Terça-Feira, 01/11/2011, 13:49:59
José Guilherme Vartanian era estudante quando foi acusado de homicídio (Foto: Divulgação/SBCCP)
O médico José Guilherme Vartanian, um dos responsáveis pelo tratamento do câncer diagnosticado no ex-presidente Lula, foi acusado de matar, em dezembro de 1992, o maringaense Marcos Takashi Kawamoto, a socos e pontapés, na frente de um bar. De acordo com informações do Superior Tribunal de Justiça, no dia 31 de dezembro de 1992, Kawamoto morreu após ser chutado diversas vezes. Os golpes estouraram sua caixa torácica, quebrando ossos e afetando pulmões e coração.
Na denúncia, o Ministério Público informou que o agressor, na época estudante de medicina, seria praticante de artes marciais e teria ciência dos efeitos fatais que os golpes poderiam provocar na vítima. Kawamoto trabalhava no Japão e havia retornado ao Brasil para passar o aniversário e as festas de fim de ano com a família.
Não houve prisão em flagrante e José Guilherme Vartanian aguardou o julgamento em liberdade. O caso tramitou em primeira e segunda instância e decidiu-se que ele iria a júri popular. Quando o caso chegou a Brasília, ficou cinco anos parado, até obter o voto do ministro Hamilton Carvalhido, que apontou a prescrição. A lei estabelece que o prazo para a prescrição é reduzido à metade quando o réu tem menos de 21 anos.
Atualmente, 18 anos depois do fato, José Guilherme Vartanian é especialista em cirurgia de cabeça e pescoço, além de ter doutorado em Oncologia pela Fundação Antonio Prudente, do Hospital A.C. Camargo, o mesmo onde o presidente Lula está tratando o câncer na laringe.
(Henrique Miranda/DOL)
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ODIÁRIO.COM
Médico que matou Kawamoto, em 1993, não vai a júri popular
03/06/2008 às 21:20
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, extingüiu, por unânimidade de votos, a punibilidade, por prescrição, do réu José Guilherme Vartanian, de 36 anos, que em janeiro de 1993 matou, a chutes, o dekassegui Marcos Takashi Kawamoto, 20, de Maringá.
Durante a sessão - realizada no dia 27 de abril - os ministros excluíram as qualificadoras de motivo torpe e surpresa, cuja pena prevista variava de 12 a 30 anos de reclusão.
A decisão fez com que a acusação de homicídio doloso duplamente qualificado fosse transformada para homicídio simples, cuja pena varia de seis a 20 anos.
O assistente de acusação, o advogado Israel Batista de Moura, de Marialva, explicou que a perspectiva de prescrição surgiu pelo fato de Vartanian - hoje médico oncologista conceituado em São Paulo (SP) - ser réu primário.
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