09/11/2011 Por : Gravatai Merengue
De quando em vez, surge o papo de acabar com o Congresso Nacional. Sugerem bombas nucleares, mísseis de todo gênero ou mesmo um grande corredor polonês formado por todos os brasileiros. A idéia é sumir com o legislativo pelo fato de que muitos ali são corruptos.
Por mais que se compreenda a raiva do povo, a idéia é inescapavelmente fascista. Trata-se de um poder (função…) da República e ACABAR COM ELE é acabar com um pilar do Estado de Direito. É ditadura (Costa e Silva fechou o Congresso, vale lembrar).
E isso vale para quem não quer saber de polícia, tentando “expulsá-la” de determinados ambientes – sobretudo os mais assanhados, que propõem ACABAR com toda e qualquer polícia. O mesmo erro de quem deseja explodir o Congresso: fascismo. Sim, fascismo é um erro.
Há os que odeiam o legislativo, há os que odeiam a polícia, mas graças a Odin também há os que não são exatamente indigentes mentais a ponto de desconhecer a diferença entre “parte ruim” e “todo necessário”. O legislativo é necessário, assim como uma força estatal para garantir a segurança pública.
Quem faria as leis e fiscalizaria o executivo com o hipotético fim do Congresso? Quem garantiria a segurança da população com a extinção do policiamento? Pois é…
Há policiais corruptos? Sim. Violentos? Sim. É preciso acabar com a polícia por causa disso? Não. A solução é punir exemplarmente esses indivíduos, assim mantendo e MELHORANDO uma função obviamente necessária do Estado.
Eis a síntese simplória de como deveria funcionar o debate, mas muitos – alguns considerados inteligentes por gente burra – defendem A SÉRIO que se acabe com TODA a polícia (outros, não inteligentes mas efetivamente “espertos”, apenas pedem que ela não patrulhe locais onde pretendem cometer uma ou outra contravençãozinha…)
Deve ser um ranço da época militar, é compreensível. O policial era o “inimigo”. Ok, ok. Mas isso foi há décadas! E em que época, afinal, os deputados e senadores foram/eram os “amigos”? Nem por isso se justifica a idéia de acabar com o Congresso.
Uma população esclarecida deveria fiscalizar o estado, o legislativo, a polícia, tendo poder para cobrar medidas severas contra quem comete os excessos – em qualquer setor do poder público. Lutar por isso é justíssimo. Mas muitos que condenam policiais corruptos ou violentos são aqueles que pedem anistia aos mensaleiros, ou acham ruim que um ministro caia só porque se meteu em corrupção.
Que critério é esse?
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