REINALDO AZEVEDO
12/03/2012 às 16:48
É claro que vou voltar à questão do aborto. Notem que, no post desta madrugada, nem mesmo entrei no mérito da questão, o que já devo ter feito centenas de vezes. O mais espantoso na proposta elaborada pela tal comissão é a clara tentativa de enganar a opinião pública, criando uma via oblíqua para a legalização da prática sem chamar as coisas pelo nome que elas têm.
O texto elaborado, se convertido em lei, dá à mulher, conforme pretende certa pregação feminista — de que a ministra Eleonora Menicucci é a expressão mais visível hoje —, o direito absoluto de decidir se aborta ou não. Para tanto, basta que demonstre a médicos e psicólogos não ter “condições psicológicas” de manter a gravidez. E se o pai da criança for contra? Ele não existe na lei.
O Supremo tomará em breve uma decisão sobre o abortamento de fetos com anencefalia diagnosticada. Vai aprovar com certeza absoluta. É claro que isso abrirá precedente para a interrupção da gravidez no caso de outras deficiências. A proposta elaborada pela tal comissão já deixa isso claríssimo. Está lá no Inciso III do Artigo 128 que aborto não é crime quando:
“III - comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente, em ambos os casos atestado por dois médicos.”
O que é uma “vida independente”? Todos os representantes do JEG (Jornalismo da Esgotosfera Governista) deveriam ter sido abortados, não é? Nenhum deles consegue ter uma “Vida independente”…
Pântano
Vejam para que pântano nos arrastaram os “progressistas”. Como vocês sabem, “reacionários”, nesse debate, somos eu e os que pensam de modo parecido. Os “modernos” são os que pregam que a vida humana já passe por uma seleção antes do parto, com a eliminação dos deficientes. Sempre soube que eles chegariam a isso e a muito mais — como é o caso da defesa do infanticídio, que já começa a ser feita abertamente por essa mesma corrente de pensamento. Quem não respeita a vida humana como princípio não vai respeitá-la depois, nas situações aplicadas, certo?
Por Reinaldo Azevedo
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