Material essencial

domingo, 8 de abril de 2012

Comentários a uma Charge da Mafalda

 

BLOG DO JOSÉ OCTAVIO DETTMANN

DOMINGO, 8 DE ABRIL DE 2012

 

Se isso acontecer, a cultura será mera futilidade. A cultura só é útil se ela proporcionar mais sabedoria e mais conhecimento, de modo a que bem o utilizemos, para que a sociedade progrida tanto moralmente, quanto materialmente – pois cultivar os homens é uma maneira de empreender na vida, já que se trata de um processo de capitalização moral. Se a cultura ficar dissociada da prosperidade econômica, ela acaba se tornando uma coisa supérflua, uma coisa sem sentido, já que o fundamento da cultura é converter, até onde sei, necessidade em liberdade – e isso é a base da virtude. Assim como há a desutilidade do trabalho – se a pessoa não se sentir bem, enquanto exerce uma atividade laborativa –, há a desutilidade da cultura – e uma das causas disso ocorre quando os intelectuais assumem uma mentalidade contrária a esse processo que estimula o progresso moral e material das pessoas, tal como foi apontado por Robert Nozick neste link: http://adf.ly/7CVBX

Além disso, os bancos são como estoques de sementes, para a agricultura – já que o capital, que é fruto decorrente trabalho acumulado, é a semente, a causa de empreendimentos futuros. Uma sociedade progride se ela tiver capital disponível para poder aplicar em empreendimentos que, a longo prazo, podem fazer a sociedade prosperar; no entanto, empreendimento é um ato de risco, e por isso requer sabedoria e planejamento para o futuro, que é uma coisa incerta.

Sendo um banco uma espécie de celeiro, você acaba antecipando o tempo necessário para você juntar todo o capital necessário para você poder aplicar no seu investimento (em outras palavras, ele te poupa anos de trabalho). E por conta desse trabalho, deixando você livre para poder fazer outras coisas que tornem o empreendimento melhor, já ele que corta os custos de oportunidade decorrentes da falta de capital disponível, é lícito você remunerar esse serviço, levando-se em conta o tempo que o banco teve para juntar esse capital, o custo desse serviço para você, além do custo de oportunidade, já que esse capital que te foi emprestado poderia ser emprestado para outra pessoa, e ficará um tempo a sua disposição, além do compromisso moral que você terá de financiar o aprimoramento da atividade bancária, de modo a que ele preste serviços de melhor qualidade para você ou para o seu semelhante (todos esses fatores compõem a taxa dos juros, que é o preço do serviço levando-se em conta o tempo e as oportunidades que falei).

Quanto mais baixa  for a taxa de juros, mais viável é pra você começar a empreender, pois já que a sociedade inteira está poupando - e indiretamente financiando a sua atividade, através do intermédio do banco. E graças ao fundamento da integração entre as pessoas, que é um dos efeitos do direito de propriedade, o banco intermedeia o financiamento, fazendo com que a relação de consumo se torne impessoal e profissional. 

Por isso os bancos, por serem celeiros, eles pré-existem a toda e qualquer atividade futura – sem bons bancos, não haveria a multiplicação de bibliotecas e de escolas nas cidades, já que a atividade cultural precisa ser financiada e organizada, de modo a que a sociedade possa se usufruir desse serviço, já que isso fortalece a virtude das pessoas – e isso é causa de nacionidade, pois leva as pessoas a tomarem o seu país como se fosse um lar, se isso for constantemente praticado.
Para acessar o link adf.ly, eis um tutorial: http://qgdoconcurseiro.blogspot.com/2011/07/tutorial-como-acessar-um-adfly.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá internauta

O blog Cavaleiro do Templo não é de forma algum um espaço democrático no sentido que se entende hoje em dia, qual seja, cada um faz o que quiser. É antes de tudo meu "diário aberto", que todos podem ler e os de bem podem participar.

Espero contribuições, perguntas, críticas e colocações sinceras e de boa fé. Do contrário, excluo.

Grande abraço
Cavaleiro do Templo