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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Comissão de Anistia faz homenagem, acreditem!, a autor de manual que prega abertamente o terrorismo. Eis a isenção dessa gente!

REINALDO AZEVEDO
04/12/2011 às 7:09


A Comissão de Anistia, acreditem!, vai homenagear Carlos Marighella. E já prepara a indenização. Segue texto de Sérgio Roxo, no Globo, em que o líder terrorista é chamado de “guerrilheiro”. Leiam. Volto depois.
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Considerado inimigo público número um da ditadura militar, o guerrilheiro Carlos Marighella será homenageado na segunda-feira, dia do centenário de seu nascimento, pela Comissão de Anistia. A família dele receberá, em Salvador, cidade natal do ex-líder da Ação Libertadora Nacional (ALN) , o pedido formal de desculpas do Estado brasileiro por causa da perseguição política que sofreu ao longo de toda a vida. Entre parentes e ex-companheiros, o evento, em que será concedida a anistia política ao guerrilheiro, é visto como símbolo de resgate de sua figura. “Pode fazer com que novas gerações se interessem em conhecer a importância do Marighella ao país”, diz Clara Charf, viúva do líder da ALN.
“É o coroamento de 40 anos de luta para fazer com que o país conheça uma figura que viveu condenada a um silêncio total por todo esse período”, afirma Carlos Augusto Marighella, filho do guerrilheiro com Elza Sento Sé. “Não permitiram que a família tivesse o direito de sepultá-lo. Ele era apresentado como um facínora, um terrorista. O inimigo da pátria.” Sueli Bellato, uma das vice-presidentes da Comissão de Anistia, acredita que a concessão da anistia pode ajudar a sociedade a ter mais informações sobre o papel do guerrilheiro na História. ” A concessão da anistia traz a possibilidade, aos que não tiveram acesso na academia a esse período histórico, de saber o que aconteceu e reconhece qual foi a contribuição que pessoas como Marighella quiseram dar ao nosso país”, afirma.
A homenagem acontecerá no Teatro Vila Velha, a partir das 15h. A família entrara com o pedido de anistia política neste ano, e o processo será julgado no evento. Não houve pedido de indenização. Na ocasião, também será lançado o Pró Memorial Marighella Vive, que irá reunir acervo sobre o ex-líder da ALN. Ainda em razão do centenário, no dia 15 dezembro ocorrerá um evento na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio. Vão participar também a OAB , o MST, o Grupo Tortura Nunca Mais, a Fundação Dinarco Reis (ligada ao PCB) e a Rede Democrática.
A idéia dos organizadores é dar início ao Ano Marighella, com atividades, palestras, debates e seminários pelo país. Sindicatos de professores também serão procurados para que a história do guerrilheiro seja levada à sala de aula.
VolteiDepois dizem que trato com má vontade a Comissão da Verdade! Vejam o que faz a da Anistia, que deveria preservar a sua capacidade de fazer julgamentos objetivos e isentos. Essa gente é uma piada. Carlos Marighella é autor de “Minimanual da Guerrilha Urbana” que faz a pregação aberta do terrorismo e do assassinato de soldados apenas porque são… soldados! É esse o “herói” que a comissão está aplaudindo.
Seguem trechos do manual, escrito por aquele grande humanista:

Já na abertura

A acusação de “violência” ou “terrorismo” sem demora tem um significado negativo. Ele tem adquirido uma nova roupagem, uma nova cor. Ele não divide, ele não desacredita, pelo contrário, ele representa o centro da atração. Hoje, ser “violento” ou um “terrorista” é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada, porque é um ato digno de um revolucionário engajado na luta armada contra a vergonhosa ditadura militar e suas atrocidades.

Missão

O guerrilheiro urbano é um inimigo implacável do governo e infringe dano sistemático às autoridades e aos homens que dominam e exercem o poder. O trabalho principal do guerrilheiro urbano é de distrair, cansar e desmoralizar os militares, a ditadura militar e as forças repressivas, como também atacar e destruir as riquezas dos norte-americanos, os gerentes estrangeiros, e a alta classe brasileira.
(…)
é inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças armadas e da polícia.

É pra matar

No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o suficientemente significativo como para não deixar dúvida em relação as verdadeiras intenções dos revolucionários.
A execução do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a guerra somente pode ser livrada por meios violentos.
Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à expropriação dos exploradores da população.
Razão de ser
A razão para a existência do guerrilheiro urbano, a condição básica para qual atua e sobrevive, é o de atirar. O guerrilheiro urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo de combate.
Tiro e pontaria são água e ar de um guerrilheiro urbano. Sua perfeição na arte de atirar o faze um tipo especial de guerrilheiro urbano - ou seja, um franco-atirador, uma categoria de combatente solitário indispensável em ações isoladas. O franco-atirador sabe como atirar, a pouca distância ou a longa distância e suas armas são apropriadas para qualquer tipo de disparo.
Espalhando o terror
[a guerrilha deve] provar sua combatividade, decisão, firmeza, determinação, e persistência no ataque contra a ditadura militar para permitir que todos os inconformados sigam nosso exemplo e lutem com táticas de guerrilha urbana. Enquanto tanto, o governo (…) [terá de retirar] suas tropas para poder vigiar os bancos, indústrias, armarias, barracas militares, televisão, escritórios norte-americanas, tanques de armazenamento de gás, refinarias de petróleo, barcos, aviões, portos, aeroportos, hospitais, centros de saúde, bancos de sangue, lojas, garagens, embaixadas, residências de membros proeminentes do regime, tais como ministros e generais, estações de policia, e organizações oficiais, etc.
[a guerrilha deve] aumentar os distúrbios dos guerrilheiros urbanos gradualmente, em ascendência interminável, de tal maneira que as tropas do governo não possam deixar a área urbana para perseguir o guerrilheiro sem arriscar abandonar a cidade, e permitir que aumente a rebelião na costa como também no interior do pais.
PS - Compreendo que o filho gosta dele. Também amavam seus respectivos pais os filhos das vítimas de Marighella.
Por Reinaldo Azevedo

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