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terça-feira, 14 de agosto de 2012

“Cristofobia” no Brasil: Marco Feliciano, Marisa Lobo e Julio Severo falam sobre o tema e as ameaças à liberdade de crença no país

 

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Avatar de Tiago Chagas Publicado por Tiago Chagas em 12 de agosto de 2012

“Cristofobia” no Brasil: Marco Feliciano, Marisa Lobo e Julio Severo falam sobre o tema e as ameaças à liberdade de crença no país

O engajamento de lideranças cristãs em defesa de princípios pregados a partir de conceitos bíblicos, em questões como o debate a respeito de leis para combater a homofobia, por exemplo, fez com que a oposição a essa defesa ganhasse contornos mais explícitos, na visão dessas lideranças.

O termo usado por muitos para se referir a esse movimento contrário às posturas cristãs é “cristofobia”, que embora não conste dos dicionários, tem o sentido de representar a aversão aos princípios pregados por igrejas cristãs.

A Redação do Gospel+ entrou em contato com alguns representantes do movimento evangélico brasileiro para consultá-los sobre o que é a cristofobia e o que ela representa, em termos nacionais. Entrevistamos o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), a psicóloga clínica Marisa Lobo e o blogueiro e ativista cristão Julio Severo.

Para a psicóloga Marisa Lobo, há imparcialidade por parte da grande mídia, que apresenta os casos que resultam em cristofobia como exemplos do politicamente correto: “A mídia é tendenciosa e quer vender, e se passar por ‘politicamente correta’ sabe que os cristãos são o povo mais perseguido no mundo, como também sabe que somos um entrave para o sucesso da agenda gay, e que a mesma não deve ser afetada por essas notícias. Então quando noticia, ameniza, suprime os dados, para não mostrar a realidade que é assustadora em todo mundo: somos perseguidos pelas maiorias islâmica, por homossexuais, por ateus, por outras religiões e pela minoria no Brasil, porém uma minoria fortalecida que tem a cumplicidade de uma mídia desleal totalmente perversa e antiética”.

O pastor Marco Feliciano acredita que a cristofobia no Brasil seja um movimento que se articula silenciosa e estrategicamente nos bastidores: “No mundo ela é declarada. Basta ver os países muçulmanos que assassinam cristãos e ateiam fogo em igrejas. No Brasil, declaradamente não, mas de maneira sorrateira, com ‘passos de algodão’, de maneira subliminar via mídia secular e ativistas do aborto e gays. Estes fazem de tudo para que tudo que lhes prejudique sejam os cristãos os culpados”, afirma o deputado federal.

Já o ativista cristão e blogueiro Julio Severo relata sua experiência pessoal de exílio para ilustrar o tamanho da perseguição e aversão aos princípios cristãos e ao direito de fé, crença e expressão: “Os supremacistas gays já agiram várias vezes contra mim por minhas posturas cristãs públicas. A Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo fez uma queixa oficial contra meu blog em 2006. Toni Reis, da ABGLT, fez semelhante queixa contra meu blog em 2007. Campanha intensa de grupos gays fechou meu blog em 2007, o qual foi reaberto somente depois da intervenção de Olavo de Carvalho e um procurador de Brasília. E em 2011, mediante campanha de pressão de um bem financiado grupo gay dos EUA, o PayPal fechou minha conta, numa tentativa óbvia de impedir que leitores contribuíssem para mim e minha família, que vivemos hoje no exterior devido às próprias perseguições que sofremos”.

Confira abaixo, a íntegra das respostas dos três entrevistados sobre o tema:

Você acredita que exista a cristofobia?

Marisa Lobo: Sim com certeza, existe e é manifestada e pode ser claramente observada, em declarações de militantes GLBTT, quando ridicularizam nossa fé, nossos profissionais, nossos políticos. Na mídia, na imprensa geral, somos motivos de chacotas e ou de mau caráter. As falas são generalizadas e negativas para com isso reforçar suas lutas por direitos.

Pastor Marco Feliciano: R: No mundo ela é declarada. Basta ver os países muçulmanos que assassinam cristãos e ateiam fogo em igrejas. No Brasil, declaradamente não, mas de maneira sorrateira, com “passos de algodão”, de maneira subliminar via mídia secular e ativistas do aborto e gays, estes fazem de tudo para que tudo que lhes prejudique sejam os cristãos os culpados.

Julio Severo: A cristofobia sempre existiu, mas como etapa inicial antes do ódio a Cristo. Primeiro, vem a fobia. Depois o ódio. Os países com raízes cristãs, como EUA e Brasil, inclusive a Europa, estão em menor ou maior grau na estapa inicial agora, criando leis politicamente corretas que privilegiam o islamismo, a bruxaria e até a sodomia, em detrimento dos cristãos e seus valores.

O que gera a cristofobia?

Marisa Lobo: Claramente preconceito e a agenda GLBTT, que querem impor a força valores e conceitos contrários aos que cremos e aceitamos como legítimos os da Bíblia Sagrada, que é o manual de conduta de nossa fé, não apenas no que se refere à homossexualidade, mas a todas as ações que ferem a família, como liberação de aborto, drogas, eutanásia, sexualidade explícita, dando a entender claramente na frase “toda forma de amor vale a pena” como: faça sexo sem se importar com o que, ou quem ou quantos, o que importa é prazer sexual. Como se isso fosse realmente sinônimo de felicidade. Somos impedimento para seus objetivos. É preconceito e intolerância religiosa, não acreditam em Deus, e querem se intrometer no que cremos é uma violência psicológica moral e social.

Pastor Marco Feliciano: Nossa filosofia, nossos dogmas, nossa crença no conservadorismo. Isto provoca a ira dos que nos veem como uma barreira para as suas agendas.

Julio Severo: Em países como EUA, a decadência da civilização cristã. No caso específico do Brasil, a sociedade brasileira é grande imitadora da decadência americana. Se os EUA têm cristofobia, o Brasil não vai querer ficar de fora.

Você acredita que o Brasil pode se tornar cristofóbico?

Marisa Lobo: Já está se tornando, percebemos isso nas faculdades, escolas, bullyng virtual, a maneira como a mídia trata nosso povo, de forma pejorativa, na maneira como esses militantes nos tratam com total desrespeito e acusações, tentando manipular a opinião pública contra o povo cristão, nos fazendo algozes das minorias, nos imputando um crime que não cometemos, o da homofobia, por exemplo.

Pastor Marco Feliciano: Se não houver uma união de todos os cristãos e não dermos repostas quando somos acusados, por exemplo, de sermos homofóbicos, poderemos sim passar por uma perseguição religiosa. O sonho dos ativistas é que aconteça algo horrendo, uma tragédia, para porem a culpa nos cristãos fundamentalistas.

Julio Severo: A Parada do Orgulho Gay de São Paulo em 2011 usou temas bíblicos e enormes cartazes retratando santos católicos e bíblicos em posições homoeróticas. Pela Constituição, tal ato descaradamente anticatólico configurou crime de ultraje a culto. Mas ninguém foi preso. Os orgulhosos do sexo anal agora sentem orgulho de afrontar a Constituição e a majoritária fé católica do Brasil. O único que protestou contra o crime foi o Pr. Silas Malafaia, e seu protesto foi alvo de ação do Ministério Público Federal. No final, Malafaia ficou isento de crime, provavelmente por causa de suas poderosas conexões políticas, mas o caso mostra que um cristão hoje que protesta contra um crime contra a fé cristã pode sofrer ações do MPF, enquanto os criminosos ficam à vontade. Se ele não tiver as poderosas conexões de Malafaia, ele pode passar por sofrimentos legais.

Você já foi vítima de cristofobia ou preconceito religioso?

Marisa Lobo: Nossa! Claramente. Inclusive sou o caso legal, constituído de cristofobia, preconceito religioso, o primeiro oficial decretado pela OAB do Paraná, como descabido e inconstitucional.

Pastor Marco Feliciano: Já fui humilhado em audiência pública quando o assunto feria a igreja, ao me posicionar, fui xingado por palavras de baixo calão e já recebi ameaças de morte.

Julio Severo: Os supremacistas gays já agiram várias vezes contra mim por minhas posturas cristãs públicas. A Associação da Parada do Orgulho Gay de São Paulo fez uma queixa oficial contra meu blog em 2006. Toni Reis, da ABGLT, fez semelhante queixa contra meu blog em 2007. Campanha intensa de grupos gays fechou meu blog em 2007, o qual foi reaberto somente depois da intervenção de Olavo de Carvalho e um procurador de Brasília. E em 2011, mediante campanha de pressão de um bem financiado grupo gay dos EUA, o PayPal fechou minha conta, numa tentativa óbvia de impedir que leitores contribuíssem para mim e minha família, que vivemos hoje no exterior devido às próprias perseguições que sofremos. O gigantesco site conservador americano WND fez uma reportagem sobre meu caso específico, mantendo-o como manchete durante dois dias. Entre as dez perseguições mais sérias aos cristãos nos EUA em 2011, a campanha de pressão sobre o PayPal ficou em quarto lugar, conforme notícia da revista americana Charisma.

Você acredita que a mídia esteja dando uma cobertura imparcial sobre a perseguição que cristãos sofrem no Brasil e no mundo?

Marisa Lobo: A mídia é tendenciosa e quer vender, e se passar por “politicamente correta” sabe que os cristãos são o povo mais perseguido no mundo, como também sabe que somos um entrave para o sucesso da agenda gay, e que a mesma não deve ser afetada por essas notícias. Então quando noticia, ameniza, suprime os dados, para não mostrar a realidade que é assustadora em todo mundo: somos perseguidos pelas maiorias islâmica, por homossexuais, por ateus, por outras religiões e pela minoria no Brasil, porém uma minoria fortalecida que tem a cumplicidade de uma mídia desleal totalmente perversa e antiética. Pois em nada tem de imparcial.

Pastor Marco Feliciano: A mídia sequer fala em tal assunto.

Julio Severo: A mídia pertence majoritariamente às elites esquerdistas, que não se importam com a perseguição cristã no mundo em geral e no Brasil em particular. O sentimento dessas elites se reflete nas atitudes de desprezo ou censura aos cristãos que sofrem.

Para você o que pode ser feito para acabar com a cristofobia que vem crescendo no Brasil?

Marisa Lobo: Reivindicar nossos direitos .Exigir a Aplicabilidade  para nosso povo também os direitos humanos que tanto pregam, bem como a liberdade de expressão, igualdade, não permitir que  direitos humanos  sejam usados como bandeira ideológica de minorias contra as maiorias por exemplo. é Fundamental  que nós os cristãos comecemos a entender a nossa importância, força e lutar pelos nossos direitos, de sermos respeitados pela nossa fé. Abrir a boca, se expor  como profissional pessoa humana, respeitar o outro e exigir esse respeito para sí próprio, lutar pelas causas , participar ativamente na política, pois ela é que faz e muda as leis que prejudicam e ou apoiam as causas da família que são as de Deus, participar mais e criticar menos e buscar acima de tudo conhecimento e entendimento bíblico  bem como científico através do estudo e das profissões.

Pastor Marco Feliciano: Os cristãos assumirem que são cristãos e discutirem em nível intelectual os assuntos polêmicos que ferem a família brasileira. Mostrar o que somos, quanto somos, e que representamos uma parcela gigante desta grande nação. Que somos consumidores, fornecedores, estudantes, professores, que estamos no legislativo, no executivo e no judiciário, que movemos a economia desse país. Que não somos mais um “zé-povinho”.

Julio Severo: A maioria cristã do Brasil precisa votar de acordo com seus interesses e necessidades, não de acordo com os interesses, necessidades e mentiras de políticos esquerdistas. A esquerda brasileira, que imita a cristofobia americana, é sustentada pelo voto de milhões de cristãos. Sem esquerda, não haverá cristofobia no Brasil. É preciso derrotar as esquerdas nas urnas. Do contrário, elas perseguirão os cristãos e literalmente comerão bebezinhos, mediante sua obsessão de aborto legal.

Gostaria de acrescentar mais alguma coisa sobre o tema cristofobia?

Marisa Lobo: Somos um povo bom de fé e boa índole, mas temos que começar a creditar e viver essa verdade  na pratica, não apenas em nossas redes sociais em nosso mundo imaginário. Nossas orações tem que ser transformadas em ações.

O diabo deve rir de nossa cara, somos tantos e não imaginamos o poder de nossa força social e política. Muitos tem lutado sozinhos, outros querem lutar sozinhos porque não sabem partilhar , ou seja não temos cultura de unidade, falamos mas nem sabemos o que é isso, essa é e verdade, temos que nos unir a homens que estão fazendo, sem ego, ajudar simplesmente , pois Deus queridos, está vendo  principalmente o motivo que nos leva a lutar.

Se Deus é por nós quem, povo, será contra nós? A resposta é você mesmo, só você pode impedir com seu medo o agir de Deus, em sua vida e na sociedade por falta de ação, o medo paralisa nos torna covardes.

Não tenha medo de amar as pessoas como elas  são e não tenha medo de lhes falar a verdade. A cristofobia já é um fato, pela nossa omissão e de não assumirmos nossa posição verdadeira na sociedade de um cristão de honra.

Pastor Marco Feliciano: Está de bom tamanho. Abraço e contem sempre comigo.

Julio Severo: Com cristofobia ou não, precisamos proclamar Cristo e Sua Palavra, em tempo e fora de tempo.

Redação Gospel+

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