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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um dos pré-candidatos ao Supremo presidiu comissão de juristas que propôs legalização do aborto

 

REINALDO AZEVEDO

05/09/2012 às 6:25


Vamos lá!

O ministro Gilson Dipp, do STJ, parece ter caído nas graças da presidente Dilma Rousseff. Tanto é assim que ele é um dos integrantes da tal “Comissão da Verdade”, este grupo de nome estupefaciente em tempos de democracia. No dia em que uma comissão estatal for a responsável pela definição da “verdade”, então estaremos numa forma de ditadura. Ainda bem que se trata de nome fantasia. Adiante.

Dipp presidiu a tal comissão de juristas que elaborou a nova proposta de Código Penal. É esta que foi enviada ao Senado, coordenada por Luiz Carlos dos Santos Gonçalves (o tal do post acima). Muito bem! Gonçalves agora diz que o objetivo era mesmo legalizar o aborto e ponto final. “Orgulhosamente”!!!

A mesma comissão, quero lembrar, finalmente definiu o crime de terrorismo — mas exclui de qualquer punição quem venha a praticar atos que seriam considerados terroristas motivado por questões sociais… Ah, bom! Se for por uma causa nobre, tudo bem!

Dipp é um forte candidato a ser indicado por Dilma para uma das vagas que se abrem neste ano para o Supremo: a de Cezar Peluso, já aberta em 3 de setembro, e a de Ayres Britto, em novembro. Celso de Mello deu sinais de que pode se aposentar no ano que vem.

Eis aí uma boa tarefa para os senadores, que têm o papel constitucional de sabatinar os indicados. Caso Dipp seja um deles, cumpre lhe perguntar se a comissão que ele presidiu quis mesmo legalizar o aborto por intermédio do Código Penal, ignorando que a vida é um bem protegido pela Constituição. E se o fez “orgulhosamente”, conforme revela Gonçalves.

Por Reinaldo Azevedo

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