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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Aprender com o oponente é uma arte OU Como usar as dicas de um neo ateu para vencê-los

 

LUCIANO AYAN

Tudo bem que o neo ateu Yuri é prolixo (ele mesmo reconhece isso) e fala como se tivesse problema com gases. Ademais, é fanático até a medula.

O importante é que a mensagem do vídeo acima serve tanto para neo ateus como para religiosos, tanto para esquerdistas quanto conservadores.

Ele simplesmente defende o direito à ridicularização do outro, e é isso que também tenho proposto nesse blog. Como disse Douglas Adams: “ninguém tem o direito de não ser insultado”.

Note que isso vale também para o relacionamento homossexual. Ora, se ninguém tem o direito de não ter suas crenças insultadas, por que os homossexuais ficariam livres de serem ridicularizados? (Para alguém ser homossexual, é preciso acreditar em uma validade deste tipo de relacionamento como algo útil)

Como humanista, Yuri tem crenças que só seriam aceitáveis a adolescentes de 13 anos ou pessoas com retardo: a crença de que com a “ciência” o ser humano construirá um mundo próspero, sem gregarismos e sem opressão – tudo, é claro, por causa do fim da religião.

É claro que se não rirmos na cara dele por causa dessa crença tonta (e perigosa), ele vai se dar bem, pois se as crenças dos religiosos não são tão ridicularizáveis, mesmo assim ele vai ridicularizá-las.

Isso nos leva a seguinte conclusão: ganha o jogo quem ridicularizar mais o outro lado por causa das crenças e comportamentos que aqueles do outro lado porventura possuam.

E antes que venha a choradeira já aviso: isso não vale para as questões raciais, pois toda ridicularização racial é um ataque À PESSOA, assim como questões sexistas, pois toda ridicularização sexual é um ataque à PESSOA. Ninguém escolher ser homem ou mulher, assim como ninguém escolhe sua cor. Mas crenças e comportamentos, por outro lado, são passíveis de ridicularização.

O problema no caso não é o fato de Yuri ridicularizar os religiosos, mas sim os religiosos não o ridicularizarem em retorno.

As regras são claras:

  • Quem ridiculariza mais as crenças do outro lado, vence
  • Quem ficar ofendidinho com a ridicularização, ao invés de ridicularizar o outro ainda mais, perde – fica parecendo aquele menininho chorando pela mamãe ao invés de bater em quem tentou agredí-lo (meu pai ensinou, inclusive, que se eu apanhasse na escola, apanharia de novo em casa)
  • Ninguém tem o direito de não ser ofendido caso suas crenças sejam ridicularizadas (by Douglas Adams)

O não aceite desses 3 princípios é como escolher perder a contenda.

Yuri, obrigado pelas dicas.

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