simples: os bandidos são vistos como bandidos, os universitários maconheiros que pedem paz nas ruas são cúmplices da violência e a lógica dos Direitos Humanos de apologia do bandido vítima da sociedade é ridicularizada. E o mais interessante: a visão de um policial honesto, embora truculento, do BOPE, consegue ser a mais autêntica expressão da realidade, se comparada à legião de sociólogos, filósofos e acadêmicos que produzem toneladas de papel inútil para falar do que não entendem e nunca conviveram.

O filme não dá uma opinião formada sobre o assunto, não cria estereótipos sobre a polícia. Apenas mostra os fatos e os coloca uma dinâmica em que os personagens decentes se encontram encurralados no caos, na violência e na corrupção. A figura do capitão Nascimento é o que apresenta a própria contradição da polícia, ou seja, a de um homem honesto numa situação de guerra de todos contra todos. Por mais odiosa que seja a tortura, o abuso de poder ou mesmo a violência ilegal contra bandidos, a polícia, naquele caso, segue a lógica do crime que combate: os bandidos também são violentos, arbitrários, tirânicos, frios e torturadores. Por mais errada que nos pareça a ação do capitão, a população aprova seus atos arbitrários, precisamente porque os bandidos também são assim, porque as leis e as instituições brasileiras estão falidas e não alcançam a finalidade de punir o crime. E quando se vê uma sociedade desamparada, o único jeito que cabe a ela é usar do exercício arbitrário das próprias razões, da autotutela. É a vingança privada contra a impotência. Na verdade, o próprio policial é desamparado: o capitão Nascimento é um cidadão à beira de um ataque de nervos. Daí a entender o porquê da população do Rio de Janeiro ter gostado do filme: os bandidos são satirizados, mostrados como eles são. A polícia não refresca com eles; mata-os, espanca-os, tortura-os, tal como os próprios bandidos fazem contra a população civil honesta. É a lei do talião na ausência de leis formais.

Há um outro aspecto do filme que é a sátira dos movimentos sociais e ong´s que divinizam o bandido. A aula de Michel Foucault, em que uma classe universitária delinqüente e maconheira encontra razões para criminalizar a ação correta da policia de combater o crime, é uma paródia da cumplicidade que tal setor possui para com a bandidagem. Que as universidades sejam umas fábricas de delinqüência, isso está provado historicamente. As ideologias mais assassinas do século XX surgiram desses redutos. A criminalidade romantizada não é diferente. Se o Rio de Janeiro e muitas outras cidades brasileiras estão dominadas pela bandidagem, em parte, é devido aos movimentos sociais e organizações de Direitos humanos que transformaram no criminoso em uma vítima da sociedade. Essa é a lógica que predomina nos meios acadêmicos: o policial é um opressor de classe, um lacaio de um sistema perverso e o bandido é um justiceiro social, um indivíduo que clama contra as mazelas da desigualdade e a indiferença das elites. Na prática, contudo, a pior indiferença das elites acadêmicas é crer piamente que o pobre e honesto homem da favela seja um admirador de bandidos. É uma alienação total da realidade, uma negação completa do cotidiano, racionalizada numa espécie de ódio às pessoas de bem. Há de concluir que o próprio acadêmico defensor dessas idéias também é um marginal, um delinqüente. Ora é um drogado, ora é alguém que se sente rejeitado pelo próprio grupo social ao qual pertence.

Uma cena do filme mostra o quão ridículo e caricato são os movimentos sociais e similares, como as organizações de Direitos Humanos. Maria, uma militante de uma ong da favela e namorada do policial honesto, Matias, fala mal da polícia, porque esta não refresca contra os marginais da classe média. A própria mulher fica furiosa quando descobre que seu namorado é policial e do BOPE. Ela mesma participa da criminalidade, porque é usuária de drogas. No entanto, o traficante da favela, Baiano, divinizado pelos voluntários da Ong, seqüestra um casal amigo da moça e, desesperada, ela vai pedir ajuda ao namorado. A cena é cômica: antes, o traficante Baiano tinha “consciência social”, era o justiceiro da sociedade; agora que o próprio algoz se revoltou contra seus “opressores”, a moça se vê numa encruzilhada. Pede ajuda ao “sistema opressor perverso” na figura do policial Matias. Já era tarde demais. O casal amigo da jovem é barbaramente executado.

Outra cena elucida este alto grau de alienação de uma parte da sociedade dita “letrada”. Depois da morte do casal de ativistas, os alunos da universidade fazem uma passeata pedindo a “paz”. O paradoxo desta ação é bem clara: os mesmos que pedem paz financiam a violência, usando drogas. E o honesto e severo policia Matias, sinônimo do preto no branco, do certo e errado, algo que carece a seus amigos universitários, espanca um dos manifestantes, que é traficante de drogas. Surra-o, pois foi o mesmo quem denunciou o seu amigo policial ao traficante que matou o casal de ativistas. E chama todo mundo de “maconheiros filhos da puta”, “burgueses safados”. Alguns conservadores radicais viriam nisso uma espécie de condenação da classe média. Todavia, a maior parte da classe média honesta se identificou com o policial indignado. Classe média honesta não gosta de bandido, mesmo que ele seja, por assim dizer, “burguês”. E o personagem Matias está longe de crer na ideologia da luta de classes, já que as únicas classes que ele conhece, e que são antagônicas, é o do homem honesto e do bandido.

Muitos ainda repetem a cantilena de que são as desigualdades sociais e a miséria quem causam a violência. Os próprios atores, pressionados pela esquerda, entre os quais, o protagonista da história que interpretou o capitão Nascimento, repetiram esse mantra politicamente correto. Tamanho policiamento ideológico, por assim dizer, boicotou o filme para concorrer a vários prêmios. Pouparei o ator Wagner Moura das críticas, porque ele estava impecável no filme. Falarei dessa ladainha comum dos críticos. Se há alguém que mais sofre a desigualdade social e de direitos neste país é o cidadão honesto. É o cidadão honesto que está sendo extorquido nas ruas, violentado, assassinado. É este cidadão que não tem ongs, Direitos Humanos, subsídios estatais e segurança pública. E quando alguém honesto se manifesta nas ruas em protestos contra a violência, a esquerda quer calar a boca desse povo. Quer que eles sofram e morram quietos, porque eles reproduzem a ideologia do sistema, dentro do imaginário da luta de classes. Não foi isso que ocorreu com o casal de namorados Liana Friendenbach e Felipe Caffé? Não foi isso que ocorreu com o garoto João Hélio, de apenas 06 anos de idade? Não é isso que ocorre com tantos outros inocentes covardemente assassinos por bandidos? E o que fizeram os Direitos Humanos e os movimentos de esquerda? Quiseram silenciar suas famílias, através da chantagem emocional e da intimidação. Marilene Felinto, dublê de escritora e jornalista da caricata revista Caros Amigos, dizia que a vitima da sociedade era o estuprador e matador de Liana Friedenbach. Tudo porque o pecado da menina era ser judia, rica e bonita. A polícia não está longe de ser a vitima, quando ela é honesta. Não há nenhum apoio ao policial decente que é morto e deixa viúvas e filhos. Lembremos, policiais são agentes do “sistema opressor”. Libertários mesmo, na consciência da esquerda, são os estupradores, ladrões e matadores.

Quem conhece o pensamento do pobre honesto, sabe que ele aprova essa forma de violência contra bandidos; que ele odeia os criminosos e deseja, ainda que de forma silenciosa, que a polícia tome providencias e pacifique os subúrbios e favelas, através da força. É um lugar-comum da empregada doméstica ao balconista de uma loja, do operário a um faxineiro, e das demais classes pobres, a seguinte sentença, quase unânime: ladrões, bandidos, estupradores e assassinos devem morrer. As opiniões de muitas dessas pessoas do povo fariam o próprio Cesare Beccaria se revirar do túmulo. As propostas são as mais sanguinárias possíveis: execuções em praça pública, decapitações, espancamentos, linchamentos, fogueiras, enfim. A grande maioria do público bradou quando o capitão Nascimento mandou o policial Matias explodir a cabeça de Baiano com uma escopeta. Era para estragar o velório, desfigurando o rosto do marginal. O interessante é que este sentimento do homem honesto existe em todas as classes sociais. Até eu fiquei feliz com a morte do vagabundo do Baiano.

Alguém me perguntará se sou a favor da tortura e dos métodos policiais arbitrários. A resposta é não. Eu mesmo não consigo gostar da polícia brasileira, apesar de defender suas ações, quando elas são certas. Já presenciei coisas tão absurdas da parte dela, que guardo um profundo ceticismo dessa instituição. Tampouco aprovo os métodos de violência ilegal. Na verdade, eu gosto da ordem e da legalidade. Por mais que me cause indiferença ou mesmo agrade a morte de um bandido, a tortura e a violência ilimitadas da polícia possuem um vicio fatal: o abuso de poder que não se deve permitir ao Estado e nem a seus agentes. Se um policial se acha no direito de torturar e matar bandidos, ele pode fazer isso com qualquer pessoa. O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente. É tudo uma questão de autoridade e de usar a farda. É claro que seria ingênuo e estúpido afirmar que o policial não deve usar da violência: não só deve como pode, dentro da lei.

As limitações legais que existem no poder da polícia e mesmo de punição do Estado servem para defender o cidadão comum do arbítrio. Jamais pensamos que o mesmo poder de violência que é usado contra bandidos, pode ser usado contra nós, cidadãos comuns indefesos. Daí minhas reservas quanto a essa mentalidade vingativa e apaixonada de muitos, a respeito de execuções sumárias e torturas contra bandidos. Até porque esses métodos, além de irracionais, são ineficazes, pois criam novas mazelas ao invés de combatê-las.

Tampouco isso me aproxima dos movimentos de Direitos Humanos. O que essa turma dos Direitos Humanos ignora é que não é somente a polícia que viola direitos: os bandidos nas ruas são muito piores. Como a maioria está imbuída na idéia romântica, estúpida e mesquinha de que o criminoso é vítima da sociedade, esqueceu-se dos direitos das vítimas e mesmo de policiais mortos no cumprimento do dever. O caso de um bandido torturado, por mais que mereça garantias jurídicas, é um mal menor, perto de uma mulher violada ou um policial decente assassinado. Porque enquanto os dois últimos são pessoas inocentes, o primeiro assume os riscos pela violência que provoca. Uma distinção óbvia que os pretensos defensores da dignidade humana não sabem avaliar.

Defender os direitos da sociedade não é defender o bandido: é saber puni-lo dentro da lei. É saber exigir leis e penas rigorosas para eles, quando violam os direitos humanos da população. O problema é que os movimentos sociais são que nem a personagem Maria, a ativista maconheira do filme: a polícia é uma força perversa de repressão social. No entanto, quando precisam dela, só faltam implorar por sua segurança. E aí pedem paz nas ruas, com muita droga e merda na cabeça! Os segredos da popularidade do filme? Preciso falar mais?

Fonte: blog Conde Loppeux de la Villanueva - http://www.cavaleiroconde.blogspot.com

Olavo de Carvalho entrevistado no programa "Frente a Frente"

Simplesmente imperdível. Notem como a mí"R"dia nacional é composta por despreparados, para dizer o mínimo... E percebam porque o Brasil É um país socialista, segundo o próprio Karl Marx. A nossa situasção deve-se a isto, é o único problema do Brasil. Ser um país socialista.

Entrevista concedida em 2005, hoje temos mais de 150 entidades no FORO DE SÃO PAULO.

Parte I


Parte II


Parte III


Parte IV

Mais-valia de Carl Marx desmontado e jogado no lixo

Trecho da demolição desta aberração (mais-valia) adorada por APENAS dois tipos de pessoas: jumentos intelectualmente falando e pessoas de má fé, nenhum outro mais:

"...Marx, asseverou o pioneiro do marginalismo (Eugen von Böhm-Bawerk), reduz erradamente o valor de uma mercadoria à quantidade de trabalho necessária à sua produção, com isso ignorando exceções óbvias como a terra, que tem valor e não é fruto do trabalho. Ademais, o valor de uso dos produtos é abstraído da análise geral do valor, abstração arbitrária e descabida que invalida irremediavelmente essa teoria como meio adequado de compreensão de seu objeto. Por outro lado, Marx admite que os preços das mercadorias raramente ou mesmo nunca coincidem com o valor de troca supostamente decorrente do trabalho nelas cristalizado, sendo que, aliás, não há como reduzir o trabalho, heterogêneo por definição, a uma unidade de conta homogênea e constante..."

Fonte: http://www.endireitar.org
Íntegra: http://www.endireitar.org/index.php?option=com_content&task=view&id=83&Itemid=1

Tabagismo e amizade

Vale a pena pela verdade que o autor nos diz. Talvez alguns adultos lembrem-se que cresceram depois de ler... Postei um trecho, a íntegra encontra-se no link abaixo. E também, porque para quem fuma e vive com uma pulga atrás da orelha, achando que vai cair morto pelo cigarro a qualquer minuto, aqui estão evidências médicas do contrário - http://www.forces.org/evidence/prologue.htm e http://www.forces.org/evidence/evid/pyll.htm#data.

Sempre vale a pena lembrar que se a "grande mídia" vende "aquecimento global" como existisse alguma evidência científica disto e que, no Brasil, esconde o FORO DE SÃO PAULO, porque não massacrariam os pobres adoradores do tabaco como fazem a anos?

Vamos lá...

Tabagismo e amizade
por Janer Cristaldo em 07 de junho de 2004

"...Algo insólito vem ocorrendo desde o final do século passado para cá. Pessoas adultas e em pleno uso de suas faculdades mentais rejeitam a responsabilidade sobre seus atos e a jogam nas costas de terceiros. Quem compra e fuma cigarros é inocente. Vilão é quem os vende. Não deixa de ser confortável, para um certo tipo de ser humano, viver em um mundo onde não se sentem responsáveis pelo que fazem.

Nunca falta o argumento choramingas: fui enganado pela publicidade. Ora, não é preciso ser gênio para intuir que toda publicidade é enganosa. Se alguma campanha educativa é necessária para libertar os fumantes do tabagismo, melhor seria ampliar esta campanha para libertar todos os consumidores da publicidade. Se você abre uma revista ou liga a televisão, você é automaticamente afogado por uma propaganda não só lesiva à saúde física mas, o que é pior, lesiva ao espírito. Está muito em moda falar dos danos do tabagismo ao corpo. Ninguém comenta os danos da televisão ao intelecto.

Não sei o que o leitor pensa, mas eu prefiro manter relações - e as mantenho - com qualquer fumante, do que com qualquer fiel espectador das novelas da rede Globo. No fumante, sempre posso encontrar uma pessoa inteligente. O mesmo não ocorre com o espectador "global". Nos bares e restaurantes, já há salas separadas para não-fumantes. Mas lei alguma exige uma sala para quem não gosta de televisão. Da fumaça, posso escapar. Da TV, é mais difícil. Hoje, no Brasil, paga-se muito caro para comer sem televisão. Só em restaurantes de luxo e assim mesmo quando não tiver alguma Copa do Mundo. Nestas ocasiões, nem as elites se importam em comportar-se como idiotas..."

Fonte: http://www.midiasemmascara.com.br/
Íntegra: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=2110

Onde está a Verdade Inconveniente?

Do portal FAROL DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA - http://www.faroldademocracia.org/

Prosseguindo no propósito de publicar textos de jovens colaboradores, apresentamos o artigo de Cristian Derosa, estudante de jornalismo da Universidade Estácio de Sá de Florianópolis.

ONDE ESTÁ A VERDADE INCONVENIENTE?
Publicação original: Diário Catarinense

O relatório emitido pelas Nações Unidas é unânime: todos os cientistas do mundo concordam que a atividade humana desde a Revolução Industrial tem provocado um assustador aumento na temperatura na Terra.

É sabido, no entanto, que no meio científico não existe consenso sobre qualquer assunto. Há sempre um outro lado que igualmente apresenta suas provas. Mas a imprensa e as autoridades mundiais insistem em uma curiosa unanimidade e simplesmente ignoram o outro lado.

Nunca uma verdade pareceu tão inconveniente quanto a de que nem todos os cientistas – incluindo membros que participaram das pesquisas da ONU – concordaram com o relatório final da Organização. Segundo importantes nomes da Academia Nacional de Ciências dos EUA, o relatório que abalou os primeiros dias de 2007, nem ao menos passou pelas mãos dos técnicos contratados para fazê-lo. Richard S. Lindzen, do MIT, Massaschusets Institute of Tecnology, foi um dos nomes escalados para pôr fim ao debate e comprovar os perigos do aquecimento global.

Junto de outros cientistas, estranhou que nem ele nem os outros viram o relatório antes de ser publicado. E posteriormente, também o sumário do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) não passou pelas mãos dos cientistas da Academia listados para a pesquisa. O professor de ciências ambientais da Universidade da Virgínia, Patrick J. Michels, refere-se ao sumário do IPCC de 2001 como cheio de “falsidades e erros notórios”.

No Brasil, o meteorologista Eugênio Hackbart da MetSul Meteorologia de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, considera a questão um alarmismo sem cabimento. Segundo ele, a Terra tem ciclos de aquecimento e resfriamento há milênios. O último verificado foi na Idade Média e posteriormente houve resfriamento da atmosfera. Hackbart foi o primeiro cientista do clima a alertar sobre o furacão Catarina que devastou parte dos dois estados do Sul em 2004.

O documentário "The Great Global Warming Swindle" ou " A Grande Trapaça do Aquecimento Global (logo abaixo em 9 partes), produzido pela televisão inglesa Channel 4, que é o oposto do plaudido documentário “Verdade Inconveniente”, produzido pelo ex-vice presidente americano Al Gore, está causando polêmica, por demonstrar que o aquecimento teria na verdade causas puramente naturais e cíclicas ligadas a um comportamento normal da Terra.

Em meio a tudo isso, fica a questão: que verdade inconveniente é esta que é aplaudida e premiada no mundo inteiro?

Comentário do Cavaleiro do Templo: Al Gore é a esquerda amerciana, e, portanto, não poderíamos esperar outra coisa...

Agora, com vocês, A Grande Farsa do Aquecimento Global:

















Brasileiro é contra o aborto

Escrito por Carlos Alberto Di Franco
22 de outubro de 2007


Pesquisa Datafolha divulgada no domingo, dia 7, constatou um expressivo aumento da rejeição ao aborto no Brasil. Para 87% dos entrevistados, fazer um aborto é algo moralmente errado. A maioria declara que daria apoio a um filho ou filha no caso de uma gravidez na adolescência, e rejeita a prática do aborto.

Ao considerar a hipótese de ter uma filha que ficasse grávida ainda adolescente, 82% a apoiariam para que tivesse o filho em qualquer situação. Dariam seu apoio para que ela levasse a gravidez adiante. Apenas 1% dos entrevistados aconselharia o aborto em qualquer situação. Não chegam a 1% os que a aconselhariam a fazer um aborto, caso o pai da criança não quisesse assumir o filho.

Se fosse um filho a engravidar uma menina, 71% o apoiariam para que ele tivesse o filho em qualquer situação. Os que aconselhariam um aborto em qualquer situação não somam 1%, e o mesmo acontece com os que seriam favoráveis à interrupção da gravidez por achar o rapaz muito novo para ser pai.

O resultado da pesquisa é uma ducha de água fria na estratégia pró-aborto do ministro Temporão e confirma uma tendência flagrada em pesquisas anteriores. As campanhas do governo estão de costas para o Brasil real.

Vale acrescentar que, se o projeto do Conselho Federal de Jornalismo estivesse vigorando, caro leitor, hoje certamente eu não estaria escrevendo este artigo. Mas, como a imprensa brasileira é pluralista e defensora da liberdade de expressão, posso, sem nenhum constrangimento, defender meu ponto de vista, que talvez não esteja, necessariamente, em sintonia com a linha editorial de alguns diários. Os jornais não amordaçam. Felizmente. Mas os governos, freqüentemente, gostam de ouvir Samba de Uma Nota Só. Por isso, devemos, todos, defender a liberdade de imprensa e de expressão com vigor e coragem moral.

A legalização do aborto, independentemente dos eufemismos de alguns e da ambigüidade do presidente da República, é prioridade do governo Lula. A opinião pública assiste, atônita, a uma articulada campanha que pretende impor contra a vontade expressa da sociedade, e em nome da “democracia”, a eliminação do primeiro direito humano fundamental: o direito à vida.

No tocante ao inegável sofrimento vivido pela gestante, reproduzo o depoimento de uma mãe que, não obstante a dor provocada pela morte do feto anencéfalo, justificou sua decisão de levar a gravidez até o fim. Sua carta, publicada no jornal O Globo, é um contundente recado ao governo e ao Congresso Nacional. “Fui mãe de uma criança com anencefalia e posso afirmar que, durante nove meses de gestação, convivi com um ser vivo que se mexia, que reagia aos estímulos externos, como qualquer criança no útero. Afirmo também que não existe dano à integridade moral e psicológica da mãe. O problema é que estamos vivendo numa sociedade hedonista e queremos extirpar tudo o que nos cause o mínimo incômodo.” (...) “Se estamos autorizando a morte dos que não conseguirão fazer história de vida, cedo ou tarde autorizaremos a antecipação do fim da vida dos que não conseguem se lembrar da sua história, como os portadores do mal de Alzheimer”, escreveu, há 3 anos, Ana Lúcia dos Santos Alonso Guimarães.

Trata-se de uma carta impressionante e premonitória. A autora se opunha ao aborto anencefálico. Agora, no entanto, o que se pretende é o aborto amplo e irrestrito. A legalização do aborto, estou certo, é o primeiro elo da imensa cadeia da cultura da morte. Após a implantação do aborto descendente (a eliminação do feto), virão inúmeras manifestações do aborto ascendente (supressão da vida do doente) - a eutanásia já está sendo incorporada ao sistema legal de alguns países -, do idoso e, quem sabe, de todos os que constituem as classes passivas e indesejadas da sociedade. Acrescente-se ao drama do aborto, claro e indiscutível, os imensos danos psicológicos e afetivos que provocam nas mulheres. Surpreendeu-me, em recente viagem à Europa, constatar que algumas vozes em defesa da vida nascem nos redutos feministas. O rasgão afetivo apresenta uma pesada fatura e muita gente começa a questionar seus próprios caminhos.

O brasileiro é contra o aborto. Não se trata apenas de uma opinião, mas de um fato medido em pesquisa de opinião. Por isso o governo precisa ir devagar com o andor. A legalização do aborto seria, hoje e agora, uma ação nitidamente antidemocrática. Ademais, existe a questão dos princípios. A democracia é o regime que mais genuinamente respeita a dignidade da pessoa humana. Qualquer construção democrática, autêntica e não apenas de fachada, reclama os alicerces dos valores éticos fundamentais.

Por isso, não obstante a força do marketing emocional que apóia as campanhas pró-aborto, é preocupante o veneno antidemocrático que está no fundo dos slogans abortistas. Não se compreende de que modo obteremos uma sociedade mais justa e digna para seres humanos (os adultos) por meio da morte de outros (as crianças não nascidas). Há um elo indissolúvel entre a prática do aborto, o massacre do Carandiru, a chacina da Candelária e outras agressões à vida: o ser humano é encarado como objeto descartável.

A violência contra a infância abandonada, o surpreendente crescimento da violência infanto-juvenil, o clima de insegurança que se respira nos grandes centros urbanos são a conseqüência lógica da cultura da morte. É inútil enclausurar-se em condomínios fechados, multiplicar guaritas, erguer muros cada vez mais altos. A humanidade humanicida, como afirmou duramente alguém, não pode esperar sensibilidade da geração que deu à luz, porque os filhos não costumam ser mais generosos e dedicados que seus pais.

Publicado em O Estado de S. Paulo - 22/10/2007

A corrupção moral da sociedade pelos MARXISTAS

O ex-agente da KGB e dissidente soviético Yuri Alexandrovich Bezmenov explica os métodos comunistas e seus resultados. Material em vídeo de suma importância sobre o projeto Socialista/Sociopatista de dominação de uma sociedade inteira como a brasileira, por exemplo.






E por último...

Em quem eu estava pensando?

A inteligência tem seus limites, a estupidez não."

Claude Chabrol

Petição pela exposição do FORO DE SÃO PAULO

Brasileiros, assinem esta petição!!!

O país todo, e não apenas nós internautas, precisa saber o que é o FORO DE SÃO PAULO e quem participa dele (como o PT e as FARC, por exemplo).

Você precisa de provas do relacionamento PT/FARC/FORO DE SÃO PAULO?

Abaixo do link da petição outros dois links: um do site de nosso Governo Federal e outro do site das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Link da petição: http://www.petitiononline.com/informa/petition.html
Link do Governo Federal: http://www.info.planalto.gov.br/download/discursos/pr812a.doc - clique em "Abrir" se um menu com esta e outras opções aparecer para você.
Link das FARC: http://www.farcep.org/?node=2,3098,1

Brasil rumo ao socialismo

PT discute rumos da política continental em encontros camuflados com Chávez, Fidel e até as FARC

por Ailton Reis - http://www.ailtonreis.blogspot.com/

Com o fim da guerra fria, o mundo pôde respirar em paz. As tensões entre Estados Unidos e União Soviética, que por décadas causaram angústia generalizada, haviam terminado. Para muitos, a dissolução da URSS simbolizaria não apenas o fim do conflito, mas uma espécie de atestado de óbito do pensamento comunista. A história provou o contrário, transcorridos 17 anos após a queda do muro de Berlim, o folhetim revolucionário recuperou sua força, tendo fortes bases na América Latina, Ásia, e em parte da Europa.

Tal ascensão não é fruto do acaso. Na América Latina, onde já se começa a colher os primeiros frutos, a esquerda se organizou para coordenar e unificar forças, viabilizando sua reestruturação.

O Foro de São Paulo

Em 1990, frente ao colapso da União Soviética, o atual presidente Lula e o líder cubano Fidel Castro convocaram partidos e entidades da esquerda latino-americana para uma reunião na cidade de São Paulo. Além do próprio PT e do Partido Comunista de Cuba, atenderam ao chamado diversos partidos e guerrilhas como o Exército de Libertação Nacional (ELN, Colômbia); as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua. O evento, que passou a ser repetido em diversas cidades, recebeu o nome de Foro de São Paulo (primeira cidade a sediá-lo).

O início da década de 90 foi péssimo para a esquerda internacional. O desmoronamento da URSS externou o sucateamento do sistema adotado. O Foro de São Paulo constituiu um instrumento fundamental para a reorganização do movimento comunista, contribuindo para elaboração de metas e ações em comum. As FARC, em saudação que enviou à XIII Reunião do Foro de São Paulo, em El Salvador, salientou a importância do Foro: “...É nesse preciso momento que o PT lança a formidável proposta de criar o Foro de São Paulo, trincheira onde nós pudéssemos encontrar os revolucionários de diferentes tendências, de diferentes manifestações de luta e de partidos no governo, concretamente o caso cubano”.

Valter Pomar, secretário de relações internacionais do PT, diz que o Foro de São Paulo tinha como objetivo tático “resistir ao neoliberalismo”. A longo prazo, segundo ele, uma das metas é unificar a América Latina com a construção de uma instituição política supra-continental, com Parlamento e moeda comum.

Quando teve início em 1990, apenas um membro do Foro de São Paulo era chefe de estado, Fidel Castro em Cuba. Atualmente, entre membros e apoiados pelo Foro, existem nove: além de Fidel, há Lula (Brasil), Evo Morales (Bolívia), Hugo Chávez (Venezuela), Daniel Ortega (Nicarágua), Rafael Correa (Equador), Tabaré Vazquez (Uruguai), Michele Bachelet (Chile) e Néstor Kirchner (Argentina).

Controvérsias

O PT afirma que as reuniões são apenas foros de debate, não um sistema de coordenação política internacional. Porém, nas declarações emitidas ao fim de cada encontro, são apresentadas inúmeras resoluções, ou seja, decisões de caráter deliberativo, assinadas por todos os membros participantes. Segundo Graça Salgueiro¹, jornalista independente, estudiosa do Foro de São Paulo e do regime castro-comunista, “o coração e o cérebro do Foro de São Paulo residem no Grupo de Trabalho que se reúne uma ou duas vezes ao ano, com o objetivo de traçar as metas para os encontros anuais do Foro. Essas metas são mais tarde debatidas nos Encontros e de lá saem as resoluções que vão ser postas em prática, em ações coordenadas, por todos os países membros do Foro”.

Alejandro Peña Esclusa², presidente da associação civil venezuelana Fuerza Solidaria, disse que o Foro de São Paulo possui profundas contradições. Segundo ele, o FSP condena “o crime organizado, o terrorismo e o narcotráfico”, porém, omite que entre seus membros fundadores encontra-se as FARC e o ELN, ”organizações criminosas e terroristas que se financiam com o narcotráfico e o seqüestro”. Esclusa afirma ainda que o Foro defende a ‘independência e a soberania’ das nações latino-americanas e, ao mesmo tempo, critica ‘a intervenção estrangeira, a subordinação e o colonialismo’ porém, não diz que o “castro-comunismo exporta sua revolução ao resto do continente e influi notavelmente sobre seus aliados”.

Vale acrescentar que, ao mesmo tempo em que deseja a construção de uma “América Latina e caribenha de soberania, democracia e igualdade”, o Foro de São Paulo presta apoio ao regime Cubano e à guinada autoritária de Hugo Chávez na Venezuela.

Negligência ou auto-censura?

Apesar da grande relevância que possui, o evento é pouco divulgado. O assunto é tratado como tabu pela grande mídia e pelo PT. Em 2005, quando a revista Veja publicou a matéria “Os tentáculos das FARC no Brasil”, acusando o PT de ter recebido cinco milhões de dólares para campanha eleitoral proveniente das FARC, o Foro de São Paulo até chegou a ser mencionado, só que indiretamente,“os contatos políticos entre petistas e guerrilheiros das Farc são antigos. Começaram em 1990, quando o PT realizou um debate com partidos políticos e organizações sociais da América Latina e do Caribe para discutir os efeitos da queda do Muro de Berlim”.

Segundo o presidente da república, é importante manter o FSP longe do domínio púlbico. No discurso que fez em 2005, em virtude das comemorações de 15 anos do Foro de São Paulo, Lula ressaltou que o Foro é um instrumento útil para “conversar sem que parecesse” e sem que as pessoas entendam qualquer interferência política. Exemplificando, ele cita a crise política da Venezuela em 2004, afirmando que graças às relações de Hugo Chávez com o Foro, foi possível chegar a uma solução pacífica, com a elaboração do referendo que consolidou Chávez no governo.

Por trás das câmeras

Em 2005, no XII Foro de São Paulo, o presidente Lula fez um discurso homenageando o evento, que comemorava quinze anos de existência. Confira um trecho do pronunciamento:

“Em função da existência do Foro de São Paulo, o companheiro Marco Aurélio tem exercido uma função extraordinária nesse trabalho de consolidação daquilo que começamos em 1990 quando éramos poucos, desacreditados e falávamos muito.

Foi assim que nós, em janeiro de 2003, propusemos ao nosso companheiro, presidente Chávez, a criação do Grupo de Amigos para encontrar uma solução tranqüila que, graças a Deus, aconteceu na Venezuela. E só foi possível graças a uma ação política de companheiros. Não era uma ação política de um Estado com outro Estado, ou de um presidente com outro presidente. Quem está lembrado, o Chávez participou de um dos foros que fizemos em Havana. E graças a essa relação foi possível construirmos, com muitas divergências políticas, a consolidação do que aconteceu na Venezuela, com o referendo que consagrou o Chávez como presidente da Venezuela.

Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política.”

Ao mesmo em que confirma a utilização do Foro para ingerência na política interna de outros países (elaborando o referendo que consolidou Chávez no poder, por exemplo), o presidente Lula confessa que toma decisões políticas longe da opinião pública brasileira.

Seu diálogo com os países vizinhos, pautado pelo “companheirismo”, pode trazer prejuízos à nação. Segundo o sociólogo Rodorval Ramalho, da Universidade Federal de Sergipe, “Lula foi completamente subserviente em relação à crise do gás boliviano. Totalmente passivo. O governo dele, outro dia, quebrou a patente de um remédio sem nenhum processo de negociação. Puro jogo de marketing, para dizer que multinacionais não mandam nas nossas políticas. Quando Evo Morales expropriou a Petrobras e nos humilhou, Lula e sua tropa no Itamaraty montaram toda uma estratégia para minimizar o problema. Como não temos oposição no Brasil, ficou por isso mesmo”.

Pressão governamental

Em 2002, numa rara exceção ao silêncio midiático a respeito do Foro de São Paulo, Bóris Casoy interrogou o presidenciável Lula³ sobre o eixo Chávez-Lula-Fidel, tendo como fonte as denúncias feitas pelo professor americano do Hudson Institute, Constantine Menges, e pelo poeta cubano Armando Valladares. O atual presidente, visivelmente tenso, preferiu atacar, dizendo que a denúncia era uma “piada de mau gosto” vinda de um “picareta de Miami” (referindo-se ao escritor cubano). Por fim, aconselhou Bóris a não repetir isso na televisão. O assunto não teve maior repercussão na mídia brasileira e não foi alvo de investigação. Lula ganhou as eleições.

Em junho de 2005, Bóris Casoy afirmou que o governo pressionava constantemente a emissora, pedindo por sua demissão, “no começo da administração do PT, pressionaram a direção violentamente para me tirar da Record. Ameaçaram cortar a publicidade. A diretoria me deixou a par o tempo todo”. Aparentemente, em dezembro do mesmo ano, a emissora cedeu. Casoy foi dispensado da Record onze meses antes do término do contrato. Sua demissão, juntamente com uma reformulação na grade de programação, coincidiu com um aumento de verbas publicitárias do governo. De janeiro a novembro de 2006, a Record recebeu R$ 61,2 milhões em verbas publicitárias estatais. O valor corresponde a um aumento de 12,1% sobre o ano de 2005. O planalto e a rede televisiva negaram na época as acusações de interferência política.

Atentado à soberania nacional

Em julho de 2006, a Venezuela assinou o protocolo de adesão ao Mercosul. Transcorrido um ano, o protocolo aguarda ainda a aprovação do congresso brasileiro e paraguaio. Hugo Chávez cobrou pressa, dando o prazo de três meses para ser aceito ou desistirá do Mercosul. Na mesma declaração, aproveitou para criticar o atual formato do bloco e projetar seu ideal de “integração verdadeira” (integração não apenas econômica). O seu interesse em ingressar no Mercado Comum do Sul é antigo. Em 2004, numa entrevista a um site de extrema-esquerda, Rebelión, o sociólogo comunista Heinz Dieterich, guru de Chávez e Fidel, deu a seguinte declaração:
“(...) O que necessitamos é um salto qualitativo para conseguir a constituição de um Estado regional que é o MERCOSUL ampliado, aprofundado, democratizado com a Venezuela, com Cuba e em uma segunda fase com Evo Morales e com a CONAIE no Equador, que realize a integração o quanto antes nas quatro esferas sociais fundamentais do ser humano: a econômica, a política, a cultural e a militar”.

Segundo Graça Salgueiro¹, o objetivo de Chávez com a ampliação do caráter econômico do Mercosul para as demais esferas, é justamente utilizá-lo como um órgão do Foro de São Paulo no plano político-ideológico (futuramente até no plano militar, criando as ‘Forças Armadas da América Latina’). O Foro de São Paulo discutiu a idéia e, em dezembro de 2005, seu Grupo de Trabalho, na reunião da região Cone Sul, decidiu apoiar a incorporação da Venezuela como membro pleno do Mercosul (sete meses antes de Chávez assinar o protocolo de adesão) e ainda propôs a criação de um Parlamento regional, o “que significa que a união econômica e comercial se avança na integração política e institucional”.

O objetivo final é a construção de um bloco integrado, semelhante à antiga URSS, “o que foi Perdido no Leste-Europeu será reconquistado na América Latina” - tese apresentada no primeiro FSP. Para alimentar a proposta, o presidente venezuelano Hugo Chávez está disposto a barganhar com petrodólares, apresentando generosos projetos de criação da Petrosul e da Petrocaribe (venda de petróleo com facilidades financeiras), do Banco do Sul, da Telesul, da Universidade do Sul, dos programas sociais de saúde e alfabetização, e dos convênios bilaterais de cooperação..

Uma única esquerda

As políticas adotadas por Lula e Chávez são diferentes, isso não há dúvida. Contudo, seus metas em longo prazo são, segundo seus próprios partidos e aliados, exatamente iguais. Na resolução final do último Foro de São Paulo (El Salvador, 2007) consta,“a maquinaria político ideológica da direita (...) tenta dividir os governos progressistas em dois grupos: a ‘esquerda moderna’ e ‘a esquerda atrasada’, com a intenção de apagar os muitos objetivos comuns que unem nossos governos e partidos. Essa diferença é falsa e o que existe na verdade é uma diversidade de estratégias que respondem às realidades e condições de luta que existem em cada país”.
Em dezembro de 2002, o sr. Marco Aurélio Garcia (atual acessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência da República) deu uma entrevista esclarecedora ao jornal La Nacion, em Buenos Aires , “a impressão de que o PT foi para o centro surge do fato de que tivemos de assumir compromissos que estão nesse terreno. Isso implica que teremos de aceitar inicialmente algumas práticas. Mas isso não é para sempre”.

Tomemos mais cuidado com nossas instituições. Pequenas medidas aparentemente inofensivas, como o abortado projeto de classificação indicativa e o projeto de lei que criminaliza a homofobia, podem esconder um viés totalitário. “Chávez é igual a Lula. O Brasil é que é diferente da Venezuela. Resta saber se continuará”, disse o sociólogo Rodorval Ramalho, analisando o assunto.

PT & FARC: amizade criminosa?

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia foi um dos membros iniciais do Foro de São Paulo. Sua atuação em território brasileiro é vasta (e nefasta). Além de montar bases estratégicas para o tráfico de drogas e armas na selva amazônica, as FARC ensinam táticas de guerrilha urbana para soldados do PCC e Comando Vermelho, em território paraguaio, segundo o juiz federal Odilon de Oliveira. A relação entre PT e FARC é antiga, confira alguns fatos:

* Em 2001, comandantes das FARC foram recebidos em Brasil pelo então governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra (PT). Os líderes das FARC foram honrados e aclamados durante o I Foro Social Mundial. Na ocasião, deputados da assembléia do Estado de Rio Grande do Sul protestaram. Olívio Dutra foi, de 2003 a 2006, Ministro das Cidades do governo Lula.

*Ainda em 2001, no X Foro de São Paulo, uma resolução classifica como ‘terrorismo de estado’ a repressão do governo boliviano às guerrilhas locais (FARC e ELN), e ratifica ainda a “legitimidade, justeza e necessidade da luta” dessas organizações.

* Em 2003, o presidente Lula recebeu carta de felicitação das FARC por sua eleição a presidente.

* Em março de 2005, Veja relatou um encontro entre militantes petistas e representantes das FARC, no qual o ‘padre’ Olivério Medina teria prometido o repasse de cinco milhões de dólares para a campanha eleitoral petista de 2002. O envio do dinheiro não foi comprovado. A revista faz alusão ao início do relacionamento entre petistas e as Farc, mas esquece de citar o nome da entidade: mais uma vez, Foro de São Paulo. As FARC, assim como o PT, foi uma das organizações fundadoras do evento.

*Em agosto de 2005, a Polícia Federal prendeu Olivério Medina, representante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Sua prisão foi a pedido do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. Ele atendeu uma solicitação do governo da Colômbia que acusa Medina de homicídio e terrorismo, além de suas ligações com as FARC.

*Em setembro de 2005, integrantes do PT, PSOL, PCB, PCdoB e UNE se mobilizaramm para evitar a extradição para a Colômbia de Francisco Antonio Cadenas Collazzos, conhecido como Olivério Medina.

*Em julho de 2006, o Comitê Nacional para Refugiados reconheceu a condição de refugiado político para o colombiano Francisco Antonio Cadena Colazzos, conhecido Olivério Medina.

*Em dezembro de 2006, o presidente Lula recebeu carta de felicitação das FARC por sua reeleição a presidente.

*Em março de 2007, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou o pedido do governo comlombiano de extradição do ex-padre Olivério Medina, integrante das FARC, arquivou o processo contra ele e revogou a sua prisão domiciliar. Em abril, as FARC enviaram uma carta ao governo Lula congratulando-o e agradecendo pela decisão.

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Referências:
1- O Mercosul e o Foro de São Paulo (Graça Salgueiro)
2- As graves contradições do Foro de São Paulo (Alejandro Pena Esclusa)
3- Entrevista com Bóris Casoy (trecho)

França e China - para refletir

A França "socialista", está "caindo ou subindo" no ranking mundial, ano a ano?

E a China "capitalista" está "subindo ou descendo" ano a ano?

Está errado dizer que onde impera o Socialismo é só desgraça? O "light" da França faz o país cair, cair e cair e o "verdadeiro" de Cuba e China (que está mudando, ano após ano em direção ao progresso) é senzala.

Nenhum dos dois prestam, principalmente porque, fugindo do campo ideológico, o Socialismo "verdadeiro" mata o ser humano ao retirar-lhe a liberdade. Olhem a Venezuela, cujo presidente HUGO CHÁVEZ participa do FORO DE SÃO PAULO, "cubanizando-se" abaixo.

"...Alejandro Peña Esclusa teve de “pedir permissão” à Justiça venezuelana para viajar ao Brasil e, ainda assim, só conseguiu porque fora convidado pelos organizadores do evento..." - íntegra em http://notalatina.blogspot.com/

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Sociopatia & poder

Sociopatia & poder

por Fatima Oliveira*

As sociopatias – grosso modo: personalidade anti-social – atingem de 1% a 3% da população. Mas nos meios políticos pode chegar a 6%. São pessoas ávidas por poder e buscam-no, de qualquer jeito, em todos os lugares onde se faz política: nos partidos e nos movimentos sociais.

Onde há corrupção, que é uma doença social, ela é feita por quem porta transtornos de personalidade de inegável caráter anti-social, ou narcísico ou “boderlaine”.

Sociopatas não são doentes, portam personalidades bandidas que podem chegar ao banditismo, cuja única prevenção é “investir em educação, em atendimento à primeira infância, na aplicação das leis e em contenção”.

É um imperativo ético de quem possui mãos limpas lutar para conter e expurgar sociopatas dos espaços de poder: entregando-os à Justiça sem dó, pois sociopatas são “intratáveis, incuráveis e irreversíveis”. Não há ex-sociopata.

Em “Apear sociopatas do governo”, indaguei: “Que destino dar aos sociopatas? Meu avô Braulino dizia que a política atrai lunáticos como as formigas são atraídas pelo doce... Se há sociopatas no governo, temos de entregá-los à Justiça” (O TEMPO, 5/7/2005).

Quase um ano pós-explosão dos subterrâneos pútridos de um governo eleito para responder a anseios populares, nenhum aceno próprio para apear “nossos” sociopatas do poder. “Nossos”!

Também fiz com empenho, amor e esperança as quatro campanhas de Lula. Alguns foram apeados por outros mecanismos, jamais no bojo da decisão de limpeza ética. Na política, não cabe sororidade, apenas solidariedade.

Logo, vacilar diante de sociopatas é pura ingenuidade política e ignorância científica, pois é regra geral que sociopatas, mais dia, menos dia, põem a boca no trombone, basta que se sintam traídos.

Vide Roberto Jefferson e agora Silvio Pereira. Relembro que há três tipos de comportamento sociopata: o 1º é o grosseiro e despudorado; o 2º é o fraudador discreto; e o 3º é aquele que, ao se sentir traído na partilha, denuncia o esquema. O 1º e o 2º podem chegar ao 3º tipo, dependendo das circunstâncias.

É só esperar. Muitos sociopatas ainda vão falar. Caberá ao povo decidir se confia na palavra de bandidos.

Diante das candidaturas postas, Chico Buarque está com a razão: “É duro jogar na defesa (...) Hoje eu voto no Lula. Vou votar no Alckmin? Não vou. Acredito que, apesar de a economia estar atada como está, ainda há uma margem para investir no social que o Lula tem mais condições de atender. Vai ficar devendo, claro. Já está devendo. Precisa ser cobrado”. Concordo, mesmo sofrendo.

*Fatima Oliveira, Médica e escritora. É do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução e do Conselho da Rede de Saúde das Mulheres Latino-americanas e do Caribe. Indicada ao Prêmio Nobel da paz 2005

Observação do Cavaleiro do Templo: lindo isto, não? Olhem de onde tirei abaixo.

Fonte: http://www.vermelho.org.br/
Íntegra: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=2019