Material essencial

terça-feira, 13 de novembro de 2007

O aborto e seus sofismas

Do portal MÍDIA SEM MÁSCARA
por Percival Puggina em 12 de novembro de 2007

Resumo: A verdade é que os defensores do aborto não têm um único argumento válido. Tudo de que dispõem são motivos e sofismas.

© 2007 MidiaSemMascara.org

Dezenas de debates e de artigos, ao longo de mais de duas décadas, me permitem assegurar algo talvez surpreendente, mas comprovadamente verdadeiro: os defensores do aborto não têm um único argumento válido. Tudo de que dispõem são motivos e sofismas.

Os abortistas alinham, por exemplo, situações que podem levar uma mulher a querer abortar (estupro, dificuldades financeiras, problemas familiares, traumas e por aí afora). No entanto, descrições de motivos não são argumentos. E estão muito longe de constituírem razões para sustentar a idéia de que o ato de abortar constitui direito natural da mulher. O fato de que praticamente todos os crimes sejam praticados com algum motivo mais ou menos grave não os descaracteriza como crimes em si mesmos. Os motivos servem, se tanto, como atenuantes do dolo ou da culpa.

Também os sofismas dos abortistas são incontáveis. Vestem sistematicamente a roupagem ilusória do raciocínio correto, concebido e organizado para induzir ao erro. É o que ocorre, por exemplo, quando dizem que o Brasil é um estado laico, e que, portanto, a posição religiosa contrária ao aborto não pode ser aceita. A afirmação inicial está correta - o Brasil é um Estado laico - mas a conclusão é absurda porque, se válida fosse, tampouco a tortura deveria ser proibida pelas mesmas razões (a Igreja é contra a tortura). É o que fazem, também, quando alegam que as mulheres ricas praticam aborto em clínicas luxuosas ao passo que as mulheres pobres, etc. etc. etc. Isso é verdadeiro, mas o aborto é proibido para ricos e pobres. Vale o mesmo para a afirmação de que a mulher é dona do próprio corpo (o que já meia verdade porque nenhum médico realizará procedimentos mutiladores), frase que em nada serve para justificar o desejo de dispor do corpo de outro ser humano, vivo e diferente do corpo da mãe. E vale, por fim, para o mantra de que nossa legislação “é hipócrita porque se praticam milhões de abortos no país”. Se tal argumento fosse aceitável, toda a legislação penal, os códigos de posturas e o código de trânsito deveriam ser revogados pela mesma razão.

A Constituição Federal está eivada de dispositivos que conferem ao Estado o dever de assegurar direitos individuais. No fundo, o que os abortistas pretendem é estabelecer que o aborto é direito da mulher e dever do Estado. E defendem essa tese sem o menor constrangimento! Não apenas apresentam motivos como se fossem razões, não apenas esgotam as artimanhas sofísticas, não apenas exibem como argumento a própria tese que pretendem demonstrar. Não, tudo isso é pouco perante a monstruosidade que realmente desejam como produto de todas essas mistificações: fazer com que os filhos das aventuras, das imprudências e dos desatinos sejam executados pelos carrascos do Estado. Ora vão criar vergonha!

Link da matéria

Do Cavaleiro do Templo: aproveito a deixa para inserir um vídeo que tenho no meu Orkut sobre o assunto:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá internauta

O blog Cavaleiro do Templo não é de forma algum um espaço democrático no sentido que se entende hoje em dia, qual seja, cada um faz o que quiser. É antes de tudo meu "diário aberto", que todos podem ler e os de bem podem participar.

Espero contribuições, perguntas, críticas e colocações sinceras e de boa fé. Do contrário, excluo.

Grande abraço
Cavaleiro do Templo