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sábado, 28 de abril de 2012

Cristãos MAD ou "cristãos indiferentes"

 

SENTIR COM A IGREJA

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Ontem recebi uma carta de um jovem que admira nosso trabalho apologético e ama nossos vídeos no Youtube. Esse jovem se manifestou dizendo que éramos eu, o Júnior Sariano, oJayson, o Conde, o Cavaleiro e outros um dos grandes bastiões da defesa do cristianismo no mundo virtual, dada a grade relevância da Internet e das redes sociais como meio de transformação, opiniões e formação de opinião.

Ele ficou abismado como éramos alguns. Sim. Num país supostamente de maioria cristã, ainda somos alguns "gatos pingados" no Youtube. Meu canal foi criado exatamente para atender o pedido de IPd. 3,15 e o trabalho de S. Justino Mártir, um grande Pai da Igreja que enfrentou, em sua época, uma situação não muito diferente da nossa atual, que é um tanto neo pagã. O cristianismo, mais do que nunca, precisa de porta-vozes, pessoas que mostrem a cara e não só se digam "cristãs", mas que não sabem, em sua boa parte, recitar nem os Dez Mandamentos.

Que "cristãos" são esses? Eu os chamo de "Cristãos MAD" ou "cristãos indiferentes". Tem em todo lugar. Ratificando só que quando falo de cristianismo, não estou aí incluíndo o neopentecostalismo, ao qual considero algo tão marginal ao cristianismo mainstream quanto as FARC do Exército Brasileiro.

Sinto-me como o major Sylvain-Eugene Raynal que, na batalha de Verdun, na Primeira Guerra Mundial (1916), defendendo o Fort Vaux, teve que defender com extremo heroísmo até o fim, apesar da ausência de víveres como alimento e água. O forte Vaux não sucumbiu porque os alemães eram fortes. O que restava da guarnição francesa finalmente desistiu depois de ter ficado completamente sem água potável, munições, suprimentos médicos e comida. A mesma coisa conosco. Com a diferença de que cremos estar na Jurisdição de Cristo, que prometeu a indefectibilidade da Igreja (Mt. 16,18ss), sabemos que cristão não é chamado para ser covarde ("Deus não nos deu um espírito de covardia, mas de poder, e de amor, e de bom juízo.” (2 Tim. 1,7) e sim uma intrépida testemunha da veracidade da fé cristã. Muitos se contentam só em ficar na Igreja e orar. Orar é bom sim, mas sem ação e comprometimento, só adianta para mostrar que a Igreja está cheia e com pessoas orando. E isso não intimida tanto ateus, apesar de fazer grande diferença que faz como força de apoio. O que intimida esses secularistas militantes É MOSTRAR A CARA E ARGUMENTAÇÃO. Eles não tem receio de gente silenciosa: eles temem pessoas de ação, Martin Luther Kings, que também dizem: "eu não tenho medo do barulho dos maus mas sim do silêncio dos bons". O mal não avança porque é forte ou consistente mas porque muitos dos que deveriam ser íntegros na defesa do cristianismo se omitem.

Tem uma cena final no filme "Robin Hood", de 1938, com Errol Flynn, onde o rei Ricardo Coração de Leão, depois de voltar das Cruzadas, pergunta para Robin: "como é que um rei pode agradecer a um fora-da-lei tão fiel a seu país?" A imagem lembra-me de Cristo. Decerto que os cristãos não são foras-da-lei mas com certeza são estrangeiros nesse mundo, peregrinos em terra estrangeira. É engraçado que como muitas vezes a defesa apologética do cristianismo, tão amada e amparada pelos grandes Pais da Igreja, seja hoje negligenciada por muitos padres e pastores que deveriam ser sérios em sua utilização. Muitos lembram somente do pe. Paulo Ricardo. Onde estão os outros? Onde estão os outros bispos que deveriam estar protestando contra a votação do STF? A tibieza só alimenta os inimigos. Precisamos reagir.

Cristão nominal não impressiona ninguém. E são desses quem esses secularistas não têm medo.

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