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sábado, 4 de agosto de 2012

O segundo dia do julgamento do mensalão (partes 1 e 2)

 

03 de Agosto de 2012

No segundo bloco do debate sobre o julgamento do mensalão, os jornalistas Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, o historiador Marco Villa e o advogado Roberto Podval falam sobre os reús e a importância da prova testemunhal.

Batman, o contra-revolucionário

 

JUVENTUDE CONSERVADORA DA UNB


segunda-feira, 30 de julho de 2012

 

ATENÇÃO: O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS DO FILME “BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE”

Certamente este texto parecerá absurdamente estranho para aqueles que estão mais acostumados a ler o blog. Haverá aqueles que torcerão o nariz ao verem uma pretensa análise político-filosófica de um blockbusterhollywoodiano baseado em uma história em quadrinhos, considerando isso ora um arroubo de superficialidade frívola, ora uma tremenda “forçação de barra” que mistura cultura pop com pseudo-intelectualidade conservadora. No entanto, ele se faz bastante necessário, e entenderão aqueles que tenham assistido ao filme e que entendam minimamente de filosofia política.

Muito provavelmente, Christopher Nolan, diretor e co-roteirista da mais recente trilogia cinematográfica do Homem-Morcego (interpretado por Christian Bale), jamais teve a pretensão de fazer um filme filosófica e politicamente orientado sob o disfarce de película de altíssimo apelo comercial. Todavia, fica claro que Nolan teve o cuidado de tecer uma trama que não fosse superficial ou óbvia: conflitos e dilemas morais permeiam todo o filme, do início ao fim, e simbolizam, sob diversos aspectos, o ressurgimento ao qual alude o título. Acidentalmente (ou não), o enredo de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” enfoca uma das grandes verdades da história humana: a essência perversa da mente revolucionária.

O vilão do filme, ao contrário do que possa parecer, não é o impiedoso Bane (Tom Hardy), ou a fatal Talia al Ghul – disfarçada como a empresária Miranda Tate (Marion Cotillard) –, mas a crença de que a única alternativa para purgar a corrupção e a decadência da sociedade atual é reduzi-la a pó de modo a construir uma nova sociedade, baseada em um novo homem. Esse processo de “destruição criativa” se dá através da violência tanto física quanto simbólica  e moral: não basta explodir prédios, sequestrar, roubar ou matar, mas é imprescindível disseminar o caos, solapar as instituições e inocular profundamente nos indivíduos o veneno revolucionário. O vilão do filme não é feito de carne, mas de ideias; não é um corpo, mas um espírito: o espírito da revolução.

Bane

Bane e Talia são os líderes da Liga das Sombras, fundada por Ra’s al Ghul (Liam Neeson). O objetivo principal da Liga das Sombras é combater a “degenerescência moral” onde estiver, utilizando, para isso, todos os meios disponíveis. Para a Liga das Sombras, nenhum meio é ilícito ou imoral em si mesmo: o que define sua ilicitude ou imoralidade são os objetivos que se almeja através de seu uso. Os membros da Liga são profundamente comprometidos com esse ideal, chegando a extremos de sacrifício – como o sicário de Bane que, voluntária e alegremente, permanece no avião da CIA que é derrubado no Uzbequistão, na primeira cena do filme. O próprio Bane mostra-se o vilão mais perigoso dos três filmes de Batman justamente por causa de sua obsessão idealista: todos os seus esforços, por menores que sejam, estão plenamente dirigidos para a concretização do projeto revolucionário da Liga das Sombras; nenhum de seus movimentos é desperdiçado em interesses e problemas secundários, pois todo o seu ser está devotado à causa.

Outra característica marcante de Bane é a crença sólida na superioridade moral sua e de sua causa: a única saída para combater a decadência e as injustiças presentes na sociedade de Gotham é destruir todos os valores, instituições e credos “corruptos”. O paciente está doente, mas a cura não reside na escolha do remédio mais amargo, mas na morte. As cenas de perseguições, assassinatos públicos, saques e julgamentos sumários são perturbadoramente idênticas àquelas que foram vistas em todos os processos revolucionários dos últimos 300 anos – na Revolução Francesa, na Comuna de Paris, na Revolução Bolchevique, e tantas outras. Lugar simbolicamente poderoso é a “suprema corte” revolucionária – comandada pelo Dr. Jonathan Crane (Cillian Murphy), mais conhecido como Espantalho, cuja droga alucinógena criada por si vitimou-o no primeiro filme da trilogia –, em que, a bem da verdade, os réus eram levados não para serem julgados, mas apenas para escutarem a sentença e escolherem entre o exílio e a morte.

O paralelismo entre os processos revolucionários que já atingiram a civilização ocidental e a hecatombe promovida pela Liga das Sombras no filme “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” não para por aí. Ao promover a morte e a destruição no estádio de futebol americano de Gotham, Bane, dirigindo-se à multidão estarrecida e amedrontada, defende que eles não são novos opressores, mas libertadores, aqueles que farão com que os cidadãos de Gotham cumpram o destino ao qual foram chamados e tomem nas próprias mãos as rédeas não só de suas vidas, mas da vida da própria sociedade. Essa ideia enganosa é reforçada pela alegação de que o controle da bomba nuclear, que está em posse da Liga das Sombras, encontra-se nas mãos de uma pessoa comum, alguém “do povo”, e que, portanto, é o próprio povo que tem o controle sobre a situação. O mesmo discurso, em essência, tem sido utilizado ad nauseam por todos os líderes revolucionários que já pisaram e que ainda pisarão sobre a face da terra: a expropriação, o derramamento de sangue, os expurgos, tudo isso não são métodos violentos e opressivos para dobrar as pessoas, mas perfazem a libertação de que elas necessitam.

O terror revolucionário e sua perigosa obsessão pela “destruição criativa” são mais fortes do que os valores tradicionais sobre os quais a sociedade se erigiu – e que são representados pelo símbolo que é o Batman? Sim e não. O apelo sensacionalista e o potencial de deturpação pertencentes àqueles conseguem, num primeiro momento, grande aceitação junto à massa ignara; é como se, de fato, a superioridade moral da Liga das Sombras se manifestasse na ausência de amarras da velha moral e no seu esforço de pulverizar a velha sociedade. No entanto, a própria situação criada pela Liga das Sombras torna-se, com o passar do tempo, insustentável; os absurdos brotam, as máscaras caem, as verdadeiras intenções ficam expostas à incômoda luz da verdade.

Essa exposição, todavia, não acontece por si mesma, não é automática: ela necessita de agentes, é fruto de um ato positivo da vontade daqueles que sabem que, a despeito da degenerescência da sociedade, os valores tradicionais sobre os quais ela foi erigida são verdadeiros e perenes. Batman, por mais que seja um símbolo da luta pela manutenção desses valores, não é um símbolo que se sustenta por si mesmo: o comissário James Gordon (Gary Oldman), o detetive John Blake (Joseph Gordon-Levitt), o cientista Lucius Fox (Morgan Freeman), até mesmo o mordomo Alfred J. Pennyworth – que, em minha opinião, é o melhor personagem da trilogia, interpretado brilhantemente por Michael Caine –, bem como todos aqueles que voluntariamente se dispõem a lutar por esses valores, unem suas forças não apenas para dar o suporte necessário ao símbolo representado por Batman, mas também para trazer à luz as sinceras intenções da revolução.

Por que “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” é um filme ao qual todo conservador deve assistir? Porque a sociedade ocidental está passando por um longo, sutil e aterrador processo revolucionário. Enquanto os líderes dessa revolução seduzem os incautos com seu afinadíssimo canto de sereia, violências as mais cruéis são cometidas diuturnamente contra aqueles que decidem ater-se aos valores tradicionais, relegados a nós há séculos, em nome de um novo mundo, de uma nova sociedade, enfim, de um novo homem. A soberania nacional dá lugar a um proto-autoritarismo supranacional, a inversão de valores é institucionalizada e aplicada com todo o rigor da lei, a objetividade da lei moral é substituída pelo subjetivismo discricionário, e, pouco a pouco, caminhamos rumo ao caos que, benevolamente, os revolucionários creem ser a “destruição criativa” necessária à fundação de um novo mundo.

As lições de determinação, firmeza, lealdade e honra de “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” são inspiradoras para os poucos que ainda ousam resistir a esse mundo em colapso. E, certamente, a lição mais importante é: combater o espírito revolucionário é uma tarefa à qual devem se dedicar todos os que optaram pelos valores tradicionais. Nunca é demais lembrar que, em uma situação de guerra – exatamente o que estamos vivendo –, só há dois caminhos a se trilhar: o de vítimas indefesas ou de combatentes resolutos. Os valores que nos deram a vida que temos merecem que nos dediquemos à sua preservação, ainda que isso custe nossas próprias vidas. Não é uma decisão fácil, mas é inelutavelmente necessária. Não devemos fazê-lo apenas por nós mesmos: devemos fazê-lo por aqueles que deram seu sangue para que cheguemos até aqui, honrando sua memória e sua luta, e por aqueles que ainda virão, de modo que o mundo que herdem de nós seja menos perigoso, menos venenoso e mais afastado de diabólicos anseios revolucionários.

Conheça Maria Berenice Dias, a feminista que quer destruir a família cristã brasileira

 

FÉ EM JESUS

Ex-desembargadora é a presidente da Comissão da OAB que propõe as mudanças na lei para transformar o país numa nação onde os gays mandam; saiba como ela pensa e sua estratégia

02/08/2012 02:08 por Redação

São do ano de 1997 as primeiras palestras sobre o tema da família gay da feminista, advogada e ex-desembargadora gaúcha, Maria Berenice Dias, a mulher que está à frente da maior articulação já feita no Brasil a fim de mudar a estrutura da família brasileira. Ninguém foi tão longe na proposição de um novo modelo de leis que privilegiasse tanto os homossexuais quanto ela e seus colaboradores espalhados Brasil afora.

Maria Berenice Dias é presidente da Comissão Especial de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com carta branca da entidade para agir em todas as esferas do Poder. Saíram da Comissão chefiada por ela o Estatuto Gay e o anteprojeto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna crime a conduta homofóbica, além de garantir todos os direitos possíveis ao matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, o que transforma o Brasil na maior nação gay do planeta.

Depois de coordenar as propostas de mudanças em diversas leis do país e na maior delas, a Constituição Federal, Berenice Dias apresentou as medidas estudadas no Congresso Nacional no ano passado e agora empenha-se em recolher assinaturas de apoio ao Estatuto Gay na Internet. O apelo na petição pública deixa claro o objetivo do movimento homossexual no Brasil: "depois do julgamento do STF, que reconheceu as uniões homoafetivas como entidade familiar, é preciso que todos os direitos sejam positivados. Também é indispensável a criminalização da homofobia e a adoção de políticas públicas para coibir a discriminação".

É para isso que trabalha a sra. Maria Berenice Dias desde 1997, ano dos seus primeiros discursos na direção da Nova Ordem Gay no Brasil. Numa simples análise deles, é possível ter um resumo do pensamento do movimento homossexual em ascensão no Brasil. Em linhas gerais, ele é o seguinte:

1) A família tradicional, com pai e mãe heterossexuais, precisa ser substituída por outra, em que prevalece a "afetividade" não importando se ela é formada por casais do mesmo sexo. Ao contrário, são os casais gays que garantirão o fim do modelo de família em que o pai hetero "abusa dos filhos e bate na esposa". O problema é que os abusadores e a violência doméstica estão longe de ser exclusividade do casamento heterossexual, como sugerem os ativistas homossexuais. Eles podem ocorrer em qualquer família, muito mais nas uniões gays. Nos Estados Unidos, por exemplo, pesquisas mostram fartamente que boa parte da violência contra os gays ocorre dentro de casa e não fora dela. A homofobia, portanto, é conduta dos próprios homossexuais

2) Além de subverter a família cristã, o mesmo que derrubar a base da sociedade brasileira, Maria Berenice Dias quer dar garantias excepcionais aos gays. Mas para isso acontecer, é preciso coibir qualquer manifestação contrária ao comportamento deles, por quem quer que seja. Nessa linha, devem ser silenciados os jornalistas cristãos, padres, pastores ou qualquer cidadão com acesso a jornais e emissoras de TV. Ao introduzir o crime de ódio na sociedade brasileira, em nome da defesa dos gays, suprime-se as liberdades de pensamento, de religião, de expressão, etc. É por isso que a sra. Maria Berenice Dias milita tanto pela criminalização da homofobia. Além de ir alterando a família com as recentes conquistas pró-união gay, a estratégia é silenciar qualquer opositor da conduta homossexual, dentro ou fora das Igrejas. Em paralelo a isso está a doutrinação de crianças nas escolas. Quanto mais distantes dos princípios de Deus e da Igreja, mais fácil será levá-las a considerar normal a sodomia, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o próprio sexo antes da puberdade e outras aberrações que virão em consequência do desmoronamento da família cristã.

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Leia abaixo algumas frases e trechos de pronunciamentos dela:

Isto é Maria Berenice Dias

"É necessário mostrar a todo mundo que a diversidade existe e que ser homossexual não é crime, não é feio, não é pecado!"

Em manifestação na abertura da 9ª Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, dia 29/5/2005, em São Paulo (SP)

"O fato é que a cada nascimento corresponde um aborto. Ou seja, as mulheres se submetem ao abortamento. Negar essa realidade e não regularizar sua prática deixa o procedimento à margem de qualquer controle, o que coloca em perigo a vida de muitas mulheres e não gera a responsabilização de quem o pratica de forma criminosa. Ao depois, como o SUS não autoriza sua realização, somente quem tem condições de custear as despesas médicas e hospitalares o realizam com segurança. Assim, a singela vedação legal acaba, como sempre, sendo uma pena para as mulheres pobres."
*Leia também: "
Ministra foi designada para abrir as portas ao aborto no Brasil, alerta psicanalista"

Preocupada somente com as mulheres e não com os bebês assassinados, em resposta a uma entrevista dada à revista Consulex, em outubro de 2010, e deixando claro que é favorável à descriminalização do aborto ao propor "reguralizá-lo".

"Romperam-se os paradigmas em que a família era identificada pelo casamento. A evolução dos costumes, a emancipação da mulher, o surgimento dos métodos contraceptivos, a própria globalização levaram à reformulação da estrutura da família. De um reduto da conjugalidade, a família se transformou em um espaço da afetividade que alberga todas as modalidades vivenciais, gerando seqüelas que devem ser inseridas no âmbito do Direito de Família. Assim, tanto as uniões que prefiro chamar de homoafetivas (expressão que cunhei na obra que escrevi preconizando o reconhecimento das relações homossexuais), quanto os relacionamentos em que há comprometimento mútuo merecem ser chamados de família, independente do número ou do sexo de seus integrantes".

Na mesma entrevista citada acima, defendendo a família gay e um novo ordenamento jurídico que viria a ser expresso no Estatuto da Diversidade Sexual, elaborado por ela e outros colaboradores no âmbito da OAB.

"Em nome da manutenção do Estado, da preservação da sociedade, busca-se manter a família, olvidando-se que esta é integrada por pessoas que entretêm relações marcadas pela desigualdade. Homens, mulheres e crianças ainda ocupam lugares definidos de forma hierarquizada. A divisão de tarefas, a assimetria de papéis decorrente pelas questões de gênero outorga ao homem o exercício exclusivo do poder, colocando os demais membros da família em posição de inferioridade e subordinação, fértil terreno para o abuso sexual e a violência doméstica".
Atribuindo culpa por abusos sexuais e violência exclusivamente ao pai heterossexual em manifestação na solenidade de abertura do I Congresso Internacional do IBDFAM, em novembro de 2006, em Brasília-DF.

"Igualmente está na hora de abandonar a hipocrisia e reconhecer que os filhos biológicos, adotivos ou gerados pelos modernos métodos de reprodução assistida devem ser registrados em nome de quem exerce as funções parentais, seja um ou dois pais, uma ou duas mães!"
Resumindo sua bandeira pela introdução da família gay na Constituição Federal em discurso por ocasião do recebimento do prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade, outorgado pela Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo, no Teatro Municipal de São Paulo, no dia 1º de junho de 2003.

ABORTO: uma observação

 

Padre Anderson Batista (minha livre interpretação):

Ao estuprador, no Brasil, não cabe a pena de morte. Imputa-se esta pena ao nascituro, fruto do seu ato criminoso.

Lewandowski e MTB: doutores em impunidade

 

03 de Agosto de 2012

Nossos doutores em impunidade não hesitam em zombar da justiça para absolver culpados, mas os profissionais do cinismo terão a vida mais difícil depois das cinco horas de acusação formuladas pelo procurador geral da república.

O primeiro dia do julgamento do mensalão (parte 1)

 

03 de Agosto de 2012

Os jornalistas Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, o historiador Marco Villa e o advogado Roberto Podval comentam o primeiro dia do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal.

PANEM ET CIRCENSES

 

BLOG DO HEITOR DE PAOLA

Publicado em 3 de agosto de 2012 por heitor

 

HEITOR DE PAOLA

03/08/2012
Já há muito tempo, desde quando não vendíamos nossos votos para ninguém, o Povo abdicou de seus deveres, o Povo que outrora detinha comando militar, altos cargos civis, legiões – tudo, enfim – hoje se restringe, e aguarda ansiosamente, a apenas duas coisas: pão e circo
JUVENAL – Sátira X

Abriu-se ontem na Nova Roma do Planalto um dos circos da Praça que contém três, oJuridicus. Anunciam-se meses de novo Ludus Circensis, Los Mensaleros, que superarão o já cansativo ludus encenado do outro lado da Praça, o circus Legisferandis, onde já perde audiência o cansativo Cachoeiras & Cascatas.

As autoridades da antiga Roma organizavam espetáculos para atrair o favor do público, como comentava Juvenal no Século I. O desenvolvimento crescente daqueles grandes espetáculos durante o período Republicano foi intensificado como veículo propagandístico na época Imperial, principalmente nos momentos de crise política mais aguda. Unidos à farta distribuição de alimentos para a plebe se converteram numa das duas mais poderosas ferramentas de controle social.

Iniciados como celebrações rituais sagradas, como cita Tito Lívio, o aparecimento dos ludi theatrici ocorreu em 354 a. C. por ocasião de uma epidemia violenta. Os eventos com gladiadores começaram um século mais tarde como uma celebração fúnebre pela morte do pai do Consul Decimus Iunius Brutus Esceva. Os ludi theatrici, herdeiros das tragédias gregas, foram aos poucos degenerando. Isto porque os detentores do poder perceberam as enormes vantagens que poderiam tirar sobre o populacho através de espetáculos menos sofisticados, pois o povo estava interessado em jogos circenses e competições sanguinolentas. O caráter sagrado e ritual logo desapareceu e os ludi se tornaram mais profissionais. Tanto o governo quanto a iniciativa privada os organizavam e sua importância cresceu a tal ponto que se tornaram, junto com a distribuição de alimentos, numa prioridade na condução dos negócios públicos.

Os edis, magistrados com funções de ordem pública passaram a organizá-los para enganar e conquistar a plebe e, a partir do século II a. C. os magistrados acrescentaram a seus proventos somas enormes que permitissem celebrações riquíssimas, pois o público só lembraria o edil que se mostrasse mais generoso. Como eles disputassem entre si o acesso a magistraturas superiores a competição se acirrava através de ludi cada vez mais atraentes. Distração popular e propaganda se tornaram tão complementares que já não se conseguia entender uma sem a outra.

No que veio a se conhecer apropriadamente como ‘populismo digestivo’, estava inextricavelmente ligada aos ludi a farta distribuição gratuitita de trigo, pão e dinheiro vivo e até de sparsiones, vales que podiam ser trocados por peixe, carne ou pão. Chegou-se mesmo a rifar casas de campo! Durante a espera do espetáculo a plebe era acalmada com bolsas de doces ou dinheiro jogadas por sobre suas cabeças.

Na época Imperial a importância dos espetáculos para o controle social fez com que se tornassem monopólio do Palácio Imperial. Os Imperadores reservaram para si a construção e restauração de circos, teatros e anfiteatros, certamente com o beneplácito da classe artística de então que, como hoje, adora um monopólio que garanta sua opulenta ‘sobrevivência’. As edificações provisórias ou de madeira, deram lugar a instalações permanentes e portentosas. Os Césaresperceberam também a importância de sua presença junto ao povo.

As primeiras vozes que se elevaram acima da gritaria das massas não condenavam o caráter sangrento e cruel, mas o clientelismo e populismo que lhes eram intrínsecos. Sêneca, Juvenal, filósofos e membros ilustres da sociedade viam nesta tática de pão e circo a degeneração da política e da sociedade romana. Apenas com a chegada dos Cristãos, inicialmente vítimas, posteriormente maioria na Cidade Eterna, passou a haver uma crítica mais radical, incluindo a reprovação da crueldade dos ludi. Finalmente, Constantino os aboliu.

DE VOLTA AO FUTURO

Na Nova Roma Brasiliensis temos circos, bolsas as mais diversas, sorteio de casas (Minha Casa Minha Vida), PACs mil. Ah!, e se os Césares tivessem os instrumentos modernos, o rádio a TV e uma mídia amestrada que segue os ditames, às vezes sigilosos, doCircus Maximus, o Planalto, comandado pela residência Imperial, o Alvoradensis? Esta imitação grosseira da nobre arte de informar é totalmente regida pelas gordas verbas publicitárias estatais. Possivelmente o Império Romano não teria se esboroado, ao menos tão cedo.

Da mesma forma que os Césares detinham um poder limitado pela pressão do populacho, os atuais também se vêm limitados pelo ‘clamor popular’, como sugeriu ao circo atual o Príncipe dos sociólogos hipócritas (FHC).

Quando vejo a unanimidade que a imprensa vem adotando ‘contra’ o PT, quando leio Merval Pereira, Demétrio Magnoli, Miriam Leitão, os ‘analistas’ da Folha, do Estadão, a rede Globo e tutti quanti (imitando o Olavo para fazer jus ao título de Olavete que nos pespega, entre outros, o Ilustríssimo Senhor Historiador Gustavo Moreira, apenas o último, por enquanto, de uma série que já se perpetua), um sinal de alarme toca em minha pobre mente paranoica e dada a ‘teorias conspiratórias’! Quando, ainda, políticos de diversos partidos que já tiveram sua dose de circo, como os Mensalonis Circenses tucano, do DEM, as estripulia dos mesmos no ludus Cachoeirenses, o alarme ultrapassa o limiar do ridículo! Quando, ainda mais, vejo e ouço estes gatos do mesmo saco pontificando em defesa das instituições democráticas, da derrocada do PT e da salvação das liberdades, só me resta gargalhar!

O que me surpreende e entristece é ver analistas políticos sinceramente liberais e conservadores, alguns até amigos pessoais, se deixarem iludir por esta pantomima farsesca!

Que democracia? Quais instituições? Quem será derrotado? Como bem o disse Cláudio Peixoto: as propostas do marxismo cultural continuarão a todo vapor: incentivo à promiscuidade, pederastia, pedofilia, descriminalização do aborto, infanticídio, eutanásia, liberação das drogas, desarmamento, legislação penal cada vez mais inócua, recusa de investir em segurança pública, fabricar analfabetos funcionais através do aparato educacional, aparelhamento do Estado, seja pela criação de cargos de confiança, secretarias e ministérios inúteis, seja por artimanhas legais (por exemplo, no anteprojeto da Lei Orgânica da Advocacia Geral da União consta a previsão de nomeação de pessoas fora da carreira, isto é, apadrinhados políticos, para os cargos de chefia), destruição da soberania nacional, sucateamento das Forças Armadas, terceiro-mundismo nas relações externas, como atesta o alinhamento com Cuba e Venezuela, a simpatia pelo Irã, China (a nova vedete da Rede Globo), Rússia, etc.

Ao que eu acrescento: continuará a diplomacia da espúria Tríplice Aliança, hoje contra um Paraguai pacífico e povoado de gente muito mais digna e corajosa (vide Manifesto). Continuará o domínio total da economia através de conluios com empresários inescrupulosos que choram por verbas, dinheiro de nossos impostos fartamente distribuídos (panem) pelo onipresente BNDES para não investir do próprio bolso!

E além de tudo isto uma lição que aprendi na própria pele, mas que são comentários repetidos por todos os que estudam as organizações revolucionárias: a causa é tudo, os militantes nada! Se necessário for para engambelar melhor os ingênuos, o sacrifício eventual via condenações desses “cumpanhêros” em nada atrapalhará o andamento da causa.

As informações sobre os ludi foram retiradas em certa medida da condensação da excelente reportagem da revista Historia y Vida, nº 572. A citação de Juvenal foi traduzida por mim do Inglês. Misturadas com as palavras realmente latinas existem outras propositadamente inventadas por mim.

PGR: Dirceu montou e foi o 'protagonista' do mensalão

 

VEJA

03/08/2012 - 15:04

Mensalão

Em seu parecer, Roberto Gurgel disse que existem provas suficientes para comprovar o esquema e ironizou advogados que falam em 'obra de ficção'

Laryssa Borges e Gabriel Castro

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresenta seus argumentos de acusação no julgamento da AP 470, em 03/08/2012

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel (STF)

Responsável por defender a condenação de políticos, empresários e dirigentes partidários que faziam parte do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta sexta-feira, durante o julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, foi o idealizador e grande gerente do esquema. O chefe do Ministério Público (MP), que vai defender nesta tarde a condenação de 36 dos 38 réus do mensalão, direcionou o foco principal da acusação ao ex-todo-poderoso do governo Lula. “José Dirceu foi o mentor da ação do grupo, seu grande protagonista”, resumiu. “Foi José Dirceu quem idealizou o esquema ilícito de formação da base parlamentar de apoio ao governo mediante o pagamento de vantagens indevidas a seus integrantes e comandou a ação dos demais acusados para a consecução desse objetivo”, disse ele.

O relatório de Roberto Gurgel afirma que Dirceu, José Genoino (então presidente do PT), Delúbio Soares (tesoureiro do partido à época) e Sílvio Pereira (então secretário-geral do PT) se associaram ao grupo do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza "de forma estável permanente para o cometimento de crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a administração pública, contra a fé publica, bem como crimes de lavagem de dinheiro".

Leia também: entenda o escândalo do mensalão
Acompanhe passo a passo o julgamento do mensalão

O chefe do MP listou depoimentos de denunciados tomados ao longo da instrução da ação penal que comprovariam a ascendência de Dirceu sobre os demais participantes do esquema do mensalão. As oitivas, segundo ele, implodiriam a tese de que o ex-ministro não sabia da compra de votos de deputados federais. “Não há como se pretender que Dirceu estivesse alheio aos fatos”, afirmou. Ele exemplificou com um caso específico em que o tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri, disse em juízo que após reuniões com os petistas José Genoino e Delúbio Soares “sempre era feita uma ligação a José Dirceu”.

“José Dirceu tinha conhecimento de todos os acordos para a construção da base aliada”, resumiu Gurgel. “Dirceu sabia da cooptação de políticos para a compra de base parlamentar de apoio ao governo, sabia que essa base estava sendo forma a custa de vantagens indevidas e, acima de tudo, sabia de onde vinha o dinheiro”, argumentou o procurador-geral.

Ao afastar a suposta tese de que não haveria provas de que o ex-ministro da Casa Civil coordenou o esquema de pagamento sistemático de parlamentares, o procurador-geral defendeu o argumento de que o “autor” também é o chefe da quadrilha que planeja as atividades criminosas, mesmo sem as executar.

“O autor dos chamados crimes organizados agem a quatro paredes. O autor intelectual quase sempre não fala ao telefone, não envia mensagens, não assina documentos e não movimenta contas”, disse. “A prova que instrui os autos dessa ação penal é contundente quanto à atuação de Dirceu como líder do grupo”.

Em sua acusação, Roberto Gurgel ainda se valeu de perícias do Instituto Nacional de Criminalística (INC) para demonstrar a manipulação de dados como simulação de empréstimos no Banco Rural. A liberação de recursos pela instituição financeira foi utilizada por petistas e pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para tentar dar veracidade ao fluxo de recursos que abastecia o mensalão.

Ao longo de sua sustentação oral, o procurador-geral também ironizou as críticas sobre a fragilidade do conjunto de provas contra a quadrilha. Ele disse ser “risível” a tese de alguns advogados de que o esquema de compra de votos seria um “delírio do Ministério Público”.

Provas - Gurgel, que começou a falar por volta das 14h30, utilizará cinco horas nesta sexta para pedir a condenação de 36 dos 38 réus que integram a ação penal do mensalão. No início de sua exposição, no plenário do STF, o chefe do MP resumiu: “A robustez da prova colhida faz risível a assertiva de que mensalão é ficção ou delírio do MP”.

“O Ministério Público está absolutamente convencido de que a prova colhida nos autos, associada aos elementos de autoria e materialidade dos delitos, não deixa dúvidas quanto à procedência da acusação”, disse ele. Assim como fez no memorial entregue aos ministros do Supremo, Roberto Gurgel voltou a classificar o mensalão como “o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público flagrado no história do Brasil”.

Ao expor seus argumentos, o procurador-geral recorreu ao intelectual Norberto Bobbio para refutar a tese de que, no mensalão, seria “justificável” construir, por meios escusos, uma sólida base parlamentar no Congresso. “Não se justifica o injustificável à luz dos parâmetros normativos de funcionamento do estado”, disse ao cita Bobbio.

Denúncia inicial - A denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentada em 2006, classifica o esquema do mensalão como “uma sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes”.

Para o então chefe do Ministério Público, sucedido por Gurgel, os mensaleiros petistas, com o objetivo de formar uma base parlamentar sólida no Congresso, atuaram em “conluio” com outros partidos e “estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgãos públicos e de empresas estatais e também de concessões de benefícios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira”.

Todo o esquema, descreve a Procuradoria, era feito “sob as ordens” de Dirceu, que “tinha o domínio funcional de todos os crimes perpetrados, caracterizando-se, em arremate, como o chefe do organograma delituoso”.

PGR: Dirceu montou e foi o 'protagonista' do mensalão

 

VEJA

03/08/2012 - 15:04

Mensalão

Em seu parecer, Roberto Gurgel disse que existem provas suficientes para comprovar o esquema e ironizou advogados que falam em 'obra de ficção'

Laryssa Borges e Gabriel Castro

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresenta seus argumentos de acusação no julgamento da AP 470, em 03/08/2012

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel (STF)

Responsável por defender a condenação de políticos, empresários e dirigentes partidários que faziam parte do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta sexta-feira, durante o julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, foi o idealizador e grande gerente do esquema. O chefe do Ministério Público (MP), que vai defender nesta tarde a condenação de 36 dos 38 réus do mensalão, direcionou o foco principal da acusação ao ex-todo-poderoso do governo Lula. “José Dirceu foi o mentor da ação do grupo, seu grande protagonista”, resumiu. “Foi José Dirceu quem idealizou o esquema ilícito de formação da base parlamentar de apoio ao governo mediante o pagamento de vantagens indevidas a seus integrantes e comandou a ação dos demais acusados para a consecução desse objetivo”, disse ele.

O relatório de Roberto Gurgel afirma que Dirceu, José Genoino (então presidente do PT), Delúbio Soares (tesoureiro do partido à época) e Sílvio Pereira (então secretário-geral do PT) se associaram ao grupo do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza "de forma estável permanente para o cometimento de crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a administração pública, contra a fé publica, bem como crimes de lavagem de dinheiro".

Leia também: entenda o escândalo do mensalão
Acompanhe passo a passo o julgamento do mensalão

O chefe do MP listou depoimentos de denunciados tomados ao longo da instrução da ação penal que comprovariam a ascendência de Dirceu sobre os demais participantes do esquema do mensalão. As oitivas, segundo ele, implodiriam a tese de que o ex-ministro não sabia da compra de votos de deputados federais. “Não há como se pretender que Dirceu estivesse alheio aos fatos”, afirmou. Ele exemplificou com um caso específico em que o tesoureiro informal do PTB, Emerson Palmieri, disse em juízo que após reuniões com os petistas José Genoino e Delúbio Soares “sempre era feita uma ligação a José Dirceu”.

“José Dirceu tinha conhecimento de todos os acordos para a construção da base aliada”, resumiu Gurgel. “Dirceu sabia da cooptação de políticos para a compra de base parlamentar de apoio ao governo, sabia que essa base estava sendo forma a custa de vantagens indevidas e, acima de tudo, sabia de onde vinha o dinheiro”, argumentou o procurador-geral.

Ao afastar a suposta tese de que não haveria provas de que o ex-ministro da Casa Civil coordenou o esquema de pagamento sistemático de parlamentares, o procurador-geral defendeu o argumento de que o “autor” também é o chefe da quadrilha que planeja as atividades criminosas, mesmo sem as executar.

“O autor dos chamados crimes organizados agem a quatro paredes. O autor intelectual quase sempre não fala ao telefone, não envia mensagens, não assina documentos e não movimenta contas”, disse. “A prova que instrui os autos dessa ação penal é contundente quanto à atuação de Dirceu como líder do grupo”.

Em sua acusação, Roberto Gurgel ainda se valeu de perícias do Instituto Nacional de Criminalística (INC) para demonstrar a manipulação de dados como simulação de empréstimos no Banco Rural. A liberação de recursos pela instituição financeira foi utilizada por petistas e pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza para tentar dar veracidade ao fluxo de recursos que abastecia o mensalão.

Ao longo de sua sustentação oral, o procurador-geral também ironizou as críticas sobre a fragilidade do conjunto de provas contra a quadrilha. Ele disse ser “risível” a tese de alguns advogados de que o esquema de compra de votos seria um “delírio do Ministério Público”.

Provas - Gurgel, que começou a falar por volta das 14h30, utilizará cinco horas nesta sexta para pedir a condenação de 36 dos 38 réus que integram a ação penal do mensalão. No início de sua exposição, no plenário do STF, o chefe do MP resumiu: “A robustez da prova colhida faz risível a assertiva de que mensalão é ficção ou delírio do MP”.

“O Ministério Público está absolutamente convencido de que a prova colhida nos autos, associada aos elementos de autoria e materialidade dos delitos, não deixa dúvidas quanto à procedência da acusação”, disse ele. Assim como fez no memorial entregue aos ministros do Supremo, Roberto Gurgel voltou a classificar o mensalão como “o mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público flagrado no história do Brasil”.

Ao expor seus argumentos, o procurador-geral recorreu ao intelectual Norberto Bobbio para refutar a tese de que, no mensalão, seria “justificável” construir, por meios escusos, uma sólida base parlamentar no Congresso. “Não se justifica o injustificável à luz dos parâmetros normativos de funcionamento do estado”, disse ao cita Bobbio.

Denúncia inicial - A denúncia do então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentada em 2006, classifica o esquema do mensalão como “uma sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes”.

Para o então chefe do Ministério Público, sucedido por Gurgel, os mensaleiros petistas, com o objetivo de formar uma base parlamentar sólida no Congresso, atuaram em “conluio” com outros partidos e “estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgãos públicos e de empresas estatais e também de concessões de benefícios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira”.

Todo o esquema, descreve a Procuradoria, era feito “sob as ordens” de Dirceu, que “tinha o domínio funcional de todos os crimes perpetrados, caracterizando-se, em arremate, como o chefe do organograma delituoso”.

Mensalão. O voto de Celso Mello e a omissão de Gurgel salvam Toffoli

 

TERRA MAGAZINE

 

Têmis, sem a venda.

Têmis, sem a venda.

Para quem assistiu ontem a sessão de abertura do julgamento do processo criminal apelidado “Mensalão”, foi como ficar diante de uma xícara amarga de fel com 9 gotas de adoçante e duas de limão: 9×2.

O primeiro amargor ficou por conta do ministro Ayres Brito, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Brito faltou com a urbanidade com o combativo advogado Alberto Zavarias Toron. E todo funcionário público, tomada a expressão em sentido estrito e amplo, tem o dever de tratar a todos com urbanidade.

A surpreendente postura de Brito consistiu em impedir Toron, — que é defensor do réu João Paulo Cunha–, de falar, ou melhor, exercitar uma prerrogativa profissional.

Toron quis levantar uma questão de ordem e não lhe foi permitido expor.

Além da prerrogativa de advogado, violou-se, –perante uma Corte cujos demais ministros emudeceram pelo inusitado–, a garantia constitucional da ampla defesa e do direito de petição de uma questão de ordem.

Ayres Brito, como presidente do STF, tinha o dever de deixar Toron falar, ou melhor, apresentar a questão de ordem. E só depois indeferir. Indeferir, antes, foi um grave erro.

Pelo que se soube depois, Toron desejava o deferimento, –pelos defensores e quando das sustentações orais da tribuna do Plenário do STF–, do uso de recursos áudio-visuais. Na véspera, e numa sessão administrativa que contou com a presença de 9 ministros, decidiu-se que não seria permitido o uso desse tipo de recurso eletrônico durante o julgamento do Mensalão. Na tal sessão administrativa a votação foi de 5×4.

Como Brito não deixou Toron falar, os expectadores “boiaram” a respeito do que acontecia. Ou melhor, qual seria a pretensão de Toron. E, como se soube depois, Toron queria a manifestação dos dois ministros que não votaram na sessão secreta e isso para tentar mudar e ser admitido o uso, na sua sustentação oral, de recurso áudio-visual.  

A propósito, vamos aguardar como vai reagir a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), –da qual Ayres Brito já foi membro—, diante do sucedido. Como a OAB, pelo seu presidente Ophir Cavalcante, se pronuncia sobre tudo, talvez, e diante do sucedido com Toron, se meta, agora, em questão  pertinente e faça desagravo público a Toron.

Ontem, o clima no STF não foi dos melhores nem entre ministros.

O ministro Barbosa, ao invés de rebater a posição de Lewandowsk sobre questão constitucional, preferiu o ataque pessoal. Uma incivilidade típica de boteco e, evidentemente,  imprópria num Pretório excelso.

Como Lewandowski é pessoa educada e altiva, conseguiu, com uma advertência ,  calar Barbosa.

Lewandowski, que preparou um substancioso voto, teve, ainda,  o desprazer de ouvir de Brito um apelo para resumir o voto. Voto, aliás, bem afastado por 9×2 votos  pois, caso vingasse,  seria a porta aberta para a prescrição e a impunidade, por mais que se queira fingir que não. O desmembramento levaria os autos, com relação a 35 réus, para a primeira instância, com exceção a um dos acusados que é prefeito municipal ( tem foro privilegiado no Tribunal de Justiça do estado). No caso de condenação, caberiam recursos ao Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

O procurador Gurgel surprendeu ao não arguir o impedimento e a suspeição de parcialidade do ministro Tóffoli. O argumento de Gurgel o de não querer retardar o julgamento. O argumento é assustador e cínico. Como a dizer, grosso modo, um  prefiro a parcialidade de um suspeito a um julgamento justo.

Toffóli manteve postura olímpica, como se nada estivesse a acontecer ao seu redor. E nem resposta deu à opinião pública. 

Parêntese aberto. O grande constitucionalista italiano Giovanni Sartori tem a melhor conceituação sobre opinião pública: “ Em face de a democracia ser o governo do povo para o povo, ela será em parte governada e em parte governante. Quando será governante? Obviamente, quando ocorrem eleições, quando se vota. E as eleições exprime, no seu complexo, a opinião pública”. Parêntese fechado.

A explicação para a omissão de Gurgel pode ser encontrada no voto do ministro decano Celso de Mello. Ao dar o  voto, o ministro Celso de Mello  abriu parêntese para garantir a imparcialidade dos membros do Supremo e avalizar que o julgamento do Mensalão será técnico, impessoal.

O advogado Thomaz Bastos que apresentou tese para desplugar do Mensalão 35 réus e só deixar os três réus que são deputados federais (Valdemar Costa Neto, Pedro Henry e João Paulo Cunha), não conseguiu derrubar a súmula do STF (704) que garante a unidade processual pela vis atrativa. Bastos perdeu a tese por 9 votos a 2. E os ministros com votos vencedores esclareceram que a questão de ordem, com o alerta de Bastos de que trazia matéria constituciona nova e inédita ao STF, não tinha procedência. A questão não era nova até porque, quando da edição da súmula 470, tratou-se da questão constitucional do “juiz natural” e da garantia ao “duplo grau de jurisdição” (no caso de foro privilegiado junto ao STF, a jurisdição se dá em grau único).

Como o clima não estava bom, o ministro Marco Aurélio de Melo ironizou ao lembrar que no “mensalinho” (conhecido por mensalão tucano e à frente o deputado mineiro Eduardo Azevedo do PSDB,  o STF decidiu pelo desmembramento para réus sem foro privilegiado. E, ao “mensalão deu outro tratamento”.

Num pano rápido, a Têmis, deusa da Justiça, deixou Brasília, diante de tanta tristeza, com uma venda banhada de lágrimas.

–Wálter Fanganiello Maierovitch— 

O KIT GAY JÁ CHEGOU NAS ESCOLAS PRIVADAS: “…um homem adulto agarra uma criança, ambos nús, orientando que os meninos e meninas brinquem daquela maneira com seus amigos.”

 

FAMÍLIA BOLSONARO

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O KIT GAY JÁ CHEGOU NAS ESCOLAS PRIVADAS.

O livro didático “Menino Brinca de Boneca?” citado acima foi adotado pelo Ministério da Educação como referência para alfabetização de nossas crianças (até 6 anos de idade) e já está sendo utilizado em algumas escolas particulares em São Paulo existindo ainda a orientação do Governo Federal para que seja expandido para todo o Brasil.

Caso seus filhos tenham este exemplar em suas mochilas, fiquem atentos pois certamente estão recebendo carga de informações estimulando o homossexualismo em suas cabeças.

Foram tiradas algumas fotografias de páginas do livro “Menino Brinca de Boneca?” para concretizar as colocações citadas. 

Prefácio: Escrito pela senadora Martha Suplicy (PT-SP), a mesma critica a relacionamento familiar baseado nas convicções dos pais e é direta ao abordar o assunto “livro infantil dedicado para mudança da sexualidade das crianças".

Página 16: As palavras “vulva”e “pênis” são expostas como se o assunto “sexo” fosse algo totalmente natural entre crianças de 6 anos nas escolas

Contra-Capa: Frei Betto é incisivo ao dizer que a obra criada estimula o público infantil à decidir-se por si só sobre sua sexualidade e coloca os filhos contra os pais.

O livro didático “Porta Aberta” de Geografia e História, voltado para o público do primeiro ano, ou seja, alfabetização das crianças (CA) também é gritante quanto ao estímulo ao homossexualismo. 

Página 73: A lição mostra uma brincadeira intitulada de “Gavião", na qual um homem adulto agarra uma criança, ambos nús, orientando que os meninos e meninas brinquem daquela maneira com seus amigos. Uma clara afronta que estimula a pedofilia.

Página 225: Um jogo da memória formando famílias de pais homossexuais é ensinado para o público infanto-juvenil. 

Além das mensagens diretas, em ambos, é nitidamente fácil constatar as mensagens subliminares envolvendo o homossexualismo e pedofilia, que são exploradas durante as tarefas ensinadas.

A sanha dos ativistas homossexuais, que desde o início mentem e dizem que o kit-gay não seria para o público infantil é desmascarada e vem tomando as escolas privadas primárias do Brasil. É isso que queremos para nossos filhos?

BRASIL: um país de assassinos.

 

Vamos analisar o número de assassinatos APENAS no Espírito Santo. Para termos uma idéia do tamanho da aberração – lembrem-se: vamos analisar apenas um dos estados brasileiros – vamos ver como foram os atentados (homens bomba, etc) no IRAQUE durante a guerra de 2009 nos 8 (oito) primeiros meses do ano e os assassinatos no Espírito Santo no mesmíssimo perído de 8 (oito) meses iniciais.

Vamos ainda, para fechar a análise, saber a população do Estado do Espírito Santo e do país inteiro chamado IRAQUE – lembrem que não época o país estava em guerra.

Em resumo, os números assustadores são:

População do Estado do Espírito Santo: aprox. 3 (TRÊS) MILHÕES E MEIO
Assassinatos no Estado do Espírito Santo em oito meses: 1.000 (MIL)

População do IRAQUE: aprox. 31 (TRINTA E UM) MILHÕES
Assassinatos no IRAQUE em oito meses: 900 (NOVECENTOS)

Vamos lá (LINKS PARA COMPROVAÇÃO nas matérias)?

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01/08/2012 21h05 - Atualizado em 01/08/2012 21h05

Espírito Santo atinge a marca de mil homicídios em 2012, diz Sesp.

De janeiro a julho de 2012, mil pessoas foram assassinadas no estado. Secretário diz que redução da violência tem sido baixa.

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2012/08/espirito-santo-atinge-marca-de-mil-homicidios-em-2012-diz-sesp.html

Leandro Nossa e Roger Santana
Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

Mil homicídios de janeiro a julho de 2012. Esta é a marca a que chegou o Espírito Santo na tarde desta quarta-feira (1), segundo dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). O secretário de Planejamento Estratégico, André Garcia, afirma que a redução da violência no estado tem sido lenta. Para o especialista em políticas públicas, Roberto Simões, os dados são alarmantes e mostram que o Espírito Santo vive em estado de 'epidemia de violência'…

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Demografia do Espírito Santo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_do_Esp%C3%ADrito_Santo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Demografia do Espírito Santo é um domínio de estudos e conhecimentos sobre as características demográficas do território capixaba. A população do Espírito Santo é de 3.487.199 habitantes, segundo a estimativa populacional de 2009, realizada pelo IBGE.[1] Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 2.598.231 hab.,[2]

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Mais de 800 mortos no Iraque desde o começo de 2009

http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jFO6f11Se10zj7OWllydQ7LG5KIg

(AFP) – 19/08/2009

BAGDÁ, Iraque — Desde o início deste ano, o Iraque sofreu uma onda de sangrentos atentados que causaram mais de 800 mortos (vamos arredondar para 900, então?) e deixou 2.000 feridos:

- 4 janeiro de 2009: 35 peregrinos xiitas foram mortos e 65 ficaram feridos em um atentado suicida em um mausoléu em Bagdá.

- 13 de fevereiro: Um homem-bomba matou 35 peregrinos, na sua maioria mulheres e crianças, que viajavam a pé até Karbala (centro)…

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Demografia do Iraque

http://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_do_Iraque

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pirâmide de idades do Iraque, 2005

Este artigo é sobre as características demográficas da população do Iraque, incluindo a densidade populacional, etnia, nível de educação, a saúde da população, situação econômica, confissões religiosas e outros aspectos da população.

A estimativa populacional de 2009 do FMI sobre o Iraque é 31.234.000 .[1]

O primeiro dia do julgamento

 

Publicado em 03/08/2012 por nivaldocordeiro

Brilhou no primeiro dia do julgamento a ira fecunda do ministro Joaquim Barbosa, que se indignou com o ministro Rocaro Lewandovski e sua tentativa de desmembrar o processo do mensalão. Percebeu-se que se formou uma maioria silenciosa de ministros, em prol da legalidade e da boa ordem da Instituição. Não causou surpresa o fato do ministro Toffoli não se declarar impedido, em gesto de alta imoralidade. Não causou surpresa, todavia. Bem sabíamos que seria assim.

Justiça começa a escrever o capítulo final do mensalão

 

VEJA

02/08/2012 - 07:10

Justiça

Julgamento do maior escândalo de corrupção do país, que começa nesta quinta-feira, pode se transformar em marco contra a impunidade a políticos

Gabriel Castro e Laryssa Borges

O então deputado Roberto Jefferson contou ao Congresso como o governo do PT criou o mensalão, o esquema de suborno de parlamentares que era operado pelo publicitário Marcos Valério (ao lado). As revelações provocaram decepção e choro de alguns parlamentares petistas, ameaçaram a continuidade do governo Lula e resultaram no processo que acusa 36 pessoas de crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro

Momentos históricos que marcaram a crise do mensalão (Dida Sampaio/AE Beto Barata/AE Ailton de Freits/Ag. Globo Beto Barata/AE AE)

Sete anos depois da descoberta da mais bem organizada quadrilha agindo na estrutura de um governo no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) começará nesta quinta-feira o julgamento do mensalão, o caso criminal mais importante da história do tribunal desde a redemocratização do país.
Ao julgar os 38 réus que integravam a quadrilha com tentáculos no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, os 11 ministros da mais alta Corte do país poderão também estabelecer um marco na trajetória do Judiciário brasileiro, rompendo a tradição de não condenar políticos.
O escândalo que ficou eternizado no vocabulário do país como mensalão foi investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e por duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso.

Leia também: Entenda o escândalo, as evidências contra cada réu e o que dizem em sua defesa

A revelação do mensalão começou em 2005 quando VEJA publicou o conteúdo de uma fita em que Maurício Marinho, então chefe de departamento nos Correios, aparecia recebendo propina de empresários em nome do presidente do PTB, Roberto Jefferson, à época deputado federal aliado do Palácio do Planalto.

Acuado, Jefferson decidiu detalhar em entrevista à Folha de S. Paulo a existência de uma intrincada teia de corrupção, montada para pagar parlamentares no Congresso. Em troca, o governo Luiz Inácio Lula da Silva conseguiria aprovar seus projetos prioritários. O esquema, camuflado por empréstimos de bancos privados e irrigado por dinheiro público, tinha como chefe a figura mais poderosa da Esplanada dos Ministérios: o deputado federal e então chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT).

A artilharia do presidente do PTB atingiu em cheio líderes dos partidos que sustentavam a gestão Lula no Legislativo e que, na época, formavam uma nova e presunçosa elite no Congresso. Também manchou para sempre a imagem do PT, e fez o Brasil conhecer um personagem do submundo da corrupção, o operador do esquema, Marcos Valério de Souza, dono de agências de publicidade e a quem Jefferson chamava de “carequinha”.

As declarações de Jefferson implodiram o chamado núcleo duro do PT e deram início a uma derrocada sem precedentes de ministros. O principal deles foi José Dirceu, apeado do posto após um tiro certeiro do petebista: "Zé Dirceu, se você não sair daí rápido, vai fazer réu um homem bom". O petista voltou à Câmara e acabou banido da vida pública até 2015 junto com o algoz do PTB - o deputado Pedro Corrêa (PP-PE) também foi cassado.

A crise que assombrou Brasília chegou ao ápice em agosto de 2005, quando o marqueteiro Duda Mendonça, responsável pela campanha que elegeu Lula, afirmou à CPI dos Correios que recebeu R$ 10,5 milhões do PT por meio de caixa dois, depositados no exterior. Pela primeira vez, políticos da oposição e até aliados do PT debateram a possibilidade de Lula não terminar o mandato. O ex-presidente foi à TV pedir desculpas ao país.

Com o avanço das investigações da CPI e da Polícia Federal, quatro mensaleiros renunciaram para escapar da cassação. Outros 12 foram absolvidos em sequência pela Câmara dos Deputados, num arranjo que ficou marcado pela vergonhosa “dança da pizza”, coreografada pela ex-deputada Ângela Guadagnin (PT-SP).

Crimes - Dois anos depois, em 2007, o mesmo Supremo Tribunal Federal que hoje decidirá o destino dos protagonistas do mensalão aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra 40 integrantes da quadrilha. Desse grupo, dois não serão julgados: o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, que fez um acordo com o Ministério Público para prestar serviços comunitários, e o ex-deputado José Janene, morto em 2010.

A tese de que o mensalão não passou de “caixa dois” para pagar dívidas de campanhas será duramente confrontada pela Procuradoria-Geral da República, que analisou toneladas de documentos e viu provas consistentes da ocorrência de sete tipos de crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa ou passiva, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.

O histórico julgamento também põe à prova a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob o argumento de que desconhecia as falcatruas, ele conseguiu se livrar das possíveis consequências jurídicas. Mas a condenação dos réus que frequentavam a antessala do seu gabinete, entretanto, colocará em xeque o que Lula tentou dissimuladamente negar.

As linhas finais do escândalo que abalou o país começam a ser traçadas hoje, num julgamento que se estenderá até setembro e que poderá terminar como uma nova página na evolução política do Brasil.

Exclusivo! As transações imobiliárias milionárias da Gangue dos Guardanapos

 

BLOG DO GAROTINHO

02/08/2012 13:05

Cabral, Cavendish, Georges Sadala e Sérgio Côrtes juntos e misturados

Abaixo vocês vão conhecer as compras e vendas de apartamentos luxuosos na praia de Ipanema entre os integrantes da Gangue dos Guardanapos. Logo em seguida estão três links para vocês verem os negócios de Georges Sadala, laranja de Cabral e Cavendish. Tudo revelado com exclusividade pelo nosso blog. E finalmente para vocês recordarem tem o vídeo gravado em Paris, onde Sérgio Cabral marca a data de casamento do amigo Fernando Cavendish. Vejam então mais um capítulo de revelações sobre o mar de lama de Cabral, Fernando Cavendish e a Gangue dos Guardanapos.

Georges Sadala: De empresário falido, da noite para o dia, virou milionário e "laranja" de Cabral e Cavendish

Clique aqui e veja a matéria
Conheçam o apartamento milionário de Georges Sadala em Miami
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O paraíso de Cabral, Cavendish e da Gangue dos Guardanapos
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Procurador-geral confirmará esquema do mensalão no 2º dia de julgamento. Roberto Gurgel terá até cinco horas para apresentar suas considerações; ele pedirá a condenação de 36 dos 38 réus no processo

 

VEJA

03/08/2012 - 07:31

Mensalão

Gabriel Castro

O procurador geral da República e presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, Roberto Gurgel

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel (Elza Fiúza/ABr)

O segundo dia de julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF) será marcado nesta sexta-feira pela leitura da acusação a cargo do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele terá até cinco horas para sustentar que os réus do processo merecem ser condenados. 

Gurgel pedirá a absolvição de dois dos 38 réus. O primeiro é Luiz Gushiken, ex-ministro de Comunicação do governo Lula, acusado de ter pressionado um diretor do Banco do Brasil a liberar um empréstimo milionário ao esquema de corrupção. Em suas alegações finais, o Ministério Público alegará falta de provas contra o petista. O mesmo vale para Antonio Lamas, ex-assessor do extinto PL (hoje PR).

O voto de Gurgel não trará grandes novidades: confirmará a existência de um esquema capitaneado pelo PT e operado pelo publicitário Marcos Valério com o objetivo de abastecer financeiramente partidos aliados.

Leia também: entenda o escândalo do mensalão

Depois da etapa desta sexta-feira, o STF inciará a exaustiva sequência de sustentações orais dos advogados. Na segunda-feira, devem ocupar a tribuna os defensores de José Dirceu, José Genoino, Marcos Valério, Delúbio Soares e Ramon Hollerbach. (Continue lendo o texto)


Diário do julgamento

Acompanhe abaixo, dia a dia, as imagens, as frases, os comentários e as decisões que marcarão o julgamento dos 38 réus do processo.

Toffoli - Nesta quinta-feira, havia expectativa que Gurgel pedisse o impedimento do ministro José Dias Toffoli, que construiu sua carreira sob a sombra do PT e é namorado de uma advogada que defendeu réus no processo do mensalão. Mas o procurador, entretanto, indica que não vai tomar essa atitude - e por razões pragmáticas. "Foi precisamente isso: na medida em que eu fizesse essa arguição, nós teríamos de imediato a suspensão do julgamento. Dessa suspensão poderia decorrer até a inviabilização de que esse julgamento acontecesse num horizonte de tempo razoável. Não poderia esquecer que estamos em ano de eleição", disse ele, após a sessão desta quinta-feira.

Embora tecnicamente Toffoli ainda possa se declarar impedido de participar do julgamento, ontem ele deixou claro suas pretensões de seguir até o final. “O voto que preparei sobre esse caso (mensalão) inclui a análise dessa preliminar (sobre desmembramento)”, disse o ministro.

Tensão - No primeiro dia de julgamento do mensalão, o STF gastou a maior parte do tempo discutindo uma questão de ordem apresentada pelo advogado Márcio Thomaz Bastos: ele queria que apenas os três réus que são deputados federais fossem julgados pelo Supremo. Os outros 35 veriam seus processos retroceder à primeira instância, o que ajudaria personagens como José Dirceu, Marcos Valério. A manobra, rejeitada pela Corte, gerou um longo debate, protagonizado pelos ministros Joaquim Barbosa, relator do processo, e Ricardo Lewandowski, o revisor.

Foi a discussão sobre a questão de ordem que empurrou para sexta-feira a apresentação do relatório de Gurgel.

Supremo julga o futuro do país

 

 

O desfecho do processo do mensalão dirá se existe salvação para um Brasil ameaçado pela decomposição moral.

Se um DEPUTADO FEDERAL apenas reclama e se indigna com crimes cibernéticos que envolvem seu próprio nome e seu cargo, então o “vermelhão” venceu e pode começar a festejar

 

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Isto que segue foi publicado e acima está o (APENAS) esclarecimento e a (APENAS) indignação do Deputado Federal e pastor. É, na verdade, um CONVITE a outras falsificações, adulterações, fraudes, mentiras e tudo de ruim que se possa pensar no mundo online.

A ADHT manifestou-se particularmente sobre o assunto, enviando e-mail para o deputado envolvido.

Aguardemos um pouco mais, vamos ver se os homens e mulheres com possuem poder real neste país acordam.

Segue a publicação, original aqui:

Marco Feliciano choca com imagem de ‘bebês cozidos’ em apelo pela obra missionária no Facebook

Por Amanda Gigliotti | Repórter do The Christian Post


marco feliciano

O pastor Marco Feliciano da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento está fazendo campanha através de seu Facebook para que os cristãos sejam um “Missionário Virtual”. Para que sua chamada seja efetiva, porém, o pastor chocou os cristãos evangélicos ao postar além das mensagens, imagens como a de corpos de fetos humanos cozidos.

(Foto: http://www.facebook.com/pages/Pastor-Marco-Feliciano/195717640447714?ref=stream)

A imagem está postada juntamente com outras que mostram cristãos sendo perseguidos ou assassinados e igrejas sendo queimadas, que urgem os usuários evangélicos a pregar a palavra de Deus.

Diversos cristãos ficaram indignados com a foto dos fetos de bebês mortos com a mensagem que continha a mensagem: “Mas ai das grávidas e das que amamentarem naqueles dias! (Mateus 24:19)”.

“DEUS TENHA MISERICORDIA DE QUEM FAZ ISTO...PORQUE VAI PRESTA CONTA A DEUS NAQUELE GRANDE DIA QUE HÁ DE VIM....”, escreveu Maria Dias.

Outros ainda foram contra esse tipo de imagem ser postada na rede social, justificando que elas é muito forte e pode também ser vista por crianças que entram no site.

“ESSES TIPOS DE FOTOS CHOCAM!!!TODOS NÓS SABEMOS QUE A MALDADE CRESCE A CADA VEZ NO MUNDO, MAS ESSAS IMAGENS, DOEM MUITO, NÃO DEVERIAM SER POSTADAS, POIS CRIANÇAS MEXEM EM FACE,,,,JESUS, SE COMPADEÇA DE NÓS!!!” escreveu Marleninha Hermsdorff.

IPCO: Vidas inocentes clamam por ajuda

 

 

ScreenShot014

Em apenas uma semana, este vídeo foi assistido por mais de 8.500 pessoas através do Youtube. No momento em que redijo esta mensagem, já alcançou 44.600 visualizações.

Assista

Número surpreendente, não?

Contudo, esse vídeo não é mais uma mensagem
sem conteúdo.

Você precisa assisti-lo para saber.

Ele vai lhe alertar para algo que vai mudar sua vida, a minha e a de todos os brasileiros:

Um Novo Código Penal está em votação no Senado e ele é uma afronta a todos aqueles que defendem a vida.

Ele não pode ser aprovado.

Vendo o vídeo você saberá por que.

Mas não basta ver o vídeo.

Temos que agir contra esse Novo Código Penal.

Muitos assistiram ao filme, mas não assinaram a Petição ao Presidente do Congresso Nacional, pedindo para que ele forme uma comissão de defensores da vida para discutir o Anteprojeto do Código Penal.

Assine agora a Petição

Até agora, pouco mais de 17.500 pessoas assinaram.

Isso significa que menos de 40% dos que assistiram ao vídeo, assinaram a Petição.

O número não pode ser desconsiderado, claro. Mas é muito pouco para provarmos que os brasileiros são contrários ao anteprojeto.

Por isso, conto com sua ajuda.

Se você assistiu ao filme e não assinou, assine.

Depois, recomende-o para todos os seus contatos.

Contudo, deixe bem claro a importância de assinar a Petição.

Sua ajuda é fundamental!

Muito obrigado por ter atendido o nosso pedido novamente.

Atenciosamente,

Mario Navarro da Costa
Diretor de Campanhas do
Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
www.ipco.org.br

Pe. Anderson Batista: Um alerta pela vida

 

SENTINELA CATÓLICO

Postado em August 3, 2012 por Sentinela Católico

Entrevista gravada pelo padre Anderson Batista durante o programa Pela Vida da rádio Aliança em São Gonçalo – RJ. Nesta entrevista, o padre fala sobre as ações governamentais de promoção do aborto a qualquer custo, por meio de ONGs e instituições financiadas por fundações internacionais multimilionárias, como a fundação Ford, Rockefeller, McArthur, etc. Acompanhem nossa entrevista divulgue a todos!

 

Publicado em 02/08/2012 por Sentinela Católico

Entrevista gravada pelo padre Anderson Batista durante o programa Pela Vida da rádio Aliança em São Gonçalo - RJ. Nesta entrevista, o padre fala sobre as ações governamentais de promoção do aborto a qualquer custo, por meio de ONGs e instituições financiadas por fundações internacionais multimilionárias, como a fundação Ford, Rockefeller, McArthur, etc.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O chefe diz: 'Tenho mais coisas para fazer', diz Lula, sobre mensalão

 

ESTADÃO

 

LEIA O LIVRO AQUI

 

02 de agosto de 2012 | 14h 09

DAIENE CARDOSO - Agência Estado

Após ser homenageado nesta quinta-feira por empresários do setor do biodiesel em São Paulo, horas antes do início do julgamento do maior escândalo de sua administração, o mensalão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou não ter interesse em acompanhar o início deste julgamento. "Tenho mais coisas para fazer do que isso, quem tem de assistir são os advogados", disse, ao ser questionado se acompanharia o julgamento do processo 470 no Supremo Tribunal Federal (STF) e que será transmitido pela TV.

Lula foi homenageado na manhã de hoje pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) e pela Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio). Além de Lula, algumas lideranças petistas acompanharam o evento, dentre elas, o presidente nacional do partido, Rui Falcão, o presidente estadual da sigla em São Paulo, Edinho Silva, e o governador de Sergipe, Marcelo Deda.

Procurador-geral diz que STF ‘fará Justiça e condenará todos’

 

ESTADÃO


Roberto Gurgel vai centrar sua sustentação no ‘núcleo político comandado por José Dirceu’ ao se dirigir ao Supremo

01 de agosto de 2012 | 22h 30

Felipe Recondo, de O Estado de S. Paulo

Protagonista do primeiro dia do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse na quarta-feira,1, que, para "ser feita a justiça", o tribunal terá de condenar todos os réus do caso. "Creio que o Supremo fará justiça. E na visão do Ministério Público, justiça é condenar todos", afirmou em entrevista ao Estado. Gurgel voltou a afirmar que as provas colhidas durante as investigações são "contundentes" e "falam por si".

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Para Gurgel, as 5 horas a que terá direito para a acusação serão suficientes - Dida Sampaio/AE

Dida Sampaio/AE

Para Gurgel, as 5 horas a que terá direito para a acusação serão suficientes

O procurador já traçou sua estratégia para a sessão desta quinta-feira, 2. O ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o ex-presidente do PT José Genoino e o publicitário Marcos Valério serão seus principais alvos.

Nas cinco horas reservadas para a acusação, Gurgel ressaltará a participação desse "núcleo político" e lembrará os principais fatos que comprovariam a existência da compra de votos no Congresso Nacional, estratagema que foi classificado como "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil".

Assim como na denúncia, Dirceu será apontado como o "chefe de uma quadrilha". O procurador dirá que ele, no comando na Casa Civil a partir de janeiro de 2003, montou e gerenciou a compra de apoio de partidos políticos, esquema tornado viável pela prática de diversos crimes, como corrupção, lavagem de dinheiro, peculato e formação de quadrilha, evasão de divisas e gestão fraudulenta.

Integrante do núcleo político "original", o ex-dirigente petista Silvio Pereira não será julgado pelo STF, pois fez um acordo com o Ministério Público e já cumpriu serviços comunitários para se livrar da acusação do crime de formação de quadrilha.

"Como dirigentes máximos do Partido dos Trabalhadores, tanto do ponto de vista formal quanto material, os réus estabeleceram um engenhoso esquema de desvio de recursos de órgãos públicos e de empresas estatais, e de concessões de benefícios diretos ou indiretos a particulares em troca de ajuda financeira", afirmou Gurgel em suas alegações finais. "O objetivo era negociar apoio político ao governo no Congresso Nacional, pagar dívidas pretéritas, custear gastos de campanha e outras despesas do PT", acrescentou.

Desafio. O principal ponto da acusação também é o maior desafio imposto ao procurador-geral da República. Se não conseguir demonstrar que há provas suficientes para mostrar que Dirceu comandou a compra de apoio no Congresso, os ministros do Supremo poderão absolvê-lo.

De acordo com um dos mais antigos ministros do tribunal, o procurador-geral da República precisa comprovar que parlamentares da base aliada receberam dinheiro para votar com o governo ou ao menos que tenham recebido a promessa.

Na sua acusação, o procurador detalhará também a atividade dos outros dois grupos citados na denúncia formal. O núcleo operacional, encabeçado pelo empresário Marcos Valério, é acusado de tornar viável a obtenção de recursos financeiros para garantir a compra de apoio parlamentar no Congresso.

O terceiro grupo, chamado de núcleo financeiro, era composto por dirigentes do Banco Rural à época dos fatos. Para obter o dinheiro, segundo a denúncia, os dirigentes liberaram dinheiro para o esquema por meio de empréstimos que o Ministério Público classificou como "simulados". O dinheiro era lavado e entregue aos destinatários finais.

As cinco horas a que tem direito nesta quinta, afirmou Gurgel, "não serão suficientes" para esmiuçar e apontar todas as provas colhidas e que, segundo, comprovariam a prática dos crimes. "O tempo, a rigor, não será suficiente para falar de tudo e de todos", disse.

No dia seguinte à acusação, os advogados dos réus, a começar pelo defensor de José Dirceu, farão suas sustentações orais. Serão cinco advogados por dia, tendo cada um o tempo de uma hora. O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, espera que o julgamento se encerre até o fim do mês. Outros ministros estimam que o julgamento seja concluído até o fim de setembro.

Suspeição. Gurgel também afirmou na quarta-feira que avalia se vai pedir a suspeição do ministro Dias Toffoli no julgamento. Toffoli já disse a interlocutores que vai, sim, julgar o caso, apesar de ser cobrado por suas ligações pessoais com Dirceu e pelo fato de ter construído sua carreira de advogado dentro do PT. "É um assunto que será visto até o início do julgamento", disse Gurgel.