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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Justiça torna Delúbio Soares réu por crimes do mensalão em SP

 

VEJA

01/08/2012 - 16:26

Mensalão

O ex-tesoureiro do PT é acusado de receber 450 000 reais de origem ilícita das agências de Marcos Valério, apontado como operador do mensalão

Delúbio Soares, depondo na CPMI do Mensalão, no Congresso Nacional

Delúbio Soares, depondo na CPMI do Mensalão, no Congresso Nacional (Celso Junior/AE)

A Justiça Federal em São Paulo abriu processo criminal contra o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares por lavagem de dinheiro no caso do mensalão. A decisão é do juiz federal Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo, que aceitou no dia 6 de julho a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).  A ação é fruto de um desmembramento da investigação do processo do mensalão, que começa a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira

Delúbio é acusado de receber 450 000 reais de origem ilícita das agências de publicidade do empresário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão. O dinheiro chegava a Delúbio por meio de um esquema fraudulento que envolvia o Banco Rural. 

A denúncia da procuradoria afirma que “as empresas de publicidade obtinham recursos de forma fraudulenta” por meio de “dois esquemas diferentes”: “empréstimos fictícios do Banco Rural” e “contratos celebrados com órgãos da administração direta e indireta”. “Recebiam, mas não prestavam o serviço contratado”, diz a denúncia da procuradoria. 

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Os trâmites do julgamento e o que pesa contra cada réu

A procuradoria de São Paulo cita a denúncia principal do caso ao afirmar que “as agências de publicidade repassavam os recursos ilicitamente obtidos a representantes do Partido dos Trabalhadores, entre outros, seja para apropriação pessoal de seus membros, seja para repasse a membros congressistas da base aliada, a fim de obtenção de apoio ao poder executivo".

De acordo com a acusação, o Banco Rural participou do valerioduto para ver "atendidos seus interesses econômicos perante o governo, entre eles obter influência ilícita para aquisição do Banco Mercantil de Pernambuco".

A procuradora Ana Cristina Bandeira Lins afirma que os documentos confirmam a “materialidade e a autoria do crime”. “Depoimentos confirmaram o pedido de Delúbio Soares de saques dos cheques.” 

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