Posted by Stato Ferino on janeiro 7, 2012
Em Washington, a grama começa a crescer para cima, enquanto os rios nascem na foz e as vacas obamistas põem ovos em ritmo frenético. Afinal, nem poderia ser diferente. A verdade é que, em ano eleitoral, a lógica da traição à Democracia e à soberania se mantém com disciplina férrea na esquerda americana, como (por que não dizer?) na esquerda de qualquer parte.
Seguem alguns fatos esclarecedores a respeito, incluindo a postura do Governo Obama e os pródomos das Eleições de 2012 para a Presidência dos EEUU:
Fim da Guerra no Iraque? É fato público que mal as tropas estadunidenses deixaram o Iraque, o governo autônomo daquele País se debate em uma crise que já se adjetiva institucional. A expulsão, pelo governo xiita, de líderes sunitas, incluindo o vice-presidente iraquiano, é ao mesmo tempo causa e reflexo das ondas de violência que recentemente vêm convulsionando o País (mais detalhes aqui), obviamente despreparado, em sua própria estrutura atual, para a estabilidade democrática.
A ameaça iraniana toma corpo. A seu passo, o xiita Irã promove “exercícios militares” (lançamento de mísseis) e recrudesce as ameaças à presença americana no Meio-Oriente. Aqui, vídeo sobre o assunto.
A “reação” letárgica (culposa ou dolosa?) de Hussein Obama. Diante de tais cenários, agregados que estão às penúrias geradas pela crise de papéis de 2008 e à necessidade de alavancar o Erário, Barack Obama encontrou seu bode expiatório suficiente e chinfrim (o corte de gastos) para promover o desleixo americano para com a defesa do ideário democrático no mundo; assim é que fechará seu mandato com um pesado corte orçamentário contra as Forças Armadas dos EEUU, em tempos nos quais inimigos nucleares e fundamentalistas demonstram inaudita agressividade para com o País. Aqui, notícia sobre a medida e suas prováveis consequencias.
Seria como curar cirrose com uísque, ou nos enganamos, de modo que Obama está com a razão quando aposta no poder de convencimento do diálogo brando e do afago delicado na cabeça do inimigo que, por sua vez, xinga e apedreja? Ou seria, ainda, mais plausível que o presidente americano simplesmente não queira a preservação da ordem política dos Founding Fathers no País, e tampouco o vigor democrático ao redor do mundo, procurando apenas untar suas intenções com um discurso de tolerância criminosa – como aquela de quem pede educadamente ao vizinho que desocupe sua cama e sua esposa, pois já passa da hora de dormir?
Ron Paul, estrela russa. Sequer no partido Republicano as coisas vão às mil maravilhas para a Democracia. Nada obstante a força da candidatura de Mitt Romney, apoiado por McCain e pelo Tea Party, os chorumes da esquerda angariaram também ali infiltração perigosa, especialmente possibilitada pela ala do Senador Ron Paul, candidato à Presidência manifestamente apoiado pela China e pela Rússia putinista, inclusive em sua TV Estatal (vejam aqui as razões e circunstâncias do suporte russo a Paul).
Ocorre que o dito parlamentar, embora propugne uma política econômica austera e indutora, manifesta-se explicitamente favorável a toda a tendência “juridificadora” que este blog alcunhou de “ditadura do politicamente correto”, com todas suas vilezas e engodos assassinos. É claro, ainda, que tal processo de inversão das liberdades obviamente representa o esfacelamento completo da estrutura político-cultural americana, eminentemente conservadora e baseada no trabalho, na livre iniciativa, na livre associação e na família. É mais que óbvio, assim, que disso decorreria também a perda da força – e da liderança – de que dispõem os EEUU já há um século, enfraquecimento esse que aliás já vem em curso galopante. Ron Paul, além de visar a institucionalização de tal projeto corrosivo dos princípios basilares do País, é também (como Obama) a favor da retirada das tropas americanas de todo o planeta – o que representaria, em verdade, apenas a externalização de seu projeto interno. Eis, em suma, as causas dos champagnes que russos e chineses reservam para uma eventual vitória de Paul nas prévias republicanas.
E então? A saúde da Democracia no mundo – da qual os EEUU sempre foram o carro-chefe, esgoele-se a molecada barbada das Revoluções de Shopping Centers – verdadeiramente padece com a persistência de tais ameaças endêmicas, precisamente no País em que seus valores e instituições pioneiramente a cimentaram em sua plenitude. As eleições de 2012, por isso, representam mais um passo importante da história, talvez ora decisivo para a liberdade no mundo, dado o perigoso estado em que esta já se encontra. Nesse contexto, o único e verdadeiro auspício de esperança concernente às Eleições é a notável incompetência do Governo Obama ao lidar com a crise, fruto da necessidade de cumprir os milagres eleitoreiros que o então candidadato prometera em sua campanha;
De fato, infelizmente (ou felizmente) só gritar “Yes, We Can” e “Hope” não basta para arcar com o ObamaCare. É importante salientar que nem tudo, entretanto, é economia, de modo que tanto a eleição de Obama quanto a de Paul (um liberal tanto no sentido econômico quando no sentido cultural-estadunidense do termo) representariam um combustível potente para o ânimo traidor que já corrói Washington, afastando o País e o planeta dos princípios constitucionais e culturais que representaram a maior fatia de algum êxito que a Democracia já tenha conquistado ao redor do mundo.
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