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segunda-feira, 14 de maio de 2012

NINGUÉM NA VENEZUELA QUER SABER DE "LOS CUBANOS". MORTE DE CHÁVEZ ROMPERÁ VÍNCULOS DO PAÍS COM A ILHA DE FIDEL.

 

BLOG DO ALUIZIO AMORIM

Segunda-feira, Maio 14, 2012

O escritor e jornalista cubano Carlos Alberto Montaner, revela os motivos pelos quais Hugo Chávez submeteu-se todo esse tempo ao seu guru Fidel Castro, e antecipa que a morte do caudilho tornará invevitavelmente sem sentido essa relação com a Ilha comunista, ou melhor, com o Fidel. Mesmo que o chavismo se mantenha no poder "los cubanos" estarão ferrados. Fiz uma tradução livre e ligeira do artigo, cujo título no original é "Cuba e Venezuela depois de Chávez". Vale a pena ler para entender essa devoção de Chávez a ditador cubano. Leiam:

Pesquisa após pesquisa, mais de 82% dos venezuelanos (o que quer dizer que muitos são chavistas) respondem que não desejam que em seu país se instale um modelo político similar ao cubano.

Presumivelmente, uma porcentagem parecida tampouco está de acordo em que se continue subsidiando com bilhões de dólares o improdutivo coletivismo implantado pelos Castro.

Por que Chávez conveteu a Venezuela no financista a fundo perdido de Cuba? As razões são várias, mas a mais importante é que o tenenente coronel encontrou em Fidel Castro uma espécie de guia espiritual e político que lhe indicava o que tinha que fazer, e como e quando devia levar a cabo. Fidel era seu guru, seu pai moral, seu protetor contra os perigos que lhe cercavam na Venezuela e que em abril de 2002 estiveram a ponto de custar-lhe o poder e a vida.

Fidel, além disso, o dotou de uma visão compatível com o marxismo e de uma épica missão internacionalista que perpetuaria para sempre na história: derrotar os Estados Unidos e enterrar o capitalismo. Com a sabedoria de Fidel, enriquecida por três décadas de aprendizagem da santa madre soviética, mais a impetuosa juventude de Chávez, unidade a seu caudaloso rio de petrodólares, os dois triunfariam na tarefa de salvar o mundo, abandonada de forma traióeira pela URSS.

Quando valia para Chávez esse protetorado ideológico, estratégico, policial, tão diferente ao pouco fiável universo de seus próprios colaboradores, geralmente corruptos e potencilamente desleais? Varia tudo o que Fidel necessitasse e lhe pedisse. Chávez se entregou ao Comandante de pés e mãos. Era sua única fonte de segurança.

Chegou a um ponto em que ambos os líderes, sintonizados no mesmo delírio, planejavam transformar os dois países numa federação, e até criaram uma comissão mista de juristas que começaram a estudar como se levaria a cabo esse proesso. No trajeto, Chávez, de maneira crescente, foi colocando-se sob a autoridade do habilíssimo serviço de inteligência cubano, corpor que lhe proporcionava informações sobre todos os altos oficiais e sobre seus ministros e colaboradores mais próximos.

Hoje ninguém do enterno de Chávez se atreve a falar sem temor aos microfones de Havana. A oposição, é certo, está controlada ou vigiada por "los cubanos", mas o cerco e o humilhante acosso aos chavistas é muito mais intenso.

Quando Chávez desaparecer da cens, para qualquer um que ocupe Miraflores, inclusive se se trata de um chavista, que sentido tem prolongar essa relação doentia, montada sobre a vassalagem emocional de um líder dependente que já não existirá, preocupado por controlar e espiar a sua própria classe dirigente? Por que temer a uma Metrópole sedenta que vive das dádivas de uma colônia infinitamente mais rica, poderosa e sofisticada?

O politólogo venezuelano Aníbal Romero frequentemente afirma que os esforços internacionalistas do castrismo sempre termina por fracassar. As guerrilhas castristas, às vezes dirigidas pelos próprios cubanos, foram derrotadas em toda a América Latina na década dos sessenta, setenta e oitenta. Apenas triunfaram na Nicarágua, paradoxalmente ajudadas pelos governos da Venezuela e da Costa Rica, mas só para perde o poder uma dédada mais tarde em umas eleições democráticas.

O peruano Velasco Alvarado, o panamenho Noriega, o chileno Allende, governantes afinados com Havana, foram desalojados do poder sem que Cuba pudesse evitá-lo. Angola e Etiópia hoje tˆm regimes totlamente alheios ao modelo comunista originalmente ajudado a implantar  com sangue cubano. Quem tem dito que a influência castristas pode conservar-se na Venezuela após a morte de Chávez? Por quê? Para quê? Cuba se especializa em perder. Essa tem sido sua história.

Do site Infobae - clique AQUI para ler no original EN ESPAÑOL

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