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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

“Eles” tentaram criar o “drogadamente correto”, mas a sociedade rejeitou

REINALDO AZEVEDO
19/01/2012 às 15:52

Petistas, ongueiros, padres belzebus, jornalistas, consumidores recreativos de drogas… Toda essa gente se juntou para atacar a Polícia Militar em São Paulo, em sua correta ação na cracolândia, falando em nome de um novo código: o “Drogadamente correto”. A exemplo do “politicamente correto”, também esse é um código fascistóide, que pretende impedir as pessoas de pensar em nome de supostas verdades consolidadas, que são nada mais do que escolhas políticas e até ideológicas.

Não existe o “drogadamente correto”. Existem o legal e o ilegal. É claro que doentes têm de ser tratados — a menos que, na suposição de que possam escolher, eles não queiram. Se não tiverem mais poder de escolha, que se escolha por eles, segundo os direitos fundamentais garantidos pela Constituição (também os direitos de quem não se droga!!!).

Em qualquer dos casos — com ou sem poder de escolha —, viciados não podem sitiar em suas casas os que não partilham de seu vício nem são responsáveis por sua doença. Eis a questão que aquela gente não entendeu: os códigos regulam também a vida dos drogados; não serão os drogados a regular a aplicação dos códigos.

Ou é assim, ou é a volta ao estado da natureza, como se via na cracolândia.

Por Reinaldo Azevedo

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