Material essencial

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cel PAES DE LIRA 25045 para Vereador da cidade de São Paulo

 

 

Foto da capa do Informativo 2010

Coligação PSDB/PSD/PR/DEM

Democratas

Para Vereador da cidade de São Paulo

Prezado amigo,

Você me conhece bem. Conhece a minha conduta e o meu histórico profissional de trinta e cinco anos nas fileiras da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na linha de frente do combate ao crime e da preservação da ordem pública.

Você testemunhou a minha luta sem trégua contra a desfiguração da família brasileira e contra a instilação da cultura ”gay” nas mentes de nossas crianças nos bancos escolares, em 2009 e 2010, quando exerci o cargo de Deputado Federal.

Você sabe que fui o primeiro parlamentar a denunciar publicamente o que significava, sob o falso manto dos direitos humanos, o PNDH-3: uma carta revolucionária, de inspiração gramcista, que se tentava enfiar goela abaixo da Nação.

Você testemunhou os embates em que desmascarei figurões do atual poder como Carlos Minc, que quer legalizar até o tráfico de entorpecentes, Paulo Vanucchi, mentor intelectual do PNDH-3, e Paulo Sérgio Pinheiro, um dos principais articuladores da chamada Comissão da “verdade”, que pretende destruir a pacificação do País, trazida pela Lei de Anistia, e levar ao banco dos réus os combatentes do período militar que impediram a instalação de uma sanguinária ditadura comunista no Brasil.

Todas essas ameaças ainda estão presentes e o grande campo de batalha das nossas causas é o Congresso Nacional. Mas existe, agora, um campo de luta que devemos ocupar, pois todos os torpes programas do governo federal, destinados a impor a revolução cultural, rebentam feito granadas de destruição moral nas escolas, hospitais e centros culturais mantidos pelo poder público municipal.

Um dos exemplos disso é o “kit gay”; outro, o gasto de dinheiro público com cirurgias de mudança de sexo e com abortos. É imperativo termos legisladores municipais conservadores que se oponham a tais políticas públicas, contrárias ao pensamento da maioria e à índole da Nação.

E você sabe o que mais esperar de mim: luta pela integração de esforços entre o município e o estado no campo da segurança pública; esforço pelo resgate dos valores cívicos e da disciplina na educação municipal; luta contra a opressão fiscal; pressão política por programas de governo que afastem a juventude das drogas e do canto de sereia do crime organizado.

Peço o seu voto, e peço mais, pois não tenho condição de realizar uma campanha milionária. Mesmo que não seja eleitor na Capital, faça a campanha por mim. Convença as pessoas que comungam do nosso pensamento político da necessidade de elegermos um representante forte e leal para lutar por nós no Poder Legislativo. Conquiste também os votos de seus familiares e amigos.

Ofereço a minha experiência de combate legislativo, demonstrada em quase dois anos de mandato como Deputado Federal. Estou certo de que se convencerá do acerto de levar à Tribuna da Câmara Municipal de São Paulo, a mais importante do País, um combatente experiente, de posições inabaláveis e de conduta inatacável: um Vereador que não terá receio de expressar seu pensamento conservador, que será a sua voz e que o fará sempre orgulhar-se do seu voto.

Se quiser ajudar-me com a distribuição de material impresso pode usar o modelo do arquivo anexo. Entretanto, por exigência da lei eleitoral, registre no rodapé o número do seu CPF e a tiragem (número de exemplares que você imprimira). O rodapé já esta preparado no modelo: é só inserir os números. Importante: não apague meu CNPJ eleitoral, que também é obrigatório por lei em qualquer impresso.

Obrigado por sua atenção. Forte abraço do

Cel PAES DE LIRA

Direito, literatura e história

 

MÍDIA SEM MÁSCARA

ESCRITO POR MARCUS BOEIRA | 27 JULHO 2012
ARTIGOS - DIREITO

A apresentação da consciência revolucionária permite vislumbrar que, em pleno século XIX, já era possível detectar o que viria a suceder poucos anos depois no conjunto de fatos ocorridos em meio à revolução bolchevique.

Ultimamente, inúmeros juristas têm dedicado especial atenção à literatura. Tal situação se deve ao fato de que a ciência jurídica e o campo literário possuem diversas conexões possíveis, desde a temática da hermenêutica até o campo dos juízos e valores morais na sociedade humana.

Porém, há um ponto que unifica as duas áreas de maneira singular: trata-se do problema inerente ao ato humano. Ou seja, as atitudes humanas constituem o repertório que dá sentido ao amplexo normativo dos códigos e diplomas legislativos, como também confere unidade à pluralidade de experiências humanas retratadas nas obras de literatura.

Enquanto a história trata da memória viva do passado, ampliando progressivamente o rol dos fatos e experiências concretas sucedidas ao longo dos tempos, a literatura reflete as experiências humanas possíveis, desde a lógica da potencialidade. A saber, ao passo que a história procura explicar a realidade a partir da coleta dos fatos e sua interpretação e investigação posterior, a literatura produz ficção e, a partir dela, se mergulha na consciência e nas causas da atividade humana. A literatura, por assim dizer, retrata a diversidade inerente as tensões existenciais, produzindo formas descritivas de compreensão do homem na história. A história é o ato, a literatura a potência. A história é a memória dos povos. A literatura, a consciência dos atos humanos.

Da perspectiva do jurista, a interpretação das normas pressupõe que o interprete mergulhe na realidade para compreendê-las mais profundamente. Ora, sendo a realidade complexa e seu conhecimento de difícil decifração, é mister que o hermeneuta procure no Direito um modo de entendimento sobre o mundo. A partir das normas jurídicas, se quer conhecer o sentido do dever ser, quer-se, antes de tudo, conhecer o destino dos atos humanos e reconhecer suas causas e conseqüências.

Enquanto a história preenche o rol dos fatos e situações compartilhadas na experiência social por séculos e gerações, a literatura retrata o conjunto das possibilidades do futuro, antecipando atitudes humanas a partir de uma investigação quanto à consciência do mesmo, como também suas reações e ações perante situações concretas. A literatura, mutatis mutandis, trás o futuro para o presente e viabiliza ao jurista interpretar a história de forma atual. A atualidade do Direito, assim, exige a conexão entre a história e a literatura, entre o que já ocorreu e o que pode ocorrer.

Por exemplo, quando lemos uma obra como Os Demônios, de Fiodor Dostoievski, datada de 1872, percebemos o quanto de profético há na textura apresentada, cujos personagens imbuídos de atitudes revolucionárias demonstram de forma viva o que viria a ocorrer na Revolução Russa de 17. De certo modo, a maneira toda singular de entender o marxismo e demais ideologias revolucionárias, mesmo o romantismo, do ponto de vista da literatura russa, nos mostra que os russos possuem uma característica bastante especial: a de importar certas categorias do pensamento revolucionário e interpretá-las segundo uma visão de mundo própria e particularizada, por vezes contrária à cosmovisão ocidental. Nesse caso, a literatura profetiza sobre a história, justamente por apresentar um pano de fundo comum às experiências humanas universais. A linguagem do possível antecipa a atualidade da história. Em suma, a apresentação da consciência revolucionária permite vislumbrar que, em pleno século XIX, já era possível detectar o que viria a suceder poucos anos depois no conjunto de fatos ocorridos em meio à revolução bolchevique.

A ciência jurídica, ocupada em discernir o justo em concreto, não encontra outro meio senão reconhecer e investigar os motivos das atitudes humanas, das tensões existenciais, enfim, dos dilemas humanos básicos apresentados pela literatura e atualizados pela história. A história viva da ciência jurídica perpassa a cultura humana mediante a literatura jurídica, composta por aquilo que representa a finalidade do Direito de modo mais elementar: normatizar e orientar os atos do ser humano.

Da superioridade intelectual do conservador cético sobre o esquerdista

 

LUCIANO AYAN


Eu não sei se existe essa disciplina. Talvez seja a teoria do caos.  Ou seja, o estudo de padrões em sistemas complexos e dinâmicos.

Não me interessa o nome da teoria, o que importa é que eu sempre me interessei pela busca de padrões.

Como gerente consultor, não me interessam apenas os resultados. Mas sim os padrões, em sistemas dinâmicos, que levam a resultados.

Talvez essa tenha sido (não tenho certeza) a minha maior influência para estudar os padrões do comportamento esquerdista, quando comecei a estudar os padrões do comportamento neo ateísta. Quando sincronizei estes padrões com os do comportamento humanista, a equação foi fechada.

Mas não são apenas os padrões de discurso que quero estudar, mas padrões do comportamento, dentro do espectro da guerra política.

Um desses padrões é o do uso de uma postura de superioridade intelectual, em todos os níveis. Isso provavelmente explique por que os conservadores cristãos foram expurgados das universidades. Um dos elementos fundamentais do comportamento humanista é tratar todo cristão que vê pela frente como alguém:

  1. que é sinônimo de atraso cultural
  2. que quer retornar à era medieval
  3. digno de pena, por ter uma crença que somente lhe serviria de consolo
  4. delirante, portanto alguém que não deve ser ouvido

Esses não são os únicos aspectos da postura praticada pelos humanistas. Mas com certeza são os principais.

É possível até encontrar simulacros de condescendência, como dizer: “A crença do cristão lhe serve de consolo, mas será que temos o direito de lhe deixar ter esse consolo? Será que não podemos trocar por outra coisa? Talvez por uma mariola? Ele não vai sofrer demais? Mas e os riscos de sua crença para os outros?”. Tecnicamente, Daniel Dennett é um dos mestres desse tipo de postura.

O que importa é o resultado e o padrão executado: a todo momento, o cristão é tratado como alguém em inferioridade intelectual em todos os níveis, e ao mesmo tempo digno de pena. Se isso ocorresse em termos corporativos, obviamente resultaria em uma demissão. Nas universidades, significa apenas a retirada de alguém da esfera de influência, e portanto longe dos salões do poder.

Ora, se estudamos os padrões que ajudaram os humanistas a terem sucesso durante séculos a tirarem os cristãos das esferas do poder, devemos copiar os padrões utilizados na postura para REBAIXAR INTELECTUALMENTE os humanistas.

E como fazer isso?

Muito fácil. Vejamos nos quatro elementos que apontei:

1. O humanista como sinônimo de atraso cultural

Ao manifestar a crença no homem, e em uma potencialidade (do homem resolver suas contingências para criar “um mundo justo”), o humanista ignora tudo que sabemos sobre neurociência, psicologia evolutiva e dinâmica social. Por rejeitar conhecimento e viver atolado em uma fé cega (nem um pouco melhor que o criacionismo da Terra Jovem) ele significa um atraso cultural em todos os sentidos.

2. O humanista não quer retornar apenas à era medieval, mas ao tempo das relações tribais e da cultura do macho alfa das tribos

Dizem que os cristãos querem retornar à era medieval. Talvez alguns queiram, não sei. Mas TODO humanista retorna automaticamente ao tempo das relações tribais e vive a cultura de subserviência ao macho alfa, que obviamente não é ele (a não ser que ele seja um beneficiário).

3. O humanista é digno de pena, por ter uma crença que atende apenas as suas carências emocionais (e ainda o faz ser massa de manobra de beneficiários)

Ao viver buscando seguir os machos alfa que simulariam criar o mundo melhor, ele se torna não mais que alguém dependente emocionalmente dessas pessoas, e só por isso é ridicularizável. Mas nada é mais risível do que ver o fato de que seus beneficiários obtem o poder e não lhe dão nada em troca. Um exemplo é a fortuna de Fidel Castro, apontada em mais de 900 milhões de dólares pela Forbes. Mas quanto dessa fortuna ele destina aos seus funcionais? Nada. Em suma, todos os funcionais são dignos de pena, enquanto Fidel Castro pode ser chamado de esperto. É ou não é fácil ridicularizar qualquer funcional de Castro com essa informação?

4. O humanista é delirante em essência, e não merece ser ouvido

Todas as crenças acima, no entanto, ainda não superam o ridículo da constatação óbvia: devíamos ter aprendido, com nossas mães, a não confiar em estranhos. É por isso que não damos nossas senhas de cartão de crédito a desconhecidos. Mas os humanistas acreditam em homens que criariam o mundo melhor, após obterem o poder em um governo global, apenas por “altruísmo” ou “empatia”. De onde surgirão essas características senão da fé cega do humanista? Obviamente, temos uma crença delirante.

Só que as 4 crenças não são apenas ridículas, mas perigosas.

Diante disso, tratar o humanista como alguém inferior intelectualmente, em todos os aspectos, é apenas uma constatação dos fatos.

E assim será possível aos poucos reduzir o poder que tais pessoas tem obtido em academias e circulos políticos.

PARAGUAY: A RESISTÊNCIA É FUNDAMENTAL!

 

HEITOR DE PAOLA

GOLPE CONTRA O PARAGUAI E A DEMOCRACIA

Osmar José de Barros Ribeiro

17 Jul 2012

Recentemente reuniram-se, em Mendoza/Argentina, presidentes e ministros sul-americanos integrantes do Mercosul e da Unasul, esta congregando todos os países e aquele, a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai.

Interesses e ligações tanto econômicos quanto políticos vem levando a Argentina, secundada pelo Brasil, a postular a entrada da Venezuela no primeiro grupo citado. No entanto, a oposição do Congresso paraguaio, rebelde aos desejos do Executivo na pessoa do ex-presidente Fernando Lugo, impedia isso.

Todos sabem que a criação da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), da qual faz parte a Venezuela, foi mais um passo do Foro de São Paulo no sentido de reunir, num mesmo bloco, aqueles países com os quais o comunismo internacional almeja criar um polo de poder em substituição à União Soviética. Sem dúvida, um passo ousado que, alijando os Estados Unidos, criou uma nova instância subcontinental independente da OEA e, teoricamente, livre da influência política, econômica e militar daquela potência mundial.

Seu acordo constitutivo, prevê o diálogo político, a integração física e energética, a defesa do meio ambiente, a adoção de mecanismos financeiros sul-americanos, a superação das assimetrias regionais e a criação de uma aliança militar. É de salientar que a influência da esquerda foi determinante para que nações de língua espanhola, desde os tempos de Simón Bolivar temerosas do imperialismo brasileiro aceitassem, por óbvia inspiração do já referido Foro, a criação de um organismo que, ao fim e ao cabo, pretende o surgimento de uma federação de nações ao sul do rio Grande.

Eis que hoje, lamentavelmente, vivemos dias nos quais vicejam a covardia e interesses inconfessáveis, dias nos quais a aparência substitui a verdade, a hipocrisia toma vulto e as conveniências, por mais rasteiras, são aceitas, sem muito protesto. A prova mais evidente dessa afirmativa está na posição tomada pelos governos do Mercosul e da Unasul frente aos acontecimentos havidos no Paraguai e que resultaram no impedimento, de resto absolutamente legal e conforme a Constituição do país, do ex-bispo que, como presidente, mostrou-se de uma incompetência a toda prova. Defeitos, ele os tinha a mancheias. Qualidade, apenas uma: ser um notório esquerdista e, como tal, contar com o apoio dos governos dominados pelo esquerdismo populista.

A suspensão temporária do Paraguai, seguida da pronta admissão da Venezuela no Mercosul, atendeu ao desejo das presidentes da Argentina e do Brasil e, por razões econômicas, político/ideológicas ou simples comodismo, foi coonestada pelos demais. O resultado parece não ter sido o esperado já que a deposição de Lugo, feita de conformidade com a legislação paraguaia, não deu causa a protestos ou perturbações da ordem pública. Ao contrário, provocou a união daquele povo contra a absurda medida que significa, antes de mais nada, uma indevida e injustificável intromissão nos assuntos internos da nação irmã.

Do episódio fica o alerta, anteriormente tocado em Honduras e que agora repercute no Paraguai: os governantes esquerdistas, sob a batuta do Foro de São Paulo (leia-se Cuba), empregarão todos os meios e modos para manter-se no poder, anulando a oposição democrática,  calando a imprensa ljvre e comprando apoio popular ao oferecer, como na Roma antiga, pão e circo.
O cerco vai num crescendo. Resistir é preciso.

COTAS RACIAIS: UMA IDEIA ELITISTA

 

PERCIVAL PUGGINA

27/07/2012

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul avaliou o desempenho acadêmico dos alunos cotistas e não cotistas e concluiu, segundo matéria de Zero Hora em 25 deste mês, que "os cotistas negros apresentam índices consideravelmente piores". Para cada aluno admitido pelo ingresso universal em 2008, com desempenho insuficiente, há 2,4 cotistas negros na mesma situação. Em percentuais, o mau desempenho é de 14,8% no sistema geral e de 34,8% entre os autodeclarados negros.

Tal informação contradiz o que ouvi em sucessivos debates ao longo dos últimos anos, segundo os quais tudo ia muito bem, graças a Deus. Não havia diferença entre cotistas e não cotistas. Sabe-se agora que há, sim, como seria previsível. A universidade não serve - e não deve, mesmo, servir - para suprir deficiências na escolaridade anterior de seus alunos.

As desigualdades sociais em meio às quais vivemos excedem, em muito, o tolerável, mesmo se considerarmos que há uma efetiva desigualdade natural entre os indivíduos. Nosso índice Gini (que mede a distribuição da renda nos países) é comparável ao das sociedades com desenvolvimento mais retardado. Chega a ser um disparate alguém observar o Brasil nessa perspectiva e deduzir que o mal está no acesso às universidades públicas. Não está! É na base do sistema de ensino, no bê-á-bá da cadeia produtiva da Educação, que ele se aloja e opera.

Só os gênios que comandam a Educação nacional não sabem que na vida real, na vida do mau emprego, do subemprego e do desemprego, no mundo do trabalho árduo e do salário baixo, para cada graduado de cor negra que recebe seu diploma no último andar do sistema, dezenas de crianças estão entrando pelo térreo para padecer as mesmas deficiências que inspiraram a ideia das cotas. Atrás do conta-gotas racial percebido nos atos de formatura, há uma hidrelétrica de alunos negros e pobres, recebendo o precário tipo de educação que a nação fornece a seus alunos pobres e negros. E ninguém vê isso? De nada nos servem os tantos bons exemplos de outros povos que superaram desigualdades internas maiores do que as nossas e emergiram como potências no cenário industrial e tecnológico, através de um bom sistema de ensino, do trabalho e do mérito?

Ademais, o próprio STF, ao contrário do que vem sendo repetido equivocadamente, deixou implícito que o sistema de cotas raciais é inconstitucional. "O quê?" perguntará espantado o leitor. "Mas não foi exatamente o contrário?". Estive bem atento durante toda a sessão em que o STF admitiu o sistema. Percebi que os ministros falaram muito mais sobre Sociologia, História do Brasil, Antropologia e Política do que sobre a Constituição. Nesse particular, nesse pequeno detalhe, seguiram o voto do relator, ministro Lewandowski. Quanto a este, era inevitável que, em algum momento, abrisse a Carta da República e topasse ali com coisas como a igualdade de todos perante a lei e com o preceito (quase universal no mundo civilizado) de que ninguém será discriminado, entre outras coisas, por motivo de raça. Como saiu o ministro dessa enrascada?
Afirmou que um sistema de cotas raciais precisa ser transitório, temporário, devendo viger até que desapareça a situação que lhe deu causa. Não sendo assim, seria inconstitucional. Ora, isso significa que o conta-gotas funcionará até que se esvazie a hidrelétrica. O preceito da não discriminação persiste, mas perde vigência por prazo impreciso, embora não infinito. Ah! Se isso não é um truque na cartola do politicamente correto, então vou ter que pedir para voltar à universidade por um sistema de cotas para deficientes mentais. E mais: doravante, pelas letras da mesma oratória, todo concurso para magistratura, todo certame intelectual ou cultural, toda prova de habilitação, que não previr cotas raciais será provisoriamente inconstitucional. Arre, STF!

O Brasil importa técnicos e trabalhadores qualificados de nível médio porque não oferece esse tipo de formação aos seus jovens! Enquanto isso, as políticas de desenvolvimento social via universidade fazem o quê? Reproduzem a estúpida estrutura, tão do agrado da elite brasileira: um bacharelado, um canudo, um título de doutor, uma festa de formatura. E está resolvido o problema dos pobres. Até parece ideia de rico de novela.

______________
* Percival Puggina (67) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões

Os eleitores ideais dos democratas: ilegais, mães solteiras e criminosos


 

MÍDIA SEM MÁSCARA

ESCRITO POR ANN COULTER | 23 JULHO 2012
INTERNACIONAL - ESTADOS UNIDOS

Toda vez que alguém se divorcia, os democratas pensam: “temos um eleitor democrata!” Cada vez que uma criança nasce fora do casamento: “temos um eleitor democrata!” E se a mulher faz um aborto: “temos um eleitor democrata!”

Antes de prestar o juramento de posse, Barack Obama prometeu transformar radicalmente os Estados Unidos. Ele fez isso, com certeza. Obama conseguiu, por exemplo:

. destruir o mercado de trabalho;
. enviar bilhões de dólares dos pagadores de impostos para Wall Street, empresas no exterior,  
os contribuintes de sua própria campanha e os sindicatos do setor público;
. forçar a passagem de uma lei de saúde nacional muitíssimo impopular em uma votação puramente partidária;
. defender o casamento gay;
. recusar-se a cumprir as leis sobre a imigração ilegal;
. eliminar a exigência de trabalho para o recebimento do auxílio-desemprego.

Como pode um país que elegeu Ronald Reagan ter Obama empatado nas pesquisas com Mitt Romney?

Não é o mesmo país, eis a resposta.

Da mesma forma, quando duas bem-sucedidas, multimilionárias e atraentes mulheres da Califórnia não conseguem vencer um matusalém esquerdista como Jerry Brown ou uma ameixa ressecada como Barbara Boxer, então também não se trata do mesmo estado que elegeu Ronald Reagan duas vezes.

O mesmo processo que já destruiu Califórnia está acontecendo em todo o país.

Enquanto os conservadores estiveram formulando argumentos cuidadosamente elaborados, os liberais realizaram um movimento de longo prazo para mudar a demografia da América a fim de obter um eleitorado mais ao seu gosto.

Trarão danos incalculáveis à nação e aos seus cidadãos, mas os Democratas terão uma maioria imbatível. Assim como a Califórnia, os Estados Unidos estão a caminho de se tornar um estado terceiro-mundista de um único partido.

A Lei de Imigração de Teddy Kennedy, de 1965, foi claramente planejada para alterar a composição étnica da América com o intuito de torná-la algo mais parecido com a Nigéria, considerada mais suscetível aos demagogos liberais.

Desde 1965, em vez de recebermos imigrantes que repetem a mistura étnica vigente do país, temos admitido majoritariamente imigrantes do Terceiro Mundo. Ao mesmo tempo, as pessoas dos países que enviaram imigrantes para cá durante os primeiros séculos foram barradas.

85% dos imigrantes vêm agora de “países em desenvolvimento” (como esses países irão se desenvolver se seus povos estão todos no desemprego por aqui?)

O “escurecimento da América” não é um processo natural. Tem sido artificialmente imposta pelos democratas que estão confiantes das suas capacidades para transformar os imigrantes do Terceiro Mundo em clientes do governo.

Tem funcionado. De acordo com o Center for Immigration Studies, 57% de todas as famílias de imigrantes dos EUA recebem dinheiro, Medicaid, benefícios de habitação ou alimentação do governo – em comparação com 39% das famílias nativas. As maiores taxas são de imigrantes provenientes da República Dominicana (82%), México e Guatemala (empatados com 75%).

O plano não é obter imigrantes com habilidades especiais? Se você não pode sequer conseguir um emprego, você não tem, por definição, uma habilidade especial – exceto votar em democratas.

Há uma estranha assimetria na forma como este assunto pode ser examinado. Os liberais e ativistas étnicos se vangloriam de como a América seria melhor se fosse mais latina, mas ninguém mais está autorizado a dizer que “nós gostamos da mistura étnica do jeito que está”.

Isso seria racista. Até agora ninguém sequer tentou discordar disso.

O outro plano dos liberais para expandir os registros democratas tem sido o de destruir a família.

Toda vez que alguém se divorcia, os democratas pensam: “temos um eleitor democrata!” Cada vez que uma criança nasce fora do casamento: “temos um eleitor democrata!” E se a mulher faz um aborto: “temos um eleitor democrata!”

De acordo com recentes pesquisas, Obama tem uma taxa de aprovação negativa de seu desempenho de 45% a 49%. A razão pela qual Obama e Romney estão empatados nas pesquisas é que as mulheres solteiras apoiam Obama por uma margem de 2 para 1. O “canto da sereia para mulheres solteiras” dos democratas é “Não se preocupe, o governo vai ser seu marido”.

Nossas prisões estão transbordando com os resultados do “experimento de subsidiar a ilegitimidade” dos Democratas. Filhos criados por mães solteiras cometem 72% dos assassinatos perpretados por menores, 60% dos estupros, constituem 70% dos nascimentos entre adolescentes, cometem 70% dos suicídios e são 70% dos desistentes do ensino médio.

O controle de nível socioeconômico, raça e local de residência, o melhor fator de previsão para saber se uma pessoa vai acabar na prisão, está sendo criado por uma mãe solteira. (O segundo melhor fator é ter uma tatuagem.)

Um estudo de 1990 do Progressive Policy Institute mostrou que após o controle da mãe solteira, a diferença de crimes cometidos por negros e brancos desapareceu.

Os seres humanos à imagem de Deus estão nascendo com vidas arruinadas em uma proporção espantosa. Os filhos ilegítimos nunca têm oportunidades e suas vidas são destruídas por essa patologia social. E os Democratas dizem: “mais eleitores democratas!”

Conte o voto dos criminosos e os democratas terão uma maioria imbatível. 

Publicado no WordNetDaily.

Tradução: Rodrigo Dubal

Paraguay analiza demandar a países del Mercosur ante La Haya

 

PARAGUAY ES SOBERANO

Juevesjul 2012

Posted by Marcos Adrián Echeverría in Noticias

Para Cancillería es “perfectamente posible y viable” que Uruguay sea demandado por la suspensión del país guaraní del bloque y el ingreso de Venezuela.

Tras el fallo del Tribunal Permanente de Revisión (TRP) del Mercosur, que rechazó el pedido de Paraguay de levantar las sanciones impuestas a ese país luego de la destitución de Fernando Lugo, el gobierno de Federico Franco piensa en recurrir a al Tribunal de La Haya para demandar a los países del bloque por la “violación de tratados firmados” y el “aislamiento internacional” al que está siendo sometido.

Cancillería está al tanto de esta posibilidad. Tal es así que fuentes del Ministerio de Relaciones Exteriores dijeron a UNoticias que es “perfectamente posible y viable” que Uruguay sea demandado ante la corte internacional, tanto por la suspensión dentro del Mercosur, como por permitir el ingreso de Venezuela al bloque sin el consentimiento de Paraguay.

El gobierno paraguayo se basaría para presentar la demanda en la violación del Tratado de Ouro Preto, ratificado hasta hace poco por los cuatro miembros del bloque. En se establece que “ningún país podrá ser sancionado cuando uno de los cuatro signatarios esté ausente”.

En Cancillería el tema genera diferencia. Hay quienes sostienen que como la suspensión a Paraguay regirá hasta 2013, cuando se celebrarán las elecciones, la demanda perdería sentido si insumiera un tiempo superior.

Fuente: elobservador.com.uy

Caravana Cruzada Pela Família enfrentou com dignidade intolerantes que recorreram à violência

 

IPCO

Amigos,

Infelizmente, a “Cristianofobia” está cada vez mais presente em nossa sociedade.

Prova disso foi dada no último dia 17 de junho, na cidade mineira de Diamantina.

A caravana “Cruzada Pela Família” do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira teve que enfrentar a ira de uma pequena e intolerante oposição que recorreu à violência verbal.

Utilizando-se de palavrões e termos chulos, grupos feministas tentaram atrapalhar a campanha ordeira, pacífica e, acima de tudo, respeitosa promovida pelo IPCO.

Enquanto os jovens do Instituto divulgavam os livros do Pe. David Francisquini contra o aborto e a prática homossexual, os desordeiros promoveram até um beijo homossexual em praça pública.

A caravana “Cruzada Pela Família” registrou todo o ocorrido e o vídeo pode ser acompanhado através da página do IPCO.

A batalha contra aqueles que são contrários aos preceitos cristãos foi árdua, mas os jovens do Instituto se mantiveram firmes.

Acompanhe aqui

Atenciosamente,

Instituto Plinio Corrêa de Oliveira
www.ipco.org.br

Eleições 2012: Será que Yuri Grecco, do canal ‘Eu Ateu’ no YouTube, se juntou ao Deputado Estadual André Lazaroni/PMDB para atacar Blogueiro Ricardo Gama?

 

RICARDO GAMA

sexta-feira, 27 de julho de 2012

 

Reprodução do twitter do Yuri Grecco do Canal EuAteu, postada ontem por volta das 21:00 horas, me criticando para o Deputado Estadual André Lazaroni (PMDB) que me odeia e está me processando, clique na imagem para AMPLIAR e ler melhor.

Todos sabem que o Deputado Estadual André Lazaroni (PMDB) está me processando na esfera criminal e cível, motivo, eu (Blogueiro Ricardo Gama), apenas ter reproduzido matérias de jornais.
Todos sabem que o Yuri Grecco do Canal Eu Ateu fez um vídeo fazendo interpretações erradas a meu respeito, e me xingando de homofóbico, logo depois eu fui vítima de vários ataques, até um vídeo meu foi retirado do ar pelo youtube por ter sido sinalizado.

A pergunta é, conforme comprovado com o post acima, qual o interesse do o Yuri Grecco do Canal Eu Ateu passar a me criticar pelo twitter com o Deputado Estadual André Lazaroni (PMDB), e outras pessoas que passaram a me atacar na internet?

Será que esses ataques contra a minha pessoa são políticos para prejudicar a minha candidatura ?
Por que será que o Yuri Grecco do Canal Eu Ateu agora quer se aproximar do PMDB e do Deputado Estadual André Lazaroni (PMDB) que me odeia e me processa ?
Seria muito bom que o Yuri Grecco do Canal Eu Ateu explicasse essa subita aproximação com o Deputado Estadual André Lazaroni (PMDB), que me odeia e está me processando, no aguardo.

Peço um favor a vocês, abaixo deixo o twitter do Yuri Grecco do canal Eu Ateu, mandem mensagens para ele, e façam essas perguntas, por exemplo, p0r que ele agora troca mensagens como Deputado Estadual André Lazaroni me criticando ?

Twitter do Yuri Grecco @ygrecco (clique aqui)

Em tempo, "curioso" é que o Yuri Grecco sempre se disse apolítico, mas agora fica me criticando com políticos que me odeiam e me processam, por que ?

A teoria marxista da exploração e a realidade

 

INSTITUTO LUDWIG VON MISES BRASIL

por George Reisman, sexta-feira, 27 de julho de 2012

festacomunistasDentre todas as vituperações e calúnias proferidas contra o capitalismo, a 'teoria da exploração' permanece sendo a mais popular — tanto nos círculos acadêmicos quanto entre os desinformados em geral.  O mais famoso defensor da teoria da exploração foi Karl Marx.

De acordo com a teoria da exploração, os lucros — na verdade, quaisquer outras receitas que não sejam convertidas em salário — representam uma dedução injusta daquilo que deveria ser, naturalmente e por direito, o salário do trabalhador.

Segundo Marx, o que possibilita a um capitalista obter uma renda superior ao salário que ele paga ao seu empregado é exatamente o mesmo fenômeno que torna possível a um dono de escravo auferir ganhos em decorrência do trabalho do seu escravo.  Mais especificamente, um trabalhador é capaz de produzir, em menos de um dia inteiro de trabalho, os bens de que ele necessita para ter a força e a energia necessárias para labutar um dia inteiro de trabalho.

Para utilizar um dos exemplos fornecidos pelo próprio Marx, um trabalhador é capaz de produzir em 6 horas todos os alimentos e todas as necessidades de que ele precisa para ser capaz de trabalhar 12 horas.  Estas 6 horas — ou qualquer que seja o número de horas necessárias para o trabalhador produzir essas suas necessidades — são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho necessário".  Já as horas que o trabalhador trabalha além do tempo de trabalho necessário são rotuladas por Marx de "tempo de trabalho excedente."

Assim como o 'tempo de trabalho excedente' representa a fonte de ganho do dono de um escravo, ele também representa, de acordo com Marx, a fonte de lucro do capitalista.

Quando o trabalhador trabalha 12 horas para um capitalista, seu trabalho, de acordo com Marx, acrescenta aos materiais e aos outros meios de produção consumidos na manufatura do produto final um valor intrínseco correspondente a 12 horas de trabalho.  E, por sua vez, se estes materiais e outros meios de produção demandaram 48 horas de trabalho para serem produzidos, então o produto final conterá estas 48 horas de trabalho mais as 12 horas adicionais de trabalho desempenhado pelo trabalhador.  O produto final, portanto, terá um valor total correspondente a 60 horas de trabalho.

Sendo assim, o processo de produção, de acordo com Marx, resultou em um acréscimo de valor igual às 12 horas de trabalho do trabalhador.  Este valor adicionado pelo trabalho do trabalhador será dividido entre o trabalhador e o capitalista na forma de um salário para o primeiro e de um lucro para o último.  O valor que o capitalista deve pagar como salário, diz Marx, é determinado pela aplicação de um princípio supostamente universal de valoração da mercadoria — a saber, a teoria do valor-trabalho. 

O capitalista irá pagar ao trabalhador um salário correspondente às horas de trabalho necessárias para produzir suas necessidades — em nosso exemplo, 6 horas — e irá embolsar o valor acrescentado pelas 12 horas de trabalho do trabalhador.  Seu lucro será aquilo que sobrar após deduzir o salário do trabalhador, e irá corresponder exatamente ao 'tempo de trabalho excedente' do trabalhador.

Este exemplo pode ser facilmente expressado em termos monetários ao simplesmente assumirmos que cada hora de trabalho efetuado na produção de um produto corresponde a $1 acrescentado ao valor do produto.  Assim, os materiais e os outros meios de produção utilizados valiam $48, e o produto resultante da aplicação de 12 horas de trabalho do trabalhador vale $60.  As 12 horas de trabalho do trabalhador acrescentaram $12 ao valor do produto.

O lucro do capitalista supostamente advém do fato de que, para as 12 horas de trabalho efetuadas pelo trabalhador, com seu correspondente acréscimo de $12 ao valor do produto, o capitalista paga um salário de apenas $6.  Este valor corresponde ao tempo de trabalho necessário para produzir as necessidades de que o trabalhador precisa para desempenhar suas 12 horas de trabalho.  O lucro do capitalista, portanto, representa a "mais-valia", que corresponde ao "tempo de trabalho excedente".

A razão entre a mais-valia e o salário, ou entre o 'tempo de trabalho excedente' e o 'tempo de trabalho necessário', é rotulada por Marx de "taxa de exploração".  Nesta nossa ilustração ela é de 100% — ou seja, $6/$6 ou 6 hrs./6 hrs.

Ainda segundo Marx, uma combinação entre a ganância dos capitalistas e as forças que tendem a reduzir o lucro em relação ao capital investido faz com que os capitalistas aumentem a taxa de exploração.  Se os trabalhadores são capazes de trabalhar 18 horas por dia utilizando as necessidades produzidas em apenas 6 horas por dia, então a jornada de trabalho será elevada para 18 horas por dia.  Se os salários que os capitalistas pagam para seus empregados homens for o suficiente para permitir que estes sustentem uma esposa e duas crianças, então os capitalistas irão reduzir os salários para forçar mulheres e crianças a irem trabalhar nas fábricas, dando assim aos capitalistas o benefício de auferir mais 'tempo de trabalho excedente' e mais mais-valia. 

Os capitalistas também supostamente irão se esforçar para baratear a dieta do trabalhador, substituindo trigo por, digamos, arroz ou batatas, desta forma reduzindo o 'tempo de trabalho necessário' e aumentando a fatia do dia de trabalho que passa a ser 'tempo de trabalho excedente'.  As condições de trabalho, desnecessário dizer, serão sempre horríveis, uma vez que seu aprimoramento geralmente viria à custa de uma redução na mais-valia.

Esta suposta situação de salários de subsistência — aliás, de salários abaixo da subsistência —, jornada de trabalho desumana e condições precárias, além de crianças trabalhando em carvoarias, seria o resultado do funcionamento do capitalismo e da busca pelo lucro, diz Marx, tendo por base sua teoria da exploração.

À luz da teoria da exploração, os capitalistas devem ser considerados inimigos mortais da esmagadora maioria de humanidade, merecendo ser colocados contra paredões e fuzilados — exatamente o que aconteceu sempre que os marxistas tomaram o poder em algum país.

Os capitalistas, e não os trabalhadores, são os produtores principais

Ao contrário do que diz a teoria da exploração, e ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, os assalariados que os supostos exploradores capitalistas empregam não são os produtores principais dos produtos manufaturados por uma empresa.  Assim como Cristóvão Colombo foi o descobridor da América, e não os marujos que tripulavam os navios e que foram seus auxiliares na realização de seus (de Colombo) planos e projetos, os capitalistas é que são os produtores principais dos produtos produzidos por suas empresas. 

Os empregados do capitalista podem ser mais corretamente descritos como "os auxiliares" na produção dos produtos do capitalista.  Os lucros do capitalista não representam uma dedução daquele valor que, segundo Marx, pertence por direito aos trabalhadores na forma de salários.  Os lucros representam aquilo que o capitalista ganhou em decorrência principalmente de seu trabalho intelectual, de seu planejamento e de suas decisões.  O capitalista produz um produto próprio, embora utilize a ajuda de terceiros cuja mão-de-obra ele emprega com o propósito de implementar seus planos e consequentemente produzir seus produtos.

Sendo assim, por exemplo, Henry Ford era o produtor principal na Ford Motor Company; John D. Rockefeller, na Standard Oil; Bill Gates, na Microsoft; Jeff Bezos, na Amazon; e Warren Buffet, na Berkshire Hathaway.

Marx teve sim uma grande ideia, a qual era em si totalmente correta, e que pode jogar mais luz sobre esta discussão.  Esta sua ideia foi fazer uma distinção entre aquilo que ele chamou de "circulação capitalista" e aquilo que ele chamou de "circulação simples".  Mas Marx, infelizmente, ignorou por completo e contradisse totalmente as reais implicações desta sua ideia.   

Aquilo que todos os "capitalistas exploradores" praticam é a circulação capitalista.  A circulação capitalista, como Marx a descreveu, é o gasto de dinheiro, D, para a compra de materiais, M, que serão utilizados na produção de produtos que serão vendidos por uma quantia maior de dinheiro, D'.  A circulação capitalista, em suma, é D-M-D'.  Se os capitalistas exploradores deixassem de existir, e a circulação capitalista desaparecesse do mundo, os sobreviventes entre aqueles que hoje trabalham como assalariados estariam vivendo em um mundo de circulação simples, isto é, M-D-M.  Ou seja, sem ter com o que gastar inicialmente seu dinheiro, eles tentariam imediatamente produzir materiais, M, os quais eles venderiam em troca de dinheiro, D, o qual, por sua vez, eles usariam para comprar outros materiais, M.

Os capitalistas não são os responsáveis pelo fenômeno do lucro, mas sim pelo surgimento dos salários e dos custos

Tanto Marx quanto Adam Smith, que veio antes de Marx, presumiram erroneamente que, em um mundo de circulação simples — o qual Smith chamou de "o estado rude e primitivo da sociedade" —, todas as rendas obtidas eram salários.  Para eles, não havia lucro neste modelo.  O lucro, segundo eles, só passou a existir quando surgiu a circulação capitalista.  Mais ainda: o lucro seria uma dedução daquilo que originalmente era salário.

Mas a verdade é que, em um mundo de circulação simples, o que está ausente não é o lucro, mas sim os gastos monetários — o D inicial — com o pagamento de salários e para a aquisição de bens de capital, e que são computados como custos de produção.

Um mundo de circulação simples seria um mundo em que não há custos de produção mensurados em termos monetários.  Seria um mundo em que os gastos com materiais — utilizando-se dinheiro obtido com a venda de outros materiais — constituiriam receitas para os vendedores destes materiais.  E estes vendedores, dado que eles não tiveram nenhum gasto anterior para obter os materiais que estão vendendo, não teriam de computar nenhum custo de produção em termos monetários.  Eles teriam apenas receitas de venda. Seria, portanto, um mundo em que o trabalho é a única fonte de renda.  Mas um mundo no qual toda a receita auferida pelos indivíduos é um lucro, e não um salário.  Seria um mundo de trabalhadores produzindo produtos primitivos e escassos, pelos quais eles receberiam receitas de venda das quais eles não teriam custos para deduzir.  Sendo assim, estas receitas representariam o lucro total.

O surgimento da circulação capitalista, portanto, não é responsável nem pela dedução dos salários e nem pelo surgimento do lucro.  Ao contrário: ela é responsável pela criação dos salários, pelo surgimento dos gastos com bens de capital e pelo surgimento dos custos de produção mensurados em termos monetários.  Estes custos serão deduzidos das receitas, produzindo então o lucro.  As receitas de venda, no cenário anterior, representavam o lucro total.  Não havia custos a serem deduzidos das receitas.  Agora, com o surgimento da circulação capitalista, surgiu o salário dos trabalhadores, os quais são deduzidos dos lucros dos capitalistas.  Portanto, primeiro surgiu o lucro; só depois é que surgiu o salário.  É o salário que é deduzido do lucro dos capitalistas, e não o lucro que é deduzido do salário dos trabalhadores.

Quanto mais economicamente capitalista for o sistema econômico, no sentido de um maior grau de circulação capitalista — isto é, uma maior proporção de D em relação a D' —, maiores serão os salários e os outros custos em relação às receitas, e menores serão os lucros em relação às receitas.  Ao mesmo tempo, se o sistema econômico permitir que os capitalistas se concentrem mais na compra e, consequentemente, na produção e na oferta de bens de capital, este aumento na oferta de bens de capital levará a um aumento na produtividade da mão-de-obra e a um aumento generalizado na capacidade de produção.  A oferta de produtos crescerá em relação à oferta de mão-de-obra e, com isso, os preços cairão em relação aos salários.  O resultado é que os salários reaisaumentarão e continuarão aumentando enquanto a produtividade da mão-de-obra continuar crescendo.

Portanto, no que concerne à relação entre capitalistas e assalariados, a verdade é exatamente o inverso daquilo que é alegado pela teoria da exploração.  Os capitalistas não deduzem seus lucros dos salários dos trabalhadores; os capitalistas são os responsáveis pelo surgimento dos salários.  Sendo um custo de produção, os salários são deduzidos das receitas, as quais, na ausência de capitalistas, representariam o lucro total.  Logo, pode-se dizer que os capitalistas são os responsáveis pelo aumento dos salários em relação aos lucros e pela redução dos lucros em relação aos salários.  Ao mesmo tempo, por meio do aumento na produção e na oferta de produtos, o que leva à redução de seus preços, os capitalistas aumentam o poder de compra dos salários que eles pagam.

Isto não é nenhuma exploração dos trabalhadores assalariados.  É, isto sim, a maciça e progressiva melhoria de seu bem-estar econômico.

Leia também:

Por que a ideia de que o capitalista explora o trabalhador é inerentemente falsa

O monumental erro em comum entre Marx e Smith — erro que mudou o mundo para sempre


George Reisman Ph.D. é o autor de Capitalism: A Treatise on Economics. (Uma réplica em PDF do livro completo pode ser baixada para o disco rígido do leitor se ele simplesmente clicar no título do livro e salvar o arquivo). Ele é professor emérito da economia da Pepperdine University. Seu website: http://www.capitalism.net/. Seu blog www.georgereisman.com/blog/.

Tradução de Leandro Augusto Gomes Roque

quinta-feira, 26 de julho de 2012

MENSALÃO: ADVOGADO DIZ QUE DELÚBIO SOARES SÓ FAZIA O QUE O PT MANDAVA

 

BLOG DO ALUIZIO

Quinta-feira, Julho 26, 2012

Delúbio Soares e seu advogado Arnaldo Malheiros

Advogado principal da banca que defende Delúbio Soares no processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Arnaldo Malheiros Filho rejeita a tese de que a culpa de todos os malfeitos é do ex-tesoureiro da legenda na época do escândalo. Malheiros diz que seu cliente era apenas um executor de decisões colegiadas da Executiva do PT, rebatendo a tese de defesa de José Genoino, presidente à época do partido. Os advogados de Genoino sustentam que ele só cuidava das questões políticas e Delúbio das questões financeiras, como os empréstimos de R$ 55 milhões contraídos por Marcos Valério em nome do PT. É a mesma linha da defesa de José Dirceu, que alega não ter tratado de dinheiro do partido quando ocupava a Casa Civil no primeiro mandato do governo Lula.

O GLOBO: O senhor está preparado para, em uma hora na tribuna, convencer o pleno do Supremo da inocência de Delúbio?

ARNALDO MALHEIROS FILHO: Acho que cada um tem o seu papel. O Ministério Público vai acusar. O meu papel é conseguir mostrar o que existe e o que não existe contra Delúbio da melhor maneira possível. E que a partir daí a Justiça seja feita. Se eu não confiasse na Justiça não perderia meu tempo indo lá fazer essa defesa. Espero fazer um bom trabalho. Essa é a missão que tenho.

O que o senhor considera o ponto fraco para Delúbio: as provas existentes ou a pressão da opinião pública pela condenação?

MALHEIROS: Provas contra ele, eu não achei nenhuma. Me preocupa um pouco a politização do julgamento, que acho que não seja um bom caminho para os ministros. Quem está nesse cargo está acostumado a decidir sem ligar para a pressão da opinião pública.

O Delúbio vai entregar alguém ou assumir que fez tudo sozinho?

MALHEIROS: Desde o primeiro momento na CPI, o Delúbio nunca mudou sua versão. E não tem mais oportunidade de falar. Quem fala agora sou eu. O que precisa ficar claro é que nem ele assumiu tudo sozinho nem acusou ninguém. O perfil, o caráter do Delúbio não permite que seu dedo endureça. Ainda mais agora.

Dirigentes do PT naquela época, réus do mensalão, não querem jogar a culpa nele? O advogado de Genoino diz que seu cliente cuidava da parte política e Delúbio da financeira...

MALHEIROS: Ninguém do partido poderia decidir isso sozinho (conseguir o dinheiro para saldar as dívidas da campanha de 2003). Todas as decisões eram do colegiado, da Executiva. Nem sei se José Dirceu era da Executiva naquela época. Acho que, como ministro, se licenciou do partido. Mas Genoino era o presidente. Delúbio não tomava decisões. Era o executor das decisões da Executiva nacional do PT.

O seu cliente vai sustentar que agiu como um soldado do PT?

MALHEIROS: Ele não disse que fez tudo sozinho, nem se negou a assumir suas responsabilidades. Delúbio não quer ser julgado pelo que não fez. Mas sempre assumiu tudo que fez, que manipulou as contas do caixa dois da campanha.

Delúbio acha que pode ser condenado? Como está o espírito dele nessa fase pré-julgamento do Supremo?

MALHEIROS: Ele é um homem tranquilo. Sempre se comportou de forma muito calma e tranquila e continua assim. Continua trabalhando na imobiliária, se confortando no seio da família. Delúbio não é de reclamar de nada. É um cliente muito bom. Nas nossas conversas ele demonstra uma confiança total em mim. Deu a sua versão dos fatos e agora diz: aceito o que acharem que for melhor para mim e pronto.

Ele pode sair como o único condenado do mensalão?

MALHEIROS: Não arrisco prognósticos. A pior situação para ele é ser condenado. Mas nunca me debrucei sobre essa possibilidade. Eu sempre trabalho com a perspectiva de que Delúbio será absolvido. Do site do jornal O Globo

Cortesia ATEA

 

CAOS & REGRESSO


2 de julho de 2012

1:13 PM VINICIUS OLIVEIRA

Imagine que certo homem de boa aparência esteja andando pelas ruas e falando sobre liberdade. As pessoas ficam realmente comovidas com seu discurso e começam a segui-lo. O homem fala sobre como a liberdade é bela, e como os homens que são contra a liberdade roubam a beleza do mundo. "A liberdade é para todos; ninguém pode tratar uma pessoa como sua propriedade", ele diz. Em uma sociedade em que homens dominassem outros homens como animais, tais palavras soariam como as palavras de um profeta, e todos os escravos desejariam que suas profecias fossem verdadeiras. Mas agora imagine esse mesmo homem chegando em sua casa, após um longo dia de apologia à liberdade: ele senta, tira seus sapatos e, de repente, um de seus escravos se aproxima para receber alguma ordem... Antes de fazer qualquer comentário sobre esse homem, adiantarei algo fundamental: esse homem é a ATEA.

Poderíamos descrevê-lo de muitas formas, chamando-o de cínico, falso ou hipócrita, mas certamente não haveria sentido em chamá-lo de vítima. Mas é quando o veem como vítima que esse homem se torna ainda mais difícil de compreender, pois a loucura sufoca o pouco que havia de sensatez em seu tipo. Ninguém conseguiria tolerar um homem que pregasse a liberdade e tivesse dez escravos acorrentados ao seu nome, especialmente se o fizesse em uma sociedade que já é livre. Ora, a ATEA faz exatamente isso: denuncia incansavelmente algo chamado intolerância, e age dia após dia de forma notadamente intolerante.

Meu único objetivo, aqui, é evidenciar essa intolerância. E eu não farei isso para que o leitor compreenda as causas da incoerência dessa associação, mas sim para que compreenda isso: que essa associação é o retrato da perversão do bom senso. Eu prometo ao leitor que essa postagem não será extensa como a primeira - Caridade ATEA [1] -, e também prometo que não estou tentando ofender ninguém. Mas defender a verdade pode ser realmente duro, o que não é desculpa para querer mascará-la com eufemismos baratos. C. S. Lewis escreveu algo que devo citar antes de qualquer outra consideração:

Quando um homem melhora, torna-se cada vez mais capaz de perceber o mal que ainda existe dentro de si. Quando um homem piora, torna-se cada vez menos capaz de captar a própria maldade. Um homem moderadamente mau sabe que não é muito bom; um homem completamente mau acha que está coberto de razão. Nós sabemos disso intuitivamente. Entendemos o sono quando estamos acordados, não quando adormecidos. Percebemos os erros de aritmética quando nossa mente está funcionando direito, não no momento em que os cometemos. Compreendemos a natureza da embriaguez quando estamos sóbrios, não quando bêbados. As pessoas boas conhecem tanto o bem quanto o mal; as pessoas más não conhecem nenhum dos dois [2].

O autor expressa aí uma verdade prática que pode ser perfeitamente ilustrada pelo caso da ATEA. Quando se lê o que é publicado na página oficial da associação no Facebook, se tem a impressão de pura desonestidade, mas também se nota que o autor dessas publicações, seja ele quem for, parece não perceber que está sendo desonesto. É possível perceber que a ATEA age como se tivesse de fato fazendo algo bom enquanto faz coisas ruins. Ela prega a liberdade, mas possui escravos: e o que é realmente notável é que ela não percebe que possui escravos, o que não a permite entender porque os outros a acusam de hipócrita ou cínica. É uma associação intolerante e preconceituosa que não admitiria ser chamada dessas coisas, e não é por acaso que muitos de seus seguidores estão sempre dispostos a defendê-la, pois eles também acham tudo que acontece ali muito normal e sensato.

Aqui está um exemplo: um rapaz conta como se tornou ateu e agradece a ATEA por tê-lo ajudado nesse processo. Diz ele: "agradeço pelo trabalho de vocês, de abrirem os olhos da sociedade, porque o pior cego é aquele que não quer ver e graças a vocês eu sou uma pessoa com capacidade de fazer as coisas por mim mesmo" [3]. Não comentarei o depoimento do rapaz, já que quero apenas fornecer evidências para o que digo e evitar ser acusado de inventar algo que não existe. Mas eu direi que, se a ATEA está abrindo os olhos da sociedade, o efeito prático dessa operação é uma sociedade vesga, como se nota pelo exemplo de muitos dos seguidores da página. Muitos deles não enxergam nenhum preconceito ou intolerância ali, e quando alguém acusa a associação dessas coisas - o que é feito até mesmo por ateus -, eles acusam os acusadores de outras coisas, a fim de preservar a imagem e credibilidade da associação.

Mas acusar a ATEA de intolerante baseada em seus seguidores seria como acusar o futebol baseado em torcedores, o que não é justo e não é minha intenção. Na verdade, acredito que seria melhor para a ATEA ser julgada a partir de seus seguidores, pois a impressão que se tem é que parte deles ainda tem a cabeça no lugar, enquanto a associação em si perdeu completamente o juízo, e isso é bastante revelador. Pois a ATEA não pode fazer como comumente faz um cristão que, por exemplo, defende o cristianismo das polêmicas sobre pedofilia. O cristão poderia dizer que o cristianismo não promove tal prática, e que de fato a condena, e que não seria justo atribuir ao cristianismo a causa dos crimes desses e daqueles cristãos. Ora, nem os seguidores nem os responsáveis pela ATEA poderiam fazer algo do tipo: pois são justamente os responsáveis por ela que fazem generalizações como "todo religioso é estúpido". Ninguém ali tem o direito de dizer: "Não! Veja bem: isso foi dito apenas por um seguidor, mas não reflete a ética da associação". Isso seria uma grande mentira, e eu mostrarei por quê.

Analisemos algumas publicações da ATEA no Facebook. Deixarei o link para as imagens, mas caso alguma acabe sendo removida, o leitor poderá encontrar nas referências um printscreen de cada uma delas. Eu deveria ter feito isso com todos os links salvos no rascunho dessa postagem, porque algumas postagens foram removidas e se perderam - por exemplo, uma publicação de dia das mães, 13 de maio, feita pela ATEA, uma das mais ofensivas que eu já vi, que provavelmente fora removida por denúncias. A página Anti-ateísmo republicou a mesma postagem [4], com a diferença de ter adicionado tarjas pretas ao conteúdo e uma legenda em repúdio à atitude da ATEA. Esse tipo de ofensa é exatamente a evidência que suporta tudo que foi dito até aqui, e agora apresentarei mais exemplos.

Comecemos com uma imagem sobre criacionistas [5]. Vemos nela duas definições sobre criacionistas: o fanático, que é "o idiota que acredita que Deus criou o mundo há seis mil anos"; e o moderado, que é "o idiota que acredita na mesma coisa, mas pensa que foi há mais tempo". Ou seja, se você acredita que Deus criou o mundo, você é um idiota. Todo teísta é, portanto, um idiota - o que os responsáveis pela ATEA devem considerar um elogio, levando em conta outras características que atribuem aos crentes em geral. Eu não farei considerações com a finalidade de "refutar" cada imagem comentada, pois meu objetivo é, repito, apenas evidenciar o quão intolerante e preconceituosa é a ATEA.

Agora, eu não sei se a associação tem algum problema particular com a Virgem e com o Papa Bento XVI, mas ela certamente aprecia ofender ambos várias vezes. Insinua, ou melhor, afirma com todas as letras, que a Mãe de Deus fora um traidora [6][7], e se lermos os comentários, encontraremos dezenas de mensagens de apoio às publicações. Um usuário diz que ateus não precisam "ser ofensivos contra outras religiões" para sustentarem seu ateísmo. "Mas, convenhamos... É divertido!", conclui ele. Essas são, aparentemente, as pessoas racionais e superiores que só o ateísmo é capaz de produzir. Quanto às imagens direcionadas ao Papa Bento, são sugestões de que é pedófilo ou de que apoia e encobre a pedofilia [8][9][10]. E eles nunca fornecem evidências para as acusações: apenas afirmam; simplesmente "não perdem a piada".

Também não poderia faltar uma promoção da utopia marxista [11]. "Um mundo sem religiões... seria bem melhor!", eles dizem. Ora, e depois reclamam quando um cristão diz a mesma coisa sobre o ateísmo associando-o aos regimes comunistas, como se a desculpa esfarrapada de que aquilo "não foi em nome do ateísmo" resolvesse o problema. Se a acusação cristã é injusta e se os crimes comunistas não tivessem relação com o ateísmo - o que é mentira -, a ATEA não teria o direito de reclamar de nada, pois está utilizando estereótipos e fazendo generalizações absurdas para chocar sua audiência e quem mais veja suas imagens.

No entanto, nada disso se compara aos ataques direcionados a Cristo. Eles são abundantes: extremamente abundantes, e ocorrem diariamente. Não acredita? Acesse o Mural de fotos da página oficial e veja por conta própria. Em um deles [12], com uma imagem de Jesus sendo crucificado no filme A Paixão de Cristo [13], lemos que "esta pessoa", Jesus, "foi vítima de espancamento por ser homossexual. O Facebook doará 0,50 centavos para cada compartilhamento desta foto". E o que nós, cristãos, temos que fazer? Rir do humor arrojado da ATEA? Nós podemos denunciar a página, e devemos fazê-lo, mas nesse momento eu gostaria apenas de ressaltar uma grande ironia.

A ATEA tem o hábito de questionar o quão injusto é o cristianismo, que, segundo eles, condena os ateus ao inferno pela "mera descrença" [14]. Agora, supondo que isso fosse verdadeiro, será que essas pessoas são tão doentes a ponto de acreditar que todas essas ofensas diretas, todo esse escárnio e desprezo podem ser traduzidos como "mera descrença"? Como que ridicularizar o cristianismo diariamente e agir de forma tão desrespeitosa a tudo que é sagrado para os cristãos pode ser considerado "mera descrença"? Vocês percebem o quão apropriadas são as palavras de C. S. Lewis? Alguém sustentaria, após esses poucos exemplos, que é injusta a minha acusação de que a ATEA é uma associação perversa? A verdade é que fui bastante gentil: trata-se de uma associação criminosa, que curiosamente se propõe a lutar pela lei, "pelo Estado realmente laico".
Quando a associação publicou uma versão forjada de uma história da Turma da Mônica [15], intitulada "O Trauma", muitas pessoas ficaram confusas, e pensaram inclusive que a tira fosse de Maurício de Souza, já que consta sua assinatura no embuste. A ATEA não incluiu nenhuma descrição esclarecendo a imagem, e ali se lê apenas "Cebolinha em O Trauma". Não duvido que a imagem tenha sido fabricada para aparentar ser real e fazer com que as pessoas acreditassem que os problemas de Cebolinha se devessem a um abuso por parte de um padre. O plano foi bem sucedido, pelo que se percebe nos comentários de algumas pessoas. Desmascararam a ATEA no Fórum Realidade [16], mas é óbvio que muito mais pessoas viram apenas a versão falsa, e a ATEA não aparentou ter a menor preocupação com a verdade, já que em nenhum momento se manifestou para encerrar a discussão.

Clique para ampliar!

Essa é a honestidade da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos. Mas, obviamente, guardei o "melhor" para o final. Nada se compara a essa última imagem em termos de desonestidade e estupidez. Em uma mistura de mau-caratismo e imbecilidade típicas, a ATEA conseguiu produzir algo único e inacreditável. Em uma imagem bizarra, juntou uma cruz com a suástica, botou o rosto de Jesus em um uniforme nazista e citou uma frase dita em uma parábola, de modo que pareça que Jesus esteja ordenando a morte de quem quer que o recuse [17]. E muitas pessoas caíram na armadilha: começaram a comentar ironicamente sobre a bondade de Jesus, como se estivessem dando um tapa doloroso na cara dos cristãos. Mas se alguém levou um tapa nessa história, foi uma senhora chamada Justiça. E não foi um tapa só: a imagem já foi removida uma vez, por denúncias, mas a ATEA a republicou na semana passada, 26 de junho.

O leitor poderia desconfiar que essa amostra de imagens não represente a maioria das postagens da ATEA, que passam dos milhares. Mas, novamente, eu sugiro que acesse as Fotos do mural da página oficial da associação, o que permitirá ao leitor perceber que em geral as postagens são ainda piores. Também não culparia o leitor que pensasse que, afinal, essa associação possa parecer um agente do diabo ou algo do tipo, mas já ouvi dizer que o diabo possui uma inteligência peculiar, e se podemos afirmar algo sobre a ATEA com segurança, é isso: que é uma associação enraizada na estupidez, cujos frutos tem sabor de imbecilidade. Mas sobre esse aspecto falarei na próxima postagem dessa série, à qual chamarei Sabedoria ATEA.

Por fim, pergunto: quem, diante de tudo isso, levará a sério uma matéria sobre a ATEA que diz "movimento ateísta quer acabar com preconceito"? [18] Mais que isso: quem levará a sério a própria ATEA quando diz: "Combatemos a intolerância. E enquanto a religião usar da intolerância para se manter, então combateremos a religião"? [19] Por acaso a ATEA parece uma instituição tolerante e livre de preconceitos? Acredito que o meu ponto esteja sólido, mas gostaria de sugerir ao leitor que não apenas leia tudo isso e fique indignado com a associação: lembre-se de, acima de tudo, denunciar todos esses abusos criminosos, sempre que for possível.

Referências:

  1. Caos & Regresso, Caridade ATEA. Disponível em caosdinamico.com.
  2. C. S. Lewis, Cristianismo puro e simples, trad. de Álvaro Oppermann e Marcelo Brandão Cipolia. São Paulo: Martins Fontes, 2008, págs. 44-5.
  3. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 2 de julho de 2012. Disponível emfacebook.com. Veja outros exemplos, como esse, na timeline da página.
  4. Anti-ateísmo (anti-atheism), 13 de maio de 2012. Disponível em facebook.com.
  5. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 14 de junho de 2012. Disponível emfacebook.com (printscreen).
  6. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 12 de maio de 2012. Disponível em facebook.com (printscreen).
  7. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 14 de maio de 2012. Disponível emfacebook.com (printscreen).
  8. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 21 de junho de 2012. Disponível emfacebook.com (printscreen).
  9. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 16 de abril de 2012. Disponível emfacebook.com (printscreen).
  10. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 20 de abril de 2012. Disponível emfacebook.com (printscreen).
  11. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 20 de abril de 2012. Disponível em facebook.com (printscreen).
  12. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 31 de março de 2012. Disponível em facebook.com (printscreen).
  13. Mel Gibson, The Passion of the Christ, 2004. Disponível em imdb.com.
  14. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 18 de junho de 2012. Disponível em facebook.com.
  15. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 29 de maio de 2012. Disponível em facebook.com.
  16. Fórum Realidade, "ATEA pede dízimo para fazer histórias falsas da Mônica", 29 de maio de 2012. Disponível em realidade.org.
  17. ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos, 31 de março de 2012. Disponível em facebook.com (printscreen).
  18. Revista Viver Brasil, "Direito de não ter fé". Disponível em revistaviverbrasil.com.
  19. A ATEA removeu a imagem original, mas ela está disponível em um prinscreen utilizado em uma imagem-resposta de nossa página: 14 de junho de 2012. Disponível em facebook.com.

Anedota búlgara: humaniza-se o animal ao mesmo tempo em que se animaliza o homem

 

REINALDO AZEVEDO

23/07/2012 às 6:05

Um grupo de neurocientistas lançou o “Manifesto Cambridge sobre a Consciência em Animais Não Humanos”, leio na Folha de hoje. Segundo informa o jornal, “um conjunto de evidências convergentes indica que animais não humanos, como mamíferos, aves e polvos, possuem as bases anatômicas, químicas e fisiológicas dos estados conscientes, juntamente com a capacidade de exibir comportamentos intencionais e emocionais.”

É evidente que haverá desdobramentos. Os vegetarianos, por exemplo, encontrarão um motivo a mais para recusar a carne, e é bem provável que alguns comedores de carne resolvem mudar seus hábitos alimentares. O fato de uma galinha não saber que é uma galinha e de uma vaca ignorar que é uma vaca facilita as coisas para nós. Parece que elas continuam desprovidas de consciência, mas a hipótese — creio que o achado ainda se situe nesse nível — é de que tenham mais sensibilidade do que se supunha.

Pois é…

O homem desenvolveu seu cérebro comendo os outros animais. Isso é um fato, não uma questão de gosto. Somos quem somos porque estamos impingindo, então, dor a outras espécies há alguns milhares de anos. Foi assim que a espécie deu à luz malditos como Hitler, Stálin e Mao Tse-Tung, mas também Michelangelo, Mozart e Flaubert.

Até havia pouco, a “consciência animal” era delírio de donos de cachorro, que insistem em atribuir aos bichos de estimação características humanas. Agora os cientistas jogam o peso de sua expertise na hipótese de que os bichos têm, vá lá, alguma coisa parecida com uma sabedoria… O açougue nunca mais será o mesmo.

Se vocês pesquisarem um pouquinho na Internet, constatarão que há centenas, talvez milhares, de estudos mundo afora em busca da tal “consciência dos animais não-humanos”. Esse esforço é parte da curiosidade da nossa espécie (o que nos foi facultado comendo a carne dos não-humanos e, em certos casos, dos humanos também) e, sim, do nosso humanismo, já aí tomando a palavra como um feixe de valores identificados com o bem.

É interessante que isso esteja em curso ao mesmo tempo em que assistimos à progressiva “animalização” do humano. Fico cá a me perguntar: quanto são os da nossa espécie que estão certos da “consciência de um cachorro”, que talvez achem uma barbaridade que se possa comer carne, que repudiam até os rodeios por causa do sofrimento que se impinge aos touros, mas que não hesitariam em defender o aborto, por exemplo?

Não deliro. Aquela Comissão de Juristas que elaborou as propostas de reforma do Código Penal, que foi entregue ao Senado, decidiu tipificar o crime o maltrato de animais — ficaram famosos os casos de pessoas que espancaram seus cães até a morte —, mas propôs, na prática (ainda de modo malandro, oblíquo), a legalização do aborto. Num raciocínio lógico e elementar, trata-se de pessoas para as quais o feto humano não pode, de modo nenhum, ser equiparado a um cachorro ou a um gato.

Os cientistas certamente estão tentando elaborar uma teoria a partir de dados objetivos, mas é evidente que foram movidos para essa pesquisa também pela cultura.  Hoje em dia, aprendemos que proteger os bichos e ter o direito de eliminar os fetos humanos são posturas consideradas “progressistas”. Resta àqueles que nos opomos ao aborto, dada a sapiência dos juristas daquela comissão, reivindicar que o feto humano tenha, ao menos, o status de um cão sarnento.

Como não encerrar este texto com este poema, de Carlos Drummond de Andrade, que vocês já conhecem?

Anedota Búlgara

Era uma vez um czar naturalista
que caçava homens.
Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas,
ficou muito espantado
e achou uma barbaridade.

Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Palestra Discernimento dos Espíritos, com Luiz Gonzaga de Carvalho Neto

 

Evento público · De Instituto Olavo de Carvalho

 
  • “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.” 1Cor 12:7-11

    O que é discernimento dos espíritos?

    De onde vem um desejo, uma inclinação? Quais são os critérios pelos quais podemos avaliar a origem de um pensamento ou de uma aspiração?

    Na epístola citada acima, vemos que o discernimento dos espíritos é um dos dons do Espírito Santo.

    Se é assim, o que se pode fazer para obter um dom que por definição pertence a Deus? Se o discernimento dos espíritos é uma qualidade sobrenatural, como pode ser adquirido? E se não o recebemos, que podemos fazer para identificar as origens de nossos pensamentos e sentimentos? E mais, qual é afinal a importância real de conhecer essas origens?

    Essas são algumas das perguntas que vamos tentar responder na palestra “Discernimento dos Espíritos”, a ser ministrada pelo Prof. Luiz Gonzaga de Carvalho Neto à 28 de julho de 2012, às 15:00hs, na sede do Instituto Olavo de Carvalho, na Rua Visconde do Rio Branco, 449, 80410000 – Curitiba – Paraná.

    Para os interessados que não puderem assisti-la presencialmente, a palestra será transmitida online ao vivo pelo IOC (perguntas poderão ser dirigidas ao professor via chat), e a gravação será posteriormente disponibilizada para download. O investimento é de R$ 50,00, e as inscrições podem ser feitas aqui: http://www.institutoolavodecarvalho.com/inscricoes.html

    Luiz Gonzaga de Carvalho Neto é professor e tradutor, lecionou Cosmologia e Religião Comparadapor vários anos no “Seminário Permanente de Filosofia e Humanidades” da Faculdade da Cidade – Rio de Janeiro e no IPD – Curitiba, onde também ministrou o curso “Aprimoramento Intelectual pela Leitura dos Clássicos”.

terça-feira, 24 de julho de 2012

ADHT Entrevista, com pastor Alberto Thieme e o professor Saulo Navarro: ideologia de gênero

 

Publicado em 24/07/2012 por DefesaHeteroVideos

Link do livro "Marx and Satan", no Brasil "Era Karl Marx um Satanista", em http://goo.gl/2XZbc

As imagens do livro "Mamãe, como eu Nasci?" em http://www.youtube.com/watch?v=NGMkAmYbOwo

Indicação de livro dada pelo professor Saulo Navarro:
IDEOLOGIA DE GENERO: NEOTOTALITARISMO E A MORTE DA FAMÍLIA.
Autor: Jorge Scala. Editora: Katechesis.

Aqui uma entevista com o autor: http://www.zenit.org/article-29594?l=portuguese

Tem palestra do autor no YouTube aqui no canal da ADHT, o "DefesaHeteroVideos", em http://youtu.be/rZ5nxq2B_Bw

Ministra foi designada para abrir as portas ao aborto no Brasil, alerta psicanalista: o avanço das políticas em favor dos homossexuais, a tirania do Conselho Federal de Psicologia e o kit gay

 

FÉ EM JESUS

Numa entrevista exclusiva ao Portal Fé em Jesus, o psicanalista, escritor e conferencista Heitor de Paola disse que a presidente Dilma mentiu na campanha eleitoral ao dizer que defendia a manutenção da legislação atual sobre o assunto.

23/07/2012 04:07 por Redação

"Ela afirmou que, uma vez eleita, não tomaria a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto. Dilma não tomou pessoalmente a iniciativa, mas designou a socióloga Eleonora Menicucci para Ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres", disse De Paola.

Ontem, o Portal Fé em Jesus denunciou que a ministra Menicucci e uma assessora viajaram este mês a Nova York, às custas do contribuinte, apenas para participar das comemorações dos 30 anos do CEDAW (veja aqui), um dos comitês de Direitos Humanos da ONU que oficialmente é responsável por cobrar dos países membros o cumprimento de políticas em favor das mulheres. No entanto, na prática, o Comitê opera em favor da descriminalização do aborto nestes países, como o Brasil.

Veja abaixo a entrevista com o psicanalista, membro da International Psychoanalytical Association e Clinical Consultant, Boyer House Foundation, Berkeley, Califórnia, e Membro do Board of Directors da Drug Watch International. Heitor de Paola possui trabalhos publicados no Brasil e exterior.

Na entrevista, ele também aborda o avanço das políticas em favor dos homossexuais, a tirania do Conselho Federal de Psicologia e o kit gay.

Fé em Jesus - Em recente audiência pública na Câmara dos Deputados, a psicóloga Marisa Lobo, acusada por ativistas homossexuais de propor a "cura gay" voltou a ser hostilizada por criticar resoluções do Conselho Federal de Psicologia que proíbem estes profissionais de atender quem deseja mudar sua orientação sexual. Como o senhor avalia essa polêmica? O senhor acredita que alguém pode receber tratamento para deixar de sentir atração pelo mesmo sexo?

Heitor de Paola - Tenho que dividir a resposta em duas. Em primeiro lugar a própria existência desses conselhos profissionais que foram fundados com a expressa função de orientar profissionais de sua área, avaliar processos de natureza ética e autorizar novas técnicas é questionável. O que se dizia pretender era a melhor organização da profissão, mas na verdade durante alguns anos funcionaram como guardiões de reserva de mercado. Desde a tão decantada ‘redemocratização’ estão totalmente politizados, transformaram-se em Sindicatos. Aqui no Rio, p. ex. o Sindicato dos Médicos está esvaziado por falta de filiados em número suficiente para sua manutenção e sobrevivem da famigerada contribuição sindical obrigatória. Mas a inscrição no CRM é obrigatória por lei, são entidades ricas e que assumiram as funções sindicais com uma política de orientação revolucionária. Inscreveram-se, portanto, como ONGs ativistas. É óbvio que o CFP extrapola de suas funções e opera, neste caso, como parte do movimento gaysista de imposição de normas de conduta. Este pessoal tem um medo danado de que algum homossexual deixe de sê-lo, o que evidenciaria que toda sua cantilena de ‘minorias perseguidas’, descriminação social e ‘opção sexual’ se mostre mentirosa. Alguém já se perguntou por que os heterossexuais não se preocupam com estas coisas? Por que não existem movimentos hetero nem estes querem impor suas preferências a ninguém? Por que ninguém procura tratamento para se tornar homossexual?

Quanto ao problema da homossexualidade é mais complexo. Devo esclarecer que não trabalho com o conceito de ‘doença mental’, derivado da psiquiatria, neste sentido não uso termos como ‘cura’.

A homossexualidade não é uma opção nem orientação sexual, é uma inversão do impulso sexual e uma manifestação de um delírio alucinatório que faz com que uma pessoa de um sexo se sinta, delirantemente, como do outro. É alucinatória porque o indivíduo, em graus variáveis, se enxerga possuindo um corpo diferente do seu corpo real.

A idéia de que existam homossexuais geneticamente formados é uma falácia. Todos os seres humanos possuem dois pares de cromossomos sexuais: X e Y. Se na fecundação se originar um ser XX é fêmea, se for XY é macho. Não existem variações possíveis, com exceção de anomalias como o hermafroditismo em que a pessoa nasce com órgãos sexuais dos dois sexos, mesmo assim eles costumam optar por um, opção às vezes muito sofrida. Mas isto foge à discussão.

É interessante ressaltar que os gays, tão ciosos de sua condição de minoria ‘normal’ não admitindo o epíteto de condição patológica, não hesitam em criar, eles mesmos, uma nova condição psicopatológica para os que têm outras preferências: homofobia. Fobia, termo técnico da psiquiatria, é usado por eles com o significado de aversão, mas deriva da palavra grega para medo.

Fé em Jesus - A mesma psicóloga foi notificada, desta vez pelo Conselho Regional de Psicologia do Paraná, a remover das suas páginas e perfis na rede social qualquer menção ao fato de ela ser cristã. Alega o CRP/PR que a dra. Marisa Lobo faz "proselitismo" ao declarar sua fé em Cristo. Um parece da OAB/PR considerou a notificação "descabida", além de inconstitucional por ferir a liberdade de expressão religiosa. Um profissional declarar a sua fé em alguma crença pode ser considerado uma infração?

Heitor de Paola - Obviamente a OAB deu um parecer correto. A psicóloga Marisa Lobo deveria processar o CRP-PR – e também o CFP. Se não o fizer, estas estupidezes anticonstitucionais nunca vão parar. Ninguém pode ser impedido de declarar sua fé - ou falta de – em nenhum local, em nenhuma circunstância e sob nenhuma alegação. E se for declaração de ateísmo, pode? Aposto que sim! Note-se o viés revolucionário com a intervenção inaceitável na liberdade individual.

Eu iria ainda mais longe: ao tornar pública sua crença ela está deixando claro o que será encontrado por quem procurá-la, o que é consoante com a verdadeira ética e permite o direito de livre escolha dos seus eventuais pacientes. Isto é inaceitável para quem esconde quem realmente é, pois seus pacientes se arriscam a ‘comprar gato por lebre’.

Os psicólogos competentes estão em seus trabalhos clínicos ou aplicados e não têm tempo para participar destas assembleias ‘populares’ permanentes dos Conselhos, que, então, ficam nas mãos de incompetentes. Esta vem sendo a situação nos Conselhos de todas as profissões técnicas.

Como a psicóloga é a mesma e os temas estão relacionados, é claro que CFP/CRP parece partir do princípio que o grande obstáculo à homossexualidade são as crenças religiosas. Apenas parece, porque sabem que ninguém é obrigado a seguir os Mandamentos Bíblicos. Mas há uma coisa à qual as religiões são poderosos obstáculos: à total dominação cultural revolucionária. A homossexualidade, aqui, não passa de cortina de fumaça para atacar as religiões.

Fé em Jesus - Ainda em relação aos homossexuais, num de seus últimos congressos, a ABGLT exortou seus participantes a lutar para que os brasileiros aprendam desde criança a declarar sua homossexualidade além de encarar com naturalidade a chamada "diversidade". O assunto trouxe à lembrança o famigerado Kit Gay. O senhor acredita numa "infância gay"? Como o senhor avalia a política dos ativistas gays lançada sobre alunos das redes públicas de ensino?

Heitor de Paola - Como já disse na primeira pergunta, ninguém nasce gay, nasce homem ou mulher com sexo geneticamente definido. A palavra sexo é, portanto, abominada e substituída por ‘gênero’. Ora, gênero é uma qualidade literária variável de um idioma para outro. P., ex., muitas palavras que são do gênero masculino em Português são femininas em Alemão. E é exatamente por isto que querem substituir sexo – que é geneticamente determinado e imutável – por gênero: um termo vago e variável. O kit gay e a tentativa de influenciar crianças são uma aberração abominável, típica de administração revolucionária.

Fé em Jesus - Em relação a mais nova onda abortista no país, como o senhor avalia o financiamento, pelo Ministério da Saúde, de convênios e viagens que têm como objetivo o aprendizado de técnicas do chamado "aborto seguro" e estudos sobre a despenalização do aborto, conforme recentemente denunciado por movimentos pela Vida e pela Frente Parlamentar Evangélica?

Heitor de Paola - O aborto pode ser seguro para quem? Certamente não para o feto que será trucidado! E nem para a mãe e provavelmente para o pai. Estes aborteiros, em função de seu materialismo, só pensam em termos de manipulação física. As conseqüências psicológicas para a mãe, segundo minha experiência na clínica – minha e de ouvir colegas – são devastadoras. Há algum tempo publiquei o relato de uma audiência pública em que uma centena de mulheres de olhos esbugalhados gritava histericamente: “Abaixo o Feto”! (http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=309) Nem em Congressos Nazistas jamais se viu coisa igual! Eles tinham algum pejo de gritar em público o que decidiam em reuniões de gabinete e praticavam em segredo.

Há total coerência com a ideologia comunista deste governo o financiamento público e os projetos para despenalizar o aborto e, não se surpreendam: logo virá a despenalização da eutanásia e da manipulação genética desenfreada, primeiramente a voluntária – como já é na Holanda – e depois imposta por lei. Pouco se fala, mas foi Salvador Allende, comunista, amigo íntimo de Fidel Castro, fundador da OLAS (Organización Latino Americana de Solidariedad), e não um nazista, que introduziu no nosso Continente a idéia de eugenia já na sua tese de término do curso médico sobre higiene mental e delinqüência, mais tarde como Ministro de Salubridad do presidente Pedro Aguirre Cerda (1938-41) quando redigiu um projeto de lei em favor da esterilização de doentes mentais aos moldes nazistas. Existem relatos não confirmados de algumas clínicas, melhor seria dizer antros abortistas, que não se desfazem dos fetos abortados, mas vendem para laboratórios de manipulação genética. Se for verdade é o comércio mais macabro desde os campos de concentração nazistas!

Há um outro ponto controverso em relação ao aborto: a questão de quando começa a vida? Na fecundação? Aos três meses? Ao nascimento? No meu entender a vida começou uma única vez e durante a fecundação ela apenas flui de dois seres- de duas células vivas (gametas), espermatozoide e óvulo, cada um com 23 cromossomos - para formar um novo. O que se inicia na fecundação é um novo ser que já é humano por possuir 23 pares de cromossomos (46), característica exclusiva do organismo humano que já está presente na primeira célula diploide (células que se organizam em pares de cromossomos), o zigoto. Dela jamais evoluirá outra coisa que o embrião humano – inicialmente por uma divisão chamada mitose (formam-se duas células com o mesmo número de cromossomos). Os gametas por serem células haploides (possuem a metade dos cromossomos) fenecem se não houver o encontro.

As leis da genética não são discutíveis ou modificáveis pela lei civil. Portanto, geneticamente falando, o aborto em qualquer tempo é um homicídio. O que a lei civil pode determinar é a partir de qual momento o ser humano pode ser considerado uma pessoa, com direitos e deveres. Consequentemente é uma falácia afirmar que algum tribunal possa decidir em que momento da gestação o embrião ou feto passa a ser considerado um ser humano. Já o é desde o zigoto. É um ser humano no primeiro estágio evolutivo que só terminará com a morte. Esta noção é importante também para as ideias eugênicas e de eutanásia ‘caridosa’.

Fé em Jesus - Em que pese a então candidata Dilma Rousseff ter negado, durante a campanha, que faria ações em favor da descriminalização do aborto, o tema parece não ter saído da agenda governamental. O governo diz uma coisa, mas realiza outra?

Heitor de Paola - Sem dúvida! A mentirosa declaração da Dilma candidata foi: "Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto. Eleita Presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família”. Dilma não tomou pessoalmente a iniciativa, mas designou a socióloga Eleonora Menicucci para Ministra da Secretaria de Políticas das Mulheres. A nova Ministra, que também integra o grupo de estudo sobre o aborto, fez apologia do mesmo, relatou ter-se submetido pessoalmente duas vezes a esta prática e afirmou que levaria para o governo sua militância pelos “direitos sexuais e reprodutivos das mulheres” expressão eufemística para abrir espaço ao direito ao aborto. Ela também declarou ter participado na Colômbia de um curso de autocapacitação para que pessoas não médicas pudessem praticar o aborto pela técnica da aspiração manual intrauterina.