REINALDO AZEVEDO
28/02/2012 às 18:29
Os extremistas de esquerda, que formam a extrema minoria da USP, teriam perdido as eleições para a chapa não-esquerdista Reação se a disputa tivesse se realizado na data prevista. Então deram um golpe e formaram a Junta Paramilitar que usurpa o poder no DCE.
Para todos os efeitos, os estudantes da universidade estão em greve. É mentira! Não estão! As eleições deveriam ter sido realizadas entre os dias 22 a 24 de novembro. Foram adiadas. A data prevista agora é de 27 a 29 de março. Ocorre que a Reação continua a ser a favorita.
Os golpistas já inventaram de tudo e, fiéis à tradição esquerdista, tentaram difamar e desmoralizar seus adversários de todas as maneiras. Em vão! Boa parte dos mais de 80 mil estudantes da USP acordou para a rotina de desmandos, de violência e de autoritarismo desses caras e os quer fora dos postos de comando da entidade estudantil. E o que eles pretendem fazer? Leiam o que informa Cedê Silva no Estadão:
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O grupo Território Livre, que apóia a chapa 27 de Outubro, pode propor novo adiamento das eleições para o DCE da USP. Segundo Murilo de Souza, estudante de Geografia de 22 anos, como as eleições foram adiadas por causa da greve de alunos, deverão ser postergadas mais uma vez caso a próxima assembléia geral decida pela continuidade da greve. A reunião acontecerá em 8 de março (quinta-feira), na FAU.
“Não dá para achar que vivemos uma normalidade do funcionamento das eleições diante do tamanho das assembléias que tivemos no ano passado”, diz Murilo, ele mesmo membro do comando de greve. “Caso a greve continue, não há necessidade nenhuma de eleições, porque a gestão é substituída pelo comando de greve e pelas assembleias”. Murilo ressalta, porém, que os delegados que compõem o comando são eleitos por assembleias de seus respectivos cursos.
Voltei
“Tamanho das assembléias”? É uma piada”! Nunca reuniram mais de 3% dos estudantes da USP! Pior! Há naquele meio muita gente que não tem qualquer vínculo com a universidade. Percebam a natureza do golpe:
a) Uma minoria declara greve;
b) a greve não existe;
c) forma-se o comando da greve inexistente;
d) o comando da greve que não existe assume também o controle da Junta Provisória Paramilitar que toma o DCE.
Atenção! A universidade é autônoma, mas não é soberana. A USP é uma instituição pública, e a representação estudantil tem uma dimensão também pública porque de caráter sindical. Lida, aliás, com recursos e aparelhos que pertencem à comundiade uspiana. Hora de o Ministério Público ter vergonha na cara e agir para resguardar direitos coletivos que estão sendo agravados.
Por Reinaldo Azevedo
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